O DEUS CRIADO A IMAGEM E SEMELHANÇA DO HOMEM!
Por Fabio Campos
Desde o princípio o
homem não se contentou em ser apenas “imagem e semelhança” de Deus. Se
metendo em várias astúcias, uma proposta sempre foi do seu agrado: “Coma
do fruto e sereis como Deus”. Blaise Pascal com muita propriedade disse que “Deus fez o homem a sua imagem, e o homem devolveu a gentileza”.
O desejo primário em ser como Deus nasceu no coração de Lúcifer. O
homem faz de tudo para se salvar. Purgar os pecados acusados pela
consciência é a principal razão para tantas religiões e ritos existentes
no mundo. Ser chamado de “sensitivo”, “poderoso”, “profeta”, ou ser
considerado aquele que está acima dos demais em espiritualidade, é um
alimento e tanto ao ego o qual deseja ser seu próprio “deus” e o “deus”
dos outros.
O grande
e maior problema da humanidade nunca foi o desejo de ser mais humano.
As guerras e contendas provem do desejo em satisfazer a cobiça da carne.
Então, nada melhor do que se tornar um “deus” que tem
poder em dominar o outro. Este desejo é maligno. A dificuldade permeia
nos corações incrédulos em se submeter ao Senhorio do Senhor. A serpente
tem enganado a muitos no meio gospel. Muitos estão sendo arrastados
para longe da simplicidade de Cristo, fazendo “bezerros de ouro” para
adorar e por homens ser adorados.
Muitos pastores, bispos e
apóstolos não se contentam com o simples. Requintar o evangelho com
“unções especiais”, “sacerdotais” - conduzir a “arca da aliança”;
pendurar o “mezuzá” nas batentes e acender o candelabro – traz a
conotação e fama de “super-espiritual”. Títulos ministeriais? É o anseio
de um coração vazio do Espírito Santo e cheio de si mesmo. Falam da
Bíblia, mas não a conhecem. É necessário que Ele [Jesus] cresça e que
nós diminuamos. Quanta baboseira que nada tem haver com a simplicidade e
o Evangelho de Jesus. Gostam das “últimas novidades” - da nova
revelação – da nova direção – dos atos proféticos – do derramar de 30
litros de azeite na consagração do seu rei.
Irmãos, vamos nos apegar ao que é humilde.
Não sejamos sábios aos nossos próprios olhos. Tocar o Shoffar traz a
impressão de uma alta espiritualidade, mas nunca trará o amor fraternal
que prefere dar mais honra ao próximo a si mesmo. Dizer ter tido a
revelação que este é o ano de Abraão, de Pedro, de Paulo, só faz do
líder um ser “angelical” e não o servo de todos. Dominar o próximo
argumentando ser o “ungido” de Deus - o líder - aquele que recebe a
palavra “Rhema”-, é agir com desonestidade com Escrituras (1 Pe 5.1-4). O
líder segundo o coração de Deus nunca constrangerá a ninguém - antes,
conduzirá seus liderados espontaneamente e de boa vontade - jamais será um centralizador imperial, dominador dos que lhe foram confiados.
O maior
desafio e o mais difícil para todo o cristão não é ser um
super-espiritual – nem tão pouco conquistar cargos dentro da hierarquia
eclesiástica. Tudo isso ficará por aqui quando o Supremo Pastor, Jesus
Cristo, se manifestar. O maior desafio do cristão é ser parecido com
Jesus, e ter assim o mesmo sentimento que nEle houve; pois, embora sendo
Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia
apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo.
O diabo nos quer
“divinizar” – Deus quer-nos “humanizar”. Quanto mais humano nos
tornarmos, mais parecidos com Deus ficamos. Porém, quanto mais divinos
tentamos ser, mais parecidos com Lúcifer nos tornamos. Portanto, seja
nossa atitude a mesma de Cristo Jesus, que foi encontrado na forma
“humana”, esvaziando-se a si mesmo, tornando-se “semelhante aos homens”.
Só há um Deus, e você não é Ele!
Soli Deo Gloria!
Fonte: Fabio Campos
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