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domingo, 19 de janeiro de 2014

Efésios 6 - Anderson Freire e letra (versão UAADERB)

Anderson Freire - A igreja vem (legendada)

Fotografia kirliana (kirliangrafia): você conhece esse termo da parapsicologia?! Fato ou farsa?!

A fotografia kirliana (ou também conhecida como kirlingrafia) é o método de fotograma acidentalmente descoberto em 1939 por Semyon Kirlian, concluindo que se um objeto é colocado sobre uma placa fotográfica conectada a certa voltagem, uma imagem é projetada na placa. Esse resultado fez com que as pessoas cressem que a metodologia kirliana fotografasse a alma, a aura das pessoas etc. O trabalho de Kirlian em diante envolveu várias técnicas do fenômeno de eletrofotografia. Na física, este processo foi explorado similarmente pela xerografia por volta de 1777, pelo cientista alemão Georg Christoph Lichtenberg. Estudos mais tardios incluem Nikola Tesla e muitos outros, que exploraram o efeito eletrográfico nos séculos 19 e 20.



O histórico por detrás da invenção...
Em 1939, a técnica viria a ser conhecida, na União Soviética, sob a denominação de “efeito Kirlian”. O método consiste em fotografar um objeto com uma chapa fotográfica, submetida a campos elétricos de alta-voltagem e alta-frequência, porém baixa intensidade de corrente. O resultado é o aparecimento de uma aura, ou melhor, uma espécie de halo luminoso em torno dos objetos, seja ele qual for independente de ser orgânico ou inorgânico – o que quebra a alegação de que a fotografia mostraria a aura dos seres.

A história da kirliangrafia diz que o efeito foi redescoberto acidentalmente, não sendo resultado de nenhum tipo de pesquisa sistemática desenvolvida por Kirlian, que nem cientista era, e sim eletricista, porém, vários experimentos estavam sendo realizados na época, muitos dos quais eram pesquisas sobre as influências dos campos elétricos e eletromagnéticos nos seres humanos e suas possíveis aplicabilidades práticas.

No Brasil, a Embraer desde 1990 usa a kirliangrafia utilizada de forma a identificar “fadigas” bem como “rupturas”, “fraturas” ou ainda “bolhas” dentro do metal que tem aplicações em diversas. Por aqui, centenas de clínicas, institutos e hospitais se utilizam da foto kirliana para acompanhar o estado de saúde de seus pacientes.



Desde que o assunto surgiu na antiga União Soviética, foram realizadas muitas pesquisas e ainda hoje não há evidências conclusivas de que o que é registrado nas fotos tenha alguma utilidade na avaliação do estado emocional e de saúde, ou no diagnóstico de doenças. No entanto, a utilização da fotografia kirliana foi aprovada em 1999 pelo Ministério da Saúde da Federação Russa para uso como ferramenta auxiliar de diagnóstico médico. Existem atualmente diversas publicações científicas internacionais sobre o assunto, inclusive sobre diagnóstico de doenças, como o câncer.

Técnicas da fotografia kirliana e seus significados...
No procedimento para obter uma foto, o objeto, como por exemplo uma folha ou a parte do corpo de uma pessoa (geralmente os dedos), é colocado próximo à emulsão fotográfica, em uma chapa isolante com um eletrodo metálico por baixo, o qual está ligado ao aparelho de fotografia kirliana que gera uma corrente elétrica pulsante de alta frequência, baixa corrente e alta tensão (normalmente de cinco até vinte mil volts). Na foto obtida por este processo, aparece uma luminescência felpuda ao redor dos contornos dos objetos fotografados, resultantes da ionização dos gases que ali se encontram, onde fótons são produzidos e ali ficam registrados.

Fotografias kirlianas registram a passagem de correntes pela resistência elétrica da superfície dos materiais, biológicos ou não, por intermédio de uma chapa metálica eletrificada colocada em oposição. Muito se especula sobre o que é registrado nas fotos. Numa visão mística, alguns entusiastas religiosos alegam que as imagens do halo registrado nas fotos, correspondem à aura, ainda que esse registro também ocorra com objetos, ferramentas ou pedras. De fato o que se registra nas imagens eletrografadas é apenas a resistência ou permeância elétrica do objeto em estudo. Céticos afirmam que grande parte dos halos são gerados pela umidade que ocorre naturalmente em todos os seres vivos, que se tornam ionizada devido aos campos elétricos de alta-tensão e alta-frequência utilizados nessa técnica e captados pela emulsão fotográfica.

A hipótese de o fenômeno registrado ser realmente a aura dos objetos fotografados é atualmente desacreditada em praticamente todos os meios, salvo em alguns círculos místicos que ignoram as evidências contra tal explicação. O maior argumento a favor da explicação aceita pela comunidade científica (e consequentemente contra a explicação mística para o fenômeno) é o fato de que a suposta aura não aparece se a fotografia for realizada no vácuo. Como a suposta aura defendida pelos esotéricos deveria continuar existindo no vácuo, ou em qualquer outra condição atmosférica, esse fato representou um duro golpe na explicação mística para a imagem registrada pela fotografia kirliana.



Aplicações práticas e rotineiras das fotografias kirlianas...
Apesar da atual controvérsia sobre a existência de evidências conclusivas e falta do reconhecimento pela comunidade científica internacional sobre a validade do seu uso na prática médica, a técnica da bioeletrografia é potencialmente útil para outras situações, como a análise da condutividade e disposição de superfície de condutividade. Estudos iniciais sugerem que a técnica pode ser utilizada pela mineralogia. Desde que o assunto surgiu na antiga União Soviética, muitas pesquisas foram feitas. Em 1999 a técnica foi reconhecida pelo Ministério da Saúde da Federação Russa e em 2000 pela Academia de Ciências da Rússia, sendo recomendado o seu uso nas instituições de saúde daquele país como um instrumento científico auxiliar de diagnóstico, recomendado para uso na prática médica.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O cristão pode brincar de RPG, jogos de roleta, tabuleiro, cartas e dados?

Muitos cristãos, no intento de demonstrarem zelo real pelo Senhor e por Sua soberania, afirmam que um genuíno filho de Deus não deve participar de brincadeiras que dependam da "sorte", afinal, os professos da fé cristã não devem ser dependentes do acaso, pois isto violaria a confiança no Senhor.
De outro lado, existem os cristãos que dizem não haver qualquer problema em se alegrar com jogos e diversões, não importando de que natureza sejam, afinal, o crente não está preso ao jugo deste mundo e por tais brincadeiras não se deixa levar.
Mas qual seria a posição bíblica?
Em outro lugar (clique aqui), já comentei sobre como desmantelar certos argumentos e heresias, de modo que não entrarei em minúcias no presente artigo. Aqui, porém, de modo bastante objetivo, procurarei responder, com breves sentenças, a licitude ou não do crente brincar com tais jogos.
Geralmente o argumento usado para não se poder brincar de RPG, jogos de roleta, tabuleiro, cartas e dados, diz respeito a que eles dependem da "sorte". Todavia, tal raciocínio, como todo o respeito, é muito fraco, pois se assim for, o chute, no futebol; o saque, no vôlei; o tiro, no alvo... também dependem de algum tipo de "sorte", isto é, em algum momento não temos o controle do que ocorre. Portanto, tal argumento não merece prosperar.
Outro argumento é o de que jogos desta natureza acabam viciando o cristão, o levando a uma vida dependente de tais coisas. Igualmente descabido. Ora, se a base fundante for que alguma coisa pode levar ao vício, então ter-se-ia que se proibir tudo, desde o maravilhoso churrasco, até o cortar da grama, pentear dos cabelos ou seja lá o que for. Até mesmo as bebidas alcoólicas deveriam ser proibidas aos cristãos, o que a Bíblia deixa claro que não é (clique aqui para ler)
Ainda outro argumento é que tais jogos foram criados, em sua maioria, por homens ímpios, isto é, contrários à fé cristã. No mesmo sentido acima, não cabe esta razão. Se isto for levado adiante, então o cristão deveria ir somente em supermercados de donos verdadeiramente cristãos, comprar o pão na padaria do crente, ir ao médico crente, abastecer o carro no posto de combustível do amado irmão... o que não vemos acontecer na Escritura. 
Um último argumento é de que, no Antigo Testamento, vemos o povo de Deus usando alguns elementos para "tirar a sorte" e entender a vontade de Deus, quando no Novo Testamento não vemos esta prática ou, ao menos, não de maneira tão recorrente. A questão, todavia, é distinta do que se está tratando. Até onde sei, nenhum cristão que brinca de RPG, jogos de roleta, tabuleiro, cartas e dados, o faz para saber a vontade do Senhor, mas, sim, tão somente para se divertir, tal como jogar futebol ou surfar.
Desta forma, se percebe que não há argumentos que convençam sobre a ilicitude de se brincar com tais coisas.
Entretanto, convém lembrar do precioso aviso: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pe 5.8). Receio que alguns cristãos, conquanto procurem fazer bom uso de sua liberdade em Cristo, acabam dando vazão ao pecado e, enquanto jogam, se esquecem (ou sequer sabem) de que Deus é plenamente soberano, de maneira que o dado cairá no número já predestinado, bem como a carta seguinte será a que Deus quer que seja. De nada adiantará ficar "bravo" com o número "que não sai" ou com a carta que não ajudou - se você estiver percebendo que isto ocorre com você, saiba que o laço está pronto e é melhor você se afastar destas brincadeiras (assim como de qualquer outra).
Uma vez que devemos fazer todas as coisas para a glória de Deus (1Co 10.31) e isto implica em reconhecer que é Ele quem designa e controla todas as coisas (ainda que sejamos responsáveis por nossos atos), devemos ser como nos recomenda a Escritura: "Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova" (Rm 14.22)
Assim, na próxima vez que for se divertir para a glória de Deus com RPG, jogos de roleta, tabuleiro, cartas e dados, lembre-se de verificar se tais coisas não estão lhe dando um gosto pela "sorte" ou o levando para caminhos perigosos. Se verificar que tudo segue bem e na santa paz de nosso Senhor, continue a brincar, assim como outros jogam futebol.
Para finalizar, levemos sempre conosco: "Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos" (1Co 8.9).
Que Deus nos abençoe.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Uma pérola preciosa para o Senhor Jesus


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Pérola de grande valor
João Cruzué

Até pouco tempo eu pensava que uma pérola era produzida por um grão de areia que invadia o interior de uma ostra, tal como uma pedra no sapato. Pode ser que em algum caso isso aconteça, mas naturalmente não é assim.  Desejei escrever esta mensagem, aproveitando a oportunidade de ouvir e  poder compartilhar. As  palavras de uma mensagem falam primeiro com seu autor. Como o azeite da viúva do capítulo do II Livro de Reis, elas tem o poder de encher as botijas das almas quando emborcadas na posição de dar.

"A pérola é  o resultado de uma reação natural do molusco contra invasores externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu interior. Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra. Ao defender-se do intruso, ela o ataca com uma substância segregada pelo manto, chamada nácar ou madrepérola, composta de 90% de um material calcário - a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o principal componente da parte externa da concha) e 4% de água. Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena bolota rígida. As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção de nácar seja distribuída de maneira uniforme. "Mas o mais comum é a pérola ficar grudada na concha, como uma espécie de verruga." Mundoestranho.abril.com.br.

Apenas uma em cada 10.000 conchas são infectadas por parasitas na natureza. Um fenômeno raro, pois a concha da ostra é uma defesa muito eficiente. E uma pérola esférica, perfeita, deve ser um evento ainda mais raro, considerando a probabilidade de apenas 100 ostras produtoras em um milhão de eventos.

As aflições e tribulações do crente são oportunidades para atuação da graça de Deus. "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" I Tessalonicenses 1.8. Certamente, Paulo não estava falando em um contexto de alegria, senão de lutas e perseguições. Creio que ninguém há que  ame viver sob tribulações, nem a própria ostra, pois isso nos tira da zona do conforto. No entanto, Deus tem planos diferentes. Se Ele quiser que nossa vida resplandeça como uma pérola de grande valor, permitirá que passemos por vales profundos.

Por mais inteligentes e intelectuais que formos, esta sabedoria é nada perante o conhecimento de Deus. E nunca é demais lembrar que por natureza somos inclinados à presunção e independência. Duas coisas que prejudicam um relacionamento mais íntimo com Deus.

Se você está debaixo de grande luta ou caminhando pelo vale da sombra da morte, não se esqueça de duas coisas: O Senhor não "te" abandonou. Da mesma forma que estava em silêncio, mas atento ao sofrimento de Jó e da viúva endividada, no tempo apropriado Ele  irá se manifestar e mudar a sua sorte.

E por fim, chegará o dia  que ele vai usar a sua vida, como uma pérola de grande brilho, para exemplo de vitória para consolar  e animar outros que passam pelas mesmas tribulações.

O pai do filho pródigo



Ele voltou!
JOÃO CRUZUÉ

Fui assistir hoje, pela décima vez, o filme Lutero. E sempre que o vejo, aprendo uma coisa nova ou descubro algo que antes não tinha prestado atenção. Desta vez, quase no final do filme, me deparei com a cena em que Lutero contava a parábola do filho pródigo para um grupo de crianças. 

--Por que aquele pai saiu correndo para abraçar o filho? perguntou. 


Eu imagino que todo mundo já saiba, mas de algum modo eu não tinha pensado nisto antes: por que aquele pai se preocupava tanto em estar presente quando o filho voltasse? É o que vamos ver.


Quando o filho pródigo voltou, poderia ter acontecido o mesmo que certamente ocorre na maioria das Sedes das grandes Igrejas evangélicas brasileiras: Nada!  São tantos que se desviam... uma boa desculpa para não comemorar.


Preocupados com tantas reuniões, pregações, convenções, prioridades... os levitas e sacerdotes de nossa época não mudaram, continuam tão religiosos quanto os personagens parábola do bom samaritanoE como tem irmão mais velho em nossos dias!


O pai do pródigo não se esqueceu do seu garoto. Ele o amava. E, todo dia olhava pelo caminho por onde o filho tinha se ido embora. Foi por isso que o avistou ainda longe, voltando para casa. Então saiu correndo ao encontro do moço, abraçou-o e beijou-o.

No filme, Lutero conta às crianças a história do Pai do filho pródigo: Sabem por que aquele Pai saiu correndo para abraçar o filho? Foi porque ele temia que o filho caçula fosse humilhado e mal recebido no dia que voltasse. Ele sabia que se isso acontecesse o jovem voltaria para comer com os porcos. 
Era exatamente isso que teria acontecido se a primeira pessoa a recebê-lo fosse, por exemplo,  seu irmão mais velho.


Esta atitude demonstrada por aquele pai tem um nome: chama-se compaixão. E  nesta  parábola, Jesus mostrou que o SENHOR Deus nosso Pai ama aqueles que batem à porta da Igreja procurando por um sorriso de aceitação e um abraço de perdão.


Ô Glória!

O AMOR DE DEUS DEMONSTRADO NA CRUZ




Por Pr. Silas Figueira

Texto base Jo 19.17-27

INTRODUÇÃO

O livro do profeta Isaías, no capítulo 53.4 nos diz que "certamente, Ele (Jesus) tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si..." Isaías nos fala da crucificação de Jesus de forma vívida. E essa profecia foi predita cerca de 800 anos a.C. Essa profecia se cumpriu cabalmente na vida de Jesus. Não só essa, mas muitas outras também.

Quando olhamos para o monte caveira e contemplamos a cruz que estava no meio, nós vemos o Senhor Jesus pagando um alto preço pelos nossos pecados. Vemos literalmente se cumprindo a profecia do profeta Isaías quando nos diz que "o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (ls 53.5b). Da mesma forma nos falou Pedro em sua primeira carta: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito" (1Pe 3.18). E como escreveu o apóstolo Paulo aos Colossenses: "tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz" (Cl 2.14). E Paulo escrevendo aos Gálatas nos diz também: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo,  a fim de que recebêcemos, pela fé, o Espírito prometido" (Gl 3.13, 14).

Quando eu olho para cruz de Cristo eu vejo, pelo menos, cinco coisas básicas:

1 - Quando olho para a cruz de Cristo eu vejo que aquela cruz era minha e sua, e não de Jesus (Jo 19.17).

Quando eu olho para cruz eu vejo que aquela cruz era para mim e para você. Apesar de o texto dizer que Jesus carregou a sua cruz... No entanto eu digo que aquela cruz era nossa, pois em Isaías 53.5 nos diz que "Ele, Jesus, foi transpassado pelas nossas transgressões...". Perceba que o texto é enfático quando diz "NOSSAS TRANSGRESSÕES", e não de Jesus.

Na verdade, Jesus carregou a cruz que seria de Barrabás. E quem foi Barrabás?  Este nos diz a Bíblia, era salteador e assassino (Lc 23.19; 25). Jesus foi morto na cruz no lugar de um assassino, no lugar de um desordeiro, em meu e no seu lugar.

Barrabás simboliza toda a humanidade em rebelião contra o nosso Deus. Veja o que o apóstolo Paulo nos fala em Efésios 2.1-3: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais".

Barrabás não era pior que nenhum de nós. Diante de Deus, todos nós éramos merecedores da morte eterna. Por isso que eu afirmo que AQUELA CRUZ ERA NOSSA. Há uma poesia do Gioia Junior que nos fala com muita propriedade o que estamos falando aqui. A poesia nos fala assim:

Nada era dele
Disse um poeta um dia,
Fazendo referência ao Mestre amado:
O berço que Ele usou na estrebaria,
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o manso jumentinho,
Que em Jerusalém chegou montado
E palmas recebeu pelo caminho,
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o pão - o suave pão,
Que foi por seu amor multiplicado
Alimentando a multidão
Por acaso era dele? Era emprestado!

E os peixes que comeu junto ao lago,
Ficando alimentado. Esse prato era seu? Era emprestado!

E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado
Mostrando à multidão qual o caminho
Por acaso era seu? Era emprestado!

E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos
Ao lado de Judas que o traiu, de Pedro, que o negou
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o berço tumular, que depois do calvário foi usado
De onde havia de ressuscitar
Por acaso era dele? Era emprestado!

Enfim, nada era dele!
Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele!
E a cruz que carregou e onde morreu,
Essas eram de fato de Jesus! "

Isso disse um poeta certa vez,
Numa hora de busca da verdade;
Mas não aceito essa filosofia
Que contraria a própria realidade.

O berço, o jumentinho, o suave pão,
Os peixes, o barquinho, a sepultura e o quarto
Eram dele a partir da criação;
Ele os criou - assim diz a Escritura;
Mas a cruz que Ele usou, a rude cruz,
A cruz tosca e mesquinha,
Onde meus crimes todos expiou,
Essa cruz não era sua! Essa cruz era minha!

Mas uma vez eu repito: aquela cruz era minha e sua!

2 - Em segundo lugar, quando eu olho para cruz de Cristo eu vejo o maior crime da história (Jo 18.38; 19.4, 6, 17, 18).

Jesus não havia cometido crime algum. Aliás, o próprio Pilatos sabia que por inveja é que o haviam entregado (Mt 27.18). Mas ele não teve coragem de enfrentar o povo. Também a sua esposa lhe pediu para não se envolver com aquele justo (Mt 27.19). Pilatos foi aconselhado a não se envolver, mas não tem como não se envolver com Jesus. Quer queira, quer não, todos nós estamos envolvidos com Jesus. Todos nós estamos envolvidos neste crime. Pois Jesus foi morto pelas nossas transgressões, como nos fala Is 53.5. Eu matei Jesus, você matou Jesus. Nós matamos o Senhor da vida.

Por isso, mais uma vez eu afirmo que este foi o maior crime da história, pois a Bíblia nos diz em 1Co 5.21 que "aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós...". E em Hb 4.15 nos diz que "antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado".

Infelizmente muitas pessoas não tem dimensão do quando é horrendo o pecado aos olhos do nosso Deus. A Bíblia nos fala que são os nossos pecados que nos afastam do nosso Deus. Isaías nos fala exatamente assim: "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Is 59.2).

Por isso que quando Cristo se deu na cruz por nós, Ele estava pagando um alto preço para nos reconciliar novamente com o Pai, pois essa harmonia havia sido quebrada por Adão no Paraíso (Gn 3). Mas da mesma forma como o pecado nos separou do Pai, Ele fez uma promessa de que nos reconciliaria consigo novamente. Veja o que Ele disse em Gn 3.15: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". E esta profecia se cumpriu em Cristo. Veja o que Paulo nos fala em Colossenses 2.14, 15: "Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz, e, despojando os principados e as potestsdes, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz".

A vitória de Cristo na cruz do calvário pôs fim ao império de Satanás sobre a vida do homem, principalmente sobre a vida do cristão. O autor de Hebreus nos diz que Jesus através de sua morte destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo (Hb 2.14). O diabo não tem poder sobre a vida da Igreja, pois somos filhos de Deus. E o apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos nos diz que o acusador foi derrotado e quem está em Cristo não sofre mais nenhuma condenação: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).

Por isso que mais uma vez afirmamos que a morte de Jesus na cruz foi o maior crime de toda a história da humanidade. Aquele que não tinha pecado, se fez pecado por nós.

3 - Em terceiro lugar, quando olho para cruz de Cristo, eu vejo que o Pai estava em Cristo cumprindo a Sua Palavra (Jo 19.23, 24, 28, 31-37).

A cruz não foi um acidente. Não foi algo que não estava nos planos do nosso Deus. Pelo contrário, tudo estava planejado desde a eternidade passada. Em Apocalipse 13.8 nos fala que o Cordeiro (Jesus) foi morto desde a fundação do mundo. Aliás, existe uma das passagens que mostra o Seu sacrifício de forma vívida; foi quando Abraão oferece Isaque em sacrifício. Assim como Abraão entregou o filho que amava em sacrifício ao Senhor, embora Isaque não fora sacrificado, mas o Pai foi até o fim quando entregou o seu Filho em sacrifício em nosso lugar.

Observe o quadro da cruz e veremos o cumprimento profético:
A sua morte na crucificação – Jo 19.17-27 conf. Is 53.
As vestes divididas - v. 23,24 conf. Sl 22.18.
A sede que Jesus teve - v. 28, 29 conf. Sl 69.21.
Seus ossos que não foram quebrados - v. 32, 33, 36 conf. Êx 12.46; Nm 9.12; Sl 34.20
Que Jesus seria transpassado - v. 37 conf. Zc 12.10, Ap 1.7.
Até onde Jesus seria sepultado já estava profetizado - Mt 27.59, 60 conf. Is 53.9.

Aquele que cobriu de bênçãos sem medida aos carentes e multiplicou o pão e peixe para alimentar as multidões, agora na morte está vendo as suas vestes sendo também divididas.

Aquele que disse que quem tivesse sede viesse a Ele (Jo 7.37, 38), agora no momento de sua sede lhe deram vinagre.

Aquele que, segundo as Escrituras, não esmagaria a cana quebrada, nem apagaria a torcida que fumega (Is 42.3; Mt 12.20), ou seja, Jesus não se desfaz do que ainda é. Ainda que não tenha nenhum valor aos olhos de muitos. Com a cana as crianças faziam flautas, mas quando ela se quebrava elas jogavam fora e faziam outra. Jesus nos acolhe ainda que não venhamos mais produzir mais nenhuma música, nenhum som, quando todos nos desprezam e querem nos jogar fora, o Senhor nos acolhe em seus braços. Como disse o Senhor em Isaías 49.15: "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho de seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti".

Da mesma forma o pavio da lamparina quando não dá mais luz necessária e só solta fumaça, deve ser substituído. Mas o Senhor diz para nós nesta noite que ainda que a nossa luz esteja fraca e não produzamos a mesma claridade, o Senhor não nos apaga, mas pelo contrário, renova as nossas forças e nos diz que ainda somos úteis em seu Reino. Pedro estava como numa cana quebrada e como um pavio que fumega, mas o Senhor o restaurou e Pedro se tornou um dos maiores líderes da Igreja Primitiva.

4 - Em quarto lugar, quando eu olho para cruz de Cristo, eu vejo o Rei dos reis e o Senhor dos Senhores (Jo 19.19, 20).

Pilatos, ainda que sem saber, estava mostrando ao mundo que aquele que estava pendurado naquela cruz era o Senhor dos Senhores, e, o mais importante triunfando sobre todos, apesar de parecer que não.

Pilatos escreveu um título e o mandou colocar no cimo da cruz dizendo: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. E é interessante que ele escreve em três idiomas, Hebraico, Grego e Latim.

O hebraico simboliza todo poder religioso.
O grego simboliza todo poder cultural e filosófico.
O latim simboliza todo poder bélico.

Em tudo que existe o Senhor Jesus é Senhor, é Rei. Ele é o Deus supremo. Veja o que nos diz Atos 2.32-36: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. Observe também o que nos fala o apóstolo Paulo em Filipenses falando da exaltação de Cristo: “...a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fl 2.8-11).

5 - E em quinto lugar, quando olho para cruz de Cristo eu vejo o amor do Pai se manifestando no Filho por nós (Jo 19.30).

TETELESTAI foi a palavra que Jesus disse na cruz. Está consumado. Está pago. Não há mais dívida.


TETELESTAI" é uma expressão grega que pode ser traduzida como "está consumado", "totalmente pago" ou "dívida cancelada". No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram registrados em um papiro conhecido como "cédula de dívida" ou "escrito de dívida". Ao cumprir a pena e chegando a ocasião de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado, riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes estavam apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! O indivíduo não devia mais nada à justiça. Estava livre da condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade.

O apóstolo Paulo se apropria desta figura jurídica para nos transmitir a profundidade do alcance da obra redentora de Cristo, pois como pecadores que somos, contra nós também há uma “cédula de dívida”, a saber, uma série de transgressões cometidas ao longo da vida. Esta cédula constitui-se em um poderoso instrumento de acusação. Ela nos silencia, nos humilha, pois não há como contradizê-la, não há como negá-la. Nela se registram todas as nossas maldades, todas as nossas mentiras, toda perversidade que praticamos. Ela aponta para a destruição dos que ali constam (Ap.20: 12). Entretanto, o apóstolo Paulo declara que Cristo “riscou o escrito de dívida, tirando-o do meio de nós, cravando-o na cruz”. Ou seja, Jesus Cristo com sua morte vicária (substitutiva), pagou a dívida que tínhamos para com Deus. Vale a pena lembrar que na cruz do Calvário, segundo o Evangelho de João (19:30), Cristo declarou “Está consumado!” (TETELESTAI), sendo, inclusive, sua derradeira palavra.                   

Quando falamos do amor de Deus nós o encontramos nas próprias palavras de Jesus quando Ele disse em Jo 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira...”

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” Jo 15.13.

E o apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos nos diz: “Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.7-10).

Deus nos prova o Seu grande amor para conosco através da morte do Seu Filho na cruz por nós.

CONCLUSÃO

Quando você olha para cruz o que você tem contemplado? Será que quando você olha para cruz você consegue contemplar a maior prova de amor já registrada na história, ou fica se lamentando que não é amado por Deus? O Senhor da glória não precisa demonstrar mais amor por nós, pois isso ele já o fez por nós quando nos deu o próprio Filho para morrer por nós na cruz pagando a nossa dívida. Creio que um dos textos que mostra isso de forma muito clara é João 3.14-17: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”.


Pense nisso e fique na Paz!