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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

NATAL:QUAL O MOTIVO DA MUSICA E ALEGRIA /

Natal: Qual o motivo da música e alegria?



Por Sillas Campos

O mês de Dezembro e esta época do natal é meu período do ano favorito! Gosto das músicas, enfeites, confraternizações, troca de presentes, abraços, demonstrações de gratidão e generosidade, declarações de amor, amizade, e clima festivo! Gosto das musicas de Natal! Tudo é paz! Tudo amor! … Cantai que o Salvador Chegou!… Tu deixaste Jesus, o teu reino de luz... mas minha favorita: Oh Noite Santa, de Adolphe Adam.

Interessante, o ateísmo não produz música alguma! Como cantar e se alegrar quando não acreditamos no Criador, em Sua graça, misericórdia, propósitos e providência? Como cantar quando acreditamos ser andarilhos existenciais, vítimas da sorte e do acaso?

Mas o cristão tem motivos de sobra para se alegrar, cantar e celebrar a vinda de Cristo ao mundo! Tanto é que o evangelho de Lucas, nos dois primeiros capítulos, ao tratar do nascimento de Cristo registrou cinco lindas músicas! Por isso, seu evangelho é o terceiro livro da Bíblia com maior numero de músicas. O primeiro é o livro de Salmos e o segundo é o livro de Apocalipse.

Eis os cânticos que registrados por Lucas:
O cântico de Isabel (1:41-45)
A cântico de Maria (1:46-55)
O cântico de Zacarias (1:68-79)
O cântico de Simeão (2:29-32)
O cântico dos anjos (2:14)

Por que há tanta musica, alegria e celebração no natal de Cristo? O próprio conteúdo destes cânticos responde satisfatoriamente a esta pergunta! Eis algumas respostas:

I. PORQUE AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO SE CUMPRIRAM!

Por isto Simeão disse: “Ó Soberano… podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos:…” (Lucas 2:29-32)

Veja bem, o pecado de Adão e Eva estragou tudo! Roubou nossa inocência, pureza, altruísmo, paz e segurança! E nos transformou em pessoas culpadas, impuras, egoístas, insatisfeitas, inseguras, e insubmissas ao governo de Deus! Nos colocou para fora do jardim! Quebrou nossa comunhão com Deus. Porém, em Genesis 3:15 Deus fez uma grande promessa e profecia! Que um dia “a semente da mulher” esmagaria a cabeça da serpente! E o Antigo Testamento identifica esta “semente” como o Messias, o Ungido de Deus, Emanuel! Deus conosco!

Depois desta profecia Deus deu mais de 100 outras profecias complementares! Elas estão espalhadas através do Antigo Testamento. Por meio de Seus profetas Ele revelou vários detalhes sobre a vinda e ministério do Seu Ungido. Apenas alguns exemplos:
Que ele nasceria de uma virgem (Isaias 7:14). 
Que ele viria da tribo de Judá (Gen. 49:10).
Que ele seria da linhagem de Davi (II Samuel 7:12-16).
Que por ocasião de seu nascimento haveria um infanticídio (Jer.31:15).
Que seus pais teriam que fugir para o Egito (Oséias 11:1)
Que ele nasceria em Belém-Efrata! (Miqueias 5:2)

Apenas considere a precisão desta ultima profecia. Setecentos anos antes de Cristo, Miqueias olha para o Mapa Mundi e profetiza: O Messias não nascera no Egito, nem na Arabia e nem em Roma, mas em Israel! Israel está dividido em 12 tribos, mas ele nascerá no território da tribo de Judá! Judá tem várias cidades, e apesar de seus pais morarem em Nazaré, ele nascerá na pequena vila de Belém!

Pense bem! Qual a possibilidade de um vidente, há 700 anos atrás, advinhar que um dos nossos presidentes nasceria em Pernambuco, Caetés, antigo distrito de Garanhuns!?? Só por Deus mesmo! Por isso Ele mesmo diz: “eu sou Deus e não há outro semelhante a mim. Eu anúncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam. O meu conselho permanecerá de pé e farei toda a minha vontade.” (Isaías 46:9-10)

Por que há tanta musica, alegria, e celebração no natal? Porque em Cristo centenas de profecias se cumpriram! Isto demonstra, mais uma vez, a fidelidade da Palavra de Deus!

II. POR QUE REALIZOU-SE O MILAGRE DA ENCARNAÇÃO!

Logo no início do seu cântico Zacarias faz alusão ao milagre da encarnação. Ele diz: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo (Lucas 1:68). João deixa isto mais claro quando afirma: “No principio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era Deus. … Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:1 e 14)

A Palavra tornou-se carne! Através deste milagre Deus revela seu grande interesse, bondade, amor, compaixão, misericórdia, e graça por nós pecadores! Um sitiante tinha dificuldade com essa verdade. Durante o culto de Natal, quando se falava sobre a encarnação, ele se retirou e voltou para casa. Como fazia muito frio, chegando em casa ascendeu o forno a lenha. A luz e o calor atraiu alguns passarinhos que se aproximaram da janela. O sitiante sentiu pena deles! Por isso abriu a porta e tentou incentivá-los a entrar. Mas eles fugiam com medo da sua presença! Frustrado ele pensou: Ah, se eu pudesse me transformar num passarinho e falar a sua língua… e dizer a eles que eu não sou um inimigo, mas que eu os amo, apenas quero salvá-los. Naquele exato momento o sitiante entendeu o milagre da encarnação! E seu coração encheu-se de alegria!

Por que há tanta musica, alegria, e louvor no natal? Primeiro, porque em Cristo centenas de profecias se cumpriram! Segundo, porque realizou-se o milagre da encarnação!

“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.”

“Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.

III. POR QUE O PROBLEMA DO PECADO FOI RESOLVIDO!

Veja esta verdade em duas partes do cantico de Zacarias.

Primeira: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi, (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade)…” (Lucas 1:68-70) 

Segunda: “para dar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados, por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz”. (Lucas 1:77-79)

No Natal o Cristão não celebra o nascimento do bebe Jesus… mero símbolo de humildade, pureza e amor. Na verdade ele é tudo isto e muito mais! Zacarias louva a Deus porque no menino Jesus ele vê: 1) O Redentor. 2) Que veio até nós, que vivemos nas trevas e na sombra da morte! 3) Veio para promover poderosa salvação. 4) Veio trazer uma mensagem de perdão dos pecados por meio das ternas misericórdias de Deus!

Como bom Judeu, Zacarias era conhecedor do Antigo Testamento, sabia que o mesmo testificava e apontava para Jesus Cristo! Sabia que, de forma progressiva, o mesmo revelava o caráter e a missão do Messias. Sabia que:
Em Genesis ele é apresentado como o Descendente da mulher (que esmagaria a cabeça da serpente).
Em Êxodo, como o Cordeiro pascal (cujo sangue inocente nos liberta do anjo da morte).
Em Levítico, como nosso Sumo Sacerdote! (que intercede por nós)
Em Deuteronômio, como nosso Profeta! (que nos traz a Palavra de Deus)
Em Josué, como o Capitão da Nossa Salvação!
Em Juízes, como o nosso Legislador e Juiz.
Em Rute, como o nosso Redentor (que nos resgata do pecado).
Em I e II Samuel, como nosso Profeta Fiel e Verdadeiro!
Em Reis e Crônicas, como nosso Soberano Rei.
Em Salmos, como nosso Bom Pastor!
Em Provérbios, como nossa Sabedoria!
Em Isaias, como o Maravilhoso Conselheiro! Deus forte! Pai da Eternidade! Príncipe da paz!
Em Jeremias, como o Profeta que chora!
Em Ezequiel, como Aquele que nos chama do pecado!
Em Daniel, como o quarto homem na fornalha de fogo.
Em Oséias, como o marido q resgata e perdoa sua esposa infiel.
Em Jonas, como o Grande Missionário! (que nos chama ao arrependimento para com Deus)
Em Miquéias – o Mensageiro da Paz!

Por isso quando o Cristão pensa no Natal, ele pensa no grande amor de Deus que enviou “Seu único Filho” para resolver nosso pior problema — o pecado! D.A.Carson disse:
Se nossa maior necessidade fosse econômica, Deus nos teria enviado um economista!
Se nossa maior necessidade fosse entretenimento, Ele nos teria enviado um comediante ou um artista.
Se nossa maior necessidade fosse estabilidade política, Ele nos teria enviado um político.
Se nossa maior necessidade fosse a saúde, Ele nos enviaria um medico.
Mas Deus sabia que a nossa maior necessidade envolvia nosso pecado, nossa alienação Dele, nossa profunda rebelião, cuja consequência é a morte, e Ele nos enviou um Salvador.

Concluindo, no Natal, o cristão, olha para manjedoura e vê: As profecias se cumprindo! O milagre da encarnação sendo realizado. Jesus vivendo uma vida perfeita (sem nenhum pecado). Jesus pregando o arrependimento para com Deus. Jesus morrendo por nossos pecados. Jesus ressuscitando com poder e grande glória! Vemos Jesus dizendo:

“Todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. Mas se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres!” 

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.”

“Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.

Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:38-40

Tendo crido, recebemos o perdão dos pecados, e vendo o Espírito Santo transformando nossos valores, atitudes, palavras e ações crescemos na certeza da nossa salvação! Por isso cantamos e nos alegramos no Natal de Cristo!

Se você ainda vive nas trevas do pecado, na sombra da morte, agora mesmo ore a Deus, e peça que, pelas suas ternas misericórdias, Ele lhe dê arrependimento, fé em Jesus Cristo, perdão dos pecados e salvação eterna!


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

É a obediência necessária para a salvação?



A questão sobre a relação da obediência e a salvação não deve ser menosprezada, pois tal relação é evidente nas escrituras. Entretanto, a questão que se nos impõe nesse artigo é: A obediência produzir a salvação? Que existe deliberada relação entre obediência e salvação nas escrituras não se pode negar, contudo, devemos nos perguntar: Existe causalidade entre um e outro? É a salvação que promove a obediência, ou a obediência que promove a salvação?

Segundo nos instrui Mateus, o jovem rico teria perguntado ao nosso Senhor: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mat.19.16). A este Jesus respondeu: “Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos” (v.17). Ao que esse texto parece indicar, nosso Senhor ensina que a obediência à Lei é um requisito para a Salvação. Paulo também parece favorecer a esse conceito quando diz: “Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a Deus” (Rm.15.18). Esse texto parece indicar que a missão de Paulo era de levar os gentios à obediência a Deus, como uma missão de salvação. Será que a obediência é necessária para alguém chegar a salvação?

1. A obediência como causa da salvação

Em primeiro lugar, devemos colocar em perspectiva o diálogo entre Cristo e o Jovem rico. Observe primeiramente que a questão do jovem estava equivocada: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mat.19.16). Esse jovem acreditava que a vida eterna era resultado da qualidade do seu esforço. Contudo, Cristo ao invés de exortá-lo pela incoerência de sua afirmação, Ele responde à altura da sua pergunta: (1) Primeiro ele qualifica o sentido do termo bom (Bom só tem um!) e então (2) Ele quantifica a extensão da bondade requerida (Obedeça os mandamentos!).

O plural do termo “mandamentos” indica que Cristo tem em mente todos os mandamentos apresentados na Torá, ao invés de uma lista restrita. Em outras palavras, se bondade é o caminho da salvação, perfeição é necessária. Como a desobediência de somente um ponto da lei tornaria o homem culpado de toda ela (Tg.2.10), Cristo ensina nessa parábola que para o homem a salvação é impossível (Mat.19.26), se a obediência é o caminho escolhido. Em outras palavras, o foco dessa perícope não é estabelecer que a obediência causa a salvação, mas que a obediência a Lei não pode levar a salvação! 
Isso coloca por terra os argumentos infundados dos indoutos que defendem que a obediência é a causa da salvação. Há aqueles que se abstém do convívio dos incrédulos por não suportarem sua desobediência aos mandamentos divinos. Há aqueles que evitam e/ou são evitados por sua constante e irritante mania de tentar cercear a pecaminosidade de outros, como se isso fosse um serviço divino. Se sentem arautos da moralidade divina e querem impor suas preferências morais como forma de expandir a influência do Reino de Deus. Entretanto, todas essas iniciativas à parte da Graça encontrada Somente em Cristo não tem valor eterno e servem apenas para exaltar o ego do religioso orgulhoso que se considera juiz dos homens.

Alguns o fazem de modo tão persuasivo que existe pessoas que jamais encontraram a Cristo como salvador, mas por se submeterem a um rígido código moral (que eventualmente nem ético é) pensam ser portadores da luz divina, quando na verdade são apenas homens e mulheres enganados pela religiosidade vazia. Esse é o grande perigo do LEGALISMO! Ele impõe a obediência como fundamento da salvação e condena os desobedientes. É nada mais que uma perversão da verdade e um modo de aprisionamento religioso. Não salva e não pode salvar! É moralidade vazia, é legislação sem vida. É a mais cruel forma de aprisionamento religioso. É avesso à Cruz e a Cristo. É contra a Glória de Deus.

2. A obediência como salvação

Em segundo lugar, nós precisamos colocar em perspectiva algumas informações das escrituras relacionadas com a salvação e a obediência. Paulo, por exemplo, usava os termos “fé” e “obediência” de modo intercambiável. Observe que em Rm.1.8 ele afirma “que a vossa fé é anunciada em todo o mundo“, mas em 16.19 ele afirma: “pois a vossa obediência chegou ao conhecimento de todos“. Nesse caso, Paulo usa o mesmo conceito em termos que parecem antagônicos. Entretanto, esse sentido é visto claramente em Rm.15.18: “Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a Deus“. Aqui é evidente a consideração de Paulo sobre o início da fé como obediência a Deus. Obviamente ele não tem em mente a moralização do mundo, como alguém poderia sugerir, mas sua evangelização: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co.2.2).

Essa co-relação é também exposta em sentido negativo, pois Paulo quando refere-se a judeus não convertidos ele diz: “Porquanto, ignorando a justiça que vem de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se submeteram à justiça de Deus“. A não sujeição, ou desobediência à Justiça que vem de Deus faz com que os judeus estejam fora da participação da fé salvadora. De modo semelhante Paulo diz em Rm.10.16: “No entanto, nem todos obedeceram ao evangelho“. A resposta ao evangelho foi entendida por Paulo como um ato de obediência, mas isso não significa que a obediência seja o meio de recebimento da salvação. Isso significa que a fé em Cristo é uma resposta obediente ao decreto salvífico de Deus.

Esse conceito é bem visto na conhecida declaração de Paulo sobre os gentios e judeus, antes e depois da fé, em Rm.11.30-32: “Assim como vocês, que antes eram desobedientes a Deus mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês. Pois Deus colocou todos sob a desobediência, para exercer misericórdia para com todos”. Em 2Co.9.13 a fé é vista como a submissão da confissão do evangelho de Cristo: “glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo”. Nesse texto a NVI traduziu a obediência que acompanha a confissão, o que segmenta o conceito de “obediência como demonstração de fé” em “obediência que segue a confissão“. Caso seja isso verdadeiro, a fé acontece antes da obediência, o que nos soa muito mais sensato.

O que isso nos instrui é que, para Paulo, a aceitação da mensagem aparece com um ato de obediência, pois a mensagem do evangelho está centrada no reconhecimento de Cristo morto e ressurreto como Senhor além de exigir a renúncia da autocompreensão antes da fé, e a inversão da direção volitiva (i.e. conversão). Essa obediência da fé é de fato a obediência verdadeira, aquela que a lei havia exigido, mas pelo mau uso da lei os judeus a reprimiram e instituíram a justiça própria como meio para se gloriarem nas obras da lei. Contudo, a atitude do homem debaixo da fé é radicalmente antagônica a do judeu, observe: “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1Co.4.7). Isso por que a Salvação oferecida por Deus tem por objetivo “que ninguém se glorie” (1Co.1.29; Ef.2.8-9), mas “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co.1.31; 2Co.10.10), como o fez Abraão (Rm.4.20).

A implicação dessa submissão a Cristo como Senhor para participação da fé, não significa que a salvação vem pelo reconhecimento e submissão do senhorio de Cristo, mas implica na inabilidade das obras pessoais, ou da justiça própria para a salvação. É o reconhecimento humilde da impossibilidade de auto-salvação, e a plena dependência aos méritos de Cristo como único mediador entre Deus e os homens. Em outras palavras, crer é obedecer, ou submeter-se a Deus. Com essa compreensão em mente, podemos compreender o que Paulo que dizer quando chamou os judeus de rebeldes em Rm.15.31 (eles não crêem, portanto rejeitam).

Nesse sentido, a concepção de Paulo afirma que a fé não acontece primariamente com arrependimento e conversão (demonstrado pelo pouco uso que essas palavras tem na literatura paulina), mas com a obediência que renuncia a justiça própria. O princípio fundamental, portanto, é que a Graça divina foi manifesta em Cristo Jesus (Rm.3.21-4) que agora conclama todos os homens (1Tm.2.4; Tt.2.11) para si mesmo (2Co.5.19) por meio do ministério da igreja (1Co.1.21), e a fé (Ef.2.8) é a resposta obediente a esse chamado.

3. A salvação como causa da obediência

Por fim, precisamos colocar em ordem a relação entre salvação e obediência. Como já demonstrado, a obediência é incapaz de produzir a salvação. Também já vimos que eventualmente as escrituras (especialmente Paulo) usa o conceito da fé salvadora como um ato de obediencia. Agora, resta-nos demonstrar que a obediência verdadeira é produzida pela salvação. É Pedro quem nos ensina que os eleitos são eleitos para a obediência, e não o inverso: “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1Pe.1.2). As preposições aqui fazem toda a diferença e merecem ser observadas com atenção. As expressões “segundo” (prep. gr. κατα), “em” (gr. εν) e “para” (gr. εις) são usadas com cada uma das pessoas da Trindade e oferecem a descrição do processo da salvação.

(1) Os cristãos são eleitos por Deus segundo a presciência divina, e não por causa da presciência divina. Em outras palavras, o conhecimento prévio de Deus não foi a causa da escolha, mas a escolha estava em conformidade com ela. Para Pedro a determinação divina e Seu conhecimento antecipados dos fatos não estavam em conflito (At.2.23), e representam a Suprema Soberania Divina sobre a história humana (1Pe.1.20).

(2) Os cristãos são eleitos por meio da santificação do Espírito Santo. A preposição grega εν aqui funciona como um um dativo de instrumentalidade que manifesta o meio pelo qual a ação da eleição é realizada. Em outras palavras, “Deus [n]os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito” (2Ts.2.13). É a ação do Espírito Santo o meio pelo qual a eleição é realizada. Isso manifesta que a ação humana em resposta à escolha divina é precedida/acompanhada pela obra Santificadora do Espírito Santo.

(3) Os cristãos são eleitos para a obediência. Por fim, a ação divina é que aquele que foi salvo por sua Graça seja então obediente. A obediência, portanto, segue a obra santificadora do Espirito Santo, e consequentemente é parte da manifestação da mesma. A também preposição εις manifesta o objetivo pelo qual nós fomos salvos, isto é, nos fomos salvos para obedecermos. Isso é complementado pela expressão “aspersão do sangue de Jesus Cristo“, que denota a consagração ministerial (cf. Ex.29.21; Lv.8.30; Hb.10.22).

Em outras palavras, as escrituras afirmam que a salvação precede a obediência, e que na verdade, a eleição é o fundamento da obediência cristã. Isso não significa que homens não regenerados não possam agir em conformidade com a estipulação moral divina (Rm.2.14-15; cf. At.10.1-2), mas segundo a escritura a tal conformidade não é fundamento para a salvação. O evangelho é necessário para a salvação (cf. At.4.12; At.10.36-43), e para o salvo a obediência é exigência (1Jo.2.3-11; cf. Para o Cristão a Obediência é Exigência).

Fonte: NAPEC

Jesus, o Deus que vestiu pele humana



Por Rev. Hernandes Dias Lopes

O apóstolo João, mais do que os outros evangelistas, falou-nos acerca da divindade de Jesus Cristo. No prólogo de seu evangelho já deu o rumo de sua obra: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Depois de falar que esse Verbo foi o agente criador e também o doador da vida, anunciou de forma magistral: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14). Destacamos, portanto, aqui, quatro grandes verdades sobre o Verbo de Deus.

Em primeiro lugar, a eternidade do Verbo. “No princípio era o Verbo…” (Jo 1.1). Quando tudo teve o seu começo, o Verbo estava lá, não como alguém que passou a existir, mas como o agente de tudo o que veio à existência. O Verbo não foi causado, mas ele é causa de tudo o que existe. O Verbo não foi criado antes de todas as coisas, mas é o criador do universo no princípio (Jo 1.3). Se antes do princípio descortinava-se a eternidade e se o Verbo já existia antes do começo de tudo, o Verbo é eterno. A eternidade é um atributo exclusivo de Deus. Só Deus é eterno!

Em segundo lugar, a personalidade do Verbo. “… e o Verbo estava com Deus…” (Jo 1.1). No princípio o Verbo estava em total e perfeita comunhão com Deus. A expressão grega pros ton Theon traz a ideia que o Verbo estava face a face com Deus. Como Deus é uma pessoa e não uma energia, o Verbo é uma pessoa. O Verbo é Jesus, a segunda Pessoa da Trindade. Isso significa que antes da encarnação do Verbo, ele já existia e, isso, desde toda a eternidade e em plena comunhão com o Pai. Jesus não passou a existir depois que nasceu em Belém. Ele é o Pai da eternidade. Nas palavras do Concílio de Nicéia, ele é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai.

Em terceiro lugar, a divindade do Verbo. “… e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O Verbo não é apenas eterno e pessoal, mas, também, divino. Ele é Deus. Ele é a causa não causada. A origem de todas as coisas. O criador do universo. Ele é o verbo, ou seja, o agente criador de tudo que existe, das coisas visíveis e invisíveis. O Deus único e verdadeiro constitui-se em três Pessoas distintas, porém, iguais; da mesma essência e substância. O Verbo não é uma criatura, mas o criador. Não é um ser inferior a Deus, mas o próprio Deus. Embora, distinto de Deus Pai, é da mesma essência e substância. Ele é divino!

Em quarto lugar, a encarnação do Verbo. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Aqui está o sublime mistério do Natal: O eterno entrou no tempo. O transcendente tornou-se imanente. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura. Deus se fez homem, o Senhor dos senhores se fez servo. Aquele que é santo, santo, santo se fez pecado por nós e o que é exaltado acima dos querubins, assumiu o nosso lugar, como nosso fiador. Ele se fez maldição por nós e, sorveu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus, morrendo morte de cruz, para nos dar a vida eterna. Jesus veio nos revelar de forma eloquente o amor de Deus. Não foi sua encarnação que predispôs Deus a nos amar, mas foi o amor de Deus que abriu o caminho da encarnação. A encarnação do Verbo não é a causa da graça de Deus, mas seu glorioso resultado. Jesus veio ao mundo não para mudar o coração de Deus, mas para revelar-nos seu infinito e eterno amor. Essa é a mensagem altissonante do Natal. Esse é o núcleo bendito do Evangelho.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Jesus

O NOME DE JESUS CRISTO

Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega Χριστός (Khristós) que significa "Ungido".1 O termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), transliterado para o português como Messias. 

ישו כריסטו : JESUS CHRISTO

ישוע JESUS
ישו JESUS
ישו הנוצרי JESUS CRISTO
ישו ישו הגואל JESUS CRISTO REDENTOR
פסל ישו הגואל CRISTO REDENTOR
O nome Jesus vem do hebraico ישוע (Yeshua ), que significa "Javé/Jeová (YHVH) salva". Foi também descrito por seus seguidores como Messias (do hebraico משיח (mashíach, que significa ungido e, por extensão, escolhido ), cuja tradução para o grego, Χριστός (Christós), é a origem da forma portuguesa Cristo. 
Nos livros de Novo Testamento, Jesus é mostrado não só com o seu próprio nome mas também com vários epítetos e títulos (A lista está em ordem decrescente de frequência):
• "Jesus"
• "Cristo". Literalmente significa "ungido", e foi posteriormente associado ao Messianismo. Na época de Jesus, o Cristo era esperado pelo povo judeu, especialmente para promover um resgate social e político. 
• "Senhor". Utilizado principalmente no livro de Atos dos Apóstolos e nas cartas. O título honorífico, em grego clássico é desprovido de valor religioso, mas é particularmente significativa a aplicação dele a Jesus, pela associação que a Septuaginta faz deste título com o termo hebraicoיהוה (YHWH), que é um dos nomes de Deus. 
• "Filho do Homem." Na tradição judaica tardia, a expressão tinha uma forte conotação escatológica. 
• "Filho de Deus". No Antigo Testamento, a expressão indica uma relação estreita e indissociável entre Deus e um homem ou uma comunidade humana. No Novo Testamento, o título assume um novo significado, indicando uma filial real. 
• "Rei". O atributo da realeza foi relacionada com o Messias, que era considerado um descendente e herdeiro do Rei Davi. Jesus, apesar de se identificar com o Messias, rejeitou as prerrogativas políticas do título. 
Alguns dos seus outros títulos são: Rabi (ou Mestre) Profeta Sacerdote, Nazareno, Deus, Verbo, Filho de José e Emanuel. 
Além disso, especialmente no Evangelho segundo João, são aplicadas a Jesus expressões alegóricas como: Cordeiro, Cordeiro de Deus, Luz do Mundo, pastor, Bom Pastor, Pão da Vida, pão vivente, pão de Deus, porta, Caminho e Verdade. 

CRISTO:
Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega Χριστός (Khristós) que significa "Ungido". O termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), transliterado para o português como Messias.
A palavra geralmente é interpretada como o sobrenome de Jesus por causa das várias menções a "Jesus Cristo" na Bíblia. A palavra é, na verdade, um título, daí o seu uso tanto em ordem direta "Jesus Cristo" como em ordem inversa "Cristo Jesus", significando neste último O Ungido, Jesus. Os seguidores de Jesus são chamados de cristãos porque acreditam que Jesus é o Cristo, ou Messias, sobre quem falam as profecias da Tanakh (que os cristãos conhecem como Antigo Testamento). A maioria dos judeus rejeitam essa reivindicação e ainda esperam a vinda do Cristo (ver Messianismo judaico). A maioria dos cristãos esperam pela Segunda vinda de Cristo quando acreditam que Ele cumprirá o resto das profecias messiânicas.
A expressão "Jesus Cristo" surge várias vezes nos escritos gregos da Bíblia, no Novo Testamento, e veio a tornar-se a forma respeitosa como os cristãos se referem a Jesus, Homem Judeu que, segundo os evangelhos, nasceu em Belém da Judeia e passou a maior parte da sua vida em Nazaré, na Galileia, sendo por isso chamado, às vezes, de Jesus de Nazaré ou Nazareno. O título Cristo, portanto, confere uma perspectiva religiosa à figura histórica de Jesus.
A área da teologia cujo foco é a identidade, vida, e ensinamentos de Jesus é conhecida como Cristologia.
Khristós no grego clássico poderá significar coberto em óleo, sendo assim uma translação literal de Messias.

a supremacia de Deus

ALERTA AO POVO DE DEUS: A SUPREMACIA DE DEUS!













Meus irmãos e minhas irmãs, hoje vim abordar um tema muito sério a vista desse dizer ''A supremacia de DEUS.''

A palavra supremacia significa supremo, poderoso, autoridade suprema, poder absoluto. E como sabemos DEUS é poderoso e é supremo porque tudo está debaixo da sua vontade e tudo está sob o seu divino controle. Uma coisa que tenho visto e tem chamado a minha atenção, são as falsas doutrinas, e principalmente as falsas filosofias de homens e que por intermédio delas os homens tem anulado a supremacia de DEUS no sentido de mentir e dizer que DEUS não tem controle de nada. Vejamos, como o homem é usado pelo inimigo para semear suas filosofias e doutrinas de demônios, e inclusive a própria palavra nos diz que aconteceria.


Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; (1 Timóteo 4:1)

Bem como nos foi alertado isso aconteceria , e está acontecendo e acontecerá sem sombra de dúvidas porque é profético. A gora como é de meu costume mostrar tudo muito claro e explicito vou citar exemplos de pessoas que negam a supremacia de DEUS.

Um exemplo claro são os desviados, que fundaram a filosofia da adulteração da palavra, essas pessoas dizem que a palavra de DEUS foi adulterada. Agora, como DEUS permitiria que o homem adulterasse a sua palavra? Ora se DEUS permitiu que adulterassem a sua palavra que é o que testifica DELE então como ELE falaria conosco? Ou então como nós saberíamos as características que tem esse DEUS ou quais são os seus estatutos? Logo vemos que o homem quer passar por cima da supremacia e do controle de DEUS. Muitos pensam que DEUS está no céu, e que o homem é o próprio Deus da terra, mas estão completamente enganados porque o mesmo DEUS do céu é o mesmo DEUS da terra.
Então DEUS não permitiria que a sua palavra fosse adulterado porque ele é JUSTO e com certeza daria o livre acesso a toda criatura para que aprendessem e meditassem na suas palavras que são palavras de salvação e de justiça, e essa é uma promessa que ELE fez através de JESUS CRISTO ainda quando estava em carne na terra:

E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. (Mateus 24:14)

Então vemos que DEUS é fiel porque a sua palavra está em todos os continentes e está em todo o mundo sendo pregada para todas os povos de diversas línguas e nações. Então vemos que a palavra além de ser fiel é verdadeira justamente pela supremacia do DEUS TODO PODEROSO. 
O SENHOR tem tudo sob o seu controle e tudo está debaixo do seu querer, haja vista que DEUS é DEUS e não á outro fora DELE. DEUS levanta homens, DEUS abre o mar para o seu povo passar ELE tudo pode. Por tanto o homem que diz que sua palavra foi modificada é um mentiroso e nega a supremacia de DEUS enganando o povo com doutrinas de demônios. Eles trazem o espírito da divisão e da confusão para as mentes das pessoas e muitas tem blasfemado O SANTO ESPÍRITO por causa dessas falsas filosofias.

Outro aspecto são os que negam o nome de DEUS e de JESUS CRISTO eles endemonizam o nome DO SENHOR E DO SALVADOR porque negam a supremacia de DEUS. Vocês acham que DEUS permitiria que a sua palavra chegasse aos povos que não sabem ler e muito menos escrever de uma forma distorcida trazendo assim o engano para as pessoas? DEUS não permitiu que o homem fizesse isso por duas coisas. Uma porque ELE é supremo e outra porque o que ele diz ele cumpre então como ELE diz que o evangelho do reino chegaria a todas as nações então com certeza esse evangelho chegaria totalmente limpo, fiel e verdadeiro. DEUS é supremo, e o homem se diz servo de DEUS O nega falando bobagens que provém de satanás e caindo em repentina destruição, porque com a supremacia DE DEUS não se brinca.

Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? (Isaías 43:13)

Irmãos eu sei que serei criticado e que um bocado de ignorantes comentarão esse texto com rispidez e com suas próprias filosofias, porém eu lhes alerto não menospreze a supremacia de DEUS não anulem o controle de DEUS sob todas as coisas, porque vocês estarão trazendo sobre vocês e sobre muitas almas repentina destruição então vigiem e sejam humildes e aceitem que este DEUS se fez carne morreu tanto para os JUDEUS quanto para os GENTIOS então ambos tem livre acesso as escrituras porque DEUS É SUPREMO E JUSTO E LOUVADO SEJA ELE POR ISSO.

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; (João 5:39)


Que a paz e o amor de JESUS CRISTO esteja com todos.
DEUS os abençoe em O NOME DE JESUS

PELA GRAÇA E MISERICÓRDIA DE DEUS

                   Cezar S D S Scholzea

sábado, 14 de dezembro de 2013

Maldição hereditária: eu acredito

Maledicência1
Por Maurício Zágari

Sim, eu creio em maldição hereditária. Não, não estou falando do tipo de maldição hereditária que você está pensando. O conceito amplamente difundido a define, em resumo, como a transmissão de um pecado (e suas consequências) de pai para o filho, depois para o neto, depois para o bisneto e assim por diante, o que abriria as portas para o Diabo agir em sucessivas gerações de uma mesma família. Absolutamente não é sobre isso que desejo falar. Quero tratar aqui de um conceito que eu mesmo inventei, a partir menos da teologia e mais da etimologia, ou seja, do significado das palavras. Assim, creio em um conceito de “maldição hereditária” que elaborei e que vejo como extremamente pernicioso. Permita-me explicar.

“Maldição”, pelo dicionário, pode significar “praga”, que é o sentido mais popular do termo. Só que a palavra tem a mesma raiz de “maldizer” (“maldito” seria, então, alguém sobre quem foi dito algo que não é bom, mas mal, logo, é “mal-dito”). Ou seja, “amaldiçoar” pode ter o sentido tanto de “rogar uma praga” quanto de “falar mal”, “promover maledicência”. E maledicência é a fofoca, a conversa escarnecedora, o tititi maldoso, a crítica destrutiva, o desdém pelas conquistas alheias, a conversação invejosa, as palavras que desqualificam o que é diferente só por ser diferente do que eu sou ou acredito, o desmerecimento de algo que é importante para o outro. Abrange desde o “vou te contar o que fulano fez mas é só pra você orar” até o sarcasmo e a ironia ao se referir ao próximo ou a algo relacionado ao próximo. Falar mal é… falar mal.

Já “hereditária” se refere a algo “que se recebe ou se transmite por herança” ou “que vem dos pais, dos antepassados”. Aqui me permito extrapolar esse sentido “familiar” para algo que se adquire não só de pai para filho, mas que faz parte do DNA cultural de um determinado grupo, ou seja, uma família, uma sociedade, uma turma de amigos ou mesmo uma igreja. Por esse conceito, por exemplo, o hábito de membros de determinada denominação se saudarem uns aos outros com “graça e paz”, “a paz do Senhor” ou “paz e bem” faz parte da hereditariedade desse grupo específico, do seu código genético cultural. É aquela coisa que um começa a fazer, o outro imita e logo todos adotam como algo natural e espontâneo.

Assim, juntando essas duas acepções do termo, o significado que inventei para “maldição hereditária” não tem nada a ver com um pecado ou uma praga passada sobrenaturalmente entre sucessivas gerações de uma família, mas sim à cultura de um grupo humano específico de praticar habitualmente a maledicência. Em outras palavras, o hábito disseminado em um determinado núcleo de pessoas de falar mal de outras. Portanto, sim, nesse sentido eu creio em “maldição hereditária”, pois vejo com muita frequência grupos em que falar mal de terceiros é tão natural como beber água. E estou me referindo a grupos de cristãos.

Sejamos sinceros: falar mal do próximo é algo que absolutamente todo mundo faz, em escalas diferentes e de formas distintas. É natural a seres humanos dizer coisas sobre outros seres humanos que configurem um certo grau de maledicência. Todos nós fazemos isso e negar seria hipocrisia. Mas estou me referindo a um patamar mais grave do problema. O que vejo é que existem certos grupos em que a maledicência, o maldizer, é visto de certo modo como uma virtude, algo natural, desejável e até engraçado. Em que há um certo orgulho por falar mal. É um jeito de ser que cria laços de intimidade entre os integrantes. Eles esperam que os outros membros daquele núcleo falem mal e os que não o fizerem acabam deslocados dos demais. Nesses grupos, o principal alvo de sua língua ferina em geral são os diferentes. Aqueles que, de algum modo, não compartilham daquilo que para os maledicentes culturais é habitual, valioso ou natural – sejam gostos, preferências, estilos de vida, ideias, valores e similares. Tristemente, isso acontece muito no nosso meio cristão.

É importante frisar que não estou me referindo a uma crítica saudável, construtiva ou, até mesmo, a conversas apologéticas válidas sobre aspectos errados ou heréticos de certos setores da igreja. Essa é a boa crítica e não configura falar mal, mas sim apontar erros com boa intenção, por amor à sã doutrina. Eu me refiro a falar mal mesmo, no sentido mais pejorativo do termo. Aquele maldizer que tem um certo veneno, uma “pimentinha”, que é uma boa dose de pura maldade. Você sabe do que estou falando.

Diga-me se estou errado: sente em volta de uma mesa com certos grupos pentecostais e você verá que não demorará muito para que comecem a falar mal dos irmãos de igrejas tradicionais, chamando-os de “frios” e coisas similares. Desdenhando e, de certo modo, inferiorizando. O mesmo sentimento você encontrará em grupos de tradicionais que maldirão e depreciarão muitos aspectos do meio pentecostal. Outro exemplo é a eterna querela reformados (calvinistas) versus arminianos, em que a maledicência ocorre com uma frequência impressionante em certos círculos. Voam farpas dos dois lados, com comportamentos que vão das piadinhas a comentários agressivos e ofensivos. Uma tristeza.

Uma das áreas em que esse meu conceito de “maldição hereditária” cresce cada dia mais é na musical. A coisa mais comum é você ouvir pessoas que preferem um certo gênero ou estilo no louvor falar tudo o que você possa imaginar de ruim de quem não aprecia o mesmo. Esse sentimento de “tribo”, de “os nossos certos e os deles errados” vem impregnado muitas vezes de sarcasmo, desprezo, piadinhas e desmerecimento, seja por músicas, seja por músicos, seja por quem gosta do que o maledicente não gosta. Uns acusam outros de superficialidade; outros acusam uns de estagnação e anacronismo. Sempre com palavras nada amorosas. Uma tristeza.

Que dizer então de teorias teológicas? Perco a conta do número de vezes em que ouvi maledicências de certos grupos de cristãos acerca daqueles que não acreditam no que eles acreditam no que se refere aos mais variados aspectos da teologia cristã. E volto a dizer: não estou me referindo a divergências respeitosas e saudáveis, mas a conversas ferinas, depreciativas, cheias de desdém. Os pontos de controvérsia são muitos, e vão de línguas estranhas a teorias escatológicas; de crenças à discordância sobre a forma de batismo em águas; de opiniões sobre como escolher o cônjuge a visões sobre como deve ser a liturgia do culto. Uma tristeza.

E há a maledicência motivada por questões insignificantes. Já ouvi tititis porque o marido passou o braço pelos ombros da esposa durante o culto, ou veneno destilado sobre a roupa do irmão beltrano, sobre o cabelo de sicrana… o céu é o limite quando se trata de temas para maledicentes. Porque todo amante da maledicência tem algo em comum: não importa muito o tema, desde que possa falar mal. Uma tristeza.

Enfim, tenho visto grupos e mais grupos que têm em sua natureza o pecado da maledicência visto como algo normal e aceitável – até mesmo um elemento de união entre seus membros. Só que não é. Falar mal é, biblicamente, um horror. Veja:

“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar” (Cl 3.8). Viu ali a maledicência? Pois o falar mal é diretamente associado à natureza terrena e a práticas terríveis, como a ira e a avareza.

Salmos 62.3-4 vai além e indica que o maldizer é uma atitude clara de hipocrisia e falta de amor ao próximo – ou seja, é um pecado contra o Grande Mandamento: “Até quando acometereis vós a um homem, todos vós, para o derribardes, como se fosse uma parede pendida ou um muro prestes a cair? Só pensam em derribá-lo da sua dignidade; na mentira se comprazem; de boca bendizem, porém no interior maldizem”.

Mas tem mais. Em 1Timóteo 5.14, falar mal dos outros é diretamente denunciado como uma prática satânica: “Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência”.

Diante disso tudo, fica claro que o falar mal do próximo, em todas as suas acepções (com piadas, sarcasmo, ironia, maldade, falsa intenção de exortação ou o que for) é abominação para Deus.

Agora, por favor, preste atenção a algo: o objetivo deste texto não é estimular você a olhar para o lado e ficar apontando e acusando tal e tal pessoa ou grupo que seja praticante dessa “maldição hereditária”. Isso não teria nenhuma utilidade para o evangelho ou para a sua vida espiritual. Caso você detecte que há grupos de maledicentes por perto, o mandamento do Senhor quanto a eles é claro e objetivo: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam” (Lc 6.26-28). Não há margem para interpretação. O mandamento cristão é: se falarem mal de você, fale bem deles.
O que desejo com este post é levar você a refletir e responder à seguinte pergunta: “Será que eu faço parte de algum grupo que pratica habitualmente e/ou prazerosamente a maledicência?” Se você percebe que a pecaminosa prática da maledicência faz parte de um determinado grupo a que você pertença (seja família, turma de amigos, colegas ou mesmo os membros da sua igreja), o que deve fazer? Há dois caminhos a seguir.

Primeiro: converse com os que tais coisas praticam e os alerte sobre quão maligno é o que fazem. Traga à lembrança deles que é preferível calar do que maldizer: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4.29).

Segundo: se ainda assim os tais não ouvirem sua exortação e continuarem adeptos dessa cultura de “maldição hereditária”, afaste-se do grupo. Mateus 18 diz: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”. Pois é melhor se afastar dos que amam falar mal dos outros do que permanecer contaminando-se com essa prática horrível. Em Mateus 5.29, Jesus recomenda: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno”. Arranque-se do grupo dos maledicentes antes que você sofra as consequências.

Que consequências? Vamos ouvir Tiago: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” (Tg 1.26). Em outras palavras, o irmão de Jesus está dizendo que a religião dos que não conseguem ficar calados se não têm algo edificante a dizer… não vale nada. Logo depois, ele dá o ultimato: “Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!” (Tg 3.9-10). No grego original, a palavra traduzida aqui por “bênção” éeulogia, que significa “fala elegante”, ou “discurso justo”. Já “maldição” foi traduzida de katara, que quer dizer “execração”, ou seja, “ódio profundo” ou “aversão exacerbada” (segundo o dicionário Houaiss). Dá para conciliar uma fala elegante com outra que carregue em si ódio e aversão? Biblicamente, não.

Chama minha atenção a frase final de Tiago: “Meus irmãos, não pode ser assim!”. Repare, primeiro, que ele está se dirigindo a cristãos, o que prova que esse mal ocorre em nosso meio. E, segundo, ele afirma que não se pode amaldiçoar. Falar mal. Maldizer. Isso está errado. Precisamos mudar, se o fazemos. Precisamos exortar em amor os que o fazem. E, se continuarem se orgulhando e praticando a maledicência, devemos nos afastar da roda dos escarnecedores que existem em nosso meio.

Pare por um momento de pensar nos maledicentes que você conhece. Faça, isso sim, uma análise de si mesmo e de seu procedimento. Se você perceber que tem seguido o caminho da maledicência e decidir parar com isso, a teu respeito dirá a Palavra de Deus: “Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito” (Tg 3.2). E, se você decidir não se assentar mais na roda dos escarnecedores, a teu respeito diz a Palavra de Deus: “É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera” (Sl 1.3). Reflita e responda: como você prefere ser conhecido nos céus: como alguém perfeito, que dá fruto e cujas folhas não murcham… ou como alguém que pratica o mesmo que o Diabo?

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Fonte: Apenas

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Os atributos morais de Deus e o comportamento do cristão




“Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus” Lv 20:7

“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”1Pe 1:16

Encontramos o padrão da vida cristã em Deus, e esse padrão é demonstrado através da Escritura Sagrada. Não adianta tentarmos inventar filosofias ou desculpas para nossas atitudes erradas. O padrão estabelecido por Deus é a Sua Palavra. Não adianta dizermos que somos falhos, isso nós já sabemos. Deus não pede, Ele manda que busquemos a santificação. Para o cristão, isso não é uma opção.

Ao procurarmos observar Deus através daquilo que Ele mesmo revela, encontramos os atributos morais. Essa moralidade é demonstrada de forma clara, e ela que devemos buscar em nossas vidas.

O cristianismo não é uma religião sem regras. Se assim fosse seria sinônimo de anarquia. Apesar de estarmos na Graça, Deus estabelece regras em sua palavra para que vivamos de forma digna e agradável a Ele. A afirmação de que temos liberdade em Cristo, não estamos debaixo da lei etc. tem sido apresentada como desculpa para se viver uma vida alienada de princípios bíblicos, descomprometida com a verdade escriturística e arraigada na anarquia. Ora, a anarquia é a estrutura social em que não se exerce qualquer forma de coação sobre o indivíduo. Esse tipo de atitude culminará na negação do princípio da autoridade, e consequentemente irá produzir a desmoralização, desrespeito e avacalhação do ambiente em que se vive. Tudo isso terá como resultado final a desordem, confusão e baralhada. Isto é, tudo será permitido em defesa da suposta liberdade em Cristo. Será permitido beber demasiadamente e cantar em um coral, ou prostituir-se descaradamente e subir nos púlpitos para se realizar apresentações, mentir, fofocar, provocar intrigas… tudo em nome da liberdade em Cristo. Muitos até afirmam que não podemos repreender alguém que está no erro, pois este será guiado pelo Espírito Santo, ou seja, impudentemente lançar-se-á nas costas do Espírito Santo a nossa própria responsabilidade.

Age-se com Deus, como se Ele não estivesse observando a nossa vida e não fosse nos pedir contas de nossas ações.

“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”, foi o que disse Pedro. Essa santidade implica no afastamento e reprovação verbal e prática do pecado.

“Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé” (Tt 1:13), foi o que disse Paulo ao afirmar que a repreensão é bíblica e deve ser realizada se alguém deseja a saúde verdadeiramente espiritual. Em 1 Coríntios capítulo 5 encontramos Paulo repreendendo a igreja porque esta sabia de um jovem que estava cometendo pecado e ninguém lhe havia repreendido, mas estavam convivendo harmonicamente com tal situação. Ao estudarmos a moralidade de Deus, entendemos que Ele deseja que tenhamos a mesma atitude. Vejamos alguns pontos que julgamos importantes acerca de Deus. E entenda que ao usar a expressão ‘Deus’, refiro-me ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo:

Totalmente separado de tudo que é mal e que causa corrupção (Lv 11:44)
Totalmente perfeito, puro e íntegro (1Jo 1:5; Sl 99:9)
Odeia o pecado (Hc 1:13)
Sente prazer no que é santo e direito (Pv 15:9)
Não ouve aquele que insiste em continuar no pecado (Is 59:1-2)
Concede libertação a quem que se arrepende (1Pe 2:24)
Ao nos aproximarmos de Deus, algumas conseqüências surgirão, pois a santidade de Deus mostrará:
A realidade devastadora de nosso pecado (Jó 42:5-6)
A efetividade do arrependimento com a expiação através do sangue, antes do perdão (Hb 9:22)
A Graça remidora e o amor de Deus (Rm 5:6-8)
A necessidade de reverência e temor diante de Deus (Hb 12:28-29)
A veracidade da retidão de Deus (Sl 89:14)
A existência de regras e exigências por parte de Deus (Sl 145:17)
A execução das penalidades impostas pelas Suas leis (Sf 3:5)

A indignação contra o pecado e o amor a inteireza de caráter (Sl 11:4-7)
A punição para os perversos e injustos (Dn 9:12,14)
A concessão de perdão para o arrependido (1Jo 1:9)
A fidelidade ao cumprir a Sua Palavra e as Suas promessas (Ne 9:7-8)
A libertação e a defesa oferecidas ao Seu povo (Sl 103:6)
A recompensa para aqueles que foram justificados por Cristo (Hb 6:10)
A justificação daqueles que exerceram fé em Cristo (Rm 3:24-26)
A obliteração das penalidades que nós merecemos (Sl 103:8)
A doação de bênçãos para aqueles que não merecem (Ef 2:8-10)

Ao vermos a atitude de Deus para conosco só podemos chegar a uma conclusão: Quem se aproxima verdadeiramente de Deus sentirá um desejo irresistível de consertar a sua vida para se parecer mais com o Senhor.

A aproximação de Deus levará o indivíduo a entender a seriedade do pecado; a compreender a necessidade de se tratar o pecador e não agasalhar o seu pecado; a aceitar a existência de regras estabelecidas por Deus em Sua Palavra; a buscar a reverência, temor e respeito para com Deus e Sua obra; a demonstrar graça e misericórdia, sem se deixar confundir com harmonização com o pecado; a cumprir com fidelidade a vontade Divina; a doar-se em benefício dos outros, e em prol do Reino de Deus.

Quem se aproxima de Deus irá entender o quanto somos falhos e o quanto precisamos buscar a santidade. A santidade que nos faz parecer mais com Cristo, no meio de uma sociedade entregue ao pecado. A santidade que nos faz desejar estar com Cristo. A santidade que nos faz buscar o Reino de Deus e não este mundo. A santidade que nos faz parecer cada vez menos com o estereótipo estabelecido por um mundo cego espiritualmente.

Estar separado do pecado não é o mesmo que ser legalista, no sentido pejorativo da palavra, mas é ser um santo posicional, que busca uma santificação progressiva. É buscar ser santo em todos os aspectos. E se para a sociedade pós-moderna isso significa ser legalista, que sejamos antes legalistas do que mundanos, descomprometidos com Deus e alienados da instrução bíblica. Que sejamos, antes de qualquer coisa, servos que dão prazer ao Senhor, do que senhores que maltratam e alienam seus servos, agindo como se estivessem em pé de igualdade com o Senhor dos senhores.

Que sejamos servos de fato e de verdade, e não apenas de aparência. Que definitivamente possamos servir a Deus com aquilo que Ele nos deu, remindo o tempo, instruindo sinceramente o povo, conduzindo-os ao arrependimento e andando com ele, o povo, rumo ao objetivo proposto pelo Senhor. Que paremos de “matar” o tempo dentro de nossas casas com coisas supérfluas e luxos desnecessários e cumpramos a carreira que nos foi proposta.

Que possamos conduzir o povo até Cristo, e depois disso instruí-los em como proceder, e não conduzir o povo até nossos pensamentos particulares, alicerçados em nossas experiências pessoais, gerando um batalhão de alienados e idólatras de líderes mundanos e egocêntricos.

Que busquemos a Deus para parecermos mais com Ele.

Fonte: NAPEC