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segunda-feira, 17 de março de 2014

O que é avivamento?

Campo2

Por Maurício Zágari

Um dos conceitos mais falados na igreja mas menos compreendidos é o de avivamento. Há muitas ideias erradas sobre o que isso significa exatamente – como, por exemplo, o pensamento de que uma igreja avivada é aquela com muito barulho ou muito movimento. E não é nada disso. Para compreendermos exatamente o que avivamento significa, precisamos analisar muito bem o que esse fenômeno envolve. Não vou listar aqui histórias de avivamentos ou coisa parecida. Não desejo falar de “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, de John Wesley ou de George Whitefield. Tampouco quero discorrer acerca dos grandes despertamentos da era moderna, muito menos do que ocorreu na rua Azuza ou em Pensacola. Se você quiser se aprofundar no tema, recomendo que leia o excelente livro “O Verdadeiro Avivamento”, de John Armstrong (editora Vida) – a meu ver, o melhor já publicado no Brasil sobre o assunto. O meu objetivo neste texto é apenas fazer uma síntese de como enxergo o fenômeno do avivamento cristão e as principais consequências disso para a sua vida.

A primeira pista está no próprio nome. A maioria de nós entende “avivamento” como “o ato de tornar vivo”. Ou seja, pegar algo morto e avivar, dar vida. Só que essa não é a única definição. O dicionário explica que “avivar” também é “dar vivacidade a algo”, “tornar mais vivo”, “renovar”.

Então, “avivamento” não se refere somente a dar vida a algo morto. Se isso fosse verdade, avivamentos espirituais viriam apenas sobre o mundo – que está morto em seus delitos e pecados – e não sobre a Igreja. Só que avivamentos acontecem justamente no Corpo de Cristo. Portanto, o conceito essencial de avivamento cristão é “dar vivacidade à Igreja”, “tornar a Igreja mais viva”. Assim, uma igreja que precisa de avivamento é aquela que está viva por estar enxertada na Videira mas que se encontra sem vivacidade – isto é, sem fulgor, energia, vigor.

A morte do mundo é não ter Deus. A “morte” no seio dos cristãos é viver como se não tivesse Deus.

Todo cristão crê que Deus existe. Mas daí a viver como se ele existisse… a distância é enorme. Eu posso crer que Jesus é meu Senhor e Salvador mas isso não ter consequência alguma na minha vida. Seja franco e olhe ao redor: você não vê isso acontecer aos montes? Assim, creio em Cristo mas vivo pecando sem me arrepender; amo ao Senhor sem compartilhar esse amor com os perdidos; valorizo a oração mas não tenho uma vida de oração; carrego a Biblia para cima e para baixo mas jamais estudo o texto sagrado; sei da importância do próximo mas não faço nada por ele… enfim, a perda de vivacidade do cristão ocorre não no que tange à perda da salvação, mas sim a um relacionamento tão mirrado com Deus e o próximo que o indivíduo torna-se espiritualmente esquelético. Pele e osso.

A imagem que vem à minha mente quando penso no cristão que precisa de um avivamento é a dos sobreviventes dos campos de concentração nazistas na 2a Guerra Mundial. Olhe para as fotos daqueles homens e mulheres raquíticos e me responda, sinceramente: parecem pessoas plenamente vivas ou sem nenhuma vivacidade… mortas em vida? Quase zumbis?

Aqueles homens e mulheres estavam vivos, o ar entrava em seus pulmões e o sangue circulava por suas artérias, mas… encontravam-se sem vida. Apáticos. Acordavam de manhã sem propósitos. Sobreviviam, sem viço e sem vigor. Compreende o que quero dizer? Do que aqueles sobreviventes do holocausto precisavam assim que foram resgatados dos campos de concentração? De vida. Ser avivados.

Ou seja: avivamento.

Aqueles esqueletos ambulantes saíram do cativeiro famintos e sedentos, desesperados por comer e beber e, assim, nutrir seu corpo. De igual modo, cristãos espiritualmente esqueléticos que são tocados pelo Espírito Santo tornam-se famintos e sedentos de Deus, desesperados por ter mais e mais do Senhor.

Cristãos sem fulgor, energia e vigor são como pessoas anoréxicas: estão extremamente desnutridas mas não se dão conta disso. É quando chega o avivamento: Deus os toca sobrenaturalmente e desperta neles uma fome incontrolável, que antes não sentiam – e fome de Deus: avivamento leva cristãos a buscar desesperadamente nutrição espiritual. De forma prática, avivamento leva você ao joelho, numa busca ávida por relacionamento com o Senhor. Também faz com que mergulhe nas páginas das Escrituras, numa sede gigantesca por conhecer mais e mais do Criador. Desperta no seu coração um amor sem tamanho pelos perdidos, que conduz invariavelmente ao compartilhamento ousado de Cristo – evangelismo. Avivamento também acende em sua alma o fogo do amor ao próximo e o leva a atos de devoção, entrega e caridade.

Em outras palavras, o cristão avivado é o que deseja relacionar-se sempre e mais com Deus, e que transborda de amor pelo próximo.

Infelizmente, muitos de nós acreditam que avivamento é quando a congregação começa a fazer muito barulho, berrar em línguas estranhas, ficar gritando “glória a Deus” e coisas do gênero. Não é nada disso – e falo como pentecostal. Tente visualizar aqueles esqueléticos sobreviventes dos campos de concentração, sedentos e famintos por algo que lhes dê vida e, de repente, começam a rodopiar, saltar, pular e gritar. Isso os faria ter mais vida como? Acreditar que devolver a vivacidade a alguém é fazer com que ele fique gritando e pulando é não compreender o significado de “vida”. Precisamos compreender que o avivamento cristão é o surgimento sobrenatural de uma necessidade desesperada e incontrolável por se relacionar com Deus e se aproximar dele numa intimidade inédita até então. E o Senhor não é surdo: podemos fazer isso sem barulho. Pois relacionamento com barulho é relacionamento, mas barulho sem relacionamento é só barulho.

Eu disse no início do texto que “o conceito essencial de avivamento cristão é dar vivacidade à Igreja”. Ou seja, é uma manifestação interna, que brota no Corpo de Cristo. Mas há um detalhe: quando o avivamento ocorre, a vida passa a fluir com tanto vigor e força pelas veias dos cristãos avivados que torna-se impossível conter tanta presença divina dentro das paredes da igreja. Portanto, sempre que ocorre avivamento, a vida transborda para fora e acaba levando a muitas conversões. Sim, essa é outra marca de um avivamento cristão real: salvação em massa. Centenas, milhares de pessoas sendo alcançadas pela graça salvadora de Cristo. Se você ouve dizer que em certo lugar está havendo um avivamento mas não há conversões de pecadores, pode ter certeza de que não é avivamento. Olhe para as imagens dos sobreviventes dos campos de concentração. Você consegue imaginar esses seres humanos gerando novos seres humanos? Se eles mal têm disposição para manter a si mesmos em pé, quanto mais gerar novas vidas. Como uma mulher que é pele e 0sso conseguiria nutrir por nove meses um feto, se mal tem vida para si? E como amamentar um bebê, se não tem nutrientes? Mas, uma vez que essas pessoas forem nutridas, alimentadas, saciadas, aí sim terão energia e forças para gerar novas vidas. De igual modo, a igreja avivada gera muitos filhos. E, desse modo, cresce.

Haveria muito mais a dizer sobre avivamento. Mas esta é a essência: avivamento cristão é a busca desesperada por relacionamento com Jesus de Nazaré. É a injeção caudalosa de Deus nas veias de almas apáticas, improdutivas e espiritualmente esqueléticas. É a seiva da Videira fluindo com tal força que transborda e espirra para todos os lados, fazendo mais e mais galhos se ligarem ao seu tronco.

Historicamente, avivamentos ocorrem por iniciativa única e exclusiva do Senhor. É uma ação unilateral. Eu não posso “produzir” um avivamento. Mas, quando olhamos para os grandes avivamentos da história, vemos um aspecto em comum às igrejas, denominações, cidades e nações onde brotaram avivamentos: sempre havia nesses lugares um pequeno núcleo de cristãos que oravam incansavelmente, clamando a Deus que mandasse um avivamento. É só o que podemos fazer: pedir e esperar, exatamente como os sobreviventes dos campos de concentração: eles não tinham como produzir alimento ou vida a partir do nada. Mas podiam pedir. No dia em que o exército aliado libertou os sobreviventes do holocausto, a primeira coisa que aquelas pessoas lhes pediram foi comida e bebida. E receberam.

Você quer experimentar um avivamento? Ore. Peça. Clame. E, se aprouver a Deus promover um verdadeiro avivamento, prepare-se para sentir a maior fome e sede de Jesus que já sentiu em toda a sua vida.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Fonte: Apenas

sábado, 15 de março de 2014

Fé para Operar Milagres

Por Arthur W. Pink   

Durante o último século, dois erros cardeais foram cometidos a respeito de muita coisa contida nos Evangelhos – erros que têm prevalecido muito entre cristãos professos e que têm produzido grande destruição. Cada um desses erros dizem respeito àquela interpretação e aplicação do conteúdo dos quatro Evangelistas quanto ao que pertence e o que não pertence ao povo do Senhor hoje. O primeiro desses erros foi dispensacional. Foi erroneamente adotada a opinião de que, como o ministério de nosso Senhor limitou-se à Palestina, enquanto o Templo ainda estava de pé em Jerusalém, este foi, portanto, de caráter exclusivamente “judaico”, e os santos de nossa era devem voltar-se apenas para as Epístolas do Apóstolo dos gentios em busca de suas ordens de marcha. Tal erro é refutado pelos versos iniciais de Hebreus (onde o ministério de Cristo é contrastado com o dos Profetas), e pelo fato de que a grande divisão de tempo entre a.C. e d.C. é datada a partir do nascimento de Cristo, e não da Sua morte ou mesmo da Sua ascensão.

O segundo erro é prático. Aqui o pêndulo balançou para o extremo oposto. No primeiro caso, uma tentativa insidiosa e persistente foi feita para privar os santos de uma parte valiosa da sua legítima herança, tirando deles preceitos necessários e promessas preciosas sob o pretexto de que eram propriedade exclusiva dos judeus. Mas, no último caso, que agora deve ocupar mais completamente a nossa atenção, promessas que foram feitas a uma classe particular foram distribuídas universalmente, promessas que pertenciam apenas aos apóstolos e aos cristãos primitivos têm sido erroneamente aplicadas a todos os crentes em geral. O resultado foi que falsas expectativas foram geradas, vãs esperanças despertadas, selvagem fanatismo encorajado – e aqueles que entraram em contato com esta perversão da Verdade têm visto que efeitos trágicos se seguiram – milhares fazendo completo naufrágio da fé.

Sem dúvida parecerá a alguns de nossos amigos que estamos pisando agora em solo delicado, pois assegurar-lhes de que alguma das promessa feitas por Cristo aos Seus discípulos, promessas que vários de nossos leitores podem ter aprendido que são bases legítimas para apoiarem a sua fé, não pertencem – em seu sentido primário – de modo algum a eles, deve se mostrar inquietante e desapontador. Portanto, prosseguiremos cuidadosa e lentamente, e pediremos que ponderem com especial diligência o que se segue. “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em Meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Mc 16:17, 18). Ora, estas são as palavras do Senhor Jesus, mas será podemos nos apropriar delas hoje e esperar um cumprimento literal das mesmas? Há aqueles que respondem com um enfático Sim, embora duvidemos muito de que muitos leitores regulares destas páginas façam isso.

Ora, os versos que acabamos de citar dizem respeito aos milagres que acompanharam a pregação do Evangelho nos primeiros dias desta dispensação cristã, e é preciso notar devidamente que esses milagres resultaram do exercício da fé. Isto acreditamos que será tão evidente para os nossos leitores que não ocasionará nenhuma dificuldade. Mas existem outras passagens nos Evangelhos que tratam do mesmo assunto – promessas similares dos lábios do Salvador que podem não parecer tão simples – e é a elas que nos voltamos agora. “E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21:22). Esta mesma promessa, ligeiramente diferente, encontra-se novamente em: “Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis” (Mc 11:24). Quantas vezes esta promessa tem sido apropriada por cristãos e sinceramente pleiteada diante de Deus, apenas para não receber nenhuma resposta. Os tais têm atribuído esta falta de resposta ao fracasso da sua fé (ou são informados de que esta é a causa), ao invés de perceberem que estavam apoiando a sua fé em um fundamento ilegítimo.

“E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21:22). Nossa primeira preocupação deve ser averiguar a quem essas palavras foram primeiramente dirigidas, e a circunstância que as ocasionou – considerações que geralmente são de primeira importância como auxílios a uma verdadeira aplicação de um verso, pois, se o contexto é ignorado, equívocos certamente se seguirão. Os versos imediatamente precedentes registram a maldição de nosso Senhor sobre a figueira e o efeito que isto causou sobre aqueles que O assistiam. O verso 20 diz: “E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?”. Marcos nos diz: “E Pedro (o porta-voz dos apóstolos), lembrando-se, disse-Lhe: Mestre, eis que a figueira, que Tu amaldiçoaste, se secou” (11:21). Foi então que Cristo respondeu: “Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito; e, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21:21, 22).

Deve ser lembrado que, em uma data anterior, Cristo havia designado 12 de Seus discípulos para pregarem o Evangelho e realizarem milagres em confirmação à sua comissão. “E, chamando os Seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade” (Mt 10:1) – esses poderes miraculosos eram primariamente aquilo a que Paulo se referia quando falou que “os sinais do Seu apostolado foram manifestados entre vós” (2 Co 12:12). Lucas nos informa que, “depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da Sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir” (10:1), mandando que “curassem os enfermos” (v. 9). Os mesmos devidamente voltaram e declararam: “Pelo Teu nome, até os demônios se nos sujeitam” (v. 17). Assim, fica bastante claro que a promessa de Mt 21:22 foi feita àqueles que estavam na posse de poderes miraculosos, e era designada para o seu encorajamento pessoal.

Antes de avançarmos, assinale-se que o que estamos apresentando neste artigo não é novidade de nossa própria invenção, mas antes uma linha de interpretação (ah, desconhecida de muitos nesta época superficial) exposta por muitos eminentes servos de Deus do passado. Por exemplo, em suas notas sobre Mt 21:21, 22, Thomas Scott escreveu: “Quando Jesus observou a surpresa dos discípulos, Ele novamente lhes mostrou a energia da fé, com uma referência especial ao poder de operar milagres em Seu nome. Sempre que uma ocasião apropriada para realizar um milagre em apoio à sua doutrina se oferecesse, e fossem confiando no Seu poder e não duvidando da Sua cooperação, eles não apenas seriam capacitados a realizar obras tão maravilhosas como a de secar a figueira infrutífera, mas até o Monte das Oliveiras, pelo qual estavam então passando, poderia, à sua palavra, ser removido e lançado no mar! Ou seja, nada que empreendessem seria impossível para eles”. Do mesmo modo, Matthew Henry também disse sobre Mc 11:22, 23, “Isto deve ser aplicado primeiro àquela fé de milagres com que os apóstolos e os primeiros pregadores do Evangelho foram dotados, os quais fizeram maravilhas em coisas naturais”.

Indaguemos, a seguir, quanto à extensão desta promessa: “Tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis”. Embora esta linguagem seja indefinida e não limitada, não estamos autorizados a tirar a conclusão de que deva ser tomada sem qualquer limitação. A partir do contexto imediato, fica bastante claro que esta promessa dizia respeito exclusivamente à operação de milagres. O objetivo de Cristo era assegurar os Seus apóstolos de que, se eles orassem com fé por qualquer dom ou poder sobrenatural em particular, esse dom ou poder seria concedido a eles. Mas não temos base para crer que, se aqueles apóstolos orassem por algo diferente, não importa quão firme a sua expectativa, eles receberiam o mesmo. Eles não tinham justificativa para estender os termos da promessa além do que era autorizado pelo propósito óbvio de seu Mestre naquela ocasião especial.

Embora os Doze tenham sido dotados de poderes sobrenaturais, se tivessem orado pela concessão sobre si mesmos de qualquer benção temporal ou espiritual, não haveria absolutamente nada nesta promessa particular que garantisse uma resposta a qualquer desses pedidos. Assim como nós, os apóstolos e os cristãos primitivos estavam sujeitos à pobreza, doença, e todas as provações e aflições comuns desta vida presente. Não temos motivo para duvidar de que eles – pois eram homens sujeitos às mesmas fraquezas que nós – orassem pela sua remoção ou mitigação, contudo, sabemos, a partir de outras Escrituras, que suas orações a respeito destas coisas nem sempre eram atendidas. Isto mostra de uma só vez que a promessa de Mt 21:22 não era universal, pois, neste caso, eles poderiam ter buscado quaisquer favores temporais com a mesma fé e certeza de serem ouvidos que quando orassem para que milagres fossem operados pelas suas mãos.

Mas consideremos agora a condição que nosso Senhor estabeleceu: “Tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis”. A mesma estipulação encontra-se novamente na passagem paralela: “Todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis” (Mc 11:24). Esta promessa feita por Cristo com respeito à operação de milagres estava assim condicionada ao exercício de um certo tipo de fé. Se aqueles aos quais ela foi feita realmente expressassem a fé exigida, então a sua fé asseguraria absolutamente o cumprimento da promessa. Por outro lado, se falhassem em expressar a fé especificada, então a sua petição não seria concedida. Assim como a maioria das promessas da Escritura, esta também era condicional.

Mateus 17 fornece-nos uma ilustração dos apóstolos sendo incapazes de realizar um milagre desejado por causa do seu fracasso em satisfazer à condição vinculada à promessa que estamos aqui considerando. Ali lemos acerca de um certo homem vindo até Cristo em favor de seu filho extremamente aflito, implorando ao Salvador para que tivesse misericórdia dele, e dizendo: “Trouxe-o aos Teus discípulos; e não puderam curá-lo” (v. 16). Após o Senhor ter curado o jovem possesso pelo demônio, Seus discípulos perguntaram por que foram incapazes de realizar este milagre. Sua resposta é instrutiva, pois confirma definitivamente o que dissemos antes: “E Jesus lhes disse: Por causa de vossa incredulidade; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível” (v. 20). A seguir, devemos indagar em que esta fé para operar milagres diferia de qualquer outro tipo de fé. A resposta: ela se apoiava em um fundamento completamente diferente. Em primeiro lugar, ela só poderia ser exercida por aqueles que haviam sido especialmente dotados de poder sobrenatural para operar milagres, o que pertencia apenas aos servos de Cristo no começo desta era cristã. E, em segundo lugar, tal fé deveria se apoiar implicitamente nas promessas específicas que Cristo havia feito aos tais, a saber, que, contando eles com a Sua assistência para capacitá-los para isto, Ele infalivelmente confirmaria a Sua palavra a respeito do mesmo. A mesma coisa pode ser vista, conforme assinalado em um parágrafo anterior, nas promessas registradas em Mc 16:17, 18. Estas eram bem distintas daquela fé que assegura a vida eterna, apoiando-se em um tipo completamente diferente de promessa. Em prova do que foi dito por último, reportamos a At 3. Ali lemos acerca do mendigo que era coxo desde o seu nascimento pedindo esmolas dos apóstolos enquanto estavam entrando no Templo. A ele Pedro disse: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (v. 6, e cf. “em Meu nome” em Mc 16:17). Mais tarde, explicando aos espectadores maravilhados o que havia acontecido, Pedro, após acusá-los de terem entregado o Senhor Jesus a Pilatos, declarou que Deus glorificou a Seu Filho, acrescentando, “e pela fé no Seu nome fez o Seu nome fortalecer a este” (At 3:16). Pedro, então, havia definitivamente tido fé nas promessas que haviam sido feitas aos apóstolos em Mt 21:21, 22 e Mc 16:17, 18, etc.

A fé salvífica consiste na apropriação do Evangelho pelo coração; é apegar-se ao Próprio Cristo tal como é oferecido nele aos pobres pecadores; é confiar na misericórdia de Deus no Redentor. Mas a fé para realizar milagres só poderia ser eficazmente exercida por aqueles a quem promessas especiais para a operação de tais coisas tivessem sido feitas. Cristo havia dotado os apóstolos com poderes sobrenaturais e havia dado a certeza de que Ele os assistiria na realização de sinais maravilhosos para a glória do Seu nome e a extensão do Seu reino. E essa promessa dEle devia ser o fundamento da sua fé. Assim, a fé deles tinha um fundamento tão definido e seguro para se apoiar como a nossa hoje em conexão com a vida eterna. Apesar disso, a primeira era imensamente inferior a esta última. Judas tinha uma, mas não a outra. Por isso Paulo declara que era possível naqueles dias ter fé para “remover montanhas” e, contudo, ser destituído de um santo amor (1 Co 13:2).

Depois de tudo o que foi assinalado acima, deveria ser óbvio que os cristãos hoje estão totalmente desautorizados a aplicar tal promessa a si mesmos em qualquer caso a que se sintam inclinados, e que os ministros do Evangelho estão seriamente iludindo os seus ouvintes quando lhes dizem: “Tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis”. Estamos plenamente cientes de que alguns pregadores piedosos, mas mal orientados, aplicaram tão erroneamente este texto que alguns crentes devotos tomaram esta promessa para si mesmos. Contudo, isto não é prova de que qualquer deles estivesse certo em fazer isto. Temos pessoalmente assistido a mais de um “culto de cura pela fé”, onde tal promessa era “reivindicada” pelo que estava encarregado, e testemunhamos o patético desapontamento do doente indo embora mancando em suas muletas no final. Quantas pessoas de pensamento moderado foram levadas a declarada infidelidade por tal fiasco apenas aquele Dia revelará. Talvez alguns de nossos leitores esteja começando a compreender melhor o nosso sentido quando dizemos, de vez em quando: Muitos que não entendem o sentido de um verso são frequentemente enganados pelo seu som.

“E tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” (Mt 21:22). Já temos visto que esta promessa foi feita àqueles que haviam sido dotados de poderes sobrenaturais, e que foi dada com o propósito de encorajá-los a exercerem fé em que Cristo continuaria a assisti-los em sua operação de milagres, para a glória do Seu nome e o bem da Sua causa. Também temos demonstrado que os próprios apóstolos não tinham absolutamente nenhuma autorização para aplicar esta promessa particular a bençãos ordinárias, quer de natureza temporal ou espiritual. Deveria, portanto, ficar bem evidente que os cristãos hoje não têm nenhum direito de se apropriarem desta promessa para si mesmos e esperarem um cumprimento literal da mesma. Para deixar isto ainda mais claro, que as seguintes considerações sejam cuidadosamente ponderadas. Nem mesmo os cristãos primitivos foram todos dotados com dons sobrenaturais. Prova disto encontra-se naquela declaração do Apóstolo: “Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos os dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?” (1 Co 12:29-30). Isto é ainda mais surpreendente pelo fato de que esses dons extraordinários abundavam mais copiosamente em Corinto do que em qualquer outra das igrejas apostólicas; contudo, estas questões, com sua forte ênfase, claramente denotam que não havia uma igualdade de dons. O propósito óbvio de Paulo aqui era suprimir, por um lado, todo o descontentamento e inveja, e, por outro, todo o orgulho e arrogância, pois ele os havia lembrado expressamente de que o Espírito reparte Seus dons “particularmente a cada um como quer” (v. 11).

A manifesta limitação da promessa que estamos aqui considerando proíbe que os cristãos hoje lhe deem uma aplicação geral e universal: “E tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis”. Há muito poucas passagens na Escritura onde a expressão “todas as coisas” deve ser entendida sem restrição, e certamente esta não é uma dessas poucas. O “e” precedente claramente se conecta ao que é dito no verso 21, e, portanto, deve significar todas as coisas que ali estão em vista, a saber, a operação de milagres. Conforme temos anteriormente assinalado, esta promessa não dava nem aos próprios apóstolos carta branca, de modo que, se orassem por qualquer coisa (desde que o fizessem com fé inabalável), seria certo que infalivelmente receberiam a mesma. Quanto menos, então, os cristãos ordinários hoje podem dar tal escopo a esta promessa!

A própria Escritura registra mais de um caso de almas piedosas sinceramente suplicando a Deus por certas coisas, e o Espírito Santo não comunicou nenhuma sugestão de que foi porque oraram incredulamente que seus pedidos não foram concedidos. Moisés (Dt 3:23-26) é um caso em questão. Do mesmo modo também Davi jejuou e orou em favor de seu filho doente para que se recuperasse, contudo ele morreu (2 Sm 12:16-19). Do mesmo modo também, nesta era do Novo Testamento, vemos que o amado Apóstolo suplicou ao Senhor três vezes para que o seu espinho na carne fosse removido (2 Co 12:7-9), contudo não foi; embora ele recebesse segurança do Senhor – “A Minha graça te basta” – para suportar a aflição. Não há dúvida de que Paulo estava familiarizado com esta promessa de Mt 21:22! Certamente, então, os cristãos agora não têm nenhum direito de exercer fé nela quando estiverem orando por alguma coisa. Se os cristãos de hoje decidirem se apropriar de Mt 21:22 para si, então eles devem fazer isto sobre o princípio de que, crendo que uma coisa é verdadeira, ela se tornará verdadeira. A linguagem usada por Cristo naquela ocasião é clara demais para ser confundida: “E tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis” – no mesmo sentido é: “Todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis” (Mc 11:24). Mas este princípio de que crer que uma coisa é verdadeira necessariamente a torna verdadeira é manifestamente insustentável e errôneo. Se eu orasse pela salvação de alguém que Deus não havia escolhido eternamente em Cristo, nenhuma crença de minha parte efetuaria a sua salvação; e insistir que Deus deveria salvá-la seria presunção, e não fé. Se eu estivesse seriamente doente e cresse que Deus me curaria, nenhuma crença dessa natureza realizaria a minha cura; e, se essa não fosse a vontade do Senhor para mim, então tal “crença” seria fanatismo, e não fé.

Como os cristãos de nosso tempo não têm direito de se apropriarem desta promessa especial para si, eles não têm nenhuma autorização para pedirem qualquer favor, seja temporal ou espiritual, privado ou público, absoluta e insubmissamente. A verdadeira oração não é um esforço de trazer a vontade divina em sujeição à nossa, mas de procurar submeter as nossas vontades às de Deus. O que o Senhor predestinou não pode ser mudado por qualquer apelo nosso, pois nEle não há “mudança, nem sombra de variação” (Tg 1:17). Os decretos eternos de Deus foram moldados por bondade perfeita e sabedoria inerrante, e, portanto, Ele não tem necessidade de abandonar a execução de qualquer parte deles: “Mas, se Ele resolveu alguma coisa, quem então O desviará? O que a Sua alma quiser, isso fará” (Jó 23:13). É uma idéia extremamente grotesca e desonrosa para Deus supor que a oração foi designada com o propósito de a criatura exercer os seus poderes persuasivos de modo a induzir o Todo-poderoso a dar alguma coisa que Ele não queira conceder.

“Esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (1 Jo 5:14). Ah, é nisto que precisamos nos apegar e de acordo com isto precisamos agir nesta era barulhenta e presunçosa. Chegamos ao Trono da Graça não como ditadores, mas como suplicantes. Aproximamo-nos daquEle que está assentado nele não como iguais, mas como mendigos. Vamos ali não para exigir os nossos direitos, mas para suplicar favores. Não ficamos de pé em nossa dignidade, mas dobramos os joelhos em consciente indignidade. Apresentamos não ultimatos, mas fazemos “petições”. E essas petições não fazemos em um espírito de auto-afirmação, mas em humilde submissão. Se nos aproximamos do Trono da Graça de uma forma correta, vamos aí conscientes da nossa ignorância e insensatez, plenamente seguros de que o Senhor conhece muito melhor do que nós o que seria bom nos conceder e o que seria melhor nos recusar.

Deus propôs infalivelmente quando e onde e sobre quem Ele concederá o Seu favor, e os cristãos não têm nenhum direito, e, quando em seu são juízo, nenhum desejo de pedir que Ele altere alguma das Suas determinações a respeito seja deles mesmos ou de outros. Consequentemente, como eles não têm meios de saber de antemão o que Ele decretou concernente à concessão de algum favor específico, eles não têm justificativa para Lhe pedir absolutamente qualquer coisa, mas antes devem proferir cada pedido com franca submissão à Sua boa vontade. Eles podem desejar grandemente ver a salvação de alguma pessoa particular, mas, como não sabem se ela é um dos eleitos de Deus, eles não devem pedir isto incondicionalmente, mas sujeitos ao Seu propósito divino. Eles podem ter algum amado gravemente doente, e, embora seja tanto o seu dever como privilégio pedir pela sua recuperação, eles não devem orar por isso absolutamente, mas em sujeição à vontade de Deus.

Cristo nos deixou um exemplo perfeito de submissão em oração, assim como em tudo o mais. Contemple-O no jardim do Getsêmane – a antecâmara do Calvário – entrando em Seus sofrimentos inconcebíveis. Note a Sua postura: Ele não está ereto, mas sobre os Seus joelhos, e depois sobre a Sua face. Ouça a Sua linguagem: “Pai, se queres, passa de Mim este cálice; todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua” (Lc 22:42). Era o Seu santo desejo que o Pai removesse aquele cálice terrível dEle, se graciosamente Lhe aprouvesse fazer isto; mas, se não, Ele pedia que a Sua petição fosse negada e a vontade de Seu Pai cumprida. Será que podemos, em face disto, meu leitor, chegar perante Deus e insistir que algum pedido nosso seja concedido, independente de estar ou não de acordo com a vontade divina? Decerto que não; antes, devemos sinceramente buscar graça para emularmos o exemplo deixado para nós pelo Redentor.

De fato, é triste testemunhar e ler acerca de muita coisa que está sucedendo no mundo religioso atual. Não é também que o espírito ilegal da época tenha tido uma influência maligna sobre as igrejas; antes, o mal começou nas igrejas e depois infestou a sociedade em geral. A Lei de Deus foi banida dos púlpitos antes que a ilegalidade se tornasse tão predominante no estado. A irreverência caracterizou os bancos antes que a infidelidade andasse à espreita pelas ruas. O Altíssimo foi insultado na oração pública antes que se tornasse coisa comum tomar o Seu nome em vão no palco e nos programas de rádio. Ao invés de se curvarem perante o Trono da Graça, muitos conduziram suas “devoções” públicas como se eles mesmos ocupassem esse Trono. Submissão genuína e sem reservas à vontade divina agora é uma coisa do passado, exceto entre aquele insignificante remanescente ao qual foi dado, pela Sua graça, corações quebrantados e contritos.

Como os cristãos não têm nenhum direito, nesta época, de exercerem fé na promessa de Mt 21:22, então, claramente eles não têm nenhum direito de exercer fé em seus próprios sentimentos peculiares. Os próprios apóstolos que possuíam poderes sobrenaturais não criam que absolutamente todas as coisas que pedissem seriam concedidas a eles porque tinham sentimentos peculiares a respeito daquilo que pediam; mas eles criam que, quando pedissem que um milagre fosse operado por eles, Cristo os capacitaria para isto, porque eles baseavam a sua fé na Sua promessa para esse fim. Eles sabiam que a promessa fora feita à sua fé, e não aos seus sentimentos. Este sendo o caso dos próprios apóstolos, quanto menos o cristão ordinário pode agora reivindicar um cumprimento de Mt 21:22 por causa de algum forte sentimento a que ele esteja sujeito!

Mas, embora os cristãos hoje não tenham uma promessa para se apoiar tal como a de Mt 21:22, alguns deles têm um profundo sentimento de que aquilo pelo que oram será concedido. Isto é absolutamente errado e repreensível. Não temos absolutamente nenhuma garantia escriturística para basear a nossa confiança de sermos ouvidos em algum sentimento, por mais profundo e persistente, e não devemos esperar que Deus nos responda a menos que possamos alegar alguma promessa Sua. Não há promessas na Palavra feitas a quaisquer sentimentos. Todas as promessas do Evangelho são feitas a santos exercícios ou afeições, e a nada a que os homens sejam totalmente passivos. Nossos corações são enganosos mais do que todas as coisas, e aqueles que se apoiam em impulsos interiores e sentimentos secretos estão em grande perigo de incorrer nos erros mais grosseiros e nas ilusões mais brutais. Tanto espíritos maus como o Espírito Santo podem impressionar nossas mentes.

Muitos têm orado por favores particulares com a certeza equivocada de que, se os pedirem com fé resoluta, esses favores certamente lhes serão concedidos. Esta idéia “levou George Whitefield a esperar confiantemente aquilo que ele não tinha direito de esperar confiantemente. Ele tinha um filhinho amável e promissor, que ele ardentemente desejava e orava para que pudesse ser um ministro eminentemente útil; e ele teve sentimentos tão fortes e favoráveis a seu respeito que esperava confiantemente que o mesmo seria aquilo que ele desejava e orava ardentemente que fosse. Mas seu filho morreu quando tinha por volta de quatro anos, e o evento não apenas o desapontou, mas curou-o de seu erro” (N. Emmons, a quem somos endividados por vários pensamentos nesta discussão). Podemos acrescentar que, quando C. H. Spurgeon estava morrendo, dezenas de milhares jejuaram e ofereceram oração especial para que sua vida fosse poupada; mas, como a sequência mostrou, isso não estava de acordo com a vontade de Deus.

Ao procurar corrigir um erro, devemos nos esforçar por nos guardarmos de outro. Embora a promessa de Mt 21:22 não diga respeito a nós hoje, existe grande número de promessas tanto no Antigo como no Novo Testamento que os cristãos podem legitimamente tomar para si mesmos e pleitear diante de Deus. Nessas promessas eles têm todo o encorajamento para orar com fé por aquilo que podem sensatamente desejar. Deus nunca disse à semente de Jacó: “Buscai-Me em vão”, mas assegurou-os de que, se orarem corretamente, eles serão ouvidos, e ou receberão o que pedem ou algo melhor para a Sua glória e para o seu bem. A fim de orar corretamente, eles devem orar com um desejo real pelas coisas que pedem, e com uma submissão genuína à vontade de Deus, quer Ele conceda ou negue suas petições. Quando um crente apresenta petições apropriadas a Deus, de um modo correto, fundamentado nas promessas divinas, então ele não deve duvidar nem da Sua prontidão nem da capacidade de concedê-las, quer por conta da sua própria indignidade ou por causa de alguma dificuldade no caminho. “Se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (1 Jo 5:14).

Fonte: Monergismo

Pecados favoritos!

Por Josemar Bessa

James Hamilton (1814-1867) – olhando para casas cobertas de neve no inverno, nos mostra algo essencial para a vida espiritual. Ele diz: “Em uma manhã de inverno, eu tenho notado uma fileira de casas de campo com uma grande camada de neve em seus telhados... mas com o passar do dia, grandes fragmentos de neve começam a cair a partir do beiral mais e mais a medida que a manhã avança. Até que, como uma avalanche, todo o monte de neve do telhado deslizou sobre as calçadas... e antes do pôr do sol, eu podia ver cada telhado tão limpo e seco como se fosse véspera do verão.

Mas eu pude observar, que aqui e ali, havia casas com seu manto de neve ainda sobre seus telhados com um colar de gelo duro em torno dele que o impedia de cair.
O que fez a diferença? A diferença era o que se encontrava dentro!
Algumas dessas casas estavam vazias, ou o solitário morador delas se encolheu quieto por não haver lenha para sua lareira, enquanto o lar povoado, com fogo na lareira, agitação, atividade... criou tal calor interior, que o inverno externo e sombrio não pode sustentar o gelo, perdeu seu controle e a massa de gelo não pode continuar presa a casa. O gelo caiu e foi pisado nas calçadas.
É possível, por um processo externo, empurrar grande parte do volume de neve do telhado gelado com esforço, parte por parte. Mas ele vai se formar de novo. Ele precisa de um calor interior para criar um degelo total.”
Assim, por processos diversos, um homem pode se livrar da conduta ( todo o peso ) dos pecados visíveis, mas ele precisa de um calor interno e escondido, um calor vital dentro, para produzir uma tal separação entre a alma e as suas iniquidade que o afligem. Esse calor é o amor de Deus derramado em abundância – o brilho (como as lareiras acesas e a atividade naquelas casas) gentil que o Consolador difunde na alma da qual Ele faz Sua casa. Sua habitação derrete a alma e os seus pecados favoritos em pedaços, que despencam como a neve naqueles telhados, e faz com que a indolência, outo-indulgência, racionalizações... caiam dissolvidos pelo calor interno gerado por Ele, caiam de um coração se dissolvendo em amor na contemplação da beleza da Sua santidade... esse é o fogo que tudo derrete... que pecados favoritos poderiam permanecer?
A santidade não é algo opcional. Acreditar na verdade bíblica da Soberania de Deus, na Graça soberana... aponta para o imperativo da santificação. O mundanismo em quem fala sobre a graça é sempre fruto da separação impossível da graça e da verdade, como se fossem coisas antagônicas. A manifestação da glória de Deus em sua perfeição em Cristo e em toda a Palavra mantém sempre estas duas coisas juntas: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14
A nossa santidade foi planejada por Deus na eternidade: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente” - Tito 2:11-12 – É assim que a graça se manifesta. A graça de Deus se manifestou e isso sempre produz santidade. A “graça de Deus se manifestou” aponta, é uma referência a Cristo. Ele já veio e esse plano eterno mostra que a nossa santidade é fruto de planejamento eterno.
A linguagem junto com a eleição sempre é esta – aponta para a santidade, “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” - Colossenses 3:12 – e qualquer ensino das Doutrinas da Graça que não apontem para isso, mas como uma liberdade para ser e viver como o homem natural, caracterizado pela sociedade que nos cerca, é uma grosseira falsificação da Verdade, o que não tem sido incomum nestes dias.
A santidade está enraizada no conselho eterno de Deus: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho” - Romanos 8:29 – O propósito divino é mostrados na nossa conformidade a Cristo. Isto nada mais é que Santidade. A semelhança com Cristo é a santidade, e é de suma importância isso ficar claro para nós. Podemos ter inúmeras habilidade, conhecimento teológico, capacidade intelectual, habilidades na comunicação, mas se não há semelhança com Ele, não há santidade.
Como podemos saber que fomos eleitos, pergunta John Owen – A resposta sempre vem – Deus destinou que você seja santo? Ainda temos um combate com o pecado mesmo sendo homens regenerados, e sem a Graça nós falharíamos completamente neste combate, mas o plano eterno de Deus é o impulso e poder necessário e suficiente para o crescimento em santidade.
A imagem de Deus foi quebrada no homem quando este pecou – a obra eterna de Deus visa exatamente nos livrar de tudo que não é Cristo em nós, santificação! O propósito de Deus é que sejamos à imagem de Seu Filho, e a isto fomos eleitos e predestinados. Em Romanos, Paulo continua dizendo que NADA vai frustrar esse plano – Satanás?... Quem pode ficar no caminho de Deus? Quem pode destruir Seu propósito? Em seu poder Onipotente e Soberano Deus em seu plano restaura o universo para que ele reflita Cristo. Ele “desconstrói” os eleitos e reconstrói nosso caráter, vida... para sermos semelhantes a Cristo. Deus está determinado que você (se de fato é igreja de Cristo) vai ser transformado na mesma imagem de Cristo. Santidade nos eleitos de Deus não é uma ameaça, mas um motivo de alegria, adoração, humildade... porque a santidade foi comprada pela obra perfeita de Cristo para todos aqueles que Deus chamou eficazmente.
Precisamos ver que o papel de Cristo na santificação se estende para muito além da compra somente, a santidade foi adquirida por Cristo – não como um trabalho adicional, Justificação e Santificação estão ligadas entre si e inseparáveis. Minha santificação é tão comprada como qualquer outro aspecto da salvação. Podemos ficar tão focados no sangue de Cristo que perdoa, que perdemos de vista que ele também compra a nossa santificação e santidade. Não há nenhuma benção no Evangelho que vem de algo além de Cristo e este crucificado. Nós não recebemos nada ( e nem poderíamos ) que Ele não tenha comprado por sua obediência e expiação: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.” - Hebreus 2:14-17
A morte de Cristo é uma realidade multifacetada, e isto é assim porque o pecado não é uma massa única e independente em nossos corações, mas o pecado é tecido multidimensionalmente em nossas vidas. A salvação no Sangue derramado na Cruz é uma perfeita expiação que corresponde a esse pecado. Estamos indo para sermos um dia totalmente santificados – o que significa que não haverá nenhum vestígio de pecado em nós – e esse processo poderoso e infalível em todos os que Deus elegeu, começa imediatamente no momento que o homem é regenerado: “que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” Gálatas 1:4
Muitas vezes o entendimento das pessoas sobre a cruz é completamente superficial – temos que enxergar as múltiplas dimensões do pecado e entendermos claramente as múltiplas dimensões da obra feita na cruz: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.” - Efésios 1:4
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” - Colossenses 3:12
Voltando a James Hamilton (1814-1867,

Há um habitante na casa?
Ele está agindo?
A lareira está acesa?
Há calor interno?
Como o gelo poderia permanecer no telhado?
Todo pecado entra em colapso!

Fonte: Josemar Bessa

Existem espíritos de adultério, prostituição, embriaguez e vícios?


Por Leonardo Dâmaso
Uma crença que foi amplamente difundida pelo movimento de batalha espiritual americano a partir da década de 60, e que se tornou muito popular no meio evangélico pentecostal e neopentecostal são os famosos "espíritos do adultério, de prostituição, da embriaguez e dos vícios". É muito comum vermos pastores e cristãos pentecostais e neopentecostais com o hábito de orar no seu dia a dia caso se deparem com alguma situação que seja necessário a “repreensão ou a amarração” destes “espíritos malignos”. Vemos também nos “cultos de libertação”, “orações de guerra” em forma de “chavões ou jargões”, do tipo: espírito do adultério, de prostituição, da embriaguez e dos vícios - saia desta vida para nunca mais voltar! 
Quem nunca presenciou, viu e ouviu alguém fazer uma “oração” desse tipo? Acredito que todos nós! Todavia, se estudarmos as Escrituras, especialmente o Novo Testamento diligentemente e meticulosamente, iremos perceber que não existe um texto sequer que aponte que adultério, prostituição, embriaguez e vícios de todo o tipo sejam espíritos malignos. Em contrapartida, os mesmos são classificados por Paulo em Gálatas 5.19-21 como “obras da carne”, isto é, pecados oriundos da nossa própria natureza pecaminosa, e não espíritos malignos (para inveja, que também é um pecado, e não um espírito maligno, veja 1Pe 2.1).
Augustus Nicodemus Lopes corrobora que os demônios denominados pela batalha espiritual como sendo demônios da lascívia, do ódio, da vingança, da embriaguez, da inveja e assim por diante, não aparecem no Novo Testamento. Essas coisas são, na verdade, as obras da carne mencionadas por Paulo em Gálatas 5.19-21. A solução para esses pecados não é expulsar demônios que supostamente os produzem, mas arrependimento, confissão e santificação.
Senão vejamos o que Tiago diz acerca deste assunto.

"Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça [e não por demônios primariamente, porém estes podem influenciar na tentação em segundo plano] sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte" - Tiago 1.14-15 (NVI)
Paulo, por sua vez, escreve:
"Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça?" Romanos 6.16 (NVI)

Vejamos ainda outro exemplo descrito por Paulo que irá elucidar melhor a nossa compreensão.

"Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de alguém de vocês possuir a mulher de seu pai. E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso? Apesar de eu não estar presente fisicamente, estou com vocês em espírito. E já condenei aquele que fez isso, como se estivesse presente. Quando vocês estiverem reunidos em nome de nosso Senhor Jesus, estando eu com vocês em espírito, estando presente também o poder de nosso Senhor Jesus Cristo, entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor" 1 Coríntios 5.1-5 (NVI)

Vemos que, não somente nas cartas de Paulo, mas em todo o Novo Testamento, os escritores bíblicos enfatizam muito mais a questão de pecados da carne ao invés de espíritos malignos ou possessão, haja vista que existem casos de possessão e de espíritos malignos atuando na vida de uma pessoa. Conforme é dito no texto, um jovem que fazia parte da igreja de Corinto estava mantendo relações sexuais com a mulher de seu pai, isto é, a sua madrasta, diz Paulo.
Apesar deste pecado, o apóstolo não disse que este jovem estava possuído ou influenciado pelo espírito da imoralidade, e, tampouco, ordenou que fizessem uma oração de libertação com imposição de mãos neste jovem, mas que o entregassem a Satanás; ou seja, que ele fosse expulso da comunhão da igreja para ser disciplinado por Deus através de Satanás, se arrependesse do seu pecado e retornasse a fé. A imoralidade ou a fornicação, contudo, é um pecado grave contra o nosso corpo, que é o templo do Espírito Santo (veja 1 Cor 6.18-20).

Entretanto, apesar do adultério, prostituição ou fornicação, embriaguez, vícios e inveja serem pecados da carne, contudo, a pessoa que prática estes pecados pode vir dar ocasião aos espíritos malignos para atuarem em sua vida, uma vez que eles [os espíritos malignos] podem, depois que a pessoa cedeu a sua vontade pecaminosa a estes pecados, influenciá-la e escravizá-la nestes e em outros pecados.
"Quando vocês ficarem irados, não pequem'. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao diabo" Efésios 4.26-27 (NVI)

Concluímos, então, que, as supostas “orações de libertação” que muitos pastores e cristãos fazem expulsando os espíritos do adultério, prostituição, embriaguez e dos vícios, e o também famoso espírito da depressão [que é um transtorno ou uma doença mental, e não um espírito maligno] é antibíblico e, portanto, uma prática que deve ser diametralmente rejeitada.
Nota: 
1. Augustus Nicodemus Lopes. O que vocêprecisa saber sobre Batalha Espiritual, pág 69.
Fonte: Bereianos

quinta-feira, 13 de março de 2014


Waldir Baruch-SHANÁ TOVÁ UMETUKÁ respondido 5 anos atrás
PEDRO ERA A PEDRA – O FUNDAMENTO DO CATOLICISMO OU DA IGREJA???

Vejamos o texto e seu contexto bíblico:

Mateus 16:

16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;

Versão no original grego:

[16,16] APOKRITHEIS DE SIMÔN PETROS EIPEN SU EI O KHRISTOS O UIOS TOU THEOU TOU ZÔNTOS
[16,17] b=KAI APOKRITHEIS a=DE O IÊSOUS EIPEN AUTÔ MAKARIOS EI SIMÔN a=BARIÔNA b=BAR b=IÔNA OTI SARX KAI AIMA OUK APEKALUPSEN SOI ALL O PATÊR MOU O EN TOIS OURANOIS
[16,18] KAGÔ DE SOI LEGÔ OTI SU EI PETROS KAI EPI TAUTÊ TÊ PETRA OIKODOMÊSÔ MOU TÊN EKKLÊSIAN KAI PULAI ADOU OU KATISKHUSOUSIN AUTÊS

Vejam bem, Pedro revela a essência primordial da pessoa do Senhor Jesus e diz: TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO!

Então, Jesus diz: O Pai quem te revelou esta VERDADE ESSÊNCIAL...

Vers.18: Pois também eu te digo: que tu és Pedro (do grego Petrus –“ fragmento de pedra, pedra pequena”) e sobre esta PEDRA ( do grego PETRA – “Rocha”, a “ Pedra de esquina”)

“Tu és Petrus e sobre esta “Petra” – revelação que o Pai te deu, edificarei a minha igreja.”...

Pedro entendeu que ele seria “A PETRA” – base da igreja de Cristo???

Com certeza que não!

A prova disto, está na própria epístola de Pedro, onde ele cita esta revelação, e se coloca como pedra pequena, mas chama Jesus (Yeshua) de PETRA – A BASE DA IGREJA!

I PEDRO CAPITULO 1:

3 Se é que já provastes que o SENHOR é benigno;
4 E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
5 Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
6 Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.
7 E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina,
8 E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.

Versículo 8 no grego: [2,8] KAI LITHOS PROSKOMMATOS KAI PETRA SKANDALOU OI PROSKOPTOUSIN TÔ LOGÔ APEITHOUNTES EIS O KAI ETETHÊSAN

A PETRA (A PEDRA) É CRISTO – A REVELAÇÃO DE PEDRO – TU ÉS O “CRISTO”.

Paulo confirma isto em I CORINTIOS 10:04

4 E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

[10,4] KAI PANTES TO AUTO b=POMA PNEUMATIKON EPION a=POMA EPINON GAR EK PNEUMATIKÊS AKOLOUTHOUSÊS PETRAS Ê b=DE PETRA a=DE ÊN O KHRISTOS

O interessante é que: Se era para alguém ser considerado O SUSTENTÁCULO DO CRISTIANISMO PÓS-CRISTO – ESTE SERIA O APÓSTOLO PAULO... Não Petrus.

Um abraço!

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA  IGREJA ?


Há três usos comuns da palavra "igreja". Dois são das escrituras e um não é. Nas escrituras, todos os cristãos formam a igreja de Deus (Efésios 1:22-23; 5:22-33). Do mesmo modo, os cristãos que trabalham e adoram juntos num determinado lugar são uma igreja (1 Coríntios 1:2). Poderíamos chamar estes dois usos como igreja universal e igreja local. O uso que não é das escrituras se aplica a um grupo de igrejas que se juntaram e a este poderíamos chamar igreja denominacional. Uma igreja denominacional é um grupo de igrejas trabalhando juntas como se fosse uma, sob uma organização nacional ou internacional.
Agora você pode perguntar: O que é errado com a existência de uma igreja denominacional? Muitas coisas: 1. A única organização que Deus deu aos cristãos foi a igreja local. Não há autoridade Bíblica para qualquer presidente, sínodo ou convenção se colocar acima de qualquer grupo de igrejas; 2. A Bíblia não autoriza a união de igrejas locais. As igrejas têm que funcionar separada e independentemente sob a supervisão de presbíteros, cuja autoridade é limitada a uma igreja local (Atos 14:23; 20:28; 1 Pedro 5:2). Pesquise na Bíblia, de capa a capa, para ver se acha o nome de sua igreja denominacional. Minha bíblia tem 1238 páginas. Eu não gostaria de ser membro de alguma organização religiosa que Deus nunca mencionou, em 1238 páginas!
Crescemos num mundo dominado pelo pensamento denominacional. É preciso coragem, convicção e estudo com mente aberta da palavra de Deus para nos afastar destas falsas idéias.
-por Gary Fisher
O texto acima, foi baixado na internet, mais precisamente no site, www.estudosbiblicos.net que servirá de introdução para nosso estudo.
O Que é a Igreja?

Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte. Algumas pessoas usam "igreja" para descrever um belo edifício, Outros a usam para descrever uma organização religiosa mundial,  As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o significado de "igreja" na Bíblia.

Igreja: O que significa?

É um edifício construído com pedras vivas. "Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo"(1 Pedro 2:5).
Hoje, vulgarizou-se tanto, que muitas pessoas confudem a igreja de Cristo, como sendo um prédio feito por mão de homem, quem nunca ouviu alguém dizer: vou à igreja, ou, aqui na igreja as pessoas conversam, se distraem e não ficam atentas ao culto, ou ainda, todos que vierem aqui, deve saber que esta igreja é a casa de Deus, e outros aberrações desse tipo, esquecem que a verdadeira igreja de Cristo é um edificio construida com pedras vivas.  Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: "Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce,  para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito" (Efésios 2:19-22). (Pedra angular, era uma pedra usada nas construções para sustentação dos prédios, era a principal dentre as demais).

A palavra grega traduzida como "igreja" significa, literalmente, "chamado para fora" e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor. A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal. É um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode admoestar (Mateus 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (estude João 17:14-23; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9; 1 João 4:5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Tessalonicenses 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Coríntios 1:2;  Colossenses 1:1-2).

Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo da "Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue" (Atos 20:28). Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado, mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Romanos 5:8;  1 Coríntios 6:19-20).
A IGREJA VERDADEIRA DO SENHOR JESUS CRISTO
INTRODUÇÃO
Mateus 16:18 e Efésios 4:4-6; 5:25, É claro que Cristo Jesus tem uma igreja aqui no mundo através dos versículos citados acima. Mas, para dizer qual igreja é de Cristo, e quais não são de Cristo, é Preciso compará-las com as escrituras sagradas novo Testamento At.2:42-47. Só assim podemos identificar a igreja verdadeira de Cristo. A igreja, que Jesus Cristo fundou, organizou e deixou, ainda está aqui no mundo pela promessa dele Jo. 14:1-2, para tentar lhe ajudar nessa empreitada, busquei na internet algumas definições e explicação de algumas igreja, para sua meditação.
IDENTIFICAÇÃO DELA
1. Cristo é o fundador, organizador, e cabeça da sua igreja, e só Ele. Podemos eliminar todas as igrejas menos uma. Então, esta tem que ser a igreja dele.
A Igreja Católica começou desenvolvendo no ano 251 D.C. por causa da heresia sobre o governo, disciplina, e batismo da igreja. Ela saiu da igreja verdadeira e foi apoiada pelo Rei Constantino Romano. Ela ficou crescendo e desenvolvendo até o ano 606 d.C. quando Bonifácio se tornou o primeiro para ser chamado o supremo Papa. Ela se tornou a religião do estado do Reino Romano e continuou crescer e aceitar todo tipo de idolatria e heresia. Ela começou tarde demais, além de falar na heresia que aceita e prega, para ter Jesus Cristo como seu cabeça. Ela foi fundada em cima de heresia e idolatria.
A Igreja Luterana começou no ano de 1530 d.C. e tem por seu cabeça Martino Lutero.
A Igreja Anglicana (da Inglaterra) começou no ano de 1540 D.C. e tem por seu cabeça O Rei Henrique VIII.
A Igreja Presbiteriana começou no ano de 1541 d.C. e tem por seu cabeça João Calvino.
A Igreja Congregacional começou no ano de 1581 d.C. e tem por seu cabeça Roberto Browne.
A Igreja Metodista começou no ano de 1729 d.C. e tem por seu cabeça João e Charles Wesley.
A Igreja Cristã (também chamada A Igreja de Cristo ou dos Discípulos de Cristo) começou no ano de 1827 d.C. e tem por seu cabeça Alexandre Campbell.
A Igreja dos Mormons começou no de 1830 d.C. e tem por seu cabeça José Smith.
A Igreja Adventista começou no ano de 1845 d.C. e tem por seu cabeça William Miller.
A Igreja das Testemunhas de Jeová começou no ano de 1884 d.C. e tem por seu cabeça Pastor Russell.
A Igreja Pentecostal começou no ano 1903 d.C. e tem por seu cabeça A. J. Tomlinson.
A Congregação Cristã no Brasil começou no ano 1909 d.C. e tem por seu cabeça Luiz Francescon.
A Igreja das Assembléias de Deus começou no ano de 1914 d.C. e tem por seu cabeça um grupo de pastores descaminhados das outras igrejas que começaram uma associação pentecostal em Hot Springs, Arkansas, E.U.A.
A Igreja Quadrangular (Cruzada Nacional) começou no ano de 1922 D.C. e tem por sua cabeça a mulher Aimee Semple McPherson.
Brasil para Cristo começou no ano 1950 d.C. e tem por seu cabeça Manoel de Melo.
Pentecostal, Deus É Amor começou no ano 1962 e tem por seu cabeça Davi Miranda.
A Igreja Universal do reino de Deus. começou no ano 1982 d.C. e tem por seu cabeça Edir Macêdo.
Nenhuma destas igrejas pode ser a que Cristo fundou, porque começou tarde demais, e tem homem por seu cabeça. Cristo é o cabeça da sua igreja!
2. A Bíblia é a única regra de Fé e Prática da Igreja de Cristo. Ela não aceita outro livro, nem credo, nem visões, nem ciências ou tradições para sua regra de fé e prática. Somente a Bíblia!
3. A Igreja de Cristo é uma assembléia local e visível.  A palavra grega traduzida como "igreja" significa, literalmente, "chamado para fora" e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor.
4. A Igreja de Cristo foi organizada e fundada durante o ministério terrestre e público de Cristo antes do dia de Pentecostes. I Coríntios 12:28 diz que Deus colocou primeiramente na igreja os doze apóstolos. No dia de Pentecostes 120 pessoas estavam reunidas esperando O Espírito Santo descer. (Atos 1:15) Os primeiros membros da igreja de Cristo eram os doze Apóstolos. Então, tem que ser que a igreja de Cristo começou antes do dia de Pentecostes. Jesus fundou sua igreja pessoalmente durante seu ministério antes de subir ao céu. Quando foi que Ele fundou e organizou sua igreja? Leia Lucas 6:12-16. Vamos notar outras coisas que provam que a igreja verdadeira começou antes do dia de Pentecostes.
A. Cristo prometeu edificar pessoalmente sua igreja com pedras vivas para que o homem não pudesse se apoderar dela, nem exercer poderes maiores entre os seus membro. Mateus 16:18.
B. Cristo deu a regra da disciplina à sua igreja antes do dia de Pentecostes em Mateus 18:15-18. Cristo disse nesta passagem para falar (tempo presente) com a igreja. Como é que se pode falar com uma igreja que não existe? Muitos estão dizendo que Cristo estava falando sobre a igreja futura. Mas, não ë isto que a Bíblia diz! Cristo falou no tempo presente.
C. Jesus deu a Grande Comissão a sua igreja antes do dia de Pentecostes em Mateus 28:18-20. Se a igreja não começasse até o dia de Pentecostes, ela não teria comissão nem missão!
D. A igreja de Cristo tinha organização antes do dia de Pentecostes. Tinha tesoureiro (João 12:6) e votação (Atos 1:21-26) antes do dia de Pentecostes. Até a disciplina que Cristo mandou sua igreja praticar precisa da votação.
E. Cristo tinha entregue as ordenanças a sua igreja (Batismo e a Ceia, Mateus 28:18-20 e 26:26-30) antes do dia de Pentecostes. A igreja dele batizou e celebrou a Ceia antes do dia de Pentecostes. Se a igreja de Cristo não começasse até o dia de Pentecostes não teria nenhuma ordenança para observar.
F. Cristo cantou na sua igreja antes do dia de Pentecostes diz o escritor do livro de Hebreus. (Hebreus 2:12) Quando foi que Ele cantou na sua congregação (igreja)? Mateus 26:30. Não pode cantar numa igreja que não existe.
G. A Bíblia diz que no dia de Pentecostes 3000 pessoas foram acrescentadas à igreja, (Atos 2: 47). A igreja já existiu.
Esta igreja que Jesus Cristo fundou e organizou teve tudo necessário para ser uma igreja antes do dia de Pentecostes. A igreja de Cristo começou durante o seu ministério terrestre antes do dia de Pentecostes!
5. O Senhor Jesus Cristo prometeu perpetuidade a sua igreja que é local e visível. (Mateus 16;18, 28;20, Efésios 3;9-10, 21). A igreja de Cristo existe desde os dias de Cristo (seu Fundador e Organizador) até agora pela promessa dele. Se a igreja cessasse de existir durante os séculos (como todas as igrejas falsas dizem) a promessa de Cristo falhou e não poderíamos confiar em nenhuma promessa mais de Cristo. Pode ser? De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso!
CONFORMIDADE DOUTRINÁRIA
Podemos também identificar a igreja verdadeira de Cristo pela doutrina dela. (Efésios 3:9-10, 21) Ela é a coluna e firmeza da verdade. (I Timóteo 3:14-15) Cristo deu a ela a sua Palavra para pregar e guardar. (Mateus 28:18-20) Ela tem pregada, guardada, preservada, e conservada a Palavra dele durante os séculos desde os dias de Cristo, seu cabeça. Ela tem batalhado pela fé que uma vez foi dada aos santos. (Judas 3-4) Ela tem repreendida os infiéis para que sejam sãos na fé. (Tito 1:12-14) Se ela não tem feito isto, quem tem? A igreja universal e invisível? Não! Além de não existir, a chamada igreja universal e invisível tem todo tipo de heresia e hipocrisia. A igreja de Cristo ainda está no mundo batalhando pela fé, e estará até que Cristo volte, pela promessa dele. Vamos identificar a igreja do Senhor Jesus Cristo através da doutrina bíblica que ela prega.


A Igreja Universal e a Igreja Local
Algumas vezes a Bíblia usa a palavra "igreja" no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da igreja deste modo: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: "...Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo" (Efésios 5:23). Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Efésios 5:26).

Freqüentemente, a palavra "igreja" é usada para descrever uma congregação local ou assembléia de santos. Note uns poucos exemplos: "…à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…" (1 Coríntios 1:2); "E, se ele não os atender, dize-o à igreja;  e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano" (Mateus 18:17); "...saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles." (Romanos 16:5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com outros irmãos na fé, mas, para isto, não precisam de um prédio, pode ser em qualquer lugar, o importante é que reunam-se os santos com o mesmo prosito, o de adorar e servirem a Deus.

A Igreja: Organismo, não Organização
A igreja é uma organização? De modo nenhum, Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, e por isso, o que vemos hoje? Um comercio aonde se vende tudo, tudo é motivo de lucro, usa-se a vaidade das pessoas para explorar os fieis, constroi-se verdadeiros idolos, na musica, no cinema em formato de DVD, livros, Temos "pastores" escritores, os quais, fazem propaganda dos seus livros na midia e até na hora de um culto, temos irmãos envolvidos com a politica, e que, para enganar os fieis, dizem que é necessario ter um homem de "Deus" na politica, para que a igreja não seja prejudicada em nada, como se a verdeira igreja de Cristo precisasse de alguém para defender-la, a verdeira igreja de Cristo ja tem quem a defenda e ja a defendeu na cruz do calvario, a verdadeira igreja de Cristo foi comprada com o precioso sangue do filho de Deus, portanto, é propriedade exclusiva de Deus, e ai daquele que se levantar contra ela, pois foi o proprio Senhor, quem disse, que nem as portas do inferno podem prevalecer contra ela . Este não é o conceito bíblico de igreja, Jesus não morreu para estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (Atos 20:28;  1 Coríntios 6:20). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os obedece (João 14:15,23), tem politicos no meio; tem comercio; tem idolos, seja cantor ou ator, então com certeza absoluta, não é a igreja de Cristo, não é a igreja que ele fundou, saia daí imediatamente, antes que o Senhor volte, ou, voce irá com certeza para o lado esquerdo Dele.
Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve a igreja como um corpo composto de membros vivos (Romanos 12:4-5;  1 Coríntios 12:12-27;  Colossenses 1:8, 24; Efésios 5:23). Estes membros do corpo são "blocos" ou "pedras" usados na construção da igreja (1 Coríntios 3:10-15).

Muitas pessoas sugerem que a "igreja universal" é constituída de todas as congregações locais no mundo. Isto não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste de cristãos que se reúnem num determinado lugar. Eles podem ser identificados e contados (Romanos 16:14, 15;  1 Coríntios 16:19;  Colossenses 4:15). A igreja universal consiste de todos os discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum homem é capaz de identificar e contar todos os membros deste corpo universal. Tentativas de contar todos os verdadeiros cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e a vaidade dos homens. Somente Deus pode contar e identificar seus "primogênitos arrolados nos céus"  (Hebreus 12:23).

Descrições Bíblicas da Igreja que Pertence a Jesus
A Bíblia não usa um nome exclusivo para a igreja. É errado, portanto,  insistirmos num único nome que todas as igrejas fiéis tenham que usar.  Muitas passagens falam simplesmente da igreja, algumas vezes identificando o local (cidade ou casa) onde o grupo de cristãos se reunia. Portanto, podemos nos referir à igreja simplesmente como "a igreja" (Atos 8:1;  9:31; Romanos 16:1). O lugar, é irrelevante.

Freqüentemente, as descrições da igreja no Novo Testamento mostram a relação que existe entre o Senhor e sua igreja. A igreja pertence a Deus, e é, muitas vezes, chamada "a Igreja de Deus" (veja Atos 20:28; 1 Coríntios 1:2; 10:32; Gálatas 1:13; 1 Timóteo 3:5,15). Jesus derramou seu sangue para comprar a igreja, a verdadeira pérola preciosa, Mt. 13:45. Portanto, Paulo falou de "igrejas de Cristo" (Romanos 16:16) e Jesus falou de sua própria igreja (Mateus 16:18). O povo de Deus pode ser corretamente descrito como a "igreja dos primogênitos arrolados nos céus" (Hebreus 12:23).

Consideremos o significado de descrições bíblicas comuns da igreja.

O Corpo de Cristo (Colossenses 1:24;  Efésios 1:22-23;  4:12). Assim como o corpo humano não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso cabeça, Jesus Cristo (Efésios 5:23;  Colossenses 1:18). Discípulos de Jesus são membros do corpo (Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Efésios 3:6; 4:16; 5:30).
O Reino de Deus ou Reino dos Céus (Mateus 3:2; 4:17;  Lucas 4:43;  Atos 8:12; 19:8; 20:25; 28:23,31). A idéia de reino ressalta a posição de autoridade do rei (veja 1 Coríntios 4:20;  Hebreus 1:8;  12:28-29;  Mateus 28:18-20;  Apocalipse 12:10). O reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36). Em vez de ser uma entidade política e mundana, a igreja é um reino espiritual assentado no caráter santo de Deus, por isso o Senhor Jesus declarou que não devemos misturar Estado com a Igreja, o que é do Estado, é Estado, o é de Deus é de Deus, Mt. 22:21. Podemos entrar no reino somente quando formos transformados espiritualmente (Colossenses 1:13). Como servos do Rei, temos que desenvolver as características espirituais de nosso Senhor (Tiago 2:5), incluindo sua humildade, inocência (Marcos 10:14-15) e santidade (1 Coríntios 6:9-10;  Gálatas 5:19-21).
A Casa de Deus (1 Timóteo 3:15) não é um edifício material, mas o santuário e a habitação do Senhor (Efésios 2:21-22). É um edifício espiritual (1 Pedro 2:5).

O Rebanho de Deus (Atos 20:28). Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas (João 10:11). As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a vida eterna (João 10:27-28).
Nomes Humanos Causam Divisão
A divisão religiosa em nossa sociedade é vergonhosa. Muitas pessoas estão confusas num mundo com muitos nomes diferentes de igrejas. Alguns  destes nomes honram certos homens, enquanto outros ressaltam pontos doutrinários específicos.

A unidade dos salvos é baseada no nome e na doutrina de Cristo. Devemos fazer tudo pela autoridade de Jesus ou em seu nome (Colossenses 3:17). "Não há salvação em nenhum outro...nome..." (Atos 4:12). Esta unidade é possível somente quando falamos e pensamos a mesma coisa, que é a doutrina de Cristo (1 Coríntios 1:10), voce já deve ter ouvido falar: a doutrina da igreja tal, assim, e da tal é assim. Quando os homens começam a seguir outros homens, perdem a unidade com Cristo e seu povo (1 Coríntios 1:11-13). Divisões e contendas acontecem na igreja, em parte, porque algumas pessoas se identificam somente com nomes humanos. Paulo argumentou que devemos identificar-nos somente com o Senhor que servimos. Jesus foi crucificado por nós e somos batizados em seu nome. Jesus, e não homens, merecem nossa dedicação e honra. Os verdadeiros seguidores de Deus fazem parte da igreja que pertence a Jesus, existem "pastores em determinadas denominações, que se encontram num estagio que beira a idolatria, que não há como o cidadão comum se aproximar dele, e ele mesmo faz questão de manter esse padrão, até para atender um convite de uma outra congreção, só irá se lhe pagarem cachê, e dependendo da lugar, terá que lhe pagar a viagem de avião ida e volta com hospedagem no melhor hotel.
 
O Que é uma Igreja Local?

A expressão "igreja local" não é encontrada nas Escrituras mas veio a ter largo uso de modo a distinguir os diferentes significados da palavra igreja (do grego, ekklesia) como aparece no Novo Testamento.

Os escritores do Novo Testamento tomaram uma palavra usada no mundo grego para descrever um ajuntamento de cidadãos convocados a se reunirem para fazer o negócio do Estado e aplicada a pessoas convocadas por Deus para fazerem o negócio do céu. A idéia de um povo "convocado" ou "chamado para fora" servia perfeitamente ao conceito bíblico de um povo a quem Deus "chamou das trevas, para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9).

O uso mais adequado da palavra igreja em nossa Bíblia tem referência com todos os que responderam ao chamado do evangelho (2 Tessalonicenses 2:14) e entraram numa nova relação com Deus. O movimento que eles fizeram não é espacial, mas espiritual. Eles, pela fé, deixaram o mundo de valores tenebrosos e vieram para a luz do Filho de Deus (Colossenses 1:13). É neste sentido que Jesus fala da igreja em Mateus 16:18 e também Paulo em Atos 20:28 e Efésios 5:25.

É muito importante entender que o chamado de Deus é um chamado individual e pessoal. O povo chamado pode ser "de toda tribo, língua, povo e nação" (Apocalipse 5:9)  mas não vem a Cristo em grupos. A escolha de deixar as trevas e caminhar na luz é muito pessoal. Temos que chegar ao Senhor individualmente. Não há ninguém mais que seja parte do pacto que fazemos com ele. Se nenhuma outra alma na terra reconhecer Jesus Cristo como Senhor, nosso compromisso com ele permanece o mesmo.Portanto, quando voce ouvir algém dizer: as minha ovelhas, afaste-se desta pessoa, pois é o proprio demonio quem assim fala.
Esta grande família de todo o povo de Deus nunca está destinada nesta vida a ser reunida em um lugar ou a conhecer uns aos outros como um todo, mas todos foram "batizados em um corpo" (1 Coríntios 12:13). Eles são a "universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus" (Hebreus 12:22-23). Para este corpo universal de crentes não há sede terrestre (Colossenses 1:18) para arrastá-los para entidades nacionais ou internacionais para que possam funcionar como uma unidade. No entanto, eles eram e são filhos do mesmo Pai, irmãos e irmãs em Cristo.

Esse texto acima, está mesclado com arquivos baixado da internet e em alguns casos, complementado  por mim
, sem todavia desviar-se do objetivo original. Pois foram escritos pelos santos do Senhor, cujo principal objetivo é esclarecer o verdadeiro sentido da igreja fundada e mantida pelo Senhor Jesus aqui na terra.

REFORÇO
O texto abaixo, é uma parte de um texto completo que consegui na internet, que muito pode ajudar a quem realmente quizer entender, como deve se portar todo membro da igreja dos primogenitos arrolada nos céus (Hb. 12:23).

Quase tudo que fazemos no serviço do Senhor será feito como discípulos individuais na busca da vida diária, onde cumprimos nossas obrigações para com nossas famílias (Efésios 5:22 - 6:4), para com nossos empregadores (6:6-9), para com o governo (1 Pedro 2:13-17), para com nossos inimigos (Mateus 5:43-48;  Romanos 12:17-21), para com os pobres (Efésios 4:28; Tiago 1:27) e especialmente para com os homens e mulheres ainda perdidos (Mateus 28:19-20; Atos 8:4). Tudo isto será liberalmente "aspergido" com oração particular (Filipenses 4:6-7), estudo bíblico (Colossenses 3:16), e, em determinada ocasião, cânticos espirituais (Tiago 5:13).

Contudo, vitais como os deveres individuais em Cristo são, há algumas coisas que o Senhor espera que seu povo cumpra junto com outros cristãos. É este "junto", ou trabalho de equipe, que se expressa nas igrejas locais grupos de discípulos que funcionam juntos em lugares particulares (1 Coríntios 1:2;  11:16;  Romanos 16:16;  1 Tessalonicenses 1:1; Apocalipse 1:4). Diferente do corpo universal de crentes que não tem organização, estas igrejas locais são organizadas para o propósito de ação coletiva. Elas são associações voluntárias de discípulos formadas por acordo mútuo (Atos 9:26-28) que têm uma direção comum (Atos 14:23; 20:28), um tesouro comum (1 Coríntios 16:1-2;  Atos 4:34-35) e trabalho divinamente ordenado para fazer (Atos 2:42;  20:7;  Hebreus 10:24-25;  Efésios 5:19;  Atos 4:34-38;  1 Coríntios 16:1-2;  Filipenses 4:15-16). Estas assembléias locais têm obra importante a cumprir na educação dos novos discípulos para uma espiritualidade madura e serviço frutífero (Efésios 4:11-13), mas nunca foram pensadas para serem o instrumento coordenador pelo qual todos, ou a maioria dos deveres do povo de Deus, são atendidos. Paulo adverte Timóteo contra este conceito errado quando se tratasse do problema das viúvas necessiadas entre os santos: "Se alguma crente tem viúvas em sua família, socorra-as, e não fique sobrecarregada a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas" (1 Timóteo 5:16). É uma das tristezas de nosso tempo que igrejas locais tenham se tornado centros políticos, sociais e recreativos e, por isso, despojadas de seu poder para trazer força espiritual e para educar os santos.

Mas como distinguirmos entre a obra das igrejas locais e a obra dos cristãos individuais? Isto não é difícil quando procuramos indicação clara nas Escrituras para que a obra a ser feita seja feita coletivamente. Como membros do grande corpo dos redimidos, glorificamos a Deus em tudo o que fazemos como discípulos individuais (Efésios 3:21) e no trabalho que fazemos juntos nas igrejas locais.

 
Se voce quizer saber mais sobre a igreja de Cristo, sugiro buscar na internet que tem muitos temas bastante interessante a esse respeito, um site bom para esse estudo é o que ja acima citei www.estudosdabiblia.net
Olavo F. Sobreira
www.estudosbiblicosnolar.net