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domingo, 28 de setembro de 2014

Grécia: descoberta tumba dos tempos de Alexandre, o Grande

Posted by  on 27/09/2014
alexandre
Descoberta de tumba misteriosa e antiga anima gregos em meio à crise econômica
O mistério sobre quem está enterrado em uma enorme tumba dos tempos de Alexandre, o Grande, descoberta no início de agosto na Grécia.
A descoberta da antiga tumba entusiasmou os gregos e trouxe esperanças de melhora no cenário de crise econômica que o país enfrenta. O túmulo, o maior já encontrado no país, fica na região de Anfípolis. 
Fontehttp://www.bbc.co.uk/
A expectativa de que possa ser de alguém da família de Alexandre, o Grande – ou, para os habitantes do local, até mesmo do próprio Alexandre – possa estar nele enterrado trouxe turistas e já valorizou terrenos nas cidades de Anfípoli e Mesolakkia.
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Arqueólogos acreditam que alguém ligado a Alexandre, o Grande está enterrado na tumba
“Podemos ter ganhado na loteria”, diz o prefeito de Mesolakkia.
Os moradores afirmam que já foram procurados com ofertas para vender suas terras na região da descoberta. A maioria precisa do dinheiro, mas está esperando até que os arqueólogos que encontraram a tumba façam o anúncio final sobre a identidade de seu dono.
“Antes da descoberta, a terra não valia quase nada. Mas agora ninguém quer vender”, diz o morador Menia Kyriakou.  A descoberta também deu início a uma onda de orgulho e patriotismo.
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Esta imagem feminina está preservada, mas o rosto da outra figura foi destruído.
O ministro da cultura, Konstantinos Tasoulas, disse que a descoberta é um lembrete de que a Grécia é o “berço de uma civilização insuperável e um país que merece, com este capital (cultural) único e suas realizações atuais, reivindicar o seu retorno ao progresso e prosperidade”.
A DESCOBERTA
A tumba foi descoberta após dois anos de trabalho comandado pela arqueóloga Katerina Peristeri. O monte onde está localizada fica na antiga Anfípolis, uma grande cidade do reino da Macedônia, a 100 km a leste de Thessaloniki, a segunda maior cidade da Grécia.
A estrutura remonta ao final do século 4 AC e o muro ao redor dele tem 500m de circunferência, superando o local do enterro do pai de Alexandre, Filipe 2º, em Vergina, a oeste de Salônica.
“Essa é uma tumba de dimensões únicas e impressionante maestria artística. Os mais belos segredos estão escondidos logo abaixo de nossos pés”, disse à BBC o ministro da Cultura, Tasoulas.
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Desenho mostra duas esfinges na frente e duas cariátides guardando o local atrás
Dentro da tumba, os arqueólogos descobriram duas cariátides (esculturas com figuras femininas que funcionam como pilastras). Cada uma foi esculpida com um braço estendido, provavelmente para desencorajar intrusos a adentrar na câmara principal do túmulo.
Os equivalentes modernos das cariátides ficam em um carro da polícia, a cerca de 200m da entrada do túmulo – o sítio arqueológico é protegido 24 horas por dia por dois policiais.
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Territórios do império conquistado por Alexandre.
Sua missão é manter longe as dezenas de jornalistas e turistas que chegam ao local por uma estrada de terra sinuosa da aldeia vizinha de Mesolakkia. Mas isso não impediu que a mídia, os arqueólogos e curiosos se envolvessem em um jogo de adivinhação animado.
Os arqueólogos concordam que a magnificência do túmulo significa que ele foi construído para uma pessoa importante – talvez um membro da família imediata de Alexandre; pode ser sua mãe, Olímpia, ou sua esposa, Roxana -ou algum nobre macedônio.
Outros dizem que ele poderia ser um cenotáfio, memorial fúnebre construído para homenagear uma pessoa enterrada em outro local.
Mas só a equipe de escavação pode dar respostas definitivas, e o progresso dos trabalhos tem sido lento desde que os trabalhadores descobriram uma terceira câmara, que está em perigo de desabamento.
Os especialistas não chegaram a um veredito, mas, para as poucas centenas de habitantes da moderna Anfípoli e Mesolakkia, as duas aldeias mais próximas ao local onde foi encontrado o monumento, não há dúvida: enterrado dentro do túmulo de mármore perto de suas casas está o próprio Alexandre, o Grande.
“Só Alexandre merece um monumento tão grandioso”, diz o agricultor Antonis Papadopoulos, de 61 anos.
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As cariátides, duas figuras femininas em esculturas que servem de pilares dentro do túmulo encontrado.Essas figuras femininas no monumento medem mais de 2m de altura
Arqueólogos e o Ministério da Cultura grego alertam sobre as especulações, especialmente porque é sabido que Alexandre, o Grande, foi enterrado no Egito.
“Estamos naturalmente ansiosos para descobrir a identidade de residente da tumba, mas isso será revelado no tempo certo pelos escavadores,” disse o ministro.
Permitida a reprodução desde que mantido a formatação original e mencione as fontes.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Tuas desculpas já acabaram?



John Flavel (1628-1691)

Desde o momento em que Deus interrogou Adão e Eva sobre o primeiro pecado, os homens e mulheres têm apresentado desculpas pelo seu comportamento. Aqui estão algumas dessas desculpas que apresentam quando resmungam.

"Não estou me queixando, apenas estou expondo os fatos". É ótimo que os cristãos olhem para sua situação de forma realística; todavia, eles não deveriam resmungar. Pelo contrário, estar conscientes dos fatos é estar ciente do quanto Deus é grande em Sua misericórdia para com eles. Se pensam mais sobre seus problemas do que sobre as misericórdias de Deus, então eles têm uma visão distorcida dos fatos. Estar ciente dos fatos não impede o cristão de servir a Deus como ele deve servi-Lo, mas o resmungar sim, isso impede. Sejamos realistas, encaremos os fatos, mas isso deveria tornar-nos gratos a Deus, não apenas pelo que Ele nos tem feito, mas também por aquilo que Ele tem feito para outras pessoas. Se nós as invejarmos, isso mostra que estamos pensando demais sobre nossos problemas e não suficientemente sobre a bondade de Deus.

"Eu não estou reclamando: somente estou consciente do pecado". É fácil dizer isso, porém se a causa do pecado for tirada, o suposto senso de transgressão desaparece, e isso simplesmente mostra que não houve nenhuma convicção real de pecado. Cristãos que de fato estão preocupados sobre o pecado não desejarão acrescentar nada à sua culpa por resmungar; pelo contrário, eles se sentirão felizes submetendo-se à disciplina de Deus.

"Sou infeliz porque sinto que Deus não está comigo". Mas só porque estamos sofrendo, não significa que Deus nos abandonou. Um pai não se vira contra o filho porque ele teve de discipliná-lo. Deus prometeu estar com Seu povo, especialmente em tempos de tribulações. "Quando passares pelas águas, estarei contigo; quando passares pelos rios, eles não te submergirão" (Isaías 43:2). Portanto Deus está junto na situação, porém pode ser que às vezes os cristãos não o sintam porque seu espírito de murmuração afastou deles o senso da presença de Deus. Se quiserem senti-10 perto, devem ficar quietos e obedientes e ter o zelo de ser o tipo de pessoa que Ele deseja que Seus filhos sejam.

"Não é o sofrimento, e sim a atitude de outras pessoas que não consigo suportar". Até mesmo a atitude das outras pessoas está sob o controle de Deus; inclusive os perversos podem ser usados para Seus propósitos, embora os cristãos devessem lembrar de que os ímpios estão sob o julgamento de Deus, e deveriam ser motivo de suas orações. Não importa quão severo seja o tratamento recebido de outras pessoas, os cristãos deveriam sempre lembrar que Deus jamais deixa de ser bom para com Seus filhos. Eles deveriam louvá-Lo: não há desculpas para a murmuração.

"Jamais esperava isso". Os cristãos devem esperar problemas nesta vida e precisam estar preparados para os momentos de dificuldades, para que quando vierem eles possam estar prontos para enfrentá-los. E quantas vezes eles são capazes de dizer: "Jamais esperava isso", quando Deus tem sido especialmente bom para com eles!

"Meu problema é pior do que os dos outros". Como você sabe disso, meu amigo? Talvez sua murmuração o tenha levado a exagerar. Mas supondo que seja o caso, isso indica que Deus lhe deu uma oportunidade de glorificá-lO ainda maior do que a que deu aos outros. Quando os incrédulos virem como você enfrenta um grande problema, eles louvarão a Deus e talvez sejam auxiliados com problemas menores.

"Meu problema não me deixa servir a Deus". Às vezes ocorre que os cristãos não conseguem servir a Deus como gostariam devido às circunstâncias que enfrentam. É bom querermos servir a Deus, e é natural ficarmos tristes quando não conseguimos isso. Mas isso não é desculpa para murmuração. Somos membros do corpo de Cristo. É melhor ser um membro inexpressivo do corpo de Cristo do que ser uma pessoa importante, a qual não é membro desse corpo. Todos os cristãos têm um chamado espiritual para cumprir, não importa quão insignificantes eles pensem que sejam. Deus Se alegra mais com os atos mais simples de um cristão humilde do que com todas as obras mais famosas da história. O que Ele exige não é fama ou realizações brilhantes, e sim fidelidade e paciência. Os que demonstram tais qualidades serão recompensados no céu. Quando cristãos humildes vêem isso, percebem que não têm razões para resmungar.

"Não aguento minhas circunstâncias, porque elas sempre são instáveis". Se as nossas circunstâncias são incertas talvez a razão seja para nos ensinar a confiar em Deus em cada passo do caminho. De qualquer forma nosso estado espiritual é seguro, e nossa vida eterna assegurada. Enquanto isso, Cristo nos concede muitas bênçãos, "pois todos nós temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça" (João 1:16).

"Eu era rico mas agora sou pobre". Isso não é desculpa para murmuração. Você não consegue ser grato pelo fato de ter sido rico e ter tido a oportunidade de se preparar para esse tempo de pobreza? Ou que você uma vez desfrutou de boa saúde e teve a oportunidade de se preparar para esse período de enfermidade? Ou que esteve em liberdade e teve a oportunidade de se preparar para esse tempo de perseguição? Um navegador experiente utiliza os dias de calmaria para preparar seu barco para enfrentar a tempestade. Deus não tem obrigação de dar coisa alguma aos cristãos, por isso deveriam ser gratos pelas bênçãos imerecidas que receberam, tanto no passado quanto no presente. Seria justo murmurar por causa de umas peque nas adversidades ocorridas numa jornada que doutra forma, teria sido satisfatória? Mas talvez o que realmente esta desculpa signifique seja: "Suportei terríveis dores para conquistar isso e não é justo que eu o perca". No entanto, antes que os cristãos se preocupem com qualquer coisa, deveriam certificar-se que têm a atitude correta para com ela. Eles devem estar dispostos a abrir mão daquilo que ambicionam se outra coisa que honre mais a Deus for o que realmente seja melhor para eles.

Fonte: Josemar Bessa

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus


NESSA SÉRIE NÓS VAMOS TRATAR DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CASA ESTUDO.


I. A Igreja ἡ ἐκκλησία - ekklissía – Igreja.  

A. Introdução – “... à igreja, a qual é o seu corpo”- Efésios 1:22—23.

1. Nosso conceito mental da igreja: prédio, edifício, local de reuniões, instituição, denominação etc.

2. Problemas causados pelas traduções.

a. Nossa Bíblia não foi escrita em português.

b. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico com umas pequenas porções escritas em aramaico.

c. O Novo Testamento foi inteiramente escrito em grego.

d. A palavra grega usada pelos autores do Novo Testamento para se referir à igreja foi ἐκκλησία - ekklissía – lê-se eclissía.

e. Nossa tradução de Almeida Revista e Atualizada em português traduz a expressão grega ἐκκλησία - ekklissía da seguinte maneira: a palavra ocorre 114 vezes no texto grego editado por Westcott e Hort, Tischendorf e os revisores ingleses.

i. Igreja

ii. Igrejas

iii. Assembléia

iv. Congregação

3. Por causa da tradução e dos conceitos dominantes a grande maioria das pessoas em nossos dias têm a tendência de pensar que a palavra igreja se refere um prédio na rua tal ou a uma instituição decadente e à beira da morte.

B - Definição do Termo

1. O Dicionário Aurélio 2000 define a palavra igreja da seguinte maneira: Do grego ekklesía, 'assembléia de cidadãos', 'assembléia de fiéis', pelo latim ecclesia.

2. Substantivo feminino.

 a.Templo cristão.

 b. Autoridade eclesiástica.

 c. A comunidade dos cristãos.

 d. O conjunto dos fiéis ligados pela mesma fé e sujeitos a uma mesma liderança.

3. O Dicionário de grego clássico de Liddell-Scott define assim:

a. Assembléia devidamente convocada, menos geral que — súllogos.

b. Na Septuaginta a definição corresponde a: congregação dos filhos de Israel — traduz o termo hebraico קְהַל QeHaL.

c. No Novo Testamento: igreja como corpo de cristãos.

4. Os dicionários do Novo testamento, geralmente, definem como:

a. Igreja como comunidade universal.

b. Congregação como comunidade particular, i.e., de um determinado local, bem como uma comunidade familiar.

Conclusão: a palavra que usamos irá, inevitavelmente, afetar a maneira como pensamos e nosso conceito de igreja será influenciado de forma concomitante.

C. O Significado da palavra grega ἐκκλησία ekklissía.

A expressão grega ἐκκλησία ekklissía – é comumente traduzida pelo termo “igreja” no Novo Testamento em português.

1. A expressão grega ἐκκλησίαν τοῦ θεοῦ ekklissían toû Theoû — Igreja de Deus, foi usada pelos primeiros cristãos para identificar a “sociedade” a que pertenciam como uma associação que era comum — familiar — a todas as pessoas. Não havia nada de extraordinário no uso deste termo. A reunião dos cristãos era apenas mais uma, no meio de uma multidão de associações não oficiais.

2. O que diferenciava a associação dos cristãos das outras associações tão comuns dos seus dias era o fato de que essa associação ou assembléia havia sido convocada pelo próprio Deus mesmo! Foi Deus quem os convocou. Da mesma maneira é Deus quem nos convoca nos dias de hoje.

3. A relação que existe entre ἐκκλησία ekklissía — Igreja, e o chamado a viver a vida cristã acaba se perdendo completamente quando traduzimos a palavra grega ἐκκλησία pela expressão igreja. Vejamos como Paulo relacionou estes dois conceitos em

Efésios 3:21

A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

Efésios 4:1

Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,

A ele — Deus — seja a glória, na igreja — derivada do verbo καλέω kaléo — chamar — e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! ... Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da κλήσεως klésseosvocação  a que fostes ἐκλήθητε ekléthetechamados.

4. Assim temos que Deus deve ser glorificado na vida da igreja. Como? Pelos cristãos andando de um modo que seja digno do chamado que receberam.

5. O chamado que recebemos de Deus implica no seguinte:

a. Somos chamados para fora do mundo e para dentro da igreja de Deus = libertação.

b. Somos chamados para manter um relacionamento com Deus através do estabelecimento de uma aliança com Ele —

1 Coríntios 1:9

Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.

c. Somos chamados para herdarmos uma herança futura. O que para Israel era a terra de Canaã, para nós será o céu —

Hebreus 3:1

Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.

Filipenses 3:14

Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

1 Timóteo 6:12

Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.

d. Somos chamados para formar um povo especial que pertence ao único e verdadeiro Deus —

Deuteronômio 7:6

Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra.

1 Pedro 2:9—10

9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

10 vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

D. Uma Definição mais abrangente da palavra grega ἐκκλησία ekklissía — Igreja.

O termo grego ἐκκλησία ekklissía — Igreja, como usado no Novo Testamento, representa a totalidade — universalidade ou catolicidade — daqueles que pertencem à comunidade dos redimidos. Nessa condição a comunidade dos redimidos forma a igreja como “corpo de Cristo”.  Como redimidos que formam o corpo de Cristo, os indivíduos desta comunidade estão íntima e completamente ligados e dependentes uns aos outros e todos, sem exceção, estão ligados, de modo absoluto, ao Senhor Jesus Cristo. Esses redimidos estão ainda em íntima ligação com a comunidade representada por todo o povo de Israel do Antigo Testamento, já que o mesmo é também designado ἐκκλησία ekklissía — Igreja ou Congregação na Septuaginta. No Novo Testamento o termo é também usado para fazer referências a uma comunidade local de redimidos — igreja local. O termo nunca é usado para referir-se a uma construção nem a uma instituição. Tais conceitos não existiam nos dias da igreja primitiva - ate o ano 100 d.C. - nem nos dias dos pais da igreja - até o ano 200 d.C. Mas, acima de tudo somos um povo chamado por Deus. Ver tabela abaixo com as referências bíblicas:


Igreja como corpo de Cristo e Cristo como cabeça da igreja
Efésios 1:22 -23
Colossenses 1:18, 24; 2:18 - 19
Os redimidos como membros do Corpo de Cristo.
1 Coríntios 12:27; Efésios 4:4; 5:30 e Colossenses 3:15
Os redimidos como membros uns dos outros.
Romanos 12:5
1 Coríntios 12:13; 24 - 26

Assim temos que:

1. O verdadeiro caráter da Igreja é determinado pelo fato de ser Deus mesmo aquele que a convoca para se reunir. A igreja não é um prédio ou uma construção de qualquer tipo, e sim um ajuntamento de crentes convocados por Deus mesmo.

2. No Novo Testamento encontramos poucas evidências de que existisse algum tipo de organização que fosse muito além da igreja local — comunidade de cristãos localizada em uma determinada cidade ou em um lar, etc.

3. De acordo com o irmão Edwin Hatch: “Apesar de ser indisputável que o Senhor fundou a Igreja ἐκκλησία ekklissía — assumimos de forma improvável que a igreja seja uma agregação de sociedades organizadas. Cada comunidade cristã era uma comunidade completa em si mesma”. Com a passagem do tempo esse formato foi alterado. Tal alteração não pode ser definida, a priori, como algo bom ou mau para a Igreja.

4. Nós precisamos começar a entender que cada comunidade local possui certa primazia real entre os vários tipos de unidade que poderiam existir.

5. Infelizmente, nos dias de hoje, a igreja institucional tem se tornado tão desfigurada e as pessoas, de um modo geral, estão muito desencantadas com ela. Hoje em dia as igrejas, independente da denominação a que pertençam, são algo muito difícil de reconhecermos como uma comunidade, na qual exista qualquer relação entre o que ai está e o ensino das Sagradas Escrituras

Efésios 5:25—27

25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Efésios 2:19—22

19 Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus;

20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;

21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor,

22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.
.

6. A igreja não é uma denominação, nem uma convenção, nem uma associação e sim um corpo espiritual.

7. A igreja não é uma organização e sim uma comunhão, ou como diz o Novo Testamento, uma κοινωνίᾳ koinonía — Comunhão.

sábado, 20 de setembro de 2014

Foi na Cruz



'Foi na Cruz, foi na cruz, onde um dia eu vi meus pecados castigados em Jesus;foi ali, pela fé que meus olhos abri, e agora me alegro em Sua luz'. HCC Número15. Este trecho do hino 'Conversão' me faz refletir sobre os olhares daquelas pessoas presentes a crucificação de Cristo Jesus. Em quanto os soldados romanos usavam de atos de crueldade, chicotavam, zombavam e cuspia, a multidão atenta misturavam suas emoções, uns pensavam 'É pouco o que ele está sofrendo como pode um nazareno se achar filho de Deus'. 'Por outro lado havia pessoas que acompanharam a trajetória pública de Jesus, e sabia que Ele só tinha feito o bem', porém ninguém tinha coragem de interferir, pois tinha medo de ser castigado como seguidor de Cristo.

Imaginemos a triste imagem de Cristo na cruz olhando para multidão gritando 'se És o Rei dos reis salve a si mesmos'. Ele pode ver o sorriso estampado no rosto dos doutores da lei e soldados romanos, Cristo viu as lágrimas de Maria sua mãe e de Maria Madalena. Por um momento Ele olha para o céu e busca forças Naquele que sempre esteve presente, Deus Pai, porém àquela hora era apenas o momento do Filho de Deus pagar por nossas transgressões.

Agora convido o amado leitor a imaginar do outro ponto de vista à multidão vendo Cristo na cruz, Lázaro irmão de Marta e Maria, quantas perguntas devem ter passado na cabeça daquele pobre homem, 'Ele me ressuscitou, me tirou das trevas, eu já dormia por quatro dias e Jesus pôde de ressuscitar'. Um outro homem diante da dor de Cristo fecha os olhos e lembra que em certa ocasião Jesus passando por ele que estava enfermo, há 38 anos. Vendo-o deitado perguntou-lhe: Queres ser curado? Respondeu-lhe o enfermo: - Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Então, Jesus lhe disse: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o seu leito, pôs se a andar. O ex-paralítico de Betesda. Jo 5:1.

As lágrimas dos olhos curados de Bartimeu escorriam molhando sua face, mas com esperança que você também possa ter o prazer de ver Jesus Cristo ao lado do Pai.

João antes voz de trovão, depois da crucificação o apostolo do amor, pois agora ele era capaz de entender o amor de Deus por nós, Jesus mudou a história de nossas vidas, Os nossos erros Ele cravou na cruz. ?Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; ... Mas Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados' Isaías 53:4-5.

Foi na cruz pago um alto preço por mim e por você, foi na cruz que osolhos de muitos foram capazes de abrir, muitos que andavam cegos e perdidos vagando longe do Salvador puderam através de Cristo ver a luz. Que Deus nos abençoe!

| Autor: André Alcântara | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR 

Estudo Bíblico Um Sopro de Vida



Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face e Deusmeu. – Salmos 43:5

Alma vivente, como poderia eu dizer; que a alma é o equilíbrio entre o corpo e o Espírito, a parte intermediaria entre o ser natural e o ser espiritual, quando o nosso Espírito está abatido, é que aconteceram coisas na dimensão espiritual que está além das nossas forças físicas. A batalha para o nosso Espírito fica ainda mais intensa, quando erramos, cada desvio de percurso nosso, contribui para que nosso Espírito fique sem forças para guerrear, automaticamente o domínio do mal que tenta nos destruir aqui, ganha ainda mais munição, consequentemente sentimos a reação no exterior, ou melhor, no corpo, são; desanimo, fraqueza, indisposição para lutar, perder-se o sentido da vida, tudo parecer ser muito difícil.

Quantas vezes temos plena convicção que não estamos bem, parece-nos ter acontecido alguma coisa, mais não entendemos o que, como se nosso ser quisesse nos dizer, mais não conseguimos entender, sabemos que algo não esta normal, no entanto, não temos explicações para o motivo, tentamos até falar, mais corremos o risco em parecemos néscios, porque não temos como expressar o que há conosco. Tendenciosamente fazemos as coisas no mundo secular, sem o verdadeiro sentido que deveria ter, temos consciência que dentro de nós existe algo que precisa ser mudado, mais o que? E como fazer? São perguntas que nós mesmos nos fazemos e que as respostas si perdem em outra dimensão.

Também, quando vivemos aleatoriamente (no corpo) satisfazendo os desejos da nossa carne, ou melhor, fazendo tudo que nos dá prazer momentâneo, acontece algo que não vemos, mas, que nos lança em profunda tristeza e amargura, parece que nossa alma se perde em nosso vazio, porém a reação ainda é pior quando a nossa carne ganha mais substancia, fica em êxtase, alimentada pelo pecado, prazerosa com os erros que cometemos. Logo a nossa essência que é o nosso Espírito fica impossibilitado de nos defender, e, muitos ficam aprisionados pelo mal. No momento, parece-nos tudo normal, porém com o passar do tempo iremos saber as consequências, iremos sentir o peso por nossos pecados.

O que acontece no corpo pode-se assimilar e tomar algumas providências na prevenção, mais o que acontece no Espírito “invisível”, só Deus pode agir. Se bem atentarmos a observar algumas pessoas, com nossos olhos espirituais, iremos ver muitos sorrindo, porém um sorriso sem graça, sem expressão, semvida, parece estar totalmente vazias, tudo passou e não tem significância para ela, isto porque o verdadeiro Ser dela está em dificuldade, consequentemente aalma sofre, ficando angustiada.

Isto acontece porque o Ser humano é trino, precisa ter um equilíbrio para funcionar corretamente, se um dos três estiver com dificuldades os outros sofrem as consequências, um não vive sem o outro, somos um ser compacto, refletimos a constituição de Deus. Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade age em comum acordo, E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; (a) Gênesis 1:26, Façamos, verbo conjuntivo que está na terceira pessoa no presente afirmativo, Então, a Trindade em conjuntividade e ordenança, criou o ser humano, na integra, somos parecidos com nosso criador. Corpo, alma e Espírito.

O corpo perece, a alma realiza e o Espírito vivifica, no entanto, nenhum dos três pode agir na terra, sozinho. Nisto entendemos que tudo só pode ocorrer bem em nossas vidas se houver cumplicidade em nosso existencial. E Como equilibrar isto, certamente fortalecendo a parte da sapiência, que parte seria essa? A parte proveniente de dentro de Deus, a vida. Está é, o sopro de Deus, E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego davida; e o homem foi feito alma vivente. Gênesis 2:7, Em Deus está toda avida e sabedoria. Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qualDeus ordenou antes dos séculos para nossa glória; 1 Coríntios 2:7

Então, usando a nossa inteligência, como obter as respostas para as nossas vidas se não forem em Deus? É exatamente por isto que a parte que precisa ser mais forte em nós é a espiritual, pois se o nosso Espírito estiver bem, tão logo está emligação com seu dono (Deus) e algo que está ligado a Deus, só pode transmitirvida, automaticamente nossa alma se alegra, proporcionando uma mente sã eum corpo saudável, consequentemente existira realização em nós por completo, pois estaremos vivendo em concordância com o nosso Criador. Deus.

Precisamos entender que, mesmo se “andamos” na carne, não podemos viver para ela ou em prol dela, ela precisa ser dominada por nós, nossa parte superior é a que vem de Deus, esta, têm que ter a supremacia. Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. II Coríntios 10:3, se cuidamos em satisfazer os desejos da carne, estamos nos afastando de Deus Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Romanos 8:7. Para que tenhamos paz e cura interior precisamos alimentar nosso Espírito fortalecendo o na verdade, e está verdade provém do reino de Deus. Conhecendo a Deus na sua primazia nossa vida será completa.

| Fonte: Instituto Gamaliel | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A história dos crânios de cristal: maldição, folclore popular, fato ou farsa?!


No post de hoje vamos falar um pouco sobre os crânios de cristal encontrados principalmente no sul do México e ao longo da América Central (Mesoamérica). De acordo com uma lenda local, eles têm o poder da vida e da morte, e quando todos os crânios forem descobertos e reunidos estaremos próximo do fim dos tempos. Entretanto, a história desses objetos antropológicos também é cheia de mentiras e farsas deliberadas, de falsos pesquisadores que no século 19 queriam conseguir mais dinheiro para pesquisas falsas e terem seus nomes registrados nos anais da ciência.


1. Crânio de cristal é o nome dado a uma série de esculturas no formato de crânios humanos esculpidas em quartzo rosa ou leitoso, artisticamente conhecido como “cristal de rocha”, às quais se alega, por seus descobridores, serem artefatos de civilizações pré-colombianas;

2. Um dos pontos mais controversos envolvendo a história dos crânios de cristal é que nenhum dos exemplares disponíveis em museus e institutos de pesquisas, colocados à prova em estudos científicos, foi autenticado como de origem mesoamericana pré-colombiana;

3. Resultados de estudos demonstraram que os exemplares examinados foram fabricados em meados do século 19, provavelmente na Europa. Apesar de algumas reivindicações no sentido de popularização literária, as lendas dos crânios de cristal com poderes místicos não figuram na genuína mitologia mesoamericana ou de outros nativos americanos;

4. Os crânios são frequentemente alegados como representantes de fenômenos paranormais por alguns membros do movimento da Nova Era, e têm sido muitas vezes retratados como tal na ficção. Além disso, têm sido um tema popular que aparece em numerosos representantes de ficção científica em séries de televisão, romances e videogames;

5. Foi feita uma distinção, por alguns pesquisadores, entre os menores crânios de cristal, do tamanho de uma pérola, que apareceram pela primeira vez em meados do século 19, e os maiores (aproximadamente em tamanho real), que apareceram no final do século 20. Os crânios de cristal maiores têm atraído muito a atenção popular nos últimos tempos, e alguns pesquisadores acreditam que eles tenham sido fabricados como falsificações na Europa;

6. O comércio de artefatos pré-colombianos falsificados se desenvolveu durante o século 19;

7. Embora vários museus tenham adquirido crânios, foi Eugène Boban, um negociante de antiguidades que abriu sua loja em Paris em 1870, quem ficou mais associado às coleções de crânios de cristal. Muito de sua coleção, incluindo três crânios de cristal, foi vendida para o etnógrafo Alphonse Pinart, que doou a coleção para o Trocadéro Museum, que mais tarde se tornou o Musée de l'Homme;

8. Muitos crânios de cristal são reivindicadas como sendo pré-colombianos, geralmente atribuídos aos astecas ou maias. A arte mesoamericana tem numerosas representações de crânios, mas nenhuma dessas coleções de museus vem de escavações documentadas;

9. Pesquisas realizadas em vários crânios de cristal no Museu Britânico, em 1967, 1996 e novamente em 2004, mostraram que as linhas recuadas na marcação dos dentes (esses crânios não tinham mandíbulas separadas, ao contrário do Crânio de Cristal de Mitchell-Hedges) foram esculpidas usando equipamentos de joalharia (ferramentas rotativas) desenvolvidos apenas no século 19, questionando uma suposta origem pré-colombiana;

10. O tipo de cristal foi determinado por exame de inclusões de cloreto, e só pode ser encontrado em Madagascar e no Brasil, sendo, portanto, inalcançável ou desconhecido dentro da Mesoamérica. O estudo concluiu que os crânios foram criados no século 19 na Alemanha, muito provavelmente em workshops na cidade de Idar-Oberstein, conhecida por elaborar objetos feitos a partir de quartzo brasileiro importado no período no final do século 19;


11. Foi estabelecido, tanto pelo Museu Britânico, quanto pelo de Paris, Musée de l'Homme, que os crânios de cristal foram originalmente vendidos pelo francês Eugène Boban, negociante de antiguidades, que estava atuando na Cidade do México entre 1860 e 1880;

12. Uma investigação realizada pelo Instituto Smithsoniano em 1992, sobre um crânio de cristal fornecido por uma fonte anônima, que afirmou tê-lo comprado na Cidade do México em 1960, e que era de origem asteca, concluiu que, igualmente, fora feito recentemente. De acordo com o Instituto Smithsoniano, Boban adquirira os crânios de cristal que ele vendeu a partir de fontes na Alemanha – conclusões que estão em consonância com as do Museu Britânico;

13. Um estudo detalhado do Museu Britânico e do crânio de cristal Smithsoniano foi aceito para publicação pelo Journal of Archaeological Science. Usando microscópio eletrônico e cristalografia de raios X, uma equipe de pesquisadores britânicos e americanos descobriu que o crânio do Museu Britânico foi trabalhado em uma substância dura abrasiva, tal como coríndon ou diamante, e foi moldado usando uma ferramenta de disco rotativo feito de algum metal adequado;

14. A amostra do Instituto Smithsoniano havia sido trabalhada com um abrasivo diferente, o composto de carbeto de silício, ou carborundum, que é uma substância sintética fabricada utilizando modernas técnicas industriais;

15. Nenhum dos crânios existentes em museus vem de escavações documentadas. Outro exemplo paralelo é fornecido pelos espelhos de obsidiana na Mesoamérica, objetos rituais amplamente representados na arte asteca. Embora alguns espelhos de obsidiana sobreviventes tenham vindo de escavações arqueológicas, nenhum dos espelhos astecas de obsidiana é documentado;

16. Crânios de cristal têm sido descritos como “um exemplo fascinante de artefatos que fizeram o seu caminho em museus sem nenhuma evidência científica para provar sua origem pré-colombiana”. Um caso semelhante é a máscara Olmeca talhada em jade; curadores e estudiosos se referem a ela como “estilo olmeca”, apesar de, até o presente momento, nenhum exemplo ter sido recuperado em um contexto olmeca arqueologicamente controlado, o estilo é igual. No entanto, tais máscaras foram recuperadas a partir de sítios de outras culturas, incluindo uma depositada no recinto cerimonial de Tenochtitlán (Cidade do México);

17. Talvez o crânio mais famoso e enigmático tenha sido o descoberto em 1924 por Anna Le Guillon Mitchell-Hedges, filha adotiva do aventureiro e autor popular britânico Frederick Albert Mitchell-Hedges. Tem-se observado, após o exame por pesquisadores do Instituto Smithsoniano, ser quase uma réplica do crânio do Museu Britânico – quase exatamente o mesmo formato, mas com mais modelagem detalhada dos olhos e os dentes;

18. Anna Hedges alegou tê-lo encontrado enterrado sob um altar desabado dentro de um templo em Lubaantun, Belize. Tanto quanto pode ser determinado, F. A. Mitchell-Hedges não fez nenhuma menção à alegada descoberta em qualquer um dos seus escritos sobre Lubaantun, assim como outras pessoas presentes no momento da escavação não foram documentadas como observando tanto a descoberta do crânio, como a presença de Anna na escavação;

19. Em uma carta de 1970, Anna também afirmou que “foi contado pelos poucos remanescentes maias que o crânio fora usado pelo sumo sacerdote a serviço da morte”. Por esta razão, o artefato é por vezes referido como “Crânio da Condenação”. Anna Mitchell-Hedges excursionou com o crânio em 1967, cobrando pela exibição, e continuou a dar entrevistas sobre o artefato até sua morte em 2007;

20. O crânio é feito de um bloco de quartzo claro com o tamanho de um crânio humano pequeno, medindo cerca de 13 centímetros de altura, 18 centímetros de comprimento e 5 centímetros de largura; a mandíbula inferior é desanexada. No início de 1970, ficou sob os cuidados temporários do restaurador de arte Frank Dorland, que ao inspecioná-la reivindicou que tinha sido “esculpida” sem respeito aos eixos naturais do cristal, portanto sem o uso de ferramentas de metal;


21. Dorland relatou ter sido incapaz de encontrar qualquer marca, exceto para os traços de moagem mecânica sobre os dentes, e especulou que ela foi esculpida de forma rudimentar, provavelmente com diamantes, e as mais finas formações, afiação e polimento foram conseguidas através do uso de areia ao longo de um período de 150 a 300 anos;

22. Enquanto sob os cuidados de Dorland, o crânio chamou a atenção do escritor Richard Garvin, na época trabalhando numa agência de publicidade onde supervisionava a Hewlett-Packard. Garvin fez arranjos para que o crânio fosse examinado pelo laboratório de cristal da HP em Santa Clara, onde foi submetido a vários testes. O laboratório determinou que não era um composto (como Dorland tinha suposto), mas que fora formado a partir de um único cristal de quartzo;

23. Assim como os traços de moagem mecânica sobre os dentes observados por Dorland, o arqueólogo Norman Hammond relata que os orifícios (presumivelmente destinados a serem estacas de apoio) mostraram sinais de serem feitos por perfuração com metal. Anna Mitchell-Hedges recusou os pedidos subsequentes para submeter o crânio a mais testes científicos;

24. Há provas documentais de que Mitchell-Hedges comprara o crânio em 1944. O crânio estava sob a custódia de Anna Mitchell-Hedges, filha adotiva de Frederick. Ela se recusou a deixá-lo ser examinado por peritos (fazendo muito duvidosa a alegação, que foi relatada pela R. Stansmore Nutting, em 1962). Em algum lugar entre 1988 e 1990, Anna Mitchell-Hedges excursionou com o crânio;

25. De acordo com a documentação historiográfica, os crânios de cristal do Museu Britânico, de Paris e do Instituto Smithsoniano foram comprados no século 19 por especialistas em forjar antiguidades egípcias e mesoamericanas, por serem “civilizações da moda” na época, quando o interesse europeu era muito maior em relação aos artigos e artefatos que, juntos deles, vinham cheios de lendas para incrementar o valor do negócio;

26. Alguns acreditam na alegação paranormal de que crânios de cristal podem produzir uma variedade de milagres. Ann Mitchell-Hedges dizia que o crânio que ela supostamente descobrira poderia produzir visões, cura do câncer, uma vez que ela usou suas propriedades mágicas para matar um homem e, em outra instância, viu nele uma premonição do assassinato de John F. Kennedy;

27. Reivindicações da cura e de poderes sobrenaturais dos crânios de cristal não têm nenhum apoio da comunidade científica, que não encontrou qualquer evidência de fenômeno incomum associado aos crânios, nem qualquer razão para uma investigação mais aprofundada, além da confirmação de sua proveniência e método de manufatura;

28. Outras especulações historicamente infundadas da lenda dos crânios de cristal são alegadas com a conclusão do ciclo-b'ak'tun do calendário maia em 21 de dezembro de 2012, sob a alegação de que a reunião das treze caveiras místicas iria evitar uma catástrofe, como previsão implícita no fim deste calendário – o que não chegou a acontecer, obviamente;

29. Alguns protoarqueólogos falam que os crânios de cristal também poderiam estar ligados à possível civilização de Atlântida, um assunto totalmente debatido e controverso. Outro grupo chega a falar de uma possível relação com uma civilização marciana que fora devastada daquele planeta há mais de 36 mil anos;

30. Crânios de cristal são também referenciados pelo autor Drunvalo Melchizedek. Ele escreve ter se deparado com descendentes indígenas maias na posse de crânios de cristal em cerimônias nos templos de Yucatán, e que eles continham almas dos antigos maias que haviam entrado neles para aguardar o momento em que seu conhecimento antigo fosse, uma vez mais, necessário;


31. As alegadas associações e origens dos mitológicos crânios de cristal ao folclore espiritual nativo americano, por escritores ligados ao neoshamanismo, tais como Jamie Sams, são igualmente descartadas pelos antropólogos que estudam os mitos mesoamericanos;

32. Na década de 1970, os crânios de cristal entraram na mitologia da Nova Era como relíquias potentes da antiga Atlântida, e eles adquiriram um número canônico: houve exatamente treze crânios. Nada disso teria a ver com as questões indígenas norte-americanas, se os crânios não tivessem atraído a atenção de alguns dos mais ativos autores de Nova Era;

33. Alguns adeptos da teoria dos deuses astronautas afirmam que os crânios são autênticos, mesmo com todas as provas mostrando o contrário. Para eles, seres vindos de outros planetas ou galáxias, teriam ensinado os maias e astecas a desenvolverem tais objetos de cultuação religiosa a partir de técnicas somente desenvolvidas pelos terráqueos no século 19, o que explicaria a confusão de datas quando estudados com mais rigor tais objetos, hoje considerados mais artísticos do que históricos.