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sábado, 5 de abril de 2014

NÃO HÁ NADA EM OCULTO QUE NÃO VENHA A SER REVELADO!

Por Fabio Campos
Texto base: “Os pecados de alguns são evidentes, mesmo antes de serem submetidos a julgamento; enquanto que os pecados de outros se manifestam posteriormente”. – 1 Timóteo 5.24 NVI
Não há tragédia maior para um cristão cheio do Espírito Santo do que “desonrar o nome de Deus” (Pr. 30.9). Quanto mal traz uma situação exposta quando a “pedra de moinho já está ladeira abaixo”. Todos os que se alegram no pecado pensam que nunca serão descobertos. Seja aqueles que estão no adultério – seja os que estão defraudando alguém – sem exceção - se não se arrependerem, serão descobertos. “Uma hora a casa cai”!
O fruto antes de ser fruto é apenas uma semente. Ninguém vê a semente depois de plantada; o que vemos são os frutos. A Escritura diz que “as obras da carne são conhecidas” (Gl 5.19-21). Se a “igreja” assim como o povo de Israel, no Antigo Testamento, defende os falsos profetas, Deus levanta um Nabucodonosor e expõe a vista de todos através da mídia secular as riquezasriquezas dos cinco líderes evangélicos que lhes “trarão muitas dores” (1 Tm 6.10). Deus sempre traz o juízo quando a medida de maldade está cheia (Gn. 15.16). Não se deixem enganar, de Deus não se zomba (Gl 6.7).
Quantas surpresas [negativas] tive no meu pouco tempo de caminhada cristã. Pessoas pelas quais daria minha vida em defesa de sua integridade –, agora descobertas, enganando a todos já por muito tempo. Irmãos que se afastaram sem dar pelo menos um “tchal”. Foram como o “orvalho do campo” - chegaram de manhã, e a tarde já não existiam mais. O Senhor torna o pecado de alguns evidente justamente para não nos enganarmos com o joio pensando que trata-se de trigo. Muitas vezes pela falta de discernimento chamei “mal de bem e bem de mal”. Que Deus tenha misericórdia!
Até nisto Jesus é bondoso com aqueles que o temem. Ele nos livra de sermos “cúmplices nas obras infrutíferas das trevas” (Ef. 5.12). Do contrário em ser cúmplice, sua ordem é “reprovai-as”. O que eles fazem em oculto, só de falar, nos traz vergonha (Ef. 5.12). Muitas das vezes não entendemos o trabalhartrabalhar de Deus. Não conhecemos os bastidores do coração do homem. Mas o Espírito sonda até as profundezas. Ele nos priva - e como luz e trevas se opõem - aquele que pratica o mal aborrece a luz e não chega para a luz, a fim de não ser descobertas suas [más] obras” (Jo 3.20).
Se o homem não se converter, Deus afiará sua espada (Sl 7.12). Muitos se acham tão importantes que não percebe o seu pecado (Sl 36.2). Todo filho de Deus é um “pecador arrependido”, diferente daqueles que se alegram da iniquidade. O Senhor repreende e disciplina o homem por causa do seu pecado (Sl 39.11). Todavia, a disciplina não é para os ímpios encharcados na maldade – mas para os filhos. O ímpio de dura cerviz não terá disciplina, apenas juízo - diferente do filho (Hb 12.1-12).
Com muito temor escrevi este artigo, pois está escrito: “... quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o homem que nele está” (1 Co 2.11). Como lamento pelas minhas mazelas e pelos meus pecados que sempre estão diante de mim. Quando o Espírito me convence do pecado, da justiça e do juízo naquilo que estou desagradando ao Senhor, a “tristeza segundo Deus que não produz remorso, mas o arrependimento” (2 Co 7.10), me leva a salvação: “os que confessam suas iniquidades alcançarão misericórdia” (Pr. 28.13). 
Os homens maus não entende o juízo de Deus (Pr. 28.5). Mas como são felizes aqueles que têm por princípio o temor a Deus. Estes terão os seus pecados encobertos debaixo das asas da misericórdia (Sl 32.1). O Senhor não “leva em conta o seu pecado, pois ele não é hipócrita em sua confissão” (Sl 32.1). Por isso todos os que são fieis oram ao Senhor e quando as muitas águas se levantarem, elas não o atingirão” (Sl 32.6). Que Deus tenha misericórdia da minha vida e me ensine a fazer a vontade dEle, antes da minha. Nos seus desígnios descanso contra todo tipo de acusação, pois “Deus julgará os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo” (Rm 2.16).
“Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados”. – Lucas 12.2-3 NVI
Que Deus nos ajude!

Fonte: Fabio Campos

segunda-feira, 31 de março de 2014

A fé e a certeza da salvação

Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Há uma estreita conexão entre a fé em Cristo e a certeza da salvação. Foi o próprio Jesus quem disse: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47). Alguns cristãos sinceros pensam que é impossível ter certeza da salvação e vivem inseguros e sem deleite espiritual. Outros, movidos pela presunção, ostentam uma falsa segurança de salvação e vivem confiados em si mesmos para entrar no céu. É preciso gritar a plenos pulmões que a salvação é uma dádiva de Deus e não uma conquista humana. É oferta da graça e não resultado das obras. É recebida pela fé e não pelos rituais religiosos. Consequentemente, nenhum homem pode vangloriar-se de sua salvação. Se a salvação fosse por méritos, então, o homem teria de que se gloriar, mas como ela é oferta da graça, o homem só pode se curvar e agradecer a Deus por tão grande dádiva.

Porque a salvação é presente de Deus, independente de mérito humano, quando cremos no Senhor Jesus e o recebemos pela fé como Salvador pessoal podemos ter certeza da salvação. Essa garantia nos é dada pelo próprio Salvador. Jesus não poderia ter sido mais enfático: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47). O verbo “ter” está no presente do indicativo. Quem crê em Jesus não teve nem terá a vida eterna, mas tem a vida eterna. É uma posse imediata e segura. O apóstolo João, nesse mesmo viés, escreveu sua Primeira Carta para que os crentes pudessem ter essa certeza: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1Jo 5.13). Jesus disse de forma insofismável: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.27,28). Aqueles que creram em Cristo nasceram de novo, foram selados pelo Espírito Santo, têm seus nomes escritos no livro da vida e estão assentados com Cristo, nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. A salvação daqueles que creem em Cristo é assegurada por Deus e nele podemos confiar, pois não é homem para mentir.

É importante enfatizar que a fé não é a causa meritória da salvação; é sua causa instrumental. Não somos salvos por causa da fé, mas mediante a fé. Somos salvos pelo sacrifício de Jesus feito na cruz em nosso lugar e em nosso favor. Jesus cumpriu a lei por nós e satisfez todas as demandas da justiça divina. Ele quitou a nossa dívida e com o seu sangue nos resgatou para Deus. Ele se identificou conosco e morreu a nossa morte. Agora, aqueles que estão em Cristo estão quites com a lei de Deus e com a justiça de Deus. Morremos com Cristo e ressuscitamos com ele para uma nova vida. Agora nenhuma condenação há mais para nós, pois estamos em Cristo Jesus. O Pai nos justificou, o Filho morreu por nós, ressuscitou e está intercedendo em nosso favor e o Espírito nos selou para o dia da redenção. Nossa salvação está plenamente garantida pelo próprio Deus Triúno. Estamos plenamente certos de que nem a morte nem a vida; nem anjos nem principados; nem altura nem profundidade; nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Estamos salvos, eternamente salvos. Podemos tomar posse da vida eterna e começar a desfrutá-la aqui e agora. Pela fé podemos desfrutar do gozo antecipado da glória. É claro que não estamos falando de fé na religião, fé nos ídolos, fé em nós mesmos. Estamos falando da fé em Cristo Jesus, o Filho de Deus, o Rei da glória, o Verbo encarnado, o nosso Justo Advogado, Redentor da nossa alma, Senhor da nossa vida, nosso bom, grande e supremo Pastor. Nele temos copiosa redenção. Nele temos refúgio eterno. Nele temos segurança da salvação.

sexta-feira, 28 de março de 2014

A erosão da alma

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Por Maurício Zágari
Um câncer começa com uma única célula defeituosa. Um vírus microscópico é capaz de tirar uma vida. Cupins menores do que uma unha conseguem destruir toda uma casa. Uma pitada de veneno mata. Um punhado de grãos de cocaína são suficientes para causar uma overdose letal. Bactérias ínfimas provocam estragos monstruosos. Tudo isso são exemplos de que não é preciso algo ser grande para gerar enormes danos. Em nossa vida espiritual não é diferente: muitas vezes são os “pequenos pecados” que acabam nos conduzindo a grandes quedas – isto é, justamente os pecados que não consideramos muito problemáticos é que poderão acabar nos afastando de Deus. Uma onda do mar não destrói uma rocha. Na verdade, parece ter pouco efeito sobre ela. Mas ponha uma onda, após outra, após outra. Adicione tempo. Em alguns séculos você terá um buraco naquele pedaço de granito sólido e aparentemente impenetrável. É o processo chamado erosão. Nossa alma também pode ser vítima da erosão do pecado.

A Bíblia nos alerta para sempre vigiarmos, em oração. E de fato fazemos isso. Tomamos precauções contra muitos pecados e até que nós saímos bem. Evitamos andar nos becos escuros das grandes tentações, pois sabemos que ali há transgressões aguardando por nós atrás de cada poste. Mas nos expomos em plena luz do dia aos “pequenos pecados”.

Começamos praticando o que consideramos que são delitos menores, aparentemente insignificantes. É a “mentirinha branca”, por exemplo, aquela que “não faz mal a ninguém”. Ou somos só um pouquinho agressivos com aquele vendedor de telemarketing que nos irrita ligando no sábado. Que mal faz, afinal? Olhamos de cara feia para o cidadão no ônibus que passou de qualquer maneira e esbarrou na gente. Topamos não pedir nota fiscal do serviço que nos é prestado, desde que o preço cobrado seja mais baixo, assim todos saem ganhando! Fazemos aquela fofoquinha santa da irmã, porque, bem, não chega a ser maledicência, né, é só um comentariozinho de nada. E por aí vai. Ficamos descansados, achando que nada disso representa algo demais.

Só que “Um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7). O que acontece é que os pequenos delitos, os “pecadinhos que não fazem mal a ninguém”, acabam nos acostumando ao pecado. Nos insensibilizam à transgressão. E, com isso, passamos a ver a desobediência a Deus como algo que não nos enoja mais. Algo “aceitável”.

Por que você acha que Jesus disse que não deveríamos nem ao menos chamar alguém de “tolo”? Porque as desavenças nos acostumam ao ódio e, dentro de algum tempo, dar um tiro em alguém não será algo tão mau assim. Por que você acha que Jesus disse que se olhássemos para alguém com desejo no coração já estaríamos adulterando? Porque a cobiça dos olhos dentro de algum tempo nos acostuma ao delito e daqui a pouco deitar-se com alguém não soa tão grave assim. Em outras palavras, a ética de Cristo estimula você a cortar todo mal pela raiz, ela é preventiva e mostra que não existe pecado “menos grave” que outro. Hoje você dá propina no trânsito; amanhã no Congresso Nacional.

Estava pensando: será que o primeiro pecado de Satanás foi a rebelião contra Deus, já no ato do “golpe de estado” que tentou dar? Não posso afirmar, pois a Bíblia não afirma, mas eu acredito que ele deve ter alimentado pecados – se não na prática – pelo menos no seu coração por muito tempo. O motim foi o clímax. Não acredito que ele foi para a cama como um querubim magnífico e sem mancha e acordou dizendo “Acho que hoje vou me insurgir contra Deus”. Muito difícil crer nisso. Especulo que tenha sido um longo processo, talvez pontuado por algumas transgressões que ele considerava “menores”. Claro, isso tudo é puro fruto da minha imaginação, mas me faz todo sentido.

Cuidado com os pecados que lhe parecem insignificantes. Eles não são. “Pecadinhos de nada” têm o poder de uma bomba atômica. E eles vão fazer você se acostumar com o ato de pecar. Uma vez que transgredir naquilo que você considera inofensivo se torna uma prática tranquila aos seus olhos, você não vai parar quando se deparar com algo que entende ser mais grave. Simplesmente porque desobedecer Deus virou algo comum.

Não permita que isso ocorra. Convido você a refletir sobre os seus “pequenos delitos”, aqueles a que não presta muita atenção, que não o incomodam tanto assim. E o estimulo enfaticamente a abandonar a prática desse delito. Ele não é insignificante. É maligno. É destrutivo. Cam não achou que rir do pai bêbado era algo muito problemático. Adão e Eva devem ter pensado que, ora bolas, era apenas uma frutinha. Davi possivelmente se convenceu de que “ah, será só um recenseamento”. Saul talvez tenha suposto que somente um sacrifício sem a presença do profeta não seria lá grande coisa. Deu no que deu.

Você pode se considerar uma rocha de santidade. Talvez creia que está tão alerta contra as tentações que nada vai te alcançar. Mas as ondas estão batendo. A erosão está destruindo as suas defesas contra o pecado. Se você não tomar uma providência agora mesmo… a montanha inteira pode vir abaixo.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Fonte: Apenas

terça-feira, 25 de março de 2014

Ódio ao ódio

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Por Maurício Zágari

Gostaria de fazer uma pergunta objetiva e pediria que você respondesse a si mesmo com toda sinceridade: você sente uma aversão inveterada e absoluta por alguém, ou mesmo raiva, rancor, ou antipatia? Pense com calma. Lembre-se dos indivíduos que você conhece e por quem nutre um desses sentimentos. Imagine na sua mente o rosto dessas pessoas. Já fez isso? Se não fez, por favor, não prossiga a leitura antes de fazer. Traga à lembrança aqueles por quem sente – repito – aversão inveterada e absoluta, raiva, rancor, ou antipatia. Pois bem, agora que você fez esse exercício, permita-me dar uma informação: “Aversão inveterada e absoluta; raiva; rancor; antipatia” são, no dicionário, exatamente o que significa… ódio. Portanto, se você conseguiu pensar em pessoas por quem tem um ou mais desses sentimentos, você odeia.

Sim, nós odiamos até mesmo alguns irmãos em Cristo. Na esmagadora maioria das vezes, temos sempre uma boa justificativa para essa postura. Para começar, dizemos que não é ódio, mas zelo, precaução, necessidade de manter a distância… seja lá o modo que inventemos para explicar nosso ódio, ele continua sendo ódio. E isso precisa ser trabalhado. Por quê? Veja o que diz o apóstolo João: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1Jo 2.9-11).

Que coisa séria e triste… Percebeu o que a Bíblia está dizendo? Que cristãos (sim, cristãos, repare que João se refere ao ódio a um “irmão”) que odeiam estão cegos e caminham em trevas. Essa é uma condição lamentável para um filho de Deus. Justamente porque as Escrituras contrapõem esse ódio ao amor – que é o maior mandamento. A conclusão é que, se nutrimos o sentimento de ódio por uma ou mais pessoas, estamos caminhando fora da vontade divina e nos identificando mais com as trevas do que com a luz.

Bem, e o que fazer? Muitas vezes esse ódio foi fruto de feridas muito profundas que outras pessoas nos causaram e é muito difícil administrar o ressentimento que esses machucados na alma provocaram. Ninguém odeia alguém de graça, o ódio é sempre consequência de algo ruim que fizeram contra nós ou contra terceiros e que nos provocou revolta. Nessas horas, temos de combater o ódio com a arma mais magnífica que Deus nós deu: o perdão. Perdoar a ofensa que nos levou a odiar. Pois o exercício do perdão é uma das maiores demonstrações de um coração que ama.

Deus amou o mundo de tal maneira que se fez como um de nós para morrer e ressuscitar e, assim, nos conceder perdão. Isso foi possível porque não há espaço no coração de Deus para o ódio. Por ter e ser tanto amor, o Senhor pede ao Pai o perdão dos pecados de seus executores. Só um coração transbordante de amor perdoa a mulher adúltera, Zaqueu, Mateus e outros indivíduos que se fizeram odiosos. Como eu e você.

Assisti a um documentário que mostra a história de uma jovem estuprada e assassinada pelo próprio cunhado. Ao final, a mãe dela, compreensivelmente devastada e arrasada emocionalmente, diz em entrevista que jamais perdoará o criminoso. “Eu odeio esse homem, não posso nem olhar para ele”, disse ela. Fiquei triste. Pois aquela senhora, vítima de tão terrível tragédia, não percebeu que a falta de perdão a fazia vítima de mais uma tragédia: a do ódio. O assassino andou em trevas e cometeu tão brutal pecado. E aquela pobre mãe acabou sendo arrastada para as trevas ao cultivar o ódio no seu coração. Oro a Deus que um dia ela seja capaz de perdoar o agressor, para que veja a luz e viva nela.

Sei que pode soar até mesmo cruel o que vou dizer, mas analise, por favor, se não está de acordo com a Bíblia: ao dizer que odeia o assassino, aquela pobre mãe equivale-se a ele. Ouça a Palavra de Deus: “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si” (1Jo 3.15).Perdoar ou odiar? Independentemente de o perdão ou o ódio se dirigirem a um cristão ou não, temos diante de nós os dois caminhos. Aquela mãe fez sua escolha. Eu e você também temos de fazer a nossa.

É duro demais pensar em perdoar quem nos causou males tão grandes. Mas que outra alternativa temos? Se não o fazemos nos distanciamos do Crucificado e nos tornamos como os crucificadores. Como filhos da Luz, devemos andar nela, orar por quem nos fez mal, abençoar quem nos amaldiçoa, nadar na contramão de nossos próprios sentimentos. Só a negação de nós mesmos e a incorporação de Cristo é capaz de nos forjar à imagem do Ser perfeito.

Em um coração cristão só há espaço para poucos tipos de ódio, em imitação ao que Deus odeia. O ódio ao pecado. O ódio ao divórcio. O ódio à iniquidade. O ódio à vida neste mundo. O ódio à soberba.

E o ódio ao ódio.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Fonte: Apenas

Fênix: a história de um mito mais do que imortal...

A fênix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança de a continuidade da vida após a morte, a reencarnação. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais chegava a provocar a morte destes últimos.



Segundo a lenda, apenas uma fênix poderia viver de cada vez em uma região, pois era a rainha de todos os animais para os habitantes da Europa e do Oriente Médio, apesar de ninguém nunca tê-la visto, somente reinando em boatos.

Hesíodo, poeta grego do século oitavo antes de Cristo, afirmou que esta ave vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que já tem uma vida longa; portanto, uma fênix viveria, em média, 500 anos. Outros cálculos de contemporâneos de Hesíodo apontam que essa ave especial vivia por até 97 mil anos, entre uma ressurreição e outra.

Diz a lenda que quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de árvore de canela, em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas de aroma agradável erguia-se, então, uma nova fênix que colocava piedosamente os restos da anterior em um ovo de mirra e voava com ele rumo à cidade egípcia de Heliópolis, onde o colocava no altar dedicado ao Sol.


No Oriente Médio, acreditava-se que a mirra e o incenso fossem restos mortais de fênix recolhidos em recantos dos oásis do deserto. Na Europa, dizia-se que essas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O tresloucado imperador romano Heliogábalo, por volta de 220 a.C., decidiu comer carne de fênix para conseguir a tão sonhada imortalidade. Seus serviçais serviram-lhe faisão, uma vez que, por questões mais do que óbvias, não encontraram uma fênix para ser caçada e cozida. O governante acreditou no que havia comido, mesmo assim foi assassinado dois anos mais tarde.

Atualmente, etnólogos e folcloristas acreditam que a lenda tenha surgido no Egito e adotada pelos sacerdotes adoradores do sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei e do faraó. Na cristandade primitiva, a fênix chegou a ser simbolizada como a ave de Jesus, por causa da Sua ressurreição no tempo de Páscoa.

Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do quinto século antes de Cristo, considerado “o pai da história”. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erradamente designado por fênix (“phoenix”) a palmeira (“foienix”, em grego) sobre a qual a ave era nessa época habitualmente representada.

sábado, 22 de março de 2014

Você conhece a história dos macaquinhos que tapam os olhos, boca e ouvidos?!

Garanto que você já viu aquelas peças que são três macaquinhos, em que um tapa os olhos, outro tapa os ouvidos e o terceiro tapa a boca. Você sabia que eles são conhecidos como “três macacos sábios”, e são parte importante do folclore japonês? Por lá são conhecidos como “Sanbiki no-saru”. Ganharam o mundo com a expansão do Cristianismo, quando os frades portugueses evangelizaram grande parte do Japão.


Toda a história começa com os macacos que ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século 15 localizado no Santuário de Toshogu, em Nikko, no Japão. Sua origem não é obscura como muitas pessoas podem supor, mas de um trocadilho de palavras japonesas; seus nomes são Mizaru (o que cobre os olhos), Kikazaru (o que tapa os ouvidos) e Iwazaru (o macaquinho que tapa a boca), que seria traduzido como “não ouça o mal, não fale o mal, não veja o mal”. Gramaticalmente, a palavra “saru”, em japonês, significa “macaco” e tem o mesmo som da terminação verbal “zaru”, que está ligada à negação.

Abaixo, na foto, os macaquinhos originais que ficam em Nikko


O folclore japonês é muito distante e os etnólogos não conseguiram identificar ao certo onde começa a lenda e a verdade, pois o período medieval japonês é repleto de misturas de realidades com ficções. De acordo com o que é contado, a imagem dos macacos foi trazida por um monge budista chinês no século 13. Apesar disso, não há nenhuma comprovação dessa suposição. O que se tem certeza é que os macaquinhos chegaram à Europa através dos jesuítas portugueses e comerciantes holandeses que invadiram o Japão no século 16.

Os três macacos sábios deram, com o tempo, temática para um provérbio japonês que diz: “Nunca olhe demais, jamais ouça o que nunca ouviu e nunca levante falso do outro”. O interessante é que, gramaticalmente, “miru” significa “olhar” (tem origem no português “mirar”), “kiku” é “ouvir” e “iu” é o verbo “falar”, enquanto “zaru” dá conotação de negação. Portanto os nomes dos macaquinhos, Mizaru, Kikazaru e Iwazaru portam o sentido de não fazerem essas ações. O ditado popular é uma forma de lembrar que, se os homens não olhassem, não ouvissem e não falassem o mal alheio, teríamos comunidades pacíficas com paz e harmonia.


Como na Europa não há macacos, houve uma adaptação continental: as figuras foram substituídas por ursinhos e, assim, também ganharam o continente estando por todas as partes nos principais centros comerciais marítimos, como Veneza, Florença, Gênova, Roterdã, Hamburgo, Lisboa e Barcelona.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Santos invisíveis?

Por Josemar Bessa

santos na terra! Não, eles não são perfeitos, mas são “excelentes!” – Muitas pessoas tem escondido a realidade de serem apenas um eco da cultura individualista, do homem centrado em si mesmo... com uma falsa espiritualidade e zelo pelo evangelho, que justifica uma vida que não está em constante comunhão com o Corpo de Cristo numa igreja local.
O suposto “comprometimento” com o evangelho os fez, estranhamente, amar cada vez menos o que Deus ama mais – a igreja... não simplesmente a invisível... mais a de carne e osso, sangue, suor e lágrimas... gente de verdade. O que o homem sobre o qual a Bíblia mais dedica páginas, depois de Cristo, chamado por Deus ‘homem segundo o meu coração” – via e sentia pelos santos? Não os invisíveis, mas os que se podia tocar, abraçar...? Ele diz:
"Quanto aos santos na terra, eles são os excelentes, nos quais está todo o meu prazer." Salmo 16:3 – Certamente a declaração de Davi não está ligada a perfeição deles, nem ele mesmo podia se colocar assim. Sua grande declaração sobre ele é: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.” - Salmos 32:1 – Davi mesmo conhecia essa grande misericórdia para grandes pecados em sua vida. Não era a perfeição que fazia ele ter todo o seu prazer no povo de Deus e chamá-los de excelentes. Então o que é?
Quanto aos santos na terra. Eles estão em Cristo. Isso é o que os distingue. É tudo no que eles precisam ser distinguidos. Nem os seus próprios talentos ou realizações, mas o que Deus tem feito neles. Deus os criou (de novo – Os Regenerou) para além de si mesmos, mas para Ele. Isso muda tudo.
Eles são os excelentes . Há muito o que admirar em cada cristão. Basta começar a fazer perguntas. Cerca de trinta segundos de conversa, as excelências se tornarão evidentes. Ao invés de avaliá-los, classificá-los, analisá-los, para ver se eles estão no nosso nível, ao invés de dizer: "Bem, eles não são perfeitos", o que é insultante, degradante e irrelevante. Os olhos do evangelho, optam por observar as muitas excelências divinamente investidas em outro cristão.
Nos quais está todo o meu praze . Este passo final. É pessoal. É emocional. Ele é sincero. Não é simplesmente para entes, seres invisíveis. Davi é tão ousado que poderia ser interpretado por alguns como idolatria ("todo o meu prazer"). Mas o evangelho não permite nenhuma indiferença, nenhuma atitude "esperar para ver”. Todos os verdadeiros redimidos sabem a indignidade de todos os que foram chamados e sabem a dignidade por causa do chamado:“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” - 1 Coríntios 1:27-30
Nós nos movemos em direção ao outro com alegria intensa.
O mundo não pensa dessa forma. Temos de pensar desta forma. O evangelho exige e nos dá poder e razões irrefutáveis para fazê-lo.
Só podemos viver o evangelho na comunidade dos santos, não sozinhos. A Bíblia nos dá ordens múltiplas e claras sobre isso. Argumentos sobre argumentos:
Seja dedicado um ao outro (Rm 12:10).

Dê preferência um ao outro (Rm 12:10).
Ser da mesma mente com o outro (Rm 12:16).
Aceitando um ao outro até que ele se torne maduro no conhecimento (Rom. 14:1).

Aceitar um ao outro, mostrando deferência (Rm 14:1-5; 15:07).
Considerando o outro superior a si em amor (Rm 14:05;. Fil 2:03).
Edificando um ao outro (Rm 14:19;. 1 Ts 5:11).
Admoestando uns aos outros (Rm 15:14).
Servir uns aos outros, mostrando deferência em questões de liberdade (Gl 5:13).

Levar a carga uns dos outros (Gl 6:02).
Seja gentil com os outros (Ef 4:2).
Ser gentil com o outro, de modo a preservar a unidade (Ef 4:32).
Falar a verdade um ao outro (Efésios 4:25; Col 3:9).
Se sujeitar um ao outro (Efésios 5:21).
Mostrar compaixão uns aos outros (Colossenses 3:12).
Suportando uns aos outros e perdoando (Col. 3:13).
Perdoar uns aos outros (Colossenses 3:13).
Ser cheio do Espírito Santo, adorando com hinos saturados pela Palavra admoestando uns aos outros (Cl 3:16;. Ef 5:19).
Confortar uns aos outros com a esperança da volta de Cristo (1 Ts. 4:18).
Encorajar uns aos outros (1 Ts. 5:11).
Viver em paz uns com os outros (1 Ts. 5:13).
Buscai o bem uns aos outros (1 Ts. 5:15).
Encorajar um ao outro a abandonar a incredulidade e dureza de coração (Hb 3:13).
Estimular um ao outro para o crescimento espiritual (Hebreus 10:24).
Encorajar um ao outro pela participação fiel em sua igreja local (Hb 10:25).

Confessar os pecados uns aos outros (Tiago 5:16).
Orar uns pelos outros em suas aflições físicas (Tiago 5:16).
Seja sofredor e paciente para o outro (1 Pedro 4:8;. Ef 4:2).
Servir uns aos outros (1 Pedro 4:10;. Gal 5:13).
Agir com humildade para com o outro (1 Pedro 5:5).
Demonstrar afeto santo uns aos outros (1 Pedro 5:14).
Participar da santa caminhada com o outro (1 João 1:7).
Recuse-se a tornar-se ressentido com o outro (1 João 3:11-12).
Lutar contra o medo juntos pelo crescimento no amor (1 João 4:18).
Andam na verdade juntos (1 João 3:18, 2 João 1:5).
Meu destino especial como um crente, regenerado, é ser parte da igreja, e é a igreja que é o grande foco no plano mais amplo de Deus, e não eu.
Você pode dizer com Davi?: "Quanto aos santos na terra, eles são os excelentes, nos quais está todo o meu prazer." Salmo 16:3

Fonte: Josemar Bessa