Divórcio e Novo Casamento é o mesmo que adultério continuado.
Sem querer tomar atalhos ou evitar "ofender" pessoas que têm interesse pessoal no assunto,
vamos direto ao assunto e vejamos o ensino cristalino do Novo Testamento sobre o assunto de
Divórcio e Novo Casamento. Quando alguém quer se evadir de conclusões contundentes e dogmáticas,
geralmente se diz que determinado assunto é "polêmico" (do Grego polemeo = guerra).
Nosso apelo aqui é o seguinte:
Vamos ficar em paz com a Palavra de Deus sobre esse assunto? Não há guerra alguma aqui, quando
temos um espírito submisso à Palavra de Deus.
Não tentemos forçar situações particulares sobre a Palavra de Deus, mas analisemos o
ensino Bíblico.
Vejamos as sete passagens do Novo Testamento que lidam com o assunto e que categoricamente
afirmam a indissolubilidade total do casamento enquanto o homem e a mulher dessa união
estão vivos.
1. Mat. 5:32
"Porém, eu vos digo, que todo aquele que repudiar sua esposa, a não ser por causa de
fornicação, causa que ela cometa adultério, e todo aquele que se casar com ela
que é divorciada comete adultério."
Na Bíblia King James:
"But I say unto you, That whosoever shall put away his wife, saving for the cause
of fornication, causeth her to commit adultery: and whosoever shall marry
her that is divorced committeth adultery."
Explicação:
1.1 Notemos aqui que o Senhor Jesus Cristo está afirmando a indissolubilidade
total do casamento enquanto o marido e a esposa estão vivos.
Note que somente no evangelho de Mateus (Mat. 5:32 e Mat. 19:9) estão inseridas a resalva
"a não ser por causa de fornicação" (note que essa é que é a correta palavra
usada inclusive por João Ferreira de Almeida em 1693 pois vem do grego "porneia"),
porque isso se aplica a situação peculiar dos Judeus. Veja no verso 5:1 a quem Ele
estava se dirigindo: à multidão e aos discípulos.
Essa foi a exata situação que inicialmente José pensou erradamente de Maria. Os fariseus, também, cometeram esse erro
mas de forma blasfema em João 8:41, acusando o Senhor Jesus com sendo nascido de fornicação (porneia) e não de adultério (moicheia).
Note que em Mat. 1:20 o anjo dirigindo-se a José, chamou Maria de
"tua mulher" (ou esposa) embora o casamento não tinha sido celebrado e consumado, ou seja,
eles ainda não tinham se tornado uma só carne, mas eram marido e mulher.
Nesse caso, Jesus está dizendo que o casamento poderia ser cancelado, caso houvesse
fornicação, situação na qual a pessoa está a um passo do inferno (1 Cor. 6:10,
Judas 1:7, Ap. 21:8).
1.2 Note que a palavra não é o verbo comete adultério (moichao), que ocorre duas vezes
no verso, mas propositalmente não é usada pelo Senhor Jesus para a exceção.
Por quê? Teria O Mestre se esquecido? Teria Ele perdido essa oportunidade de ser claro,
usando o triste fato do adultério para a desculpa do divórcio? Não. A palavra adultério não
foi usada porque a exceção não se aplica aos que se tornaram uma só
carne, mas aos que estavam em contrato de casamento (em Hebraico: 'aras ou kiddushin,
em inglês: betrothal - Ex. 22:16, Lev. 19:20, Dt. 22:23, 28:30). Note que no
mesmo evangelho (Mt. 1:18), Maria era desposada (Grego: mnesteuo) com José e não
casada (gameo). É para esse caso especial, e apenas nesse caso dos Judeus, que Jesus
está se referindo, porque o casamento não tinha
se consumado. Nesse caso, o pecado é fornicação que quebraria o pacto do "esposamento"
e não de casamento. É muito simples!
1.3 Note que Jesus começa sua argumentação com a conjunção adversativa PORÉM. Isso nos
diz que há um contraste entre o que os Judeus queriam ouvir e o que Jesus estava ensinando.
Se Jesus estivesse defendendo o divórcio após o casamento, não haveria nenhuma necessidade
da conjunção adversativa PORÉM.
1.4 Note que a mulher ( parte chamada inocente) está divorciada, mas Jesus não reconhece
nenhum divórcio, qualificando essa outra união de adultério.
1.5 Note a reação desesperada dos discípulos em Mateus 19:9. Vejamos:
2. Mat. 19:9-10
"Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, exceto sendo em caso de
fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada
também comete adultério.
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não
convém casar."
Na Bíblia King James:
"And I say unto you, Whosoever shall put away his wife, except it be for fornication,
and shall marry another, committeth adultery: and whoso marrieth her which is put away
doth commit adultery. His disciples say unto him, If the case of the man be so with
his wife, it is not good to marry."
Explicação:
Notemos que esse homem casa com outra mulher (qualquer que seja a situação dela).
É outro casamento, mas não vale nada diante de Deus. Essa nova união é considerada
adultério porque obviamente o verdadeiro casamento continua em vigor. A reação desesperada dos
discípulos e a réplica do Senhor Jesus Cristo, são uma das mais fortes evidências que
o Senhor foi muito bem entendido quando negou totalmente a possibilidade de divórcio e novo
casamento. Vejamos:
Os discípulos ficaram desesperados e se surpreenderam com esse altíssimo
padrão de casamento. Em suas mentes, o divórcio e novo casamento eram sempre uma opção.
A única dúvida que eles tinham era se podia ser por qualquer motivo ou apenas em caso de
adultério. Quando Jesus fechou essas duas portas, eles ficaram pasmos. Para expressar a
frustração, eles partiram para a apelação: de acordo com eles, seria melhor nem casar.
Talvez eles estivessem dizendo que Jesus era muito radical, inviabilizando o casamento
com essa "descabida" e altíssima exigência.
O Senhor Jesus, então, ao invés de conceder a verdade como fazem esses pastores irresponsáveis
que aconselham pessoas a se divorciar e casam divorciados, não cedeu um milímetro e afirmou
que nem todos tem a competência espiritual para entender o assunto, mas apenas aqueles a
quem foi concedido, ou seja, o problema não está no casamento e suas divinas implicações, mas
no pecado de rebelião do homem que sempre corrompe o plano de Deus. Note que os discípulos
distorceram o que Deus disse. Em Gn. 2:18, Deus disse "Não é bom que o homem esteja só...".
Aqui os discípulos dizem que não convém casar. Creio que eles estavam usados pelo Diabo,
exatamente como Pedro em Mat. 16:23, para distorcer a Palavra de Deus e desmoralizar o ensino
de Jesus. O Senhor, como Autor do casamento, rejeita categoricamente a arrogância humana e
reafirma a santidade da instituição divina. Note aqui outra coisa reveladora. Essa mulher,
abandonada pelo marido que se envolveu em outro casamento (adúltero), é teoricamente a "parte
inocente" como muitos querem. Todavia, O Senhor Jesus nos diz que ela não tem o direito de
casar novamente. Se ela assim o fizer será adúltera também, porque esse outro homem que se
casa com ela comete adultério. Ninguém comete adultério sozinho: "...e o que casar com a
repudiada, também comete adultério."
3. Mar. 10:11-12
"E ele lhes disse: Todo aquele que repudiar a sua mulher e se casa com outra, adultera contra ela.
E, se uma mulher repudiar o marido dela, e se casa com outro, ela comete adultério."
Na Bíblia King James:
And he saith unto them, Whosoever shall put away his wife, and marry another,
committeth adultery against her.
And if a woman shall put away her husband, and be married to another, she
committeth adultery.
Explicação:
Notemos aqui a total ausência da exceção. Por quê? Porque o evangelho de Lucas foi escrito a
Teófilo (Lucas 1:3), um Grego. A proibição absoluta do divórcio e novo casamento é cristalina.
Note que o verbo "casa" está no aoristo. Ocorre uma ação no tempo (casa) que provoca, ou causa
uma outra ação "comete adultério", que está no presente do
indicativo. Uma ação no tempo (casamento com outra pessoa) provoca uma situação contínua
no presente (comete adultério). Enquanto essa união permanecer, a condição de adultério
permanece.
No Grego, o presente do indicativo significa uma ação continuada ou o estado
de uma ação incompleta (Greek New Testament, William Davis, p. 25).
O presente do indicativo, portanto, é uma ação ocorrendo no presente, podendo ser
tanto contínua (por exemplo: "eu estou estudando") ou indefinida ("eu estudo").
A proibição do divórcio e novo casamento é mais do que óbvia em todos esses sete versos
sendo examinados. Continuemos a ver os quatro versos restantes abaixo:
4. Luc. 16:18
"Todo aquele que repudia sua esposa, e casa com outra, comete adultério; e todo aquele que
casa com ela que é repudiada pelo marido, comete adultério."
Na Bíblia King James:
"Whosoever putteth away his wife, and marrieth another, committeth adultery:
and whosoever marrieth her that is put away from her husband committeth adultery."
Explicação:
Novamente o verbo "comete adultério" está na voz ativa e no presente do indicativo.
5. Rom. 7:2-3
Porque a mulher que tem marido, está ligada pela lei ao marido dela enquanto
ele estiver vivendo; mas se o marido morrer, ela está livre da lei do marido dela.
De sorte que, enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela
se casar com outro homem, ela será chamada de adúltera; mas, se morto o marido
dela, ela livre está daquela lei; de modo que ela não é adúltera, ainda que ela se case
com outro homem.
Na Bíblia King James:
For the woman which hath an husband is bound by the law to her husband so long as he liveth;
but if the husband be dead, she is loosed from the law of her husband.
So then if, while her husband liveth, she be married to another man, she
shall be called an adulteress: but if her husband be dead, she is free from
that law; so that she is no adulteress, though she be married to another man.
Explicação:
Note aqui muitas coisa interessantes:
5.1. Essa mulher casa novamente com outro homem, estando o seu marido ainda vivo;
5.2. Essa mulher que casa novamente (não interessa o motivo nem a "legitimidade" atribuída pelos
homens) com outro homem, não se livrou
do fato que o seu legítimo marido (o primeiro) ainda é chamado de m a r i d o. Não existe
isso de ex-marido na Bíblia. Isso foi inventado por pecadores para racionalizar o pecado
de adultério. Somente esse argumento de que o legítimo marido ainda é chamado de
m a r i d o, apesar da mulher estar divorciada e casada com outro,
derruba por terra toda a tentativa inútil de dizer que a nova união
é reconhecida por Deus. A nova união não é reconhecida por Deus, sendo a essa mulher
aplicado o título de adúltera! Ela tem dois maridos! Veja o verso!
Se o divórcio é válido e anula o casamento, então esse versículo estaria totalmente
errado na sua afirmação, pois ele contradiz claramente
a tese do divórcio e novo casamento, gerando um
total descrédito na Palavra de Deus e lançando a inerrância na lata do lixo!
5.3. Ela será chamada (Grego chrematizo = considere-se avisada por Deus) de adúltera. Isso
significa que ela está num estado de adultério,
não apenas num ato de adultério isolado como querem alguns. Ela será chamada de adúltera!
Esse é o título dela. Note que a situação de adúltera é válida enquanto o marido
verdadeiro estiver vivo. Isso é uma tragédia muito triste, mas é o retrato que a Palavra de
Deus apresenta acerca desse pecado!
5.4. Note que a condição é "enquanto ele estiver vivendo" e não "enquanto ele for
fiel" ou "até quando eles se divorciarem" como querem
os defensores do divórcio por causa de infidelidade.
· Infidelidade não quebra a união do casamento.
· Abandono não quebra a união do casamento.
· Divórcio não quebra a união do casamento.
Infidelidade abandono e divórcio trazem
maldição e profanação para o casamanto, mas não quebra a união do casamento.
Os dois cônjuges continuam uma só carne
até que a morte os separem. É impressionante a fala dobre de pessoas inconstantes (Pv. 17:20;
Tg. 1:8). Muita gente fala uma coisa, mas no fundo de suas mentes pensam de outra maneira.
Na hora de aplicar, não agem de acordo com o que falam nos votos. O nome disso é hipocrisia.
Não há uma só linha no Novo Testamento que dê base para quebra do pacto do casamento que não
seja a morte. A única condição para o novo casamento é somente "se o marido morrer" e
ponto final. É óbvio e cristalino...
Uma pergunta sempre surge: Qual o conselho que se deve dar para pessoas que se divorciaram e
recasaram? Isso é um problema que cada um tem que resolver por si.
Não creio que nenhum pastor deva se meter nessa questão, pois as pessoas que se meteram
nessa confusão de novo casamento é que são responsáveis por seus atos e devem elas mesmas
resolver o problema. Os princípios Bíblicos são esses aqui expostos, mas as pessoas é que devem
elas próprias decidir. Isso parece duro, mas o fato é que depois que as pessoas estragaram as
suas vidas, existe essa vontade de criar a válvula de escape que os outros que devem resolver
e decidir por elas. Existe uma tendência de jogar o abacaxi nas costas do pastor. E depois se os
problemas aumentam, e eles irão aumentar..., o pastor é o culpado. Nada disso! Quem
se meteu na confusão é que são os culpados, eles é que resolvam. Cair numa armadilha de
aconselhar divorciados é uma fogueira que todo pastor deve evitar. Pessoas divorciadas
e recasadas não devem ser aceitas como membros, muito menos servir no ministério da igreja local.
É duro, mas é Bíblico (1Co. 5:9-13; 6:10; Gal. 5:19-21...) Por isso as igrejas devem ter pesada
carga de ensino sobre a família e concentrar o ministério em aconselhamento preventivo tanto
para jovens como para casais (perigo: nunca deve se fazer aconselhamento misto: homem
aconselha homem, mulher aconselha mulher...).
6. 1Co. 7:11
Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido;
e que o marido não deixe a mulher.
Na Bíblia King James:
"But and if she depart, let her remain unmarried, or be reconciled to her husband: and
let not the husband put away his wife."
Explicação:
Caso haja separação entre marido e mulher, e essa é uma possibilidade e até uma
necessidade em casos específicos, há somente duas opções:
6.1 Fique sem casar; ou
6.2 Se reconcilie.
PONTO FINAL. Nada de divórcio ou novo casamento. Note que para ela e o marido
(note que há o artigo definido "o" também presente no texto Grego: "o marido"
denota ser aquele o verdadeiro e único) se
reconciliarem, é óbvio que ao marido também é terminantemente proibido recasar. Pessoas
irresponsáveis, quando se divorciam, mal esperam secar a tinta do papel do divórcio humano,
que nada vale para Deus, e já se aventuram em outro relacionamento (adúltero) fechando
definitivamente, muitas vezes, a porta para a reconciliação. Isso impede a única solução
Bíblica de restauração em caso de arrependimento. Notemos que no verso 15, a expressão "nos
chamou para a paz" não tem nada a ver com recasamento, que obviamente seria uma contradição
com o verso 11, mas fala do crente estar livre de qualquer culpa sobre as obrigações
conjugais, caso o descrente o abandone.
7. 1Co. 7:39
"A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive;
mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja
no Senhor."
Na Bíblia King James:
"The wife is bound by the law as long as her husband liveth; but if her husband be dead,
she is at liberty to be married to whom she will; only in the Lord."
Explicação:
Note aqui que o advérbio de tempo "enquanto" ou a expressão sinônima usada "todo o
tempo (Grego: chronos) que o seu marido vive". Aqui vemos que o assunto
da ligação da mulher com o seu marido está submetido e transportado para uma única dimensão
que é a do tempo, ou seja, não há nenhuma outra escapatória, nenhuma outra
circunstância que anule esse casamento, durante o tempo em que o seu marido
esteja vivo. Novamente, absolutamente nada
sobre divórcio e recasamento, exatamente como em Mar. 10:10-11, Luc. 16:18, Rom. 7:3 e
1 Cor. 7:11! O divórcio com novo casamento, aliás, está diretamente chamando
de MENTIRA o que esse verso diz, pois diz que que a mulher fica livre para casar com
quem quiser durante "o tempo" que o marido vive (note novamente que
há o artigo definido "o" no texto Grego, indicando que aquele é o único
verdadeiro marido). A Bíblia declara que o casamento é indissolúvel até a morte de um dos
cônjuges.
Conclusão:
O divórcio e o recasamento de qualquer mulher com outro homem enquanto seu marido esteja vivo,
ou o casamento de qualquer homem com outra mulher enquanto sua esposa esteja viva, é ao mesmo
tempo, uma blasfêmia contra Deus e uma situação de adultério continuado cometido por ambas
as pessoas da nova união:
1. Porque quem recasa está declarando para todo o mundo que MENTIU ao fazer os votos
dizendo "até que a morte nos separe".
2. Porque quem se divorcia e recasa está totalmente desmoralizado para com a próxima geração,
destruindo a esperança de exemplo de santidade para com aqueles que nos seguem, em meio a
uma sociedade corrompida e perversa.
3. Porque quem recasa destruiu, irremediavelmente, a figura indissolúvel do relacionamento entre
Cristo e a igreja, comparados com o marido e com a esposa respectivamente (Ef. 5:24-25).
4. Porque a outra parte, mesmo que seja solteira (total insanidade e desperdício
da própria vida de quem assim o faz), também comete adultério. Nesse caso, essa pessoa solteira
que se casa com um divorciado, fica sujeita à uma situação de estrago terrível.
Se continuar no relacionamento está em adultério. Se partir para outro relacionamento, é
adultério também, pois estaria no segundo
casamento. A pessoa solteira que casa com um divorciado (a) se submete à dívida do
casamento, mas não está sob as bênçãos dele. A única solução é ficar solteiro (a) até que morra
o ilícito cônjuge (a Bíblia chama-o de marido Jo. 4:18).
5. Porque ao pastor está terminantemente proibido ser divorciado (1Tim. 3:1-2). Ele é um exemplo
para ser seguido por todos os membros da igreja (1Tim. 4:12, Tit. 2:7).
6. Porque quem recasa está desonrando a figura Bíblica da relação entre a lei e a morte
(Romanos capítulo 7). A lei exige a morte. A única coisa que quebra a maldição da lei sobre o
pecador é a morte. O crente morreu com Cristo (Rom. 7:4), por isso é que estamos livres da lei.
Da mesma maneira, a lei do casamento exige a morte para ser cancelada. O divorciado
que recasa, está blasfemando contra a Palavra de Deus, dizendo que o divórcio, não a morte,
anula a lei. Isso destrói totalmente a figura que Deus estabeleceu na Sua Palavra
para que entendamos o significado da morte de Cristo. Isso é um assunto muito sério! Isso
de insistir no atalho do divórcio, é apenas uma maneira sutil de chamar Deus de mentiroso.
Não existe atalho algum para anular a relação entre a lei e o pecador. Só a morte quebra
essa relação! Só a morte quebra a relação entre o marido e a mulher! Recasamento seguido de
divórcio é adultério continuado.
20 Argumentos errados usados para tentar justificar divórcio e novo casamento
1. A parte inocente tem direito de se divorciar e recasar.
Resposta: Errado! Primeiro: Não há parte "inocente" num divórcio. Há pecados de comissão e
omissão. Há recusa em prover: o amor conjugal, o carinho, o cuidado, o afeto genuíno e muitas
outras omissões que os olhos não vêm. Mesmo que não haja algo como citado, quando um casamento
fracassa os dois falharam. Eles casaram por comum acordo. Segundo: ninguém tem "direito".
Casamento é um privilégio, não um direito. Certas pessoas não recebem esse dom por vários
motivos. Muitas casam tarde e outras pessoas ficam viúvas sem nunca mais casarem novamente,
embora essa seja a única permissão na Bíblia para recasamento.
2. Certos casamentos não foram "feitos no céu". Nesses casos o divórcio é válido.
Resposta: Errado! Nenhum casamento é feito no céu. Todos são feitos na Terra. Deus sela essa
união, quer seja dentro da Sua perfeita vontade ou não, quer seja feito entre crentes ou
descrentes ou mistos (isso é pecado ver 2Co. 6:14). Todos aqueles que argumentam isso, nunca
foram ao céu para ver se certo casamento foi feito no céu. Na verdade essa é uma desculpa que
todos os que querem recasar irão usar como tolo escape, já que ninguém poderá contestar a
validade desse argumento.
3. Todo casamento pode ser cancelado em caso de adultério.
Resposta: Errado! Não há uma só linha no Novo Testamento que prove essa afirmação.
A Bíblia deve ser interpretada sob o ensino dispensacionalista. O Velho Testamento está em
outra dispensação. Não há ensino trans-dispensacionalista (algo que esteja valendo para mais
de uma dispensação como a pena de morte, por exemplo) sobre esse assunto. No Velho
Testamento, o ensino era outro, como Jesus mesmo disse: "...eu PORÉM vos digo..."
Nesse ensino, Jesus fechou totalmente a porta para divórcio e novo casamento, chamando-o
de adultério.
4. Certos casamentos tem que ser desfeitos por causa de abandono.
Resposta: Errado! Se houver abandono, "fique sem casar" (1Co. 7:11). Isso é
porque o casamento não é desfeito. Em 1 Co. 6:1-6,
há uma terminante proibição em ir aos tribunais, e por consequência,
de se divorciar. Isso é um pecado. É melhor sofrer o dano do que desonrar a Jesus Cristo, é o
que Paulo diz. Em caso de abandono: fique sem casar, ou se reconcilie (caso haja condições com
doloroso arrependimento, humilhação, perdão e restauração).
5. Em Mat. 5:32 temos a permissão para divórcio.
Resposta: Errado! A exceção não refere-se a adultério como O Senhor Jesus
poderia mencionar claramente, se assim o desejasse. Note que a palavra usada por Jesus
é outra. É fornicação. Isso se refere ao pecado de infidelidade durante o contrato de casamento,
mas antes do casamento se consumar.
Em 5 das 7 passagens do Novo Testamento que tratam do assunto, não há
exceção alguma. Em Mar. 10:6-11 não há exceção alguma. "Todo aquele" significa qualquer um,
sem exceção alguma. Em Lucas 16:18, não temos "se", "mas", ou "e". Se qualquer homem casa com uma
divorciada, comete adultério. Em Rom. 7:2-3, temos o ensino claro e abrangente sem exceção
alguma. Somente a morte quebra a ligação. Em 1Cor. 7:10-11, não temos nada de divórcio. Caso
aconteça uma separação, restam apenas 2 opções: permaneça solteiro pelo resto da vida (ou até
que a outra pessoa morra) ou que se reconcilie. Em 1Co. 7:39, só a morte quebra a ligação
conjugal.
6. As escolas de Shammai (dovórcio só em caso de adultério) e Hillel
(por qualquer motivo) devem ser consideradas.
Resposta: Errado! Isso não interessa:
1- Porque é tradição humana;
2- Porque mesmo que não fosse, pertence a outra dispensação;
3- Porque refere-se aos judeus e;
4- Porque O Senhor Jesus rejeitou ambas.
7. "Depois que uma mulher casa com um segundo homem não poderá voltar ao primeiro nunca,
(Dt. 24.1-4)."
Resposta: Errado! Isso se refere à outra dispensação, a da lei. No Novo Testamento, essa
reconciliação é ensinada em 1Co. 7:11. Isso, aliás, é a única maneira lícita dessa mulher
poder viver maritalmente enquanto seu legítimo marido esteja vivo: é viver com ele. Lebremo-nos
novamente para fixarmos: "enquanto estiver vivendo
o marido dela, se ela estiver casada com outro homem, será chamada adúltera..."
(Rom. 7:3)
8. "O expediente de exigir de uma mulher recém-convertida, que já passou por duas
(ou mais) uniões, que volte ao primeiro marido é tristemente antibíblico - só faz desgraça."
Resposta: Errado! Desgraça é viver em adultério continuado. O marido dessa mulher é o primeiro.
Note novamente Romanos 7:3: "enquanto estiver vivendo o marido dela..."
Note que nas duas vezes que esse homem é citado há um artigo antes. Ou seja, ele é O marido.
Essa mulher recém convertida do exemplo, que vive com outro homem que não o seu primeiro (o)
marido (o único que é o verdadeiro marido), está cometendo (presente do
indicativo) adultério. Ninguém vai "exigir" nada de ninguém. A Bíblia deve ser pregada e as
pessoas é que são responsáveis diante de Deus e pelas consequências de seus atos.
Ela tem duas opções: Ou se reconcilia com o verdadeiro marido, ou fica como solteira (1Co. 7:11).
O que não pode, é pessoas em situação de adultério, serem aceitas como membros de igrejas,
ou exigirem membrezia, ou participarem do ministério das mesmas em pé de igualdade com famílias
Biblicamente constituídas, que lutam com unhas e dentes para preservar a santidade do casamento
para colherem as bênçãos para si, para a igreja e para a próxima geração.
Isso sim é que seria um rebaixamento, desastre e desgraça para a instituição da
família, e Deus sabiamente deixou isso bem claro na Bíblia. Outra falácia do enunciado é o
uso da situação aplicada à "recém convertida". Desgraça seria para esse primeiro marido
dessa mulher que poderia (hipoteticamente) estar esperando a reconciliação, mas
vê a sua mulher vivendo com outro, e ainda ser aceita por uma igreja que diz crer na Bíblia.
A falácia está em trazer a emoção para dentro do debate e apelar para se ter compaixão
(ninguém ousaria negar esse sentimento) da pessoa nova convertida para reforçar o argumento
do recasamento. Pecado, entretanto, é sempre pecado, não importa se ele é cometido há 30 anos
ou se o é por uma "recém convertida".
Jesus, a compaixão em pessoa, confrontou claramente o
adultério da mulher Samaritana em Jo. 4:18. Se o divórcio e novo casamento fossem válidos,
por que O Amoroso Salvador mencionou o fato da pobre pecadora ter tido cinco maridos?
Simples! Porque ela cometeu vários adultérios. Ela se casou com cinco deles.
Note que um dos homens não era marido, ou seja, o homem com o qual ela estava convivendo
não era fruto de casamento, mas é claro que todos os relacionamentos
(exceto o primeiro - é evidente que ele era o marido) foram censurados pelo Mestre.
Se o recasamento fosse endossado pelo Senhor, ele teria apenas dito à mulher que se casasse
com o seu amante e tudo estaria resolvido... Todavia, Jesus não fez isso, mas a repreendeu
pelo fato dela ter cometido vários adultérios, trazendo à tona o passado imoral dela.
Na sempre mutante e corrupta lei dos homens, existe a inconstância das "emoções" ou a
"prescrição" porque algo aconteceu, ou tem acontecido há muito tempo, mas não nos princípios
imutáveis da lei de Deus.
9. A exceção deve ser considerada como adultério em Mateus 5:32 e 19:9.
Resposta: Errado! A palavra da exceção é fornicação (usada 1 vez em cada verso)
e não adultério (usada 2 vezes em cada verso). O contexto imediato desses dois
versos deve ser respeitado como um fator guia
e levado em consideração para ser interpretada corretamente uma certa palavra e para que
o sentido no verso seja entendido.
Em Mateus 5:32 e 19:9, dois termos diferentes são usados e justapostos, de forma que não
se pode negligenciar nem negar. A palavra fornicação (porneia) é
diferenciada do verbo adultera (moicheo). Palavras diferentes significam coisas
diferentes!
A exceção se aplica ao contrato de casamento que era uma situação peculiar
dos Judeus que é o destinatário imediato desse evangelho. Por isso é que só o evangelho de
Mateus (escrito para os Judeus) é que traz
essa explicação extra. Será que Deus iria se "esquecer" dessa vital exceção nos outros 5 versos
em que o assunto é tratado? Absolutamente não! Se Ele não colocou a exceção em caso de
adultério, é porque ela não existe! O ensino é cristalino nos outros versos onde a
proibição absoluta de recasamento enquanto o cônjuge original esteja vivo é claramente
ensinada. Não há divórcio e novo casamento
permitido em nenhuma parte do Novo Testamento. Não há recasamento permitido
enquanto o cônjuge original esteja vivo. Essa relação é chamada de adultério.
10. Um casal que já era divorciado e casado novamente, ao se converter e confessar
seu pecado, pode ficar unido e ser aceito como membros, pois tudo para trás está perdoado e
"tudo se fez novo..." 2Co. 5:17.
Resposta: Errado! A lei conjugal não muda em nada quando uma pessoa se converte. Se essas
duas pessoas se converteram, elas têm a obrigação de parar de cometer adultério continuado.
A doutrina do arrependimento (Grego: metanoeo) diz que acontece uma mudança de mente, atitude
e de comportamento quando uma pessoa é verdadeiramente salva. A expressão "tudo se fez novo"
não tem nada a ver e não pode ser distorcida de maneira alguma para justificar situações
pecaminosas após a conversão, muito pelo contrário! "Tudo se fez novo" nos ensina que a
pessoa foi regenerada (nova criatura) e que houve uma mudança radical nos valores, crenças
e atitudes. Suponhamos que um ladrão tenha em seu poder uma conta milionária fruto do seu
furto. Ao dizer que se converteu, ele se recusa a devolver o dinheiro
apelando para
o "tudo se fez novo" do verso acima, vivendo
esplendidamente. Isso seria uma afronta e não provaria conversão alguma. Esse é exatamente o
mesmo caso do casal que se converte estando a viver em adultério sem querer a adotar solução
Bíblica de reconciliar com o verdadeiro cônjuge - caso possível - ou ficar solteiro (a)
- sempre possível.
Justamente porque uma pessoa foi perdoada, ela não tem o direito de continuar no pecado.
(Romanos 6:1-2 aborda essa exata situação: "Permaneceremos no pecado,
para que a graça abunde? De modo nenhum..." O perdão lava os pecados passados, mas não
dá licença para pecar no futuro (1 Jo. 3) Portanto, um casamento adúltero tem
que ser terminado. Pecado continua pecado independente se foi antes ou depois da conversão.
Outra prova que o casamento não se dissolve com o divórcio:
Note que Mateus, Marcos e Lucas referem-se a Herodias como a mulher de Filipe
mesmo quando ela estava casada com Herodes. Note que Filipe ainda estava vivo, pois,
segundo estoriadores Judeus, Filipe morreu 4 anos após a
prisão de João Batista. Vejamos as referências:
"...Mulher de seu irmão Filipe..." (Mat. 14:3)
"...mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela." (Mar. 6:17)
"...Herodias, mulher de seu irmão Filipe..." (Luc. 3:19).
A condenação por João Batista era por causa de dois fatores:
1. Isso era adultério, pois ela era mulher de Filipe; e
2. Isso era incesto, pois era um relacionamento próximo, proibido terminantemente em Lev. 18:16.
11. A expressão "nos chamou para a paz" 1Co. 7:15 dá permissão para o recasamento.
Resposta: Errado! Nada se fala nesse verso sobre recasamento. A paz ali mencionada
refere-se ao estado de não se estar mais sob as obrigações conjugais (Nota: obrigação conjugal é
diferente de união conjugal - a união permanece até a morte). Nesse caso, após pedir perdão a
Deus e aos homens, não se deve sentir culpa, pois houve tentativa de reconciliação sem
sucesso, restando então, a única outra alternativa que é "fique sem casar" (permanecer como
solteiro) até a morte do cônjuge (1Co. 7:11, 39).
12. Em 1 Co. 7:27-28, para os que estão livres, ou seja, divorciados,
há a permissão de se casar novamente: "se te casares, não peca..."
Resposta: Errado! Nada se fala nesse verso sobre recasamento de divorciados.
É mais do que óbvio que a expressão "livre", aplicada ao casamento, se refere aos viúvos!
Veja em Rom. 7:2-3 em em 1Co. 7:39 como a palavra "livre" é usada apenas quando
morre o marido. Notemos novamente em 1Co. 7:8-9, que somente os viúvos (as) e
os solteiros (as) é que são as únicas pessoas qualificadas para se casarem.
13. A pessoa que casou novamente não pode mais se reconciliar com o primeiro
cônjuge, pois vai ter que se divorciar do segundo cônjuge o que contraria 1 Co. 6:1-8.
Resposta: Errado! Esse segundo casamento nada vale diante de Deus, pois
é considerado adultério. Se os homens o consideram erradamente de casamento,
e um "divórcio" de acordo com as leis humanas é necessário para cancelá-lo,
isso não viola 1 Co. 6:1-8, pois uma situação pecaminosa (que nunca deveria ter ocorrido
em primeiro lugar) está sendo corrigida e não criada. Nos países onde a abominação do
"casamento" de sodomitas é feito, quando há a conversão de qualquer um dos dois, o "divórcio"
tem que ser feito imediatamente. Isso é o resultado da iniquidade de homens pecadores que usurpam
sua posição de autoridade para blasfemar de Deus e da família.
14. O verso "Cada um fique na vocação que foi chamado", permite que o
divorciado e casado novamente fique com o seu novo cônjuge quando se converte.
Resposta: Errado! Pela sadia Hermenêutica (interpretação da Bíblia pela própria Bíblia)
sabemos que um verso não claro tem que ser olhado e iluminado pelos outros claros que lidam
e ensinam sobre o mesmo assunto, sejam em passagens remotas ou próximas. Isso
chama-se Princípio do Contexto. Outro princípio diz que a unidade, verdade e
fidelidade de Deus, garantem que uma passagem na Sua Palavra não
pode contradizer outras passagens. Isso chama-se Princípio da Concordância.
Quando se interpreta uma parte das Escrituras de uma maneira que contradiz alguma outra parte
das Escrituras sobre o mesmo assunto, sabemos que essa interpretação é errada.
Quando uma correta interpretação é feita em qualquer assunto, ela não irá contradizer
toda interpretação que possivelmente seja feita em alguma outra parte das Escrituras
sobre o mesmo assunto.
Portanto, vocação (1Co. 7:20) ou estado (1Co. 7:24) não pode de maneira alguma se
referir à situação de divórcio e recasamento, pois entraria em contradição com:
1- O verso anterior, 7:11, que só menciona as duas opções para os casados que se separaram:
reconciliação ou fique sem casar;
2- O verso 7:39 que diz claramente que a mulher só fica livre "se falecer o seu marido"
(singular e ainda acompanhado do artigo "o". No Grego: "ho anér").
3- Os dois versos em Romanos 7:2-3 que confirmam claramente o rompimento do casamento somente
em caso de morte.
4- Os outros versos em que negam totalmente essa possibilidade.
5- O princípio Bíblico da restituição, no qual ao se arrepender, um pecador,
deve devolver aquilo (nesse caso a mulher do próximo - Ex. 20:17 - ou outra que não a esposa) que não lhe pertence
(Ex. 22:3-12; Lc. 19:8; Filem. 1:18), e ficar disponível para o legítimo cônjuge a quem
pertence.
"Vocação em que foi chamado" se refere claramente ao caso do casal no qual um dos cônjuge
se converteu e o outro não. Essa foi a pergunta dos Coríntios.
Paulo está dizendo que a conversão de apenas um cônjuge não é motivo para se separar,
porque a lei conjugal não muda em nada, quer seja antes, quer após a conversão. Se a parte descrente
consente em preservar o casamento, não se deve separar (vs. 12 e 13). Se a parte descrente
se rebelar contra o casamento, que fique sem que casar (v. 11). Nada sobre permissão de
casar novamente. Isso só pode acontecer com viúvos que são os que ficaram "livres de mulher"
(v. 27).
Ficar com o novo cônjuge, ao mesmo tempo que o legítimo cônjuge ainda esteja vivo, seria
adultério continuado. Certas pessoas nem pensam nas implicações gravíssimas de suas tolas
argumentações:
1. Uma prostituta poderia interpretar da mesma maneira, ela alegaria que poderia viver na
"vocação que foi chamada".
2. Um sodomita poderia interpretar da mesma maneira, ele alegaria que poderia viver na
"vocação que foi chamado".
3. Um fornicário, que tem relações continuadas com uma mulher sem ser casado, poderia
interpretar da mesma maneira, ele alegaria que poderia viver na "vocação que foi chamado".
É claro que sabemos que nenhuma dessas pessoas iníquas mencionadas, poderá herdar o reino
de Deus (1 Co. 6:10), ou seja, são perdidas, independente do que aleguem sobre ter se convertido.
Essa racionalização é exatamente o que o apóstolo Judas falou em Judas 1:4 sobre heréticos que
"...covertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus..."
15. O verso em 1 Tim. 3:2: "marido de uma mulher" aplicado ao bispo e diáconos
(1Tim. 3:12), sugere que membros da igreja podem ter um padrão inferior e ser divorciados
e recasados.
Resposta: Errado! Porque:
1. Isso seria aceitar e ser conivente com adultério na igreja;
2. Isso negaria que o bispo seria um exemplo dos fiéis;
3. Deixa a porta aberta para a poligamia;
4. Isso não é baseado nem no ensino claro e objetivo das Escrituras, nem na exegese sadia,
mas na areia movediça de sugestões, inferências e conjecturas, que contradizem frontalmente
o resto dos versos sobre o assunto; e
5. Isso poderia ser usado como desculpa para membros adotarem padrões inferiores quanto a
serem dados ao vinho, ou avarentos ou todas as demais qualificações do bispo. Todas elas
devem ser as qualificações de todos os membros da igreja também!
16. O voto mais recente (o voto do novo casamento) tem que ser mantido.
Resposta: Errado! O voto mais antigo é que tem que ser mantido! Esse voto do novo casamento
viola totalmente a Palavra de Deus e é, de acordo com o Senhor Jesus Cristo, chamado de
adultério, pois o primeiro casamento (e seu respectivo voto) continua em vigor! Não se pode
fazer um novo voto, contrariando (Rom. 1:31 diz sobre os réprobos: "infiéis nos contratos")
o primeiro voto! Essa racionalização humana, levada ao
óbvio extremo dos irresponsáveis, deixa a porta aberta para libertinos
(e como eles são muitos...) casarem tantas vezes quanto
queiram, zombando da instituição do casamento, pois alegam: "o voto mais recente tem que
ser mantido..." A Palavra de Deus está acima da palavra do
homem, que se torna mentiroso (Rm. 3:4) quando não cumpre os seus votos (Prov. 20:25
Sal. 22:25; 50:14; 61:5-8; 66:13; 116:14, 18; Ecl. 5:4-5, Is. 19:21).
Consequentemente, esse voto tolo (ver um voto abominável em Jer. 44:25) do recasamento,
é pecaminoso e uma afronta contra Deus. Ele não tem valor algum, e deve ser quebrado
imediatamente para não se continuar em adultério.
17. "Isso tudo é uma bobagem: um divorciado deve ele mesmo orar para saber se Deus quer
ou não que ele case novamente."
Resposta: Errado! Essa tolice e hipocrisia sem tamanho é uma pura mentira, que quer colocar
a decisão final nas emoções e vontades humanas, ao invés de na Palavra de Deus. Não se deve
orar por aquilo que Deus já revelou claramente em sua Palavra. Isso é uma desculpa para pecar,
exatamente como Balaão fez.
18. "Devemos pedir um sinal a Deus para saber se Ele quer ou não que alguém case
novamente após divórcio."
Resposta: Errado! Isso de pedir sinal é uma incredulidade e um desrespeito contra Deus e à
Sua Palavra. Novamente: Não se deve orar por aquilo que Deus já revelou claramente em sua
Palavra. Isso é uma desculpa para pecar exatamente como Balaão fez.
19. "Não se deve romper um segundo casamento para retornar para o cônjuge original
(1 Co. 7:10-11)."
Resposta: Errado! Esse verso fala exatamente de reconciliação com o cônjuge original!
Nada se fala de se endossar um segundo casamento: Isso seria adultério! É justamente essa
situação imoral e adúltera que Paulo está terminantemente proibindo!
20. "O segundo casamento não deve ser desfeito porque os filhos dessa união fruto do divórcio e recasamento não merecem sofrer
(1 Co. 7:10-11)."
Resposta: Errado! Em primeiro lugar, esse argumento é um tiro pela culatra porque se houver filhos do legítimo casamento (primeiro),
eles é que não deveriam sofrer! A questão todavia, não é quem merece ou não merece sofrer, pois quando há divórcio sempre
há sofrimento.
A questão é o que a Bíblia ensina: Divórcio e novo casamento é
adultério. Em segundo lugar, o relacionamento
marido-mulher (eles são uma só carne até a morte) é sempre a prioridade.
Em terceiro lugar, nada justifica uma situação de adultério
continuado nem mesmo o sofrimento de filhos dessa união. Deve-se
destacar que a responsabilidade dos pais permanecem.
Para uma pessoa que professa ser nascida de novo e que vive numa situação de divórcio e novo casamento ler e meditar:
"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios?
e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim,
vós que praticais a iniqüidade."
Mateus 7:22-23