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domingo, 2 de setembro de 2018

O papa acertou o calendario oficial na torre dos ventos







Há mais de 430 anos que o mundo se rege pelo calendário “gregoriano”, uma das maiores conquista da civilização. 

O nome de “gregoriano” vem do Papa Gregório XIII, que no século foi o príncipe italiano Ugo Buoncompagni, eleito como o 225º Papa da Igreja.

Gregório XIII decidiu adotar o novo calendário para substituir o antigo, conhecido como “Juliano”, que se utilizava desde o ano 46 a.C., tempos do imperador romano Júlio César.

Foi um contributo, e não dos menores, da Igreja Católica para a boa ordem da sociedade e das atividades humanas.

Também para a ciência, pois todo fenômeno científico se mede no tempo e no espaço.

Se a regra de medição do tempo for falha, os resultados ficam incertos e o conhecimento não pode progredir sobre eles. 

O Calendário Juliano era muito inexato e acumulava uma severa distorção.

Nós estamos acostumados à ordem plácida e imperturbável do calendário gregoriano.

Torre dei Venti. No fundo: cúpula da Basilica de São Pedro.
Torre dei Venti. No fundo: cúpula da Basilica de São Pedro.
E não fazemos ideia da confusão em que vivem os povos que se regem por outros sistemas, em geral inexatos e por vezes esdrúxulos.

A decisão da Igreja não foi arbitrária, mas fruto de consciencioso e demorado estudo.

Para atingir o objetivo visado, o Papa Gregório XIII mandou construir uma torre de 73 metros de altura, na qual se realizaram os testes e as medições definitivas. 

Essa torre, a mais alta do Vaticano, só superada pela cúpula da Basílica de São Pedro, é conhecida como Torre dos Ventos e está situada muito perto da capela Sistina.

Na Sala do Meridiano dessa torre realizaram-se as experiências astronômicas. Embora fechada ao público, a sala foi aberta para uma reportagem do diário madrilense “El Mundo” e alguns outros jornalistas. 

No chão da sala encontra-se a linha meridiana horizontal traçada pelo frade dominicano Pe. Ignazio Danti OP, matemático e astrônomo, cosmógrafo pontifício e membro da comissão para a reforma do Calendário Juliano, presidida pelo cardeal Sirleto.

O Pe. Danti fez um pequeno furo na parede sul da sala, a cinco metros de altura.

Torre dei Venti: experimento chave: o raio de sol deve bater exatamente no meridiano
Experimento chave: o raio de sol deve bater exatamente no meridiano
Por aquele orifício, ao meio-dia entra um raio de sol. A Torre está decorada com magníficos afrescos de Nicolò Circignani (1520-1597), apelidado Pomarancio, representando episódios bíblicos relacionados com os ventos.

E o orifício foi feito para coincidir com a boca de um anjo que sopra.

Por sua vez, o anjo faz parte de um afresco que pinta Nosso Senhor Jesus Cristo na nau de Pedro agitada pela tempestade, no Mar da Galileia. 

Gregório XIII subiu à Torre dos Ventos em 21 de março de 1581, dia do Equinócio de primavera, segundo o calendário até então em vigor.

Mas o raio de sol que filtrava pela boca do anjo não atingiu o meridiano do chão. Ele apresentou um erro de 60 centímetros. 

Isso significava que, quando o Calendário Juliano dizia ser 21 de março, equinócio de primavera, na realidade não era. Ficou provado que havia discrepância entre o calendário em vigor, feito pelos homens, e o calendário astronômico ditado pelos astros. O equinócio de primavera acontecera dez dias antes.

O Papa não hesitou. Em 24 de fevereiro de 1582 promulgou a bula 'Inter Gravissimas', dispondo que o cômputo oficial daria um pulo, e que o dia 4 de outubro de 1582 passaria a ser 15 de outubro do mesmo ano. 

Além do mais, estabeleceu que os anos terminados em 00 só serão bissextos se forem múltiplos de 400. Assim, 1700, 1800 e 1900 não foram anos bissextos, mas 2000 foi.

Torre dei Venti: no canto superior direito: o orifício por onde entra a luz
No canto superior direito: o orifício por onde entra a luz.
Nicolò Circignani (1520-1597) 'Pomarancio', na Torre dei Venti, Vaticano
O novo calendário entrou imediatamente em vigor na Itália, França, Espanha, Portugal, Polônia, Luxemburgo e outros países católicos. 

Hoje ele é adotado pela quase totalidade dos países do mundo. 

Mas os cismas – autodenominados igrejas ortodoxas – da Rússia, Servia e Jerusalém continuam se guiando pelo velho Calendário Juliano.

Por isso eles celebram 13 dias depois do resto do mundo festividades religiosas fundamentais como o Natal, comemorando-o não em 25 de dezembro, mas em 7 de janeiro. E a disparidade tende a crescer.

Essa singularidade, fruto da desobediência a Roma, faz também com que os cismáticos deixem de acompanhar os ritmos da natureza.

Mas desligar-se da natureza parece pouca coisa se comparado com o rompimento com o Vigário de Cristo, que é o máximo mal.

Os muçulmanos adotaram um calendário lunar que é fonte de inúmeras disputas entre eles, não se pondo de acordo nem para as principais festas do alcorão.

As medidas do Tabernáculo de Moisés e os seus significados proféticos


As medidas do Tabernáculo nas Escrituras são dadas em côvados, mas poderia também o côvado ser usado como medida de tempo?! Observando as próprias Escrituras … sim … Jesus mesmo faz uma aplicação desse tipo, apesar dele não ser específico sobre o quanto de tempo se refere, a parte importante de sua aplicação é o uso do côvado também como unidade de tempo, como está escrito:
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mateus 6:27)
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Considerando isso, um aspecto adicional da verdade revelada no Tabernáculo diz respeito às suas medidas. As medidas para a construção do Tabernáculo foram dadas diretamente por Deus através do “modelo” fornecido a Moisés no monte Horebe. Certamente Deus tinha algo em mente, pois Ele nunca faz nada sem um propósito. Toda palavra que procede da Sua boca é uma revelação da verdade divina, do mesmo modo que cada palavra que Ele falou a Moisés tinha uma porção especial de revelação.
O Tabernáculo em si contém muitos aspectos, não apenas nos revela verdades proféticas com relação a Cristo e à Igreja, como também pode ser interpretado em relação aos períodos de tempo relativos ao plano de redenção. A Bíblia menciona as medidas de três lugares: o pátio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
1. A dispensação da Lei – o pátio
O pátio, com as suas paredes de cortinas de linho, deveria medir, de acordo as medidas expressas em Êxodo 26:9-19:
O lado norte – 100 côvados de comprimento
O lado sul – 100 côvados de comprimento
O lado oeste – 50 côvados de largura
O lado leste – 50 côvados de largura
Total: 300 côvados de perímetro
A cortina de linho que incluía o muro ao redor do pátio deveria ter cinco côvados de altura. A entrada do pátio também deveria ter cinco côvados de altura. Para determinar a área total das cortinas que cercavam o pátio temos que multiplicar 300 x 5. A área limitada pelas cortinas de linho (incluindo a entrada) era de 1.500 côvados quadrados.
Esse é um número profético dos cerca de 1.500 anos da dispensação da Lei, de Moisés até Jesus ou do Êxodo de Israel do Egito até a crucificação de Jesus Cristo no Calvário. É nesta parte que nós vemos as 60 colunas nas bases de bronze, com um topo revestido de prata e ligaduras também de prata. Isso representa os 60 homens da genealogia de Adão até o Messias registradas nos evangelhos de Mateus e Lucas.
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2. A dispensação da Igreja – o Lugar Santo
O Lugar Santo do Tabernáculo media 20 côvados de comprimento, 10 côvados de largura e 10 côvados de altura, totalizando 20 x 10 x 10 = 2.000 côvados cúbicos.
Os 2.000 côvados cúbicos do Lugar Santo são proféticos dos cerca de 2.000 anos da dispensação da Igreja ou da presente dispensação do Espírito Santo, da “Nova Aliança”, que teve início com a morte, sepultamento, ressurreição, ascensão, exaltação e glorificação do próprio Senhor Jesus Cristo, e o derramamento do Espírito no Pentecostes.
tabernaculo santo lugar
3. A dispensação ou era do Reino – o Lugar Santíssimo (Santo dos Santos)
O Lugar Santíssimo, ou Santo dos Santos, media 10 côvados de altura, 10 de largura e 10 de comprimento, sendo assim um lugar cúbico e quadrangular, formando um cubo com 1.000 côvados cúbicos (10 x 10 x 10). Nele havia apenas uma mobília, a arca da aliança. O Lugar Santíssimo era o próprio trono de Deus em Israel. Deus habitava entre o Seu povo nesse Lugar Santíssimo quadrangular.
Os 1.000 côvados cúbicos do Lugar Santíssimo tornam-se uma profecia do período do Milênio, no aspecto relativo à terra e ao plano de Deus na redenção (veja o que é relatado em Apocalipse 20:1-6). A arca da aliança representa o trono de Deus e do Cordeiro, que estará com os homens aqui na terra (veja Mateus 6:9,10; Jeremias 3:17; Apocalipse 22:1,2).
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Resumindo … das medidas proféticas do Tabernáculo, nós temos:
1. Os 1.500 anos da dispensação da Lei – de Moisés até Jesus
2. Os 2.000 anos da dispensação da Igreja – da primeira até a segunda vinda de Cristo
3. Os 1.000 anos da dispensação do Reino (milênio) – da segunda vinda até os novos céus e nova terra
É interessante se observar que as medidas do Lugar Santo e do Santíssimo são aproximadas, pois não há um texto descrevendo exatamente a distância da separação do Lugar Santo com o Santíssimo, portanto essa medida é inferida pelas outras informações dadas sobre o Tabernáculo, ou seja, em essência, dadas as medidas calculadas, seria mais correto dizer que o resultado é por volta de 2.000 no Lugar Santo e por volta de 1.000 no Santíssimo.
Compare essa medida de tempo de por volta de 2.000 anos e a sua conformidade com os seguintes textos abaixo, usando como chave o Salmo 90:4 que diz: “Pois mil anos, aos Teus olhos,são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite” …
Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque Ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dEle [ milênio ]. Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a Sua vinda é certa; e Ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Oséias 6:1-3)
Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu Senhor, ao voltar Ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. Bem-aventurados aqueles servos a quem o Senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que Ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá. Quer Ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar.” (Lucas 12:35-38)

https://www.youtube.com/watch?v=QTFHKqgUqxo

* Adaptado com material de Kevin J. Conner


Por Dionei Vieira
Retirado de: http://dcvcorp.com.br/?p=2987

domingo, 26 de agosto de 2018

Quando Jesus Nasceu?

Quando Jesus nasceu? Acredito que não foi em 25 de Dezembro, mas teríamos alguma base para ter uma data que fosse mais próxima da realidade?! Eu acredito que sim … e existe uma elegância e uma beleza simétrica e profética nessa possibilidade …
Sabemos por Lucas 1:5 que Zacarias estava designado para o turno de Abias e que esse turno era o oitavo entre os 24 turnos definidos por Davi para a manutenção das atividades no Templo ao longo do ano ( vide 1 Crônicas 24 como um todo e o versículo 10 em específico sobre o turno de Abias ).
Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel.” (Lucas 1:5)
Davi, com Zadoque, dos filhos de Eleazar, e com Aimeleque, dos filhos de Itamar, os dividiu segundo os seus deveres no seu ministério. … Saiu a primeira sorte a Jeoiaribe; a segunda, a Jedaías; a terceira, a Harim; a quarta, a Seorim; a quinta, a Malquias; a sexta, a Miamim; a sétima, a Hacoz; a oitava, a Abias;” (1 Crônicas 24:3,7-10)
Sabemos também que Zacarias retorna para casa após findado o seu trabalho no turno que lhe era designado e então Isabel concebe e fica oculta por cinco meses ( vide Lucas 1:23,24 ).
Sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para casa. Passados esses dias, Isabel, sua mulher, concebeu e ocultou-se por cinco meses” (Lucas 1:23,24)
Através de Lucas 1:26-36 temos a informação que Maria soube pelo anjo Gabriel que sua parente, Isabel, estava no sexto mês de gravidez. Vemos por Lucas 1:39-45 que em poucos dias Maria visita Isabel, que estava no sexto mês de gravidez, e a criança no ventre de Isabel, João, assim como a própria Isabel, já sentem a presença do Senhor no ventre de Maria. O que denota uma diferença de pelo menos 6 meses entre João e Jesus.
No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o Seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra; por isso, também o Ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril.” (Lucas 1:26-36)
Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim. Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” (Lucas 1:39-45)
Sendo assim, podemos ter uma idéia de como pode ter ocorrido os eventos no calendário a partir das informações acima ( vide a imagem anterior ), juntando com os meses do calendário judaico associado aos 24 turnos definidos por Davi em 1 Crônicas 24 e os fatos observados nos textos bíblicos. O que percebemos é que possivelmente, Jesus deve ter nascido por volta do mês de Tishri ( ou também chamado Etanim ) que é quando ocorre a Festa dos Tabernáculos, no dia 15 deste mês. O que é algo muito propício, visto que João faz uso de um trocadilho ao dizer que Jesus “tabernaculou” com os homens ( João 1:14 ).
E o Verbo se fez carne e tabernaculou (σκηνοω “skenoo”) entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14)
É interessante lembrar que o Tabernáculo, instituído por meio de Moisés no Êxodo, levou 9 meses desde que foi ordenado a sua construção ( assumindo que a ordem dos fatos no livro de Êxodo são cronológicos nessa questão, apesar de algumas divergências de interpretação entre alguns estudiosos ) até a sua inauguração … o que é significativo, visto que 9 meses é o tempo de gestação de uma criança e nada mais simbólico do que esse mesmo tempo para aquEle que “tabernaculou” entre nós e que era em carne o Tabernáculo do Deus Vivo!
Sendo assim, como percebo que Deus age na história de maneira singular em datas especiais de Suas “Festas” … que são os Seus “Tempos Determinados” como atesta o próprio termo em hebraico “מועד” ( mow`ed ), traduzido simplesmente como “Festas” em nossas versões em Português ( vide Levítico 23 ) … nada mais adequado que Jesus viesse ao mundo justamente no tempo da Festa de Tabernáculos ( dias 15 a 22 do mês de Tishri ) para então morrer como deveria o Cordeiro Pascal no tempo exato da Festa da Páscoa para então cumprir tudo o que estava escrito e profetizado sobre Ele nesse tempo determinado pelo SENHOR ( מועד, mow`ed ).
Simetricamente, vide a imagem anterior, seria interessante o paralelo entre as datas de nascimento e morte do Senhor, assumindo que essa tese aqui colocada está de acordo com a realidade, pois Jesus nasceria no primeiro mês do calendário civil, Tishri ( sétimo mês do calendário religioso ) que aponta para o primeiro dia da criação, segundo a tradição … e morreria no primeiro dia do calendário religioso, Nisan ( sétimo mês do calendário civil ).
Essa questão dos dois calendários vem a partir da mudança efetuada pelo próprio SENHOR em Êxodo 12 ao instituir a Páscoa, onde o sétimo mês ( Nisan ) nesse tempo é definido então para ser agora o primeiro dos meses, e o primeiro mês ( Tishri ou Etanim ) nesse tempo passa então a ser o sétimo mês. Quem compreende como o SENHOR age, entende como Ele faz uso do 1 e do 7 e seus muitos significados, principalmente quando se observam os tempos e as épocas.
Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano.” (Êxodo 12:1,2)
Não custa lembrar que o Cordeiro Pascal deveria ser imolado no crepúsculo da tarde do dia 14 de Nisan, apontando para a virada do dia 15 de Nisan … quando se observa o início da Festa dos Tabernáculos no dia 15 de Tishri e a Páscoa apontando para a virada do dia 14 para o 15 de Nisan no primeiro e sétimo meses … é de uma bela simetria observar que o nascimento e a morte de Jesus, nosso Senhor e Salvador, tenham ocorrido nessas datas.
Por causa dessa elegância matemática e escriturística que o SENHOR apresenta em toda a história, que eu fico cada dia mais fascinado e extasiado com a Sua Palavra e tudo que abarca o Seu SER. Ao SENHOR pertence todo o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade, pelos séculos dos séculos! Amém!🙏❤️

sábado, 25 de agosto de 2018

Jesus, o holocausto perfeito

         

Jesus na cruz
Jesus, o holocausto perfeito
Na Lição de hoje estudaremos sobre um assunto que é vital do culto judaico veterotestamentário, e faremos as devidas aplicações práticas para os nossos dias, já que nosso estudo não é meramente técnico ou descritivo. O que era o holocausto, por que ele foi praticado pelos patriarcas, ordenado e regulamentado por Deus na Lei mosaica e de que modo ele aponta para o sacrifício substitutivo realizado pelo Salvador Jesus? Estas perguntas são respondidas ao longo do estudo. Meditemos!

    I. O holocausto, o sacrifício mais antigo

  • Etimologia da palavra
A palavra holocausto, no texto hebraico é olah (que significa “aquilo que sobe” – Gn 8.20; 22.2-13); no grego é holokautôma, cujo significado é “oferta totalmente queimada”. Diz respeito ao tipo de sacrifício em que animais puros eram oferecidos a Deus sobre o fogo, onde eram totalmente queimados (Lv 6.22; Dt 33.10).
O sacrifício do holocausto é definido na Bíblia como “de aroma agradável” (Lv 1.9Gn 8.21), que é um sinal da aceitação divina e é usada como metáfora no Novo Testamento para expressar como um sacrifício cristão (não mais com morte de animais) é aceitável a Deus (Ef 5.2; 4.18).
  • Origem da prática de holocaustos
Como destacado por Beckwith, “muitas vezes dá-se atenção ao fato de que, depois do primeiro casal ter cometido pecado, Deus o vestiu com peles de animais (Gn 3.21), ressaltando assim a ligação entre pecado e morte. Talvez a resposta certa quanto à origem do sacrifício seja que, ao vestir o casal dessa maneira marcante, Deus instituiu o sacrifício indiretamente, não diretamente. Se assim for, então Abel, homem de fé (Hb 11.4), viu nisso prova de que, ao trazer oferta a Deus, os pecadores deveriam do mesmo modo reconhecer a sua culpa, por meio da morte de um animal” [1].
Assim, embora seja fácil encontrar sacrifícios sendo realizados por povos pagãos contemporâneos aos patriarcas, inclusive sacrifício humano (o que Deus abominava!), é nas narrativas bíblicas que encontramos a verdadeira e pura origem dos holocaustos religiosos, e Abel, filho de Adão, teria sido a primeira pessoa a oferecer sacrifícios ao Senhor.
Sobre a prática do holocausto encontrada entre os antigos pagãos, “se trataria de uma daquelas ordenanças primitivas que os seres humanos carregaram consigo na sua dispersão pelo mundo [após o Dilúvio], alterando-a e, em certo sentido, distorcendo-a no processo” [2]. Ou seja, foi uma boa tradição, que remonta aos primeiros seres humanos a habitarem a terra e que expressavam louvor a Deus e necessidade de um sacrifício, mas que veio a ser corrompida pelo pecado e pelas vãs imaginações dos descrentes.
  • Causas e propósitos do holocausto
Tomemos nota destas três palavras que estão intimamente ligadas ao holocausto: pecado, culpa e expiação. O pecado do homem o tornou culpado diante de Deus e digno de morte (Gn 1.16,17; Rm 6.23); Deus, misericordioso e gracioso, proveu para o homem um sacrifício substituto, o sacrifício de um animal cujo sangue deveria ser derramado e cujo corpo deveria ser queimado sobre o fogo santo. Assim procedendo com fé, arrependimento e temor, o homem recebia de Deus a expiação de seu pecado, isto é, a eliminação da condenação e o afastamento da ira de Deus.

II. Holocausto na História de Israel

Mesmo antes de Moisés e da Lei dada sobre o monte Sinai, ofertas queimadas já eram oferecidas a Deus. No decorrer da história, os holocaustos eram efetuados privada e publicamente. Vejamos alguns exemplos:
  • Período patriarcal
ABEL – Pastor de ovelhas como era, ofereceu sacrifício animal a Deus (Gn 4.4). Embora o texto não diga explicitamente que era uma oferta queimada, é o que depreende-se de todo genuíno sacrifício animal oferecido a Deus: ou eram oferecidos ao Senhor e comido pelo ofertante (como ocorreria com algumas ofertas no período mosaico), ou eram oferecidos ao Senhor e totalmente queimados. Mas de modo algum eram deixados ao sol para apodrecer e servir de alimento para abutres!
NOÉ – Nos primórdios da humanidade, encontramos Noé, pai de todos os seres humanos que viveram e vivem após o dilúvio, oferecendo holocaustos sobre um altar (Gn 8.20,21). Duas coisas são dignas de nota nos sacrifícios deste patriarca: 1) mesmo antes da regulamentação mosaica, Noé já sabia que a Deus agradava sacrifício de animais limpos (v.20); 2) o Senhor “cheirou o suave cheiro” dos sacrifícios de Noé (v. 21).
O sacrifício de Noé tinha um “suave cheiro” (isto é, perfume; hb. reyach). Que cheiro têm diante de Deus nossas orações? Há bom odor em nossos hinos? Nossos jejuns são agradáveis a Deus? E nosso proceder diário em família, no trabalho, no ambiente de estudo e na rua, tem exalado para Deus um perfume agradável? Oferecer a Deus adoração, alimentando discórdia com nossos irmãos, não é agradável a Deus (Mt 5.23,24); oferecer a Deus orações, tendo maltratado nossas esposas, não é agradável a Deus (1Pe 3.7); pretender ser amigos de Deus, enquanto procedemos segundo os costumes deste mundo, não é agradável a Deus (Tg 4.4). Devemos ser para Deus “o bom perfume de Cristo” (2Co 2.15). Deve haver cheiro de santidade em nossa adoração!
ABRAÃO – No famoso episódio em que Abraão levara seu filho para sacrificá-lo ao Senhor, Deus impediu o patriarca de concretizar o sacrifício de seu filho (era apenas uma prova da fé abnegada de Abraão, na qual ele foi aprovado com louvores), mas pôs diante dele “um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá pegá-lo e o sacrificou como holocausto em lugar de seu filho” (Gn 22.13, NVI). Abraão não perdeu a oportunidade de adorar a Deus mediante um sacrifício de holocausto, e agora ele tinha mais razões para fazê-lo: seu filho fora livrado da morte e Deus providenciara um substituto para ele!
Não temos nós, a quem o Pai providenciou o sacrifício vicário – “o filho se nos deu” (Is 9.6; Jo 3.16; Rm 8.32) – mais razões ainda para oferecermos ao Senhor o sacrifício de louvor contínuo? (Hb 13.15). Há três sacrifícios que podemos e devemos fazer por meio de Jesus para elevarmos a Deus nossa adoração: primeiro, confessar o nome de Jesus (Hb 13.15); segundo, ministrar louvores a Deus (Hb 13.15); terceiro, fazermos o bem e repartir com os que estão em necessidade, “pois de tais sacrifícios Deus se agrada” (Hb 13.16).
JÓ – As referências aos sacrifícios em Jó mostram que o holocausto não deixa de ter um sentido de expiação (aliás, este é o sentido fundamental, como se pode ver em Lv 1.4; 16.24; 2Sm 24.25). É opinião de abalizados doutores nas Escrituras que Jó foi um patriarca contemporâneo ou que viveu muito próximo de Abraão, Isaque e Jacó. É-nos dito que Jó “se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos” segundo o número de seus filhos, para que Deus não os punisse em razão de eventuais pecados cometidos nos banquetes que eles gostavam de oferecer (Jó 1.5).
  • Período mosaico
Como se pode ver nos primeiros capítulos de Levítico (especialmente 1.3-17; 6.8-13), livro em estudo este trimestre, no período mosaico, o holocausto passa a ser um dos elementos principais do culto e da adoração, vindo a ser uma das principais atividades dos sacerdotes: oferecer sacrifícios sobre o fogo em favor de todo o povo hebreu. Este sacrifício era oferecido em favor da nação diariamente, pela manhã e ao entardecer (Ex 29.38-43).
O altar do holocausto, construído de bronze e onde o fogo devia estar continuamente aceso na entrada do santuário (Lv 6.8-13), era o lugar santo onde estes sacrifícios foram comumente realizados desde os dias da peregrinação de Israel rumo a Canaã. Com a construção do templo de Salomão, finda o tempo de tolerância de sacrifício fora do santuário, exceto nas circunstâncias mais  urgentes (1Re 3.2).
Pertencia à classe dos sacrifícios expiatórios, isto é, eram oferecidos como expiação pelos pecados que os ofertantes tinham cometido. Mas eram também sacrifícios de ações de graças e, finalmente, um ato de adoração. Para o holocausto, os animais oferecidos deveriam ser considerados puros e não ter qualquer doença ou defeito físico – já apontando para a perfeita santidade de Jesus (Hb 7.26: “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores”).
  • Período nacional
Apesar das regulamentações da lei mosaica, depois da entrada na terra prometida, com a morte de Moisés e de Josué e antes de haver uma sucessão regular de reis, cada pessoa continuava fazendo “o que lhe parecia certo” (Jz 17.6; 21.25), em questões gerais, mas também rituais.
A prática do sacrifício na vida de Israel foi duramente criticada pelos profetas, começando pelo profeta anônimo e 1Samuel 2.27-36, que denunciou a conduta profana dos filhos de Eli. E apesar das restrições impostas pela Lei, era comum encontrar sincretismo religioso no culto judaico. É no confronto de Samuel com Saul que vemos ressaltado o elemento mais importante na adoração: “obedecer é melhor do que sacrificar” (1Sm 15.22,23).
Nos dias do profeta Amós vemos a repreensão do Senhor em termos contundentes: “Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro. E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos” (Am 5.21,22).
Se a oferta do patriarca Noé tinha um perfume suave, agradável a Deus, os holocaustos dos judeus contemporâneos de Amós tinham um mal cheiro que irritava ao Todo Poderoso! Era um culto sem reflexão e introspecção, já que o holocausto pretendia fazer os homens perceberem a seriedade do pecado e da culpa, bem como a santidade e a justiça de Deus, mas eles não estavam atentando para isso.
Aliás, aqui está uma lição muito importante sobre o holocausto no Antigo Testamento: o sacrifício por si só não implicava em expiação de pecados, a menos que fosse precedido por um arrependimento sincero e contrição por haver ofendido a Deus; caso não fosse acompanhado desse arrependimento, o holocausto longe de expiar pecados, apenas acrescentava ainda mais pecado, por se estar tratando com leviandade uma oferta estabelecida por Deus!
Aplicado ao contexto cristão podemos afirmar seguramente: o sacrifício de Cristo é bom em si mesmo e capaz de remover nossos pecados e reconciliar-nos com Deus, mas isso não ocorre incondicionalmente, mas mediante a condição de crermos em Cristo e confessarmos nossos pecados. Sem esta fé verdadeira, o sacrifício de Cristo não nos trará o benefício do perdão e da vida eterna.
Deve-se dizer também que muitos sacrifícios sinceros foram oferecidos a Deus de modo agradável na história de Israel. Por exemplo, os holocaustos oferecidos por Davi e (2Sm 24.22-25) por Salomão (2Cr 1.6). No caso de Salomão, fica claro como a luz do sol que os sacrifícios por ele oferecidos só foram recebidos na consagração do recém-inaugurado templo (2Cr 7.1) porque foram precedidos de uma sincera oração, confissão e submissão ao Senhor, como se vê na longa oração registrada no capítulo 6 do segundo livro das Crônicas. Nenhum sacrifício apraz a Deus, a menos que seja precedido de arrependimento, confissão e fé! Se assim não for, é mera formalidade, culto da aparência que Deus abomina.

III. Jesus, o holocausto perfeito

  • O cordeiro de Deus
Uma das mais vibrantes declarações bíblicas sobre a pessoa de Jesus foi feita pelo seu precursor João Batista: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Não mais um holocausto oferecido pelos patriarcas ou sacerdotes, mas o cordeiro oferecido pelo próprio Deus, e não mais para afastar a culpa e a condenação somente, mas para purificar-nos interiormente, reconciliar-nos com Deus e fazer-nos herdeiros dos céus! Pois somente o seu sangue é que “nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).
  • Transferência de culpa e justiça
Havia um ato especial antes da degola do animal a ser oferecido no sacrifício do holocausto: o ofertante deveria impor a mão sobre a cabeça do animal (Lv 1.4), o que representava transferência de culpa para o animal. Era um ato simbólico por meio do qual o ofertante se reconhecia um pecador e digno de morte, mas que naquele momento o animal inocente sofreria a pena em seu lugar a fim de o pecador tornar-se propício diante de Deus.
Que melhor gesto poderia tipificar a culpa dos nossos pecados que foi imputada sobre Cristo naquela horrenda cruz e, ao mesmo tempo, a justiça daquele Inocente que foi imputada sobre nós? O profeta Isaías ensina-nos que “ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas feridas fomos sarados” (Is 53.5).
Na cruz Cristo recebeu a nossa culpa; na cruz nós recebemos a justiça de Cristo. Na cruz ele foi feito pecado por nós; na cruz ele nos fez justiça de Deus. A declaração paulina é profunda nesse sentido: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).
  • O último holocausto
O holocausto ou oferta queimada simbolizava a obediência passiva de Cristo e sua submissão à penalidade requerida pelo pecado do homem. Além disso, fazia referência à perfeita obediência de Cristo à lei de Deus, pela qual Ele fez por nós aquilo que jamais poderíamos fazer. Ele cumpriu “toda a justiça” de Deus (Mt 3.15) e, por causa disso, pode na cruz exclamar: “Está consumado!” (Jo 19.30), isto é, tudo está feito por completo.
Mentiroso é qualquer um que disser que veio para “completar” a obra de Cristo, ou que seu sangue não é eficaz para salvar pecadores, ou que outros sacrifícios precisam ser feitos hoje para salvação. Seja anátema tal evangelho mentiroso, que vai além do que nos foi anunciado pelos apóstolos do Senhor! (Gl 1.8,9).

Jesus foi o sacrifício completo, perfeito e irretocável,suficiente para salvação de todos os que se achegarem a ele com fé.

Conclusão
Manifestemos ao Senhor toda nossa gratidão por seu imensurável amor e graça manifestos na pessoa bendita de Jesus. Àquele que como “cordeiro mudo” padeceu os horrores do calvário, tributemos louvores para sempre, pela salvação que ele nos deu quando na cruz riscou a cédula de morte que era contrária a nós (Cl 2.14), resgatou-nos do império da morte (Hb 2.14,15) e nos deu vida eterna! Sim, ao Cordeiro que foi morto, reviveu e agora vive para sempre (Ap 1.18), louvemos sem cessar.
Sola Gratia! Solus Christus!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Qual é a diferença entre Hades, Inferno e Sheol?


Se você perguntar a alguém para definir a palavra inferno você vai ouvir uma variedade de definições. Muitas pessoas definem o inferno como um destino eterno dos ímpios. Alguns definem o inferno como um período de tempo onde uma pessoa passa quando está reencarnando de uma vida para outra. Outros definem o inferno como a morada dos mortos, enquanto outros ainda dizem que o inferno é simplesmente nada mais do que algo que é uma difícil experiência.
A Bíblia usa palavras como Hades, Seol, e até mesmo Geena quando se refere ao inferno. Para os cristãos, a questão é, há uma diferença entre Hades, Inferno, e Seol? Um estudo da Bíblia nos dará a resposta a esta pergunta.

Existe uma diferença entre Hades Inferno e Sheol?

O que é o inferno?
Como foi mencionado em primeiro lugar, as pessoas têm muitas definições para a palavra inferno. Segundo o Google a palavra inferno tem o seguinte significado:
inferno – substantivo masculino
1. mit local subterrâneo habitado pelos mortos (tb. us. no pl.).
2. rel para os cristãos, lugar em que as almas pecadoras se encontram após a morte, submetidas a penas eternas.

Como a Bíblia define o inferno?

A Bíblia usa a palavra inferno 54 vezes ao longo do Antigo e Novo Testamentos (KJV). A primeira menção da palavra é encontrada em Deuteronômio 32:22 o seguinte: Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno, e consumirá a terra com a sua colheita, e abrasará os fundamentos dos montes.
A palavra hebraica usada para o inferno neste versículo é a palavra Sheol, que é usada para descrever o mundo subterrâneo dos mortos. Se combinarmos esta palavra com a descrição do Senhor, Sheol pode ser descrito como um local subterrâneo onde as pessoas que rejeitaram a Deus são atormentados pelo fogo, a ponto de haver pranto e ranger de dentes.
O primeiro uso da palavra no Novo Testamento é encontrado quando Jesus falou sobre isso em Mateus 5:22 como se segue: Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Neste verso, a palavra vem do grego, Geena. Geena era comumente conhecido como o nome de um lixão da cidade fora de Jerusalém onde as pessoas queimavam o lixo e o fogo nunca se apagava. Jesus usou essa palavra para o inferno em Marcos 9:41-48 como uma comparação com o fogo do inferno que nunca acaba como descrito no Antigo Testamento.
No Novo Testamento, sempre que a palavra inferno foi usada para descrever o local subterrâneo onde as pessoas que rejeitaram a Deus são atormentados para sempre pelo fogo, com ranger de dentes, foi utilizada uma palavra grega diferente. Esta palavra era a palavra Hades. Hades é a palavra grega do Novo Testamento para a palavra hebraica do Antigo Testamento Sheol. Sabemos disso porque Pedro usou a palavra em Atos 2:27, quando citando Salmos 16:10 que usa Sheol quando se refere ao inferno: “Porque tu não deixarás a minha alma no inferno (Hades), nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção” (ver também Mateus 12:40; Efésios 4: 9-10 e Filipenses 2: 9-10 com referências a Cristo estar no inferno localizado no centro da terra).

Pode a palavra inferno significar simplesmente a sepultura?

Alguns dizem que não há inferno como um lugar de tormento eterno e sofrimento. Em vez disso, eles dizem que é apenas a sepultura. No entanto, eles baseiam a sua crença em alguns versos, onde as palavras Seol e o Hades foram traduzidos como cova. O problema com isto é que as referências que são usadas negam o contexto do que está a ser apresentado. Quando você olhar para o contexto encontra muitos problemas com a tradução Sheol e Hades como um túmulo, que normalmente é (qeber) comom palavra hebraica. Há muitas sepulturas, mas apenas um Sheol ou Hades. O homem pode colocar alguém na sepultura (qeber), mas nunca coloca alguéum no Sheol ou Hades (1 Reis 13:29-30). O homem pode tocar um túmulo (qeber), mas não toca Sheol ou Hades (Números 19:16). Alguém pode ter a sua própria sepultura (qeber), mas a Bíblia nunca fala de cada pessoa ter o seu próprio Seol, ou Hades (2 Samuel 3:32).

Existe algum outro significado da palavra inferno?

Finalmente, há mais uma palavra que é traduzida como inferno, que é a palavra grega tártaro em 2 Pedro 2:4, onde Deus prendeu os anjos maus que pecaram em Gênesis 6:1-4 (Veja também Mateus 25:41; Judas 6). Tartaroo do grego, vulgarmente conhecido como Tártaro, é entendido em grego bíblico como sendo o mais profundo abismo do Hades (2).
Conclusão
Muitas pessoas têm definições diferentes da palavra inferno, é comumente definido como mundo inferior, morada dos mortos, ou regiões infernais. A Bíblia define o inferno como um local subterrâneo no centro da terra onde as pessoas que rejeitaram a Deus são atormentados pelo fogo. A palavra hebraica Sheol é definida com o mesmo que a palavra grega Hades. A palavra Sheol ou Hades não referem-se a uma sepultura. Uma outra palavra grega traduzida como o inferno é a palavra grega tartaroo, que é o mais profundo abismo de Hades.