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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Batismo com o Espírito Santo e com Fogo

Felipe Sabino de Araújo Neto

E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mateus 3:11).
A nossa intenção neste pequeno artigo não é analisar de uma forma geral o ensinamento antibíblico de um batismo com o Espírito Santo pós-conversão, defendido pelos pentecostais e neopentecostais. Antes, queremos atentar para a passagem acima e ver à luz das Escrituras o que significa o “batismo com o Espírito Santo e com fogo” (vale ressaltar que esta é uma das passagens prediletas dos pentecostais e neopentecostais, a qual eles afirmam ensinar a necessidade de um revestimento de poder para os crentes após a conversão).
Tanto pentecostais como muitos reformados crêem que “o batismo com o Espírito Santo e com fogo” se refere ao batismo que os crentes genuínos recebem (é claro que a diferença quanto ao tempo desse recebimento e a extensão do mesmo é fundamental entre esses dois grupos). Mas o que diz “a Lei e o Testemunho”?
Primeiramente, vejamos o contexto da passagem:
7 - E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento 9 - e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 - E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. 11 - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 - Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará. (Mateus 3:7-12, ênfase adicionada).
Analisando cuidadosamente o discurso de João Batista, vemos que a expressão “batizará com o Espírito Santo e com fogo” refere-se a dois batismos distintos para duas classes de pessoas distintas:
- O batismo com o Espírito é para o trigo, ou seja, para aqueles que produziram, pela graça de Deus, frutos dignos de arrependimento. O trigo é recolhido no Seu celeiro em virtude de ser algo muito valioso, muito precioso.
- O batismo com fogo é para a palha, ou seja, para aquelas “árvores” que não produziram frutos, as quais serão cortadas e lançadas no fogo. Assim, a palha será separada do trigo, ou seja, os ímpios dos bons, e será queimada no fogo que nunca se apaga.
Além do mais, João Batista não estava se dirigindo aos discípulos dele ou de Cristo. Ao contrário, ele falava com os “fariseus e saduceus” que estavam querendo se batizar, sem demonstrar arrependimento. A esses ele diz: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?”. Certamente João Batista não prometeria um batismo com Espírito Santo para tais pessoas.
Portanto, ao invés do “batismo com fogo” ser uma promessa para os crentes, ele é uma frase expressiva dos terríveis julgamentos que Ele (Jesus) infligiria sobre a nação Judia e sobre todos quantos morressem impenitentes; quando Ele os condenará pelo pecado de rejeitá-Lo; e quando Ele aparecer como o “fogo do ourives” e como o “sabão dos lavandeiros” (Malaquias 3:2); quando “o dia do Senhor” vier “ardendo como forno” (Malaquias 4:1); quando Ele “limpar o sangue de Jerusalém”, Seu próprio sangue e o sangue dos Apóstolos e Profetas derramados nela, “do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor”; o batismo com fogo é o mesmo que a “ira vindoura”, com a qual os ouvintes de João Batista são ameaçados no contexto, na ocasião da qual as árvores infrutíferas “serão cortadas e lançadas no fogo” e a “palha” será queimada com fogo que nunca se apaga.
Aqueles que insistem em afirmar que o “batismo com o Espírito Santo e com fogo” se refere a um só batismo, experimentado pelos crentes, costumam apelas para Atos 2:3 como prova de sua teoria. Contudo, lemos assim nesse verso: “Apareceram línguas como de fogo, pousando sobre cada um deles”. Note que as línguas eram COMO de fogo e não DE fogo, ou seja, elas tinham apenas aparência de fogo. Além do mais, não vemos este ato repetido em numa parte da Bíblia. Até mesmo no batismo de Cornélio e de sua casa, o qual Pedro afirma ser o mesmo fenômeno experimentado por ele e os outros apóstolos, as “línguas como de fogo estão ausentes”. Poderíamos ainda dizer que se “línguas como de fogo” fosse cumprimento de “batismo com fogo”, esta promessa não é para nós, visto que ninguém, senão os 120 reunidos no cenáculo no dia de Pentecoste , experimentou isso em toda a história cristã.
É verdade que, como Calvino disse, é Cristo quem concede o Espírito de regeneração, e que, como o fogo, este Espírito nos purifica retirando a nossa imundícia. O Espírito tanto ilumina como purifica. Contudo, Mateus 3:11 não se refere a esta obra purificadora nos crentes, mas ao juízo final preparado para os ímpios. Portanto, concluímos com o puritano Dr. John Gill: “E como este sentido [o de julgamento para os ímpios] melhor concorda com o contexto, creio ser ele o genuíno; visto que João não está falando para os discípulos de Cristo, que ainda não tinham sido chamados, e que somente no dia de Pentecostes foram batizados com o Espírito Santo e com fogo, no outro sentido desta frase [no sentido de fogo como a obra da graça purificadora para os crentes – ver Isaías 6:6,7; Zacarias 13:9; Malaquias 3:3; 1 Pedro 1:7]; mas ele se dirigia aos Judeus, alguns dos quais tinham sido batizados por ele”.
Cuiabá-MT, 19 de Maio de 2004.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

TEOLOGIA, SEM TESTEMUNHO DO ESPÍRITO, É MORTA!



Por Fabio Campos

Texto base: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus”. – Romanos 8.16 (NVI)

John Wesley tinha o grande desejo de levar Cristo aos índios da Geórgia. E isto de fato aconteceu. Certo dia, ao compartilhar da refeição com um deles, conta-se, que ao ver o índio orar agradecendo pelo o alimento, na sinceridade das palavras em gratidão ao Criador, Wesley perguntou ao índio se ele conhecia a Deus. O índio respondeu que sim, dizendo que Deus era seu amigo. Wesley indagou como poderia ocorrer tal cousa se ele não tinha instrução alguma. O índio, então, por sua vez, disse que o testemunho de Deus estava no seu coração (Rm 8.16).

Após ter passado junto dos morávios o perigo de um naufrágio, na iminência da morte - com medo de morrer e os morávios não, escutando daqueles irmãos que “morrer era lucro” – Wesley percebeu que ainda não era convertido de fato, pois não tinha o testemunho do Espírito dentro de si, ainda que já tivesse a teologia na sua mente. Por isto disse: “Fui à América para converter outros, mas nunca fora realmente convertido a Deus” [1]. Após o ocorrido, Wesley, então, buscou a Deus em oração, e pela primeira vez sentiu-se amado por Deus, fato este que lhe dera o poder de fazer o que fez, trazendo um grande avivamento ao seu povo.

Paulo em sua oração a favor dos efésios pediu a Deus que aqueles irmãos fossem “fortalecidos com poder pelo Espírito no homem interior” (Ef 3.16). O puritano Matthew Henry, comentando este verso, disse que “a força do Espírito de Deus no homem interior é a melhor e mais desejável força” [2].

Não adianta somente conhecer a vontade de Deus. É necessário praticá-la. Quando lemos as Escrituras, conhecemos a vontade de Deus; mas quando oramos, do alto somos revestido de poder para cumpri-la. Aqui está a questão do excesso de intelectualidade, no entanto sem piedade. Muitos têm teologia, mas não possuem o testemunho do Espírito no homem interior. Não conseguem se desvencilhar do pecado que os assedia porque lhes falta o poder do Espírito que livra o cristão da “corrupção deste mundo” (1 Pe 1.3).

Na sequencia de sua oração em favor dos efésios, Paulo expressa outro desejo: “que Cristo habite, pela fé, no coração dos irmãos” (Ef 3.17). O sentido deste texto é para “Cristo sentir-se em casa”. Pois é, Cristo está na mente de alguns, no entanto, distante dos seus corações. Se nossa teologia não vier acompanhada do testemunho do Espírito, certamente, será morta. Por isto que muita gente se esfria nos seminários teológicos. Não é por causa da teologia, mas pela postura ímpia dos alunos e professores. O reverendo Hernandes Dias Lopes diz que,“um ministro mundano representa um perigo maior para a igreja do que falsos profetas e falsas filosofias” [3].

O conceito de fé tem sido deturpado nos dias de hoje. Para muitos, ter fé, é simplesmente acreditar que a coisas darão certo. Mas a Escritura vai além. Quando Cristo habita em nosso coração, pela fé, o Seu Espírito nos dá força para vencermos o mundo, a carne e o diabo.

É pela fé que vemos e compreendemos as coisas da forma como realmente são. João Calvino disse que, “ainda que mesmo a alma dos ímpios seja forçada a elevar-se até o Criador pela visão da terra e do céu, a fé tem o seu modo peculiar de atribuir a Deus o pleno louvor da criação” [4]. A fé que opera pelo amor faz Deus trabalhar em nós de acordo com o seu “querer e efetuar”.

Muitos querem anunciar a ira e a justiça de Deus, no entanto possuem apenas luz na mente e nenhum fogo no coração. Querem pregar sobre “Pecadores na mão de um Deus irado” sem um terço da piedade de Edwards. Aí já viu!... Como disse Lutero: “Sermão sem unção endurece o coração”. Por isto que falam... , falam... , falam... , mais brigam do que dialogam. Não produzem frutos, pois lhe falta o “poder no homem interior”.

Só vamos conseguir vencer o pecado e testemunhar com eficácia a respeito do Evangelho se de fato estivermos“cheio da força do Espírito” (Mq 3.8). Acerca disso, Matthew Henry comenta: “[O profeta] tinha um amor ardente por Deus e pelas almas dos homens, uma consideração profunda pela glória divina e pela salvação deles, além de um zelo veemente contra o pecado. (...). Em todas as suas pregações havia luz, bem como calor, espírito de sabedoria e zelo” [5].

Jesus ensinou muitas coisas aos seus discípulos, no entanto, antes de subir aos céus, sabendo que o Evangelho já estava na mente deles, exortou-os a não pregar até que “do alto fossem revestidos de poder” (At 1. 1-8). Quanta gente pregando boa teologia, mas sem poder do Espírito. É aquilo que o Reverendo Hernandes Dias Lopes sempre diz: “ortodoxia morta!”.

João Calvino disse que “o testemunho do Espírito é superior a toda razão” [6]. O ser humano ainda que racional, é guiado pela emoção através das suas paixões. Luta para fazer o bem, contudo, sem ao menos perceber, o mal que não gostaria de fazer, este, já está praticando-o. Somente com o poder do Espírito conseguiremos andar conforme nossa razão e convicção da qual é oriunda de uma mente regida pela Palavra de Deus.

Nosso conhecimento precisa estar acompanhado de graça. A mensagem de muitos, infelizmente, apenas informa, mas não alimenta. Apontam o pecador, mas não indicam o Salvador. Sabem as Escrituras, mas não possuem poder para viver em conformidade com ela. Estão inchados pelo saber, mas totalmente desprovidos do amor que edifica (1 Co 8.1-3).

Quero terminar este artigo consultando novamente as palavras do eloquente teólogo e reformador, João Calvino:“É porque o Senhor nos quis tornar eruditos não em questões frívolas, mas na piedade sólida, no temor de seu nome, em uma confiança verdadeira, nos ofícios de santidade, aquiesçamos àquela ciência. (...). Ora, o propósito de um teólogo não é deleitar os ouvidos, mas, ao ensinar o que é verdadeiro, certo e útil, confirmar as consciências” [7]

Que Deus confirme por Seu Santo Espírito nossa teologia para que não sejamos homens apenas de “palavras persuasivas, mortas, que não trazem nenhum proveito, mas ministros cheios do poder e virtude do Altíssimo, assim como foi o Apóstolo Paulo:

“E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder”. – 1 Coríntios 2.4 (AFC).

Considere este artigo e arrazoe isto em seu coração,

Soli Deo Gloria!
______________________________
Notas: 

[1] BOYER, Orlando. Heróis da fé. Rio de Janeiro, RJ; CPAD, 2009, p. 53.
[2] Bíblia de Estudo. Matthew Henry. Central gospel, p. 1929.
[3] DIAS LOPES, Hernandes. Piedade e Paixão. São Paulo, SP; Candeia, 2002, p. 20.
[4] CALVINO, João. A instituição da Religião Cristã. São Paulo, SP; Unesp, 2008, p. 184.
[5] Bíblia de Estudo. Matthew Henry. Central gospel, p. 1349.
[6] CALVINO, João. A instituição da Religião Cristã. São Paulo, SP; Unesp, 2008, p. 74.
[7] Ibid, p. 154

Fonte: Fabio Campos

terça-feira, 28 de abril de 2015

JURISTAS EVANGÉLICOS PREGAM PARA IGREJAS ACEITAREM A NOVA ORDEM MUNDIAL



Associação Nacional de Juristas Evangélicos “Anajure” apela para a vinda e coroação do Governo único mundial [besta]. Em nota pelo seu site [www.anajure.org.br] descaradamente publica prepostos em nome da WEA (Aliança Evangélica Mundial) considerando que evangélicos façam opção por igrejas que estejam delegadas pelo Estado “comunidades de fé reconhecida”.
Duma fraseologia habitualmente combinada de problemas relativos a vida e, promessas sociais, o texto desenvolve o gosto por Comunidades ligadas á ONU, reconhecendo que o Direito relativo a instituição religiosa “definir, garantir e fazer o evangelho crescer” só existe para aquelas que estão cadastradas à WEA [ “…para que possamos ser a voz dos sem voz”].
Estes abutres entendem que se propuser a gritar por soluções sociais no meio evangélico, agora por meio de um acordo internacional, vai chover membros jurando obediência a estas contingências religiosas da ONU! Basta argumentar com esperteza “Tudo ia horrivelmente mal, todos sofreram mais do que poderiam suportar, agora destruiremos sobre a bandeira de Cristo as causas de vossos tormentos, as diversidades” para atrair o desejo destes cegos que sempre estimam os gênios da política pública!
Estes servidores do inferno “Anajure”, sob ordens ministeriais satânicas do governo oculto, não contentes em rematar a transformação das Igrejas em nome de propostas sociais formuladas pela besta política, ainda inspira cristãos a fazerem doações financeiras para WEA com um simples click aqui. “…toda oração e doação que você faz leva uma profunda diferença na vida de nossos irmãos e irmãs”.
Senhores com tais medidas satânicas circulando entre as Igrejas evangélicas, sendo aplicada por intermédio de instituições cristãs de fachada, com lobos penetrando facilmente no meio do rebanho para apoderar-se do espírito de cristãos sem consciência, sem faltar com a questão do incentivo da relação de líderes evangélicos entre si com o poder estatal, propagando o progresso do evangelho por uma simples idéia de emancipação política – não falta muito para a ONU estabelecer um governo para as Igrejas!
A WEA já possui 127 alianças evangélicas nacionais localizadas em 7 regiões e 104 organizações membro associado. Uma organização que representa três milhões igrejas ao redor do mundo e da rede de Mica, construída sobre uma rede de assistência e desenvolvimento das organizações 300.
Devemos lutar com eles para que as metas do milênio da ONU sejam cumpridas como missão cristã? As massas consentirão ficar inativas aos princípios fundamentais da fé em Cristo para seguir os novos rumos do pensamento religioso, é nós? Compreenderemos isso calados? Nos lançaremos as novas questões por que é a opinião da maioria? Nos mostraremos solidários ao progresso evangélico com instrumentos de sorte? Unidos na certeza de sermos úteis ao bem de todos por uma ciência solidária que deseja arrancar a Palavra de Cristo de sua própria igreja? “Tornei teu inimigo, por que agora te digo a verdade” Gálatas 4.16.
Veja estes animais credenciados entregando a coroa para a besta! A apostasia sempre será o único meio para se chegar a isso! A violência contra o Evangelho é princípio para estes agentes imbecilizados, e a astúcia e hipocrisia a regra que os Estados precisam para administrar religiosamente esta legião insubordinados conhecidos por evangélicos! Estamos perto do fim, e de que lado você está?? Do lado onde repousa o conforto das comunidades de fé reconhecida cujo líder espiritual é a ONU, ou do lado dos que lutam contra a besta “soberano governo universal” para não se contaminar com as filosofias inúteis de sua modernidade!
“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” Ap. 14.12
Maranata, Ora vem Senhor Jesus!
FONTE: http://www.anajure.org.br/voce-ajudara-os-cristaos-que-sao-perseguidos-e-marginalizados-neste-natal/                https://youtu.be/KklKv1dLW4A clik no link para ver o video.

sábado, 25 de abril de 2015

Realmente descia um anjo no tanque de Betesda?



Vamos nesta oportunidade meditar na Palavra de Deus no Evangelho de João5.1-15 que diz:

1- Depois disso havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. 2) Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, há um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres. 3) Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados [esperando o movimento da água.] 4) [Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali desciadepois do movimento da água, sarava dequalquer enfermidade que tivesse.] 5) Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos, estava enfermo. 6) Jesus, vendo-o deitado e sabendo queestava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são? 7) Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. 8) Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. 9) Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar. Ora, aquele dia era sábado. 10) Peloque disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito. 11) Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda. 12) Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda? 13) Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se retirara, por haver muita gente naquele lugar. 14) Depois Jesus o encontrou no templo, e disse-lhe: Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior. 15) Retirou-se, então, o homem, e contou aos judeus que era Jesus quem o curara.

A cidade de Jerusalém sempre foi muito importante por ser considerada à cidade sagrada. Por judeus, cristãos e muçulmanos.

Nessa cidade havia uma fonte de água que ficava próximo da “porta das ovelhas”, ou seja, próximo a um mercado de animais. Talvez por essa cidade, ser reconhecida como sagrada, e, portanto, mística.

Nasceu a história de que essa fonte possuía águas miraculosas. Dizia-se que umanjo vinha do céu uma vez por ano, agitava as águas e o primeiro doente quemergulhasse, seria curado.

Muitas pessoas se aglomeravam aguardando um milagre. Na verdade uma multidão de pessoas inválidas: cegos mancos e paralíticos.

Foi construído nessa fonte um pavilhão para abrigar tanta gente, este possuía um alpendre com cinco pavimentos. O lugar foi denominado, ironicamente, de Betesda – que em hebraico significa “casa de misericórdia”.

“Conta-se que muitas famílias, para se verem livres dos doentes, os abandonavam nos alpendres do tanque de Betesda. Os ricos compravam escravos para os ajudarem a entrar nas águas.

Alguns alugavam as bordas mais próximas, que possibilitavam melhor acesso. Todos queriam o seu milagre e, lógico, os mais abastados, sagazes e famosos, se sentiam perto da graça”.

É óbvio que se os mais abastados ficavam nos lugares de melhor acesso para entrar na água, os pobres e miseráveis ficavam sempre no fundo do pavilhão, sempre por último.

Eu sei que é difícil, mas imaginemos a situação: Um lugar que se acreditava queum anjo descia uma vez por ano, mas ninguém sabia a data exata.

De repente alguém grita: “o anjo agitou as águas”, e a confusão estava feita, doentes se jogando por todos os lados na tentativa de ser o primeiro a entrar, e novamente aconteceu que, ninguém sabe ao certo quem foi o primeiro e, portanto, não houve cura. Mais um ano de frustração.

Jesus em uma de suas visitas á cidade de Jerusalém, resolveu ir até o tanque de Betesda e diante de toda essa situação deplorável, ele desviou sua atenção dos mais ricos, dos mais capazes e dos que menos precisavam da cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos.

Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “você quer ser curado?”. O paralítico respondeu o que era óbvio: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. Nesse mesmo instante Jesus curou o paralítico e este começou andar.

As pessoas afirmavam que o anjo descia até o tanque anualmente, mas ninguém sabia a data exata. Irrequietos, os doentes mais hábeis saltavam, esporadicamente, para se anteciparem ao anjo. A confusão era constante. Osque se sentiam melhor, corriam pelos corredores gritando “aleluia” e outros, nervosos e frustrados, desmentiam os milagres. Vez por outra, levantavam-se profetas prevendo o dia preciso em que o anjo visitaria o local.

Certos doentes jaziam por anos e anos em total mendicância, esperando o momento da cura que não chegava nunca. O estado de alguns era deplorável. Escaras cheiravam mal e piolhos podiam ser vistos a olho nu nos cabelos de certas mulheres.

Diante dessa realidade tão perversa, Cristo passou ao largo dos mais capazes, dos mais ricos e dos que menos precisavam de cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos do tanque de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Ninguém sabe seu nome, mas, com certeza era um pobre; sua família, ocupada com a sobrevivência, se esquecera dele fazia algumas décadas.

Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “Você quer ser curado”? Ele respondeu dentro da lógica que aprendera: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. De um só fôlego, Jesus ordenou: “Levante-se, pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem pegou a maca e começou a andar.

A passagem de Jesus pelo tanque de Betesda aconteceu num sábado, o dia sagrado dos judeus, porque ele tinha um propósito: mostrar que a religião se preocupa, prioritariamente, com a sua estabilidade. Os religiosos sobrevivem da ilusão e não têm escrúpulos de gerar falsas expectativas em pessoas fragilizadas.

Quando aquele senhor abandonou o tanque de Betesda com a sua maca nas costas, Jesus deixou uma mensagem para a cidade de Jerusalém: "Os milagresque procedem de Deus não premiam quem souber se mostrar hábil, santo ou rico – Deus não faz acepção de pessoas, nem busca transformar os espaços religiosos numa corrida desenfreada pela bênção onde só os mais fortes sobrevivem".

tanque de Betesda é metáfora que lembra a humanidade que Deus olha graciosamente para os desfavorecidos, para os que não têm a menor possibilidade de se safarem dos torniquetes perversos da injustiça, para os mais indefesos – órfãos e viúvas, por exemplo.

Cristianismo deve, portanto, assumir o compromisso de continuar visitando os campos de exilados (Darfur), as clínicas de Aids (África do Sul), as periferias miseráveis das grandes cidades (Brasil) para anunciar a mais alvissareira de todas as notícias: Deus não se esqueceu dos pobres.

Descoberta arqueológica

A Jerusalém do século I a.C. reunia vários elementos das culturas anteriores, como babilônicos, persas e helênicos, que as tinha conquistado. O helenismo profundamente difundido pela alta sociedade encontrava forças nas suas bases culturais principalmente quando estava relacionado à cura de doenças, estas eram entendidas pelos povos semíticos como provenientes de demônios crença essa difundida desde períodos remotos.

O culto desenvolvido no Tanque de Betesda possuiu uma referência no texto bíblico atribuído a João em um período posterior a destruição de Jerusalém mais precisamente na década de 90 d.C. fato esse discutido por historiadores atuais que buscam a comprovação de um Jesus Histórico e que utilizam de textos joaninos para buscar tal referência. Segundo o professor doutor André Chevitarese:

“a passagem de João 5:1-9 diz respeito a um individuo com problemas de saúde, de movimentoque está há anos com esse problema, tentando entrar na piscina de Betesda. Jesus se aproximar dele e o cura, sem que ele precise entrar nessa piscina. Isso é a leitura (teológica) do texto.

Mas, essa piscina, descoberta quando da ampliação de uma casa no contexto de Jerusalém no final do século XIX, foi escavada em meados do século XX.

Para surpresa dos arqueólogos, alguns dados vieram à tona: o primeiro deles éque essa piscina faz parte de um complexo ligado ao santuário de Serápis (Asclépio) que era o deus associado à cura.

Ela tem muito pouco (pelo menos o que foi escavado) haver com o ambiente estritamente judaico. Talvez, por isso, Jesus não mandou o homem mergulhar na piscina; ele o curou ali mesmo na borda.

Este era um santuário do deus da cura, Asclépio, e parece ter muito mais relação com as guarnições multiétnicas romanas estacionadas em Jerusalém, o que não quer dizer que ele também não possa ter atendido a judeus helenizados”.

O helenismo provocou uma intensa troca cultural, que veio a provocar grandes modificações na estrutura religiosa do povo judeu, entre esses elementos podemos assim observar a presença de cultos de deuses estrangeiros, enraizados no imaginário do povo que, como exemplo pode observar o aglomerado de pessoas que utilizavam o Tanque de Betesda fato esse comprovado pelos achados arqueológicos, o sitio arqueológico encontrado possuía mais de 5.000 m2 a importância das construções indica que se tratava de lugar público.

O local foi encontrado durante as reparações e escavações da Basílica Santa Ana em 1888 pelo professor arqueólogo, Dr. Conrad Shick, localizado atualmente no bairro Mulçumano em Jerusalém, no século I, segundo o historiador Flávio Josefo esse bairro era chamado de Betesda o Tanque ficava próximo da Porta das Ovelhas e da Fortaleza Antônia englobado pela terceira muralha construída inicialmente pelas ordens do rei Agripa I (41-44 d.C.), muralha essa que teve sua construção embargada pelo Imperador Claudio no ano de 44 d.C. e finalmente completada no ano de 66 d.C. pelos judeus revoltosos.

Tanque de Betesda tornou-se Centro Cultural Jerusalém

Foram encontradas no local colunatas do estilo romano e uma pintura de umanjo agitando as águas que segundo os especialistas responsáveis pelo achado comprovam que essa pintura é do período dos imperadores romanos cristãos, fato esse comprovado pelos profissionais químicos atuais, responsáveis por estudos mais profundos utilizando a técnica do carbono 14.

Os romanos reutilizaram a estrutura e a aumentaram consideravelmente. Acrescentaram cisternas, bancos nas salas cobertas e, possivelmente, um altar para sacrifícios. O lugar era claramente um santuário onde se tomavam banhos de cura, sob a proteção de Serápis, como mostra as peças arqueológicas descobertas.

Afrescos murais representando a cura; ex-voto comemorando as duas funções de Serápis (curas e salvamentos no mar); moedas reproduzindo a efígie de Serápis e da deusa Hígia, filha de Esculápio; uma representação mostrando Serápis como serpente com a cabeça de homem barbado.

O Tanque de Betesda ficava localizado próximo a uma fonte que segundo registros, já tinha a função de abastecimento desde o período de Salomão como os mapas utilizados pela autora Karen Armstrong. A primeira menção de ocupação da atual área de Jerusalém, remonta do século X a.C. pelo povo Jebuseu nesse período não tinha referências de águas subterrâneas a parte ocupada pelos Jebuseu se resumia a um elevado bem protegido e com a fonte de Gion.

Qual o verdadeiro sentido do tanque de Betesda?

Contudo, constatamos que, o tanque nada mais era que uma espécie de “Aparecida do Norte” de sua época. Judeus que acreditavam em algo obviamente inexistente.

Um homem amparado pelo Senhor da misericórdia (6-9). Desanimado por não ter ajuda; mas, que em Jesus encontrou forças;

- Diariamente, as pessoas que tinham enfermos em casa, os traziam e os depositavam ali como se fosse lixo. Alguns até ficavam de acompanhante, outros mais abastados pagavam escravos para que servissem seu parente doente. Jesus, o Senhor da cura, estava na “Casa da Misericórdia”, mas não foi percebido, pois preocupados consigo mesmos, estavam à espera do movimento das águas.

- Neste ambiente competitivo havia muita discussão e brigas. Os mais fortes eram privilegiados. Este homem, sem ter ninguém que o ajudasse era sempre o último. Estava sempre em último lugar.

Então Cristo lhe perguntou “Queres ser curado”? A pergunta de Jesus poderia parecer obvia, mas não era. Pois, o perigo da dor prolongada é desistir da cura e ir levando do jeito que dá.

- Por ter esperado tanto tempo sem que ninguém o ajudasse entrar na água, bemque poderia ter perdido a esperança na cura.

Foi assim que Jesus o encontrou. Desamparado, apático, desanimado e decepcionado com o mundo.

Talvez a esperança pudesse ter dado lugar à mágoa e a falta de recurso o levasse a por a culpa nos outros. Mas Jesus, que sempre foi amigo e sempre ajudou aqueleque carece de ajuda, foi seu amigo. Jesus foi a sua força. Com Jesus ele se levantou. “Jesus lhe disse: Levanta te, toma o teu leito e anda.

Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar”.
Jesus o curou sem pedir nada em troca, apenas por sua Graça e misericórdia.

No terceiro momento vemos:

3. Um homem abençoado após receber a misericórdia (10-18)
Que passou a incomodar o mal; mas, que em Jesus encontrou direção.

- Jesus sempre disse que veio para aliviar a dor e a tristeza do necessitado. Para ele, até outras tarefas poderiam ser deixadas de lado (como no caso de Marta e Maria), mas a de compadecer-se do próximo não se poderia deixar.

Por isso ele ajudou sem se importar se era sábado. Quanto ao homem, quando estava doente ninguém se importava com ele, mas depois de passaram a persegui-lo.

Qualquer veria aquela ocasião para a alegria e o agradecimento. Mas, sempre tem “os do contra”. Aqueles que o olhavam o brilho de Jesus com inveja. Para estes, um homem andando com uma cama nas costas era um prato cheio para as criticas.

Os religiosos judeus chegaram a conclusão que quem levasse uma agulha ou alfinete em sua roupa era pecador. Por isso, o homem foi advertido pelos judeus por estar carregando o leito no sábado.

Porém o homem rejeitou a advertência ao responder: ”Quem me curou disse: Toma o teu leito e anda”. Era como se dissesse: “se ao cumprir a ordem recuperei a saúde, como pode essa ordem ser errada”?

- O mal passou a persegui-lo, mas em Jesus ele obteve a direção. Mais tarde, quando Jesus encontrou o homem no templo lhe disse: “Já que está curado não peque mais para que não lhe aconteça algo pior”.

Este conselho de Jesus tem sentido, pois havia no intimo do coração Judaico uma premissa: “toda enfermidade do homem vem pelo pecado do homem, se, o homem foi curado seria porque seu pecado foi perdoado”. Por outro lado sempre houve gente que usou o amor, o perdão e a graça de Deus como desculpa para pecar.

Sempre houve aqueles que pecavam confiando na abundância da graça (Rm 6.1-18). Por isso, este homem, agora curado, poderia argumentar: “bom já que eu encontrei alguém que me libertou do pecado e me curou, posso continuar pecando e conseguinte sendo curado”.

Então, além da cura Jesus também dá a direção. Porém, antes ele não sabia queo havia curado, agora ao saber teve que relatar para as autoridades.

Então os religiosos foram a procura de Jesus para ouvirem dele a defesa. A defesa de Jesus foi surpreendente.

“Meu Pai não deixa de trabalhar no dia de sábado”. Certo autor comentou: “Durante o sábado o sol brilha; os rios correm; as pessoas nascem e morrem como durante qualquer outro dia; tudo é a obra de Deus”.

Jesus disse: “Se o Pai dá amor e misericórdia todos os dias; como não darei”.

Ao mesmo tempo em que um ato de misericórdia de Jesus é capaz de conquistar pessoas para a fé também faz com que os adversários se enfureçam.

O verdadeiro sentido desta mensagem é totalmente relacionado ao fato de Jesus estar passando por ali. Se Jesus não passasse por Betesda, a mesma nem mesma seria inclusa ao texto bíblico, mas de fato os autores notaram a importância desta mensagem, a qual poderia nos ajudar muito nos dias de hoje!

Enquanto o povo ficava de hora em hora esperando por um movimento nas águas, (os quais não relatam de fato ter tido êxito em curas) o próprio Deus andava entre eles. Enquanto seus olhos estavam fixados num tanque em busca de uma cura física, a própria Cura andava entre eles.

Isso demonstra o quanto o povo apegava-se nos valores físicos, procurando a necessidade de materializar algo para que pudessem acreditar na cura.

Jesus mostra que as velhas práticas somente têm valor histórico, Ele muda todas as coisas.

Jesus mostra-nos que os sacrifícios do Antigo testamento não são mais necessários. Não existe mais a necessidade de mergulhar sete vezes para receber a cura, é simples, puramente simples, apenas levante e ande!

Até hoje temos visto o povo que padece por esperar em algo que nunca lhe proporcionará realmente um milagre. Tantos como aquele aleijado assentados a beira de uma lenda, esperando com que ela se torne verdadeira.

O paganismo vem cegando vidas em torno de todo o mundo. Dentro da própria Igreja podemos enxergar tudo isso!

A intenção e fundamento deste texto não é fazer com que sua fé seja amornecida ou apagada, o verdadeiro sentido deste texto é levar a sua fé na direção correta.

Direcione sua fé naquele que anda em nosso meio até os dias de hoje, o verdadeiro Cristo que está vivo para sempre! Deixe de esperar que alguém te ajude á levantar quando Jesus já está estendendo suas mãos em seu favor á muito tempo! A verdadeira oportunidade não era daquele que se lançava nas águas após o movimento dela, a verdadeira oportunidade era daquele que lançava-se nos braços de Cristo o verdadeiro Salvador.

Você já teve esta oportunidade hoje? Então o que faz aí parado?

LEVANTE-SE E ANDE!

Jesus provou que o deus da cura não é Esculápio e sim Ele mesmo, o Senhor Jesus! Amém!
|  Autor: Jânio Santos de Oliveira  |  Divulgação: estudosgospel.com.br 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Como Jesus não sabia o dia da sua segunda vinda se Ele é Deus?

Você Pergunta: Tem um fato na Bíblia que sempre me trouxe certa confusão. Quando os discípulos perguntaram a Jesus a respeito do final dos tempos, no final de Sua resposta Jesus disse:“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.” (Mateus 24.36).Como Jesus sendo Deus não sabia o dia da sua segunda vinda?
Cara leitora, obrigado pela sua pergunta. Vai me permitir esclarecer esse interessante assunto que encontramos na Bíblia Sagrada. Em primeiro lugar precisamos destacar que você está correta quando diz que Jesus é Deus. Essa verdade está destacada em vários textos, dos quais cito João 1.1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”. Além disso, a Bíblia também afirma que Jesus sendo Deus sabe de todas as coisas (João 2.24-25) e tem todos os atributos de Deus.
Sendo assim, precisamos explicar por que Ele afirmou que não sabia o dia da Sua segunda vinda, sendo que Ele é Deus e Deus é onisciente. Vamos aos fatos:
como-jesus-sendo-deus-nao-sabia-a-data-da-sua-segunda-vinda
(1) A chave da compreensão desse texto é separarmos o entendimento de quem é o Jesus Deus e o Jesus ser humano. Jesus era sim Deus e como Deus tinha todas as prerrogativas de Deus. Porém, a Bíblia diz que ele esvaziou-se tomando a forma humana: “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Filipenses 2. 7).Sendo assim, Jesus estava sujeito a várias limitações humanas, já que era homem naquele momento em que foi questionado pelos Seus discípulos.

(2) Observe, por exemplo, que a Bíblia afirma que Jesus crescia em sabedoria: “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” (Lucas 2. 40). Ora, se Jesus era Deus como ele poderia crescer em sabedoria, sendo que Deus é onisciente? Fica evidente que o texto está mostrando aos leitores o lado humano de Jesus, que passou pelas fases naturais da vida humana (precisou aprender a mamar, a engolir, a andar, a ler, a ser sábio, etc.). Por isso afirma-se que Jesus era 100% homem, além de ser também 100% Deus.
(3) Sendo assim, quando Jesus afirma que não sabia o dia e a hora de sua segunda vinda está afirmando isso apoiado em Sua humanidade, que tinha limitações diversas. Como humano Jesus não sabia o dia da Sua segunda vinda. Esse fato não compromete em nada o poder de Jesus, já que sua humanidade teve um tempo limitado e já que Ele cumpriu Sua missão e assumiu sua posição como Rei dos reis e Senhor dos senhores (1 Timóteo 6.15; Apocalipse 17.14), que sabe de todas as coisas. Essa “limitação” momentânea de Jesus está no mesmo grupo das outras limitações humanas que Ele trazia sobre Si como, por exemplo, sentia fome, sede, chorava, etc.
(4) Dessa forma concluímos que não há contradição alguma no fato de Jesus ser Deus e não saber (naquele momento) a data de Sua segunda vinda. Como humano, Ele preferiu não saber certas questões, já que poderia ter perguntado ao Pai e Ele revelaria a Ele, com certeza. Mas como Jesus andava nos caminhos de Deus e debaixo da orientação do Pai, foi humilde em reconhecer que naquele momento essa informação pertencia somente ao Pai.

sábado, 18 de abril de 2015

Hordas de Demônios no Mundo ?


É uma realidade que nos tempos em que vivemos, o mundo parece de cabeça para baixo, em um movimento diário de energia caótica. O mal está presente em todo o mundo e está crescendo. Todos os dias cruéis atrocidades ocorrem, os horrores e males do mundo estão invadindo todos os seres vivos do planeta. É uma realidade que a sociedade está se desintegrando rapidamente, moralidade quase desapareceu, e os ideais nobres e altruístas estão desaparecendo em um mundo que parece mais interessado em violência normalização e aceitar o mal como algo já comum em uma sociedade triste escura, e às vezes até mesmo sinistra.

Vemos isso nos acontecimentos atuais do mundo, grandes meios de comunicação falam assassinatos diários, mortes, violência extrema, protestos e tumultos. Para isto é preciso acrescentar as mortes de animais em massa , acidentes, inundações, tempestades violentas, e terremotos. Os governos perderam o controle de sua população, as economias mundiais estão à beira do colapso, a paz e a segurança das nações estão em perigo. E não podemos esquecer o Estado Islâmico. Mais e mais pessoas que afirmam que os grupos terroristas são realmente entidades demoníacas que não têm nada a ver com os seres humanos, com a única intenção de provocar o medo e caos em nossa realidade.

E para muitos crentes, estas entidades demoníacas não são apenas histórias encontradas nas páginas da Escritura. Eles são desumanas, entidades reais que querem destruir vidas, eles querem criar miséria e transformar nosso planeta em um lugar inimaginável. Estamos a assistir a uma " guerra espiritual " , ou uma batalha entre as forças do bem e do mal.

Demônios em religiões 

Cerca de dois terços da população mundial acreditam em anjos e demônios desempenham um papel ativo na vida dos seres humanos e que são reais. Em algumas tradições religiosas, acredita-se que os demônios podem atacar fisicamente o corpo a mente . Alguns hindus acreditam que asuras demonícas pode, eventualmente, controlar o espírito de uma pessoa, tornando-se um "Raksha (demônio ou diabo)" e sucumbir às qualidades de ira, ganância e inveja. Enquanto isso, os muçulmanos acreditam que o gênio pode vir e viver dentro do corpo humano antes de tomá-lo completamente.

A tradição católica é muito específico sobre como os demônios atacam o corpo. Demons geralmente atacam as pessoas que se encontrem em condições vulneráveis ​​. As entidades demoníacas costumam escolher as pessoas que têm problemas em seus relacionamentos ou não têm relações estáveis, bem como aqueles que estão envolvidos com o ocultismo, indicando um interesse em um relacionamento com o diabo. Existem diferentes fases da possessão demoníaca : opressão, obsessão, possessão, e integração. A última etapa ocorre quando a pessoa decide aceitar o relacionamento demoníaca.

Vítimas de entidades demoníacas 

Após esta breve introdução a entidades demoníacas em algumas religiões, mais e mais pessoas são vítimas deste tipo de seres.

Quando falamos sobre casos que envolvam entidades demoníacas que significa que muitas pessoas não estão cientes exatamente destas reuniões, como eles se relacionam com a atividade demoníaca como uma experiência inesquecível. Mas a realidade é que estamos a ser "atacado" por demônios .

Como inúmeras vezes discutidos, demônios são seres espirituais que têm efeitos nocivos sobre a vida das pessoas. É entidades das trevas desumanas que nunca encarnados em uma forma física.

As energias demoníacas trabalham diretamente por seres humanos com dor e sofrimento. Mas até agora essas entidades podiam acessar só a pessoa por convite, tais como sessões espíritas . Mas isso mudou, pois os bancos têm acesso gratuito à nossa realidade, devido ao grande número de eventos que o nosso mundo tem sofrido nos últimos anos.

Agora entidades demoníacas tem mostrando sinais preocupantes de inteligência superior . Alguns sinais de infestação incluem a nova sombra demoníaca como figuras que se movem sem explicação, sons estranhos, ou a aparência de líquidos misteriosos escorrem pelo chão ou nas paredes. Quando uma pessoa está sob opressão demoníaca começa a afetá-lo psicologicamente, fisicamente e emocionalmente. O objetivo é fazer com que a pessoa desista da vontade de viver para condenar sua alma. E, finalmente, a posse completa. A entidade demoníaca tem controle sobre os pensamentos individuais, emoções e comportamento.

Cidades infestadas de demônios? 

Além das experiências incomuns de muitas pessoas, há também outras evidências de que hordas de demônios estão atacando cidades inteiras. Recentemente, 1.000 crianças em idade escolar Gryfice cidade no noroeste da Polônia, foram a um acampamento de três dias para "renovação espiritual através da oração" . Mas quando chegaram lá, eles descobriram que padre Tomas Wieczorek, 37 anos, que estava prestes a fazer um exorcismo em massa.

Quando Wieczorek começou exorcismo, algumas crianças se contorceram no chão, enquanto outros começaram a chorar, ou que sofriam de ataques misteriosos de riso. Um dos alunos que testemunhou o exorcismo disse que era realmente assustador , como se fosse um asilo mental.
Além deste evento, vários trabalhadores de uma fábrica têxtil na Suazilândia, África, começaram a gritar histericamente e se contorcem no chão. Mas as coisas pioraram quando três trabalhadores disseram que viram sombras misteriosas no prédio . Os incidentes foram atribuídos aos ataques demoníacos, solicitando a visita de um pastor local.
Todos estes acontecimentos enigmáticos parecem indicar que algo que escapa à nossa compreensão parece estar atacando a nossa realidade. Os especialistas estão convencidos de que não há como voltar atrás, e hordas de demônios já estão em nosso planeta para estabelecer o caos e destruição da raça humana.

domingo, 5 de abril de 2015

O pecado do adultério segundo John Wenham, e do divórcio segundo eu



Por Jorge Fernandes Isah

Li, nesta manhã, uma postagem no Facebook, atribuída a John Wenham¹, a qual copiei e colei abaixo. Após, uma pequena reflexão a partir do que o teólogo e pastor Wenham escreveu:

"Hoje em dia, consideramos o adultério como tão natural que deixamos de perceber quão distorcidos se tornaram os nossos valores. Quando um homem rouba um bem valioso de uma outra pessoa, a lei o trata com severidade. Mas quando um homem seduz e rouba a esposa de um outro homem e rouba dos filhos a mãe, provavelmente escapará de qualquer punição. Entretanto, em termos do mal provocado e da destruição da felicidade humana, o primeiro crime é insignificante em comparação com o segundo." - John Wenham

E, nessa linha de pensamento, incluo também o divórcio, pois praticamente ninguém se divorcia para ficar solteiro ou sozinha. Todos, em princípio, já têm um ou uma pretendente nova, se é que já não fez a ele ou ela um "juramento" de romper o seu casamento para viverem finalmente juntos e para sempre (a mesma promessa feita e não cumprida ao primeiro(a) cônjuge. 

O divórcio rouba dos filhos o pai e/ou a mãe, e, em muitos casos, até mesmo os dois; e dos maridos e esposas parte de si mesmo, como afirmou o Senhor Jesus: 

"Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe" [Mc 19.4-6].

O problema é que muitos alegam não terem feito uma boa escolha, mas, quem garante que não o farão novamente? Se os critérios de escolha fossem a observância da palavra de Deus, em oração e prudência, e não meramente a carnalidade (podendo ser simplesmente o impulso carnal), muita coisa seria diferente; inclusive, o poder para suportarem-se mutuamente nas várias dificuldades que haveriam de surgir.

De outra maneira, há crentes que se aventuram a um risco desnecessário, como se dispusessem a participar de uma "roleta-russa", ao casarem-se com incrédulos apostando na possibilidade de Deus vir a convertê-los um dia [leia 1 Co 7.16]. Conheço o testemunho de muitos irmãos e irmãs que escolheram esse caminho errado e pagaram um preço alto, as vezes resultando no divórcio e em um lar desfeito, em filhos que rejeitam o Evangelho exatamente pelo mau testemunho dos pais divorciados, entre outros tantos problemas². Eventualmente, Deus pode derramar a sua graça sobre o cônjuge incrédulo, convertendo-o, e pode valer a pena dizem, mas deixará para trás, quase sempre, um rastro de destruição e de incredulidade pelo caminho. Porém, não vale o perigo de ser a causa para o endurecimento ainda maior do coração incrédulo; e nada disso aconteceria se o cristão não se rebelasse contra Deus, não se dispusesse a ser independente ou autônomo, esperando que o Senhor "abençoasse" uma união biblicamente reprovável.

O adultério é apenas mais um pecado cometido pelo afastamento da vontade divina, a rebeldia que muitos dizem não ter mas têm-na dissimuladamente, uma forma de se omitir da responsabilidade, a principal causa e origem das outras péssimas escolhas que fazemos.

Infelizmente, o padrão vigente em boa parte da igreja e em boa parte dos cristãos atualmente reflete a sua adequação ao "estilo secular e mundano de vida", e o desprezo a Deus e sua vontade expressamente revelada, a qual finge-se não ler, saber ou existir.

Notas: 
1- Não duvido da autoria do texto, de que seja realmente de John Wenham, por conhecer e confiar em quem o citou, o Eric N. de Souza, autor do blog "Outdoor Teológico", apenas não a confirmei.
2 - Tratei da questão do casamento misto na postagem "Pode o Cristão se casar com uma incrédula?"
3- É claro que, como calvinista, acredito que tudo, inclusive a rebeldia do homem, está dentro do decreto eterno de Deus, mas isso, de maneira alguma, eximi-nos da responsabilidade pelos nossos atos, logo, a desculpa de que Deus quis assim é apenas "furada", e coloca o seu proponente em mais uma categoria, a dos "infantes na fé", senão, dos cínicos.

Fonte: kálamos