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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Deus manda, o Diabo obedece


Por Maurício Zágari

O início do livro de Jó nos mostra uma situação muito estranha. Em um primeiro olhar, temos a sensação de que o Senhor está engajado numa barganha com Satanás acerca da vida do “homem íntegro e justo; [que] temia a Deus e evitava fazer o mal” (Jó 1.1). Parece uma espécie de aposta, de desafio. Que esquisito. Como podemos entender isso? O que o relato desse diálogo entre o Senhor e o Diabo nos ensina? Se conseguirmos enxergar além, vamos perceber que Deus na verdade não barganhou em momento algum com Satanás, mas só deu papo para o inimigo e permitiu que ele afligisse Jó por uma razão bem específica, que veremos no último parágrafo deste texto.

É um enorme equívoco achar que Deus e Satanás estão numa batalha em pé de igualdade. Entenda: a única relação dos demônios com o Criador é no sentido de obedecer e implorar ao Senhor. Do mesmo modo que eu e você, como criaturas, dependemos da permissão do Pai para tudo, todo e qualquer ser espiritual tem de seguir o mesmo protocolo. Sim, Satanás é obrigado, em tudo, a dizer ao Todo-poderoso: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”. Ele não tem escolha. Então o que esse trecho de Jó mostra não é um Deus que barganha com o Diabo, mas um Diabo que está submisso em tudo a Deus e tem necessariamente de obedecer-lhe – embora de muita má vontade, é verdade. Mas se o Senhor manda, o Diabo só pode dizer “amém” – as forças espirituais da maldade jamais moverão uma palha sequer se o Todo-poderoso não permitir.

Para tomar qualquer iniciativa, Satanás precisa que Deus conceda-lhe o direito. Veja que em Jó 1.12 o Senhor diz a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele”. Deus usa o verbo no imperativo, isto é, trata-se de uma ordem, algo que vem de cima para baixo: “Não toque”. Em nenhum momento há uma barganha: há uma concessão. E que vem não para satisfazer Satanás, mas para cumprir os propósitos divinos. Logo, do mesmo modo que Deus endureceu o faraó no Êxodo, usou Nabucodonosor, Ciro, Dario e outros incrédulos para realizar a sua soberana vontade, também só permite ao Diabo fazer suas diabruras se elas, no grande esquema das coisas, atenderem ao que o Senhor deseja. Nesse sentido, o Inimigo é como uma caneta que o Pai usa para escrever a História da eternidade. E canetas não têm autonomia, poder ou autoridade: são instrumentos usados para atender os desejos de quem os maneja.

As palavras de Cristo em Mt 4.10 (a tentação de Jesus no deserto) são absolutamente reveladoras: “Jesus lhe disse: Retire-se, Satanás!”. Perceba o que está acontecendo aqui. Jesus simplesmente dá uma ordem. E o que o Diabo faz quando Cristo diz “retire-se” é: “Então o Diabo o deixou”. Não há luta, não há barulho, não há disputa. Jesus diz e o Diabo simplesmente e subordinadamente obedece. A história se repete em Marcos 5, no episódio do endemoninhado gadareno. Quando aquela legião de demônios se vê diante do Rei dos Reis o que ela faz? “E implorava a Jesus, com insistência, que não os mandasse sair daquela região. Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. Os demônios imploraram a Jesus: ‘Manda-nos para os porcos, para que entremos neles’” (Mc 5.10-12). Os demônios imploraram. Segundo o dicionário, isso significa que eles suplicaram, pediram encarecidamente e humildemente.

O livro de Jó nos antecipa o que veríamos séculos depois se cumprir em Cristo: a supremacia de Deus sobre o Diabo. Jesus lida com Satanás e os demônios sempre como um leão trataria um rato ou uma águia trataria uma serpente. Mateus 8.16 diz a respeito de Cristo: “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra”. Repare, uma única palavra! Jesus não se rebaixava a ficar conversando com demônios se não houvesse propósito para isso. Com uma única palavra os mandava embora.

A Bíblia é sobre Cristo. O evangelho é sobre Cristo. Nossa vida é sobre Cristo. Se você reparar que está gastando muito do seu tempo lendo sobre demônios, falando sobre eles e se preocupando com eles é sinal de que suas prioridades na vida de fé precisam ser reavaliadas. Cristianismo é sobre viver com Cristo e amar o próximo e não sobre ficar gastando horas e horas com demônios. Ao final do livro de Jó, vemos o resultado de tudo o que o Diabo lhe causou: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram” (Jó 42.5), disse o patriarca ao Senhor. Não, não houve barganha entre Deus e Satanás. Houve, isso sim, a mão do Pai em ação para fazer seu filho amado crescer em intimidade consigo: o sofrimento de Jó fez com que ele deixasse de ser apenas um homem que cumpria a lei de um Legislador para se tornar um filho que tinha intimidade com um Pai.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O Ipê Amarelo - Da energia se fez a vida



"Um Ipê Amarelo foi cortado e seu tronco foi transformado em um poste. Após o poste ser fincado na rua, foram instalados os fios da rede elétrica. Eis que a árvore se rebela contra a maldade humana e opta por viver. Mas a reação foi pacífica, bela e cheia de amor. Rebrotou e encheu-se de flores e as ofereceu aos olhos de humanos mais sensíveis. Assim é a natureza... Vencedora!"

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Graça e Conhecimento



Por Yago Martins
“Crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.” (II Pedro 3.18)

A bíblia manda que cresçamos em graça e em conhecimento (II Pe 3.18). Isso é mais que óbvio, já que até Jesus crescia nestes dois aspectos da vida cristã (Lc 2.52) e manifestou seu ministério com esses dois atributos bem visíveis (Jo 1.14). Sabendo disto, não quero falar sobre os benefícios de obedecer este mandamento, que são muitos. O que eu desejo falar neste artigo é sobre a medida de empenho que empregamos em cada um desses dois aspectos da vida cristã. Quero falar sobre a medida da Graça e a medida do Conhecimento que buscamos adquirir.

O que é muito prejudicial nos dias de hoje é que as pessoas não buscam crescer nestes dois atributos de uma maneira saudável e bem medida. O que mais acontece hoje é que as pessoas ou buscam exclusivamente a graça ou buscam exclusivamente o conhecimento. Poucos são os que buscam de um modo sóbrio desenvolver a graça e o conhecimento equivalentemente, sem focalizar excessivamente um ou o outro.

A Graça e o Conhecimento devem crescer sempre juntos. O desenvolvimento de um desses em detrimento do outro pode ser desastroso. Se, por algum motivo, um bom cristão passa a ignorar a graça de Deus (mesmo sem perceber) e começa a mergulhar em um estudo apenas intelectual das escrituras, por um tempo ele será edificado, mas com o passar dos dias, ele pensará que está crescendo em conhecimento, mas, na verdade, ele está apenas vivificando seu raciocínio carnal para interpretar a Palavra e Deus. Com isso, ele acabará se tornando um escravo da erudição. Na melhor das hipóteses, ele será servo de uma ortodoxia morta.

No outro lado, quando ele se entrega às manifestações da graça de Deus e ignora o estudo teológico das escrituras, por um tempo curto ele estará atuando de acordo com o poder de Deus, mas, rapidamente, perderá o guiar do Espírito Santo manifesto através da Palavra de Deus. Achando que está crescendo na Graça, estará crescendo na sua própria emoção e em manifestações anti-bíblicas.

Temos que analisar nossas vidas e ver se estamos realmente de acordo com a Palavra de Deus. Precisamos nos examinar para saber se estamos crescendo de um modo saudável na Graça e no Conhecimento do nosso Senhor Jesus. "Examine-se, pois, o homem a si mesmo." (I Co 11:28).

Em relação ao conhecimento, o tempo que passamos orando antes de estudar as Escrituras nos mostra se a nossa confiança está em Deus ou na carne. Se oramos pouco para que Deus nos ilumine, isso mostra que confiamos no nosso próprio raciocínio e erudição para interpretar as escrituras, e com certeza nos tornaremos escravos de nossa própria mente carnal. Quando oramos profundamente a Deus suplicando que Ele nos dê o conhecimento e a interpretação correta de cada verso, isso mostra que confiamos em Deus para nos dar o conhecimento correto da sã doutrina. Isso é que representa um estudo teológico saudável. Como dizia Lutero: “Orar bem é a melhor parte dos estudos.[1]”

Outro ponto que mostra se somos escravizados pela teologia vã é quando nos tornamos como os doutores da Lei, os quais Cristo combateu vorazmente. Estudando, mas não praticando. Pregando, mas não vivendo. Atando fardos, mas sem levantá-los (Lc 11.45-52). Iguais àqueles que gritam “Senhor! Senhor!”, mas que praticam a iniquidade (Mt 7.21-23). Achando que conhece a Deus, mas vivendo uma mentira (I Jo 2.4). Esse ponto é muito importante e devemos ressaltá-lo bem.

Após nos lembrar que o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude (Mt 23:3; I Co 4:20), John Bunyan, em O Peregrino[2], nos expõe a vida de um falso mestre chamado Loquaz:
“[Ele] Fala da oração, do arrependimento, da fé, do novo nascimento, mas nada disso sente; não faz mais do que falar. [...] Não há ali [em sua casa] oração nem sinal algum de arrependimento do pecado. [...] [Ele] é a própria nódoa, opróbrio e vergonha da religião, para todos os que o conhecem (Romanos 2:23-24).”
Não é essa a vida de muitos que dizem seguir a Cristo? Não é assim que se comportam muitos dos que até são chamados pastores? Como somos enganados quando achamos que Por conhecer as doutrinas bíblicas nós seremos redimidos no dia do Julgamento de Cristo. Bunyan continua:
“[...] Assim como o corpo sem a alma não é mais do que um cadáver, a alma da religião é a parte prática. “A religião, pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai, consiste nisto: em visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e em se conservar cada um a si isento da corrupção desse século.” (Tiago 1:27). Loquaz não o entende assim; julga que o ouvir e o falar é que fazem o bom cristão; e assim traz enganada a sua própria alma. O ouvir não é mais do que semear a palavra, e o falar não é bastante para demonstrar que há fruto, realmente, no coração e na vida. E devemos estar bem seguros de que, no dia do juízo, serão todos julgados segundo os frutos que houverem produzido (Mateus 25:31-46). Não se lhes perguntará: Creste? Mas sim: Praticaste? E nesta conformidade será o julgamento. Por isso é o fim do mundo comparado à sega da seara (Mateus 13:18-23), E tu sabes perfeitamente que o segador não considera senão os frutos.”
É exatamente isso que deve tomar conta da nossa vivencia Cristã. Não apenas conhecer a sã doutrina, mas vivê-la! Que possamos ser como um animal limpo, como foi apresentado por Deus a Moisés (Lv 11; Dt 14) e é representado ainda por Bunyan:
“[...] [O animal limpo] é naquele que tem as unhas fendidas e que remói; uma só destas qualidades não basta para a classificação. A lebre remói mas é imunda, porque não tem unhas fendidas. Assim acontece com o Loquaz: remói, busca conhecimentos, rumina a palavra, mas não tem as unhas fendidas; não se aparta do caminho dos pecadores; mas, à semelhança da lebre, tem patas de cão ou de urso, portanto, imundo.
Já em relação à Graça de Deus, a nossa preocupação em analisar biblicamente cada experiência que temos com Deus nos mostra se somos escravos da emoção ou não. Quando conferimos cada manifestação, revelação ou profecia à luz da palavra, isso mostra que buscamos estar pautados pela palavra de Deus. Já quando vivemos experiências ou recebemos uma palavra revelada de Deus e não as colocamos sob a luz da Escritura, isso mostra que experiências são mais importantes que a sã doutrina, tal coisa nos fará escravos de momentos.

Quando isso acontece, nos casos mais graves, algumas pessoas passam a colocar a palavra num nível inferior ao das profecias e revelações. No lugar de analisar as experiências diante da bíblia, tentam interpretar a Palavra de Deus sujeitando-a às revelações. Isso foi o que deu início a muitas das seitas que existem hoje. Toda profecia, não importa de quem venha, quando não está de acordo com a Santa Palavra de Deus, é anátema (Gl 1.8).

Um fator que nos mostra se estamos crescendo igualmente na graça e no conhecimento de Deus é observado na nossa disciplina em relação à pregação. Pessoas que buscam unicamente o conhecimento são aquelas que estudam a palavra buscando, prioritariamente, algo para ministrar. Quem assim age é como um homem usando um balde para retirar de um rio a água da vida e, com esse balde cheio, joga dessa água nas pessoas. Esse homem mal pode perceber que, fazendo isto, ele está seco dessa água. E algum casos, achando que está indo no rio da água da vida, o homem pode estar tirando lama de um rio imundo e jogando nas pessoas sem se dar conta, pois não provou antes da água que dava.

Já quem busca a graça muito além do conhecimento age no extremo oposto. Quando tal homem vai ministrar a Palavra de Deus, pouco há de preocupação em relação à exposição bíblica em detrimento de uma ênfase doentia nos dons. Tal homem é alguém que sequer chega próximo do rio que possui águas vivas e espera que Deus faça fluir rios do seu interior.

Quando crescemos na graça e no conhecimento, buscamos tanto estudar profundamente as escrituras quanto orar e confiar em Deus. É quando agimos de um modo onde a plenitude de Deus pode estar operante em nós que mostramos se estamos ou não extremando um desses atributos e esquecendo o outro. É quando usamos nossa mente para entender a Palavra e oramos para que Deus opere nos corações. Como expôs Jonathan Edwards[3]:
Os Hipócritas [...] são como Efraim na antiguidade, de quem Deus reclamou muito e disse: ‘Efraim é um bolo que não foi virado.’ (Os 7.8). Ou, como diríamos, meio cru.”
É exatamente isso que devemos evitar. Não podemos ser ‘queimados’ demais de um lado e ‘crus’ do outro. Devemos sempre buscar crescer mais e mais em cada uma dessas duas atuações cristãs. Não nego que sempre haverá irmãos com um ministério mais enfático em um ponto ou outro, mas isso não deve ser em níveis desproporcionais. Nunca alguém por ter um ministério que enfatiza a Graça e o Poder de Deus pode andar longe da Palavra. Nem alguém que é usado por Deus como Mestre nas escrituras pode viver sem ter uma real intimidade com a manifestação do Espírito Santo. Embora cada um expresse Cristo de uma forma que os outros não podem, contribuindo para o equilíbrio da expressão coletiva de Cristo, a expressão individual deve ser equilibrada também.

Cresçamos tanto na Graça quando no Conhecimento. Que nunca estejamos parados ou inertes, mas sempre buscando orar a Deus para que Ele possa multiplicar suas virtudes em nós. Como grita Vinicius M. Pimentel[4]:
"Tristes dias, o tempo em que os reformados precisam de renovo e os renovados precisam de reforma e eu, de ambos!”
Oro para que Deus possa tocar nos nossos corações para que cresçamos tanto na Graça quando no Conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo.

“Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor” (II Pe 1.2)

domingo, 7 de dezembro de 2014

O INCRÍVEL EQUÍVOCO “JESUS, A ROSA DE SAROM”

O GRANDE EQUÍVOCO ROSA DE SAROM ***
Jesus e a Rosa

* * *“Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade”. (Joseph Goebbels)
* * *





O caso que trago à tona, de forma bem explícita e imparcial, fará com que muitos evangélicos e cristãos mudem seus conceitos com relação aos nomes (cognomes) atribuídos a Jesus Cristo, idéia essa tirada dos livros da Bíblia. No mais, sei que esse comentário causará grande constrangimento a muitos escritores, compositores, cantores, pastores e pregadores cristãos. Mas a verdade tem que ser dita, enquanto é dia. E eles devem se retratar o mais urgente possível. 
E não escapa quase nenhuma igreja cristã, porque até mesmo os católicos e adventistas caíram nesse equívoco. 
A Bíblia é um livro que só devia ser lido e interpretado pelas autoridades religiosas nas sinagogas e nas congregações. Ou então deveria ficar restrita a leitura e interpretação de alguns livros, tais com dos profetas, Cântico dos Cânticos, Apocalipse, etc, aos homens letrados. E essa era a regra nos tempos do Antigo Testamento. Porém, com a invenção da imprensa por João Gutemberg, no século XV, ficou mais fácil a impressão de livros, como a Bíblia, e houve maior acesso aos livros por parte dos religiosos, estudantes e intelectuais daquela época. No entanto, após a Reforma Protestante, cópias da Bíblia se espalharam com maior rapidez entre o povo cristão leigo, e assim, tiveram mais acesso à leitura dos Livros Sagrados. Com isso, passou a aumentar a proliferação de seitas heréticas, passou a surgir pensamentos e interpretações divergentes das incutidas pela Igreja Católica Romana. Não sei exatamente discernir até que ponto isso foi bom para os cristãos ou negativo para a propagação do Evangelho. Só sei que quanto mais livre ficou o acesso das pessoas à leitura da Bíblia, mais doutrinas falsas surgiram, e ainda estão surgindo. 
Já escrevi um comentário bem áspero sobre a não-inspiração divina do livro de Cântico dos Cânticos (ou Cantares) de Salomão. Mas o que vocês irão ler nas próximas linhas é SOBRE algo tão absurdo e lastimável justamente extraído do Livro de Cantares, algo que já perdura várias décadas ou até séculos. 
O grande equivoco histórico que exponho aqui é sobre o título “Rosa de Sarom” atribuído ao Senhor Jesus Cristo, idéia esta extraída do livro Cântico dos Cânticos de Salomão. Cantares 2:1-2. 
“Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha amada entre as filhas (de Jerusalém)”. 
A partir da leitura deste simples texto bíblico um incrível equívoco perdura até hoje. 
Se cometeram tamanho erro com a interpretação de uma simples passagem bíblica, que dirá das passagens que tratam de casos mais polêmicos!!! 
Simplesmente cristãos leigos, incultos e desatentos incutiram em suas mentes que o texto supracitado está se referindo a Jesus, ou que a frase foi proferida pelo “noivo”, dando a idéia de que o termo “Rosa de Sarom” se aplica a Jesus, de acordo com a interpretação corrente, incutida por pastores e pregadores, desde quando surgiu a versão da Bíblia na Língua Portuguesa, traduzida por João Ferreira de Almeida. 
O texto citado é da Bíblia versão revista e corrigida de João Ferreira de Almeida. Investiguei em algumas versões da Bíblia e pude constatar que nem mesmo no original hebraico existe a palavra “rosa” no texto de Cantares 2:1. Na verdade, o texto original refere-se a “flor de Sarom”. Se não me engano, apenas no Livro de Cantares, na versão traduzida por JFA, aparece o vocábulo “rosa”, mal-traduzido. 
Engraçado que os eruditos tradutores da Bíblia para Língua Portuguesa apenas concluíram o trabalho, mas não se deram ao luxo de fazer comentários sobre as questões gramaticais de interpretação de texto.  Observando breves comentários de outros eruditos em algumas versões da Bíblia sobre Cantares 2:1, pude constatar que eles corroboram a assertiva de que o termo “Rosa” ou “Flor” do verso refere-se à noiva, a Sulamita. Agora o que sobra é isso aí que se vê na Internet: uma imensidão de leigos especulando sobre coisas difíceis da Bíblia. 
Se a Bíblia não tivesse sido corrigida, isto é, colocado as frases em “linguagem formal”, haveria menos risco de se fazer interpretação literal errada. Na verdade, a linguagem original dos livros da Bíblia é bem popular (pra não dizer vulgar). Por exemplo, os livros dos profetas Jeremias e Isaías foram escritos em formato de versos poéticos, e os tradutores deveriam ter mantido o estilo. Só que isso não ocorreu, e os livros foram traduzidos como textos dissertativos e narrativos comuns, e mais tarde ainda sofreram correção para a linguagem formal. As Bíblias versões católicas são mais fiéis ao texto original. 
Se no Livro de Cantares tivesse os diálogos separados, não haveria risco de má interpretação. Algumas versões antigas da Bíblia trazem o texto com os diálogos separados. Vejam cap. 1:15-17 e 2:1-2. 
O noivo: 
15 Eis que és formosa, ó amada minha, eis que és formosa; os teus olhos são como pombas. 
A noiva: 
16 Eis que és formoso, ó amado meu, como amável és também; o nosso leito é viçoso.17 As traves da nossa casa são de cedro, e os caibros de cipreste. 
A noiva: 
1 Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. 
O noivo: 
2 Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha amada entre as filhas (donzelas). 
No final deste texto incluo o livro completo de Cântico dos Cânticos, versão da Bíblia Católica, em linguagem popular, com as devidas separações dos diálogos. 
Como se vê, a frase “Eu sou a Rosa de Sarom” é de autoria da noiva, a Sulamita, e não do noivo. 
Se realmente tivéssemos que cognominar Jesus com algum título baseado no livro de Cantares, na Bíblia versão de JFA, os nomes sugeridos seriam: Sequitel de Mirra, Ramalhete de Hena, Macieira, Gamo, Filho de Veado ou Filho da Gazela,  Amado e Amor. 
A Igreja, por sua vez, teria os seguintes cognomes: Morena Formosa, Égua, Rosa de Sarom, Lírio dos Vales, Pomba, Noiva e Tirza. 
Acredito que essa má interpretação deu-se por dois motivos básicos: 
1) Por motivo de os tradutores terem simplificado demasiadamente o texto do Livro de Cantares, e traduzido os vocábulos “flor de Saron” como “rosa de Saron”. Se os diálogos dos personagens tivessem sido destacados ou diferenciados, não havia margem para interpretação equivocada. 
2)  Em razão de ensinos ou conclusões teológicas deturpadas, que foram inseridas nos ensinos das igrejas, nos seminários e nas escolas dominicais. O ensino teológico deturpado incutiu na mente dos crentes que em cada um dos 66 livros da Bíblia Jesus recebe um nome, título ou designação. E que no Livro de Cantares ele é cognominado de Rosa de Saron. Outro ensino é de que muitas passagens difíceis dos livros de Salmos e dos profetas referem-se a Jesus ou à Igreja. O crente leigo tendo isso em mente passa a fazer interpretação equivocada de certas passagens bíblicas, sem ter o devido preparo teológico para tal. 
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Fiz algumas pesquisas sobre o caso e constatei a ingenuidade com que muitos cristãos e evangélicos falam sobre Jesus ser a Rosa de Sarom. Alguns exaltam até exageradamente, chegando a afirmar que Jesus é a rosa das rosas, a rosa mais perfumada, a rosa que não murcha, que não tem preço, que além de ser rosa, Ele é o lírio dos vales… Absurdo, não?! 
Camiseta Jesus, Rosa de Sarom








 Imagina um crente andando na rua com esta camiseta!!! Pura heresia!
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 EIS ALGUMAS INDICAÇÕES DE SITES RELACIONADOS AO CASO:  
Coisa absurda falada no site de perguntas e respostas do Yahoo. 
Uma heresia bem grande sobre Jesus ser Rosa de Sarom 
Outra heresia ainda maior sobre Jesus ser Rosa de Sarom
Pastor Ciro Zibordi responde que o título Rosa de Sarom não se aplica a Jesus 
Até crentes adventistas do sétimo dia caíram no equívoco Rosa de Sarom 
Vejam este artigo equivocado, ingênuo e inofensível (?): heresia pura.
O que é a Rosa de Saron?
Por Rodrigo M. de Oliveira
EU sou a rosa de Saron, o lírio dos vales. Cantares 2:1 – Jesus é freqüentemente chamado de Rosa de Saron nos hinos mas entendemos este significado? Em que consiste o conteúdo de Cantares? Poemas “profanos”? Não há motivos para assombros, pois, a Bíblia, de forma belíssima, descreve a paixão e o amor como expressões sensíveis, honestas e transparentes, revelando, no sincero amor humano, um Deus do carinho, da ternura, da relação íntima.
Que outros dados podem ser acrescentados?
Ao longo da história, nasceram várias interpretações, ou seja, caminhos diferentes que trouxeram considerações distintas com relação à intenção do texto.
Uma linha de interpretação, denominada de alegórica, ressalta Cantares como descrição da história de amor entre um homem e uma mulher, comparado com o amor de Deus pelo seu povo (de Cristo pela Igreja). Essa é a que resgatamos com maior freqüência, comparando o amor à labareda de Javé (Ct. 8, 6), porém vamos aqui neste estudo ver também um pouco do contexto histórico.
A Rosa de Saron e O Lírio dos Vales Como Tipo de Cristo.
(e um conseqüente reflexo em nossa vida)
A Origem de Saron
Saron é uma região da Palestina entre montanhas do Efraim e Mar Mediterrâneo. Esta região era anos antes de Cristo de solo seco, rochoso e de água escassa. Entretanto, como plano de Deus, foi colocado ali o povo por Ele escolhido (Is. 33:1,2) e a partir daí houve abundância.
Esse povo, vendo a promessa de Deus se cumprindo em suas vidas, não se cansavam de contemplar, exaltar e adorar ao Deus vivo, pois viram a Glória do Senhor. Passaram a viver na terra que emanava vida e vida abundante, onde este povo passou a cultivar as rosas mais belas do mundo.
Rosa esta, que exala o mais puro perfume e beleza sem igual, nunca visto até os dias de hoje. Por tamanha beleza e perfeição, Jesus Cristo é chamado de A Rosa de Saron. (Ct 2:1) Além das rosas eles também cultivam ervas e especiarias desta região onde se extrai aromas da terra, vejamos o Lírio:
“Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas.” (Cantares 2:2)
“Sim você é um lírio entre os espinhos. Essa é uma boa comparação entre a minha amada e as outras moças”. (Bíblia Viva)
A Igreja é como um lírio entre espinhos para Jesus. O que o Senhor está nos ensinando com isso?
Essa comparação, sem dúvida, destaca a beleza do lírio. Jesus vê a beleza da Sua Igreja. Em meio a tanta sujeira, destruição, violência e miséria, há algo que enche os olhos do Senhor. Há algo que O agrada. Há algo que chama a Sua atenção.
E esse algo é a beleza da Sua Igreja. É a beleza da nova criação = você. Você tem a beleza da santidade de Cristo. Você tem a beleza da justiça de Cristo.
Jesus, ao morrer por nós, nos tornou justiça de Deus. Isso significa que, aos olhos de Deus, não somos mais considerados pecadores, mas sim justos – nós que recebemos Jesus como nosso Senhor e Salvador e aceitamos o Seu sacrifício. Veja 2 Coríntios 5:21 = “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. Romanos 5:19 nos diz que pela obediência de Cristo, fomos constituídos justos.
No versículo 1 deste capítulo, Jesus diz que Ele é o lírio dos vales e, em seguida, diz que ela também é comparada a um lírio. Quando contempla Sua Igreja, Jesus vê a Si mesmo (lírio). Jesus Se vê em você. Ele vive em você e através de você. Você é como Cristo. Mas, a sua forma de agir tem mostrado que você se parece com Cristo ou que você tem se parecido mais como uma pessoa que não conhece o Senhor? O lírio é muito diferente dos espinhos. A Igreja se parece com Cristo, ela é diferente de todo o resto.
Aonde estivermos, podemos manifestar as qualidades de Jesus, pois somos como Ele. O pecado não precisa tirar a tua beleza de lírio. O pecado não pode ferir a justiça de Deus em você. Não deixe que esses espinhos firam a tua santidade em Jesus. Nenhuma tentação será maior do que aquilo que você pode suportar. Isso é promessa de Deus. Então, aguente firme, você já tem a habilidade para resistir ao pecado. Você pode dominá-lo.
Lírio tem perfume. Exale o bom perfume de Cristo em seu modo de viver. Você tem toda a habilidade que precisa para ser santo e continuar a encher os olhos do Senhor de alegria com a tua beleza. O mundo precisa sentir esse perfume, o mundo precisa enxergar a tua beleza. Deixe que tua beleza e teu perfume atraiam as pessoas a Cristo.
Você é lírio e não espinho. Você é justo e não pecador. Você é diferente, então seja diferente.
Rodrigo M. de Oliveira
Fonte: www.efatah.com
http://www.adorando.com.br/novo/MostraEstudo.aspx?codigo=578 
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Uma boa explicação sobre o equívoco Rosa de Sarom no site do Mario Persona 
O Jesus que nunca foi Rosa – Comentário do pastor Daniel Rocha da Igreja Metodista
A ROSA DE SAROM, YESHUA HA MASHIACH!!!!!
Existem vários grupos corais de igrejas evangélicas e cristãs pelo Brasil a fora com o nome Rosa de Sarom 
Até mesmo a cantora Cassiane possui um LP de 1985, intitulado Rosa de Saron 
Cassiane - Rosa de Saron (1985) 
Existe também uma banda católica de rock chamada Rosa de Saron 
Grupo Rosa de Saron 2 
E até igrejas evangélicas têm o nome Rosa de Sarom. Nesse caso, se Rosa estiver se referindo à própria igreja, então o título não está errado. 
Uma ótima explicação de Antônio Evangelista – A Bíblia não diz…. 
“Na verdade Sarom é uma zona de Bosques. A planície de Sarom localiza-se entre o sul do monte Carmelo e Jope. Com uma extensão de 85 Km, sua largura se aproxima a 22 Km. Seu solo era coberto de lírios e flores exóticas. Foi diante dessa beleza selvagem que a esposa dos Cantares cantou ‘Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales’ (Ct 2.1) e o esposo respondeu: ‘Qual lírios entre espinhos tal é a minha amiga entre as filhas’ (Ct 2.2). Na planície de Sarom eram encontrados quatro tipos de flores vermelhas de grande beleza: anêmona, botão-de-ouro, tulipa e papoula. 
A formosura de Sarom é comparada por Isaías à glória do Líbano (Is 35.2)
Como se percebe, tudo não passou de uma comparação de beleza entre a esposa e a planície. Ela, ao contemplar a beleza de Sarom, compara sua formosura com a do bosque. Porém, o que temos ouvido diariamente é que Cristo é a Rosa de Sarom. Existem até hinos dizendo isso. Alguém pode então dizer: É só uma comparação! Mas que comparação? Com o noivo? Se ao menos fosse com a igreja, que é anoiva do Cordeiro menos mal. No entanto, toda comparação que se faz e, até se afirma, é que Jesus é a Rosa de Sarom. E a Bíblia não diz isso.”
E a Bíblia diz isto (veja a pergunta 230) 
A música “Rosa Vermelha”, cantada por Luiz de Carvalho, também faz alusão a Jesus, como a Rosa de Sarom. E é outro caso lastimável, pois se trata do principal cantor evangélico brasileiro. 
A letra da música diz bem explicitamente que: 
“Jesus é o lírio dos vales, Rosa de Sarom; e até seus espinhos são marcas de amor. E hoje Ele vive a plantar um grande jardim, se você quiser, serás uma flor”. 
Agora vejam o caso lamentável de uma pessoa que se diz Jornalista e Bacharel em Teologia (que teologia, heinn!!!) 
O nome da que fez o infeliz comentário é Wilma Rejane. A maioria das pessoas que leram o texto, a elogiaram. Porém, um leitor replicou que o nome Rosa de Sarom não se aplica a Jesus. Mas ela respondeu com algo que não tem nada a ver com o caso. E ainda diz que é bacharel!!! 
Transcrevo aqui o texto por ela publicado, antes que retire do ar:
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Quarta-feira, 10 de Junho de 2009

Rosa de Sarom

Rosa branca
“Eu sou a rosa-de-sarom, o lírio dos vales” (Cantares 2:1). 
Você conhece a rosa-de-sarom? Já viu uma? Se a resposta for sim o artigo que segue não lhe será novidade, mas se não, a partir de hoje você poderá identificar a pequenina rosa aonde encontrá-la. 
O nome científico da planta é “habiscus syaricus”, popularmente é chamada de: rosa-de-sarom, rosa-de-sharão ou mimo. É originária da Ásia. 
É uma planta popular e muito florífera, é arbustiva e conhecida pelo doce perfume de suas flores. As flores podem ser simples ou dobradas e formam-se durante o ano inteiro, mas são mais abundantes na primavera e verão. 
As rosas-de-sarom podem ser: róseas, azuis ou brancas e ainda ser uma combinação entre essas cores. 
Suas flores são consideradas comestíveis e delas se pode fazer deliciosas saladas ou geleias.Das folhas se faz um chá aromático. 
É muito graciosa e por ser de fácil adaptabilidade é muito utilizada em paisagismo e decoração tanto de interiores como de exteriores.Tolera o sol forte, a geada, e se desenvolve muito bem tanto em terrenos bem adubados como no litoral onde há salinidade do solo. 
Procurei muito por esta plantinha, encontrei até mesmo quem dissesse que ela não existia e que Sarom era apenas uma planície litorânea em Israel, ao sul do Monte Carmelo. É verdade, a planície existe e a rosa-de-sarom também.
A planície de Sarom 
Planicie
Sarom significa “terreno plano”, no período Bíblico havia dois lugares com esse nome: Um que se situava entre a montaanha de Efraim e o mar mediterrâneo, entre o monte Carmelo e a cidade de Jope e outro entre o oriente e o Jordão.
Suas pastagens eram ricas e constituiam principais fonte de renda em Israel, a perda dessas terras seria fatal, portanto, dispensavam um cuidado especial aos administradores em Israel.
Jesus, a flor e a planície de Sarom 
Jesus é a rosa-de-sarom: Cheio de graça, perfume, beleza e como à rosa que floresce o ano inteiro assim Ele é, por todos os dias, o ano inteiro, florescendo nos mais variados tipos de solos que representam os diversos tipos de corações. 
Jesus é a Planície de Sarom: “Terreno Plano”, seguro, confiável, abundante, que alimenta em toda e qualquer estação. Alimenta Israel, nação, alimenta a Igreja filhos por conversão.
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Eu não sei se escritores de renome como Joyce Meyer, Silas Malafaia, etc, citaram em algum de seus livros que Jesus é Rosa de Sarom. Se há algum registro, então eles têm que se retratar, e de cara lisa. Infração grave. Serão menos 20 pontos na carteira. 
Finalizando, quero dar uma ênfase maior ao caso do hino 196 da Harpa Cristã (hinário oficial das Assembléias de Deus) – “Uma Flor Gloriosa”
Não sei como é possível este hino ainda estar sendo cantado nas igrejas evangélicas pentecostais sem ninguém se dar conta do equívoco!!! Não vejo ninguém se manifestar contra o erro deste cântico. 
Não sei se no hinário “Cantor Cristão” dos batistas existe algum cântico referindo-se a Rosa de Sarom. Também não consultei todos os hinos da Harpa Cristã. 
(Hinos da Harpa que fazem menção a Jesus como Rosa de Sarom e Lírio dos Vales: 58, 83, 196, 198 (Jesus, o bom amigo), 311, 344, 420).
Experimente digitar no google as palavras uma flor gloriosa 196 harpa cristã, e veja quantos sites existem com referência a este hino. 
O que me chama a atenção é o fato de que até hoje este hino é entoado nas igrejas pentecostais, e pastores, teólogos, “doutores” em Bíblia, não se tocam, não questionam, e entoam o cântico como se o mesmo fosse inspiradíssimo pelo Espírito Santo. A melodia deste hino realmente é linda, mas isso não justifica o erro das letras de sua poesia. 
O cântico “Uma Flor Gloriosa” é de autoria de Frida Vingren, missionária do movimento Pentecostal, de nacionalidade sueca, esposa do missionário Gunnar Vingren. 
Veja a biografia de Frida Vingren no seguinte site: 
No site Pegadas de Jesus há um breve comentário sobre a missionária Frida Vingren e a composição do hino Uma Flor Gloriosa, de sua autoria. 
Eis o que diz no site português:
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24 Agosto, 2008

UMA FLOR GLORIOSA

Frida Vingren é autora de um dos mais belos hinos, o que conhecemos bem e temos cantado diversas vezes. O poema é divino!
ELA ENTROU PARA A HISTORIA COMO UM DOS MAIORES NOMES DO MOVIMENTO PENTECOSTAL NO BRASIL.

O hino referido em título tem o número 196, em ambos os hinários, “Cânticos de Alegria” e “Harpa Cristã” do Brasil.
Apraz-nos indicar que no nosso livro “Cânticos de Alegria” existem cerca de 18 hinos da autoria de Frida. A biografia desta senhora, nossa irmã na fé, merece que oportunamente voltemos com mais algumas notas sobre a sua vida na obra de Deus, como missionária. Por ora, ficamos com alguns fatos interessantíssimos acerca da sua vida.
«Frida Vingren: exemplo de dedicação.
Casou com o missionário Gunnar Vingren em 16 de Outubro de 1917 em Belém do Pará -Brasil, numa cerimónia presidida pelo missionário sueco Samuel Nystrom. Seus pais eram crentes luteranos e Frida nasceu em Junho de 1891, no norte da Suécia. Frida formou-se em enfermagem. Em Estocolmo, na Suécia foi chefe da secção de enfermaria do hospital onde trabalhava. Tornou-se membro da Igreja de Filadélfia de Estocolmo, onde foi batizada nas águas, em 24 de Janeiro de 1917 pelo pastor Lewi Pethrus. A chamada para a obra missionária sempre impulsionou Frida, logo ela foi enviada para o Brasil pela Igreja Sueca, obedecendo à chamada de Deus. O casal Vingren teve seis filhos e viveram desde 1917 a 1932, no Brasil, totalmente dedicados ao trabalho missionário.
Além dos cuidados do lar, marido e filhos, Frida era bastante ativa na Igreja e com bastante zelo. Junto ao marido, ao longo da sua vida, passou por todo o tipo de sofrimento, aflição e dificuldade. Mas, ao lado do esposo, nunca desistiu de trabalhar pela salvação das almas.
Frida e Gunnar, recém-casados, tiveram que se adaptem ao clima quente do Brasil, e à falta de conforto da casa onde viviam. Contudo, mesmo quando só tinham banana com farinha para comer, sentiam o poder de Deus e I presença do Espírito Santo em suas vidas. Sofreram bastante, todavia superavam as suas muitas dificuldades com oração e jejum. Frida era uma mulher dedicada m oração pela obra de Deus, pela evangelização do Brasil I pela salvação das almas.
Pela facilidade que tinha pela palavra escrita, esta missionária, de nacionalidade sueca, desta com se entre os mais importantes colaborariam dos jornais ‘Boa Semente’, ‘O Som Alegra e o ‘Mensageiro da Paz’ (que substituiu m dois primeiros a partir de 1930). Além de escrever, Frida sempre se dedicou à música Cantava, tocava órgão, violão e compunha hinos de grande valor espiritual. A ‘Harpa Crista contém cerca de 23 hinos de sua autoria, então eles “Deixa entrar o Espírito de Deus” (n°85) e “Uma fiem gloriosa” (n° 196).
Frida Vingren faleceu em 30 de Setembro de 1940, seis anos após o falecimento do marido.
Dedicaram, ambos, quinze anos das suas vidas ao Brasil, findos os quais eles decidiram regressar à Suécia em Setembro de 1932. Frida, tinha a certeza da sim chamada para a obra de Deus. Ela entrou para a História como um dos maiores nomes do Movimento Pentecostes no Brasil.» “
Autor do Artigo :
Trocado Lopeshttp://pegadasdejesus.blogspot.com/2008/08/uma-flor-gloriosa.html 
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O hino “Uma Flor Gloriosa” era o preferido dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Igreja Assembléia de Deus no Brasil, em 1917, na cidade de Belém (PA). 
Veja o histórico de alguns hinos da Harpa Cristã: 
Veja no YouTube o hino Uma Flor Gloriosa: 
ou na voz de Feliciano Amaral (um dos precursores da música evangélica) 
Eis as letras do hino completo: 
Hino 196: UMA FLOR GLORIOSA
1
Já achei uma flor gloriosa,
E quem deseja a mesma terá;
A rosa de Saron preciosa
Entre mil mais beleza terá;
No vale de sombra e morte,
Nas alturas de glória e luz,
Esta rosa será a minha sorte,
Precioso p’ra mim é Jesus! 
Coro
Precioso p’ra mim é Jesus!
Precioso p’ra mim é Jesus!
Eu confesso na vida e na morte
Que tudo p’ra mim é Jesus!
2
Já de muitos foi achada a rosa
E provado o excelente odor
E o poder desta flor gloriosa
Que dá vida ao vil pecador.
Mui zeloso pela lei foi Saulo,
Perseguia o povo de Deus,
Mas transformado foi em um Paulo.
Pois achou ele a rosa dos céus.
3
Vai buscar a Jesus precioso,
Vai depressa, a noite já vem,
E, se perdes o amor glorioso,
Será triste pra ti o além;
Esta flor hoje é ofertada
A quem humildemente a buscar;
Será logo da terra tirada,
Para brilhar em outro lugar.
(fim)
Não sei em quantos idiomas este hino já foi traduzido. Mas, sei que este grave erro terá repercussão internacional! 
Pode até ser que através do cântico “Uma Flor Gloriosa” algumas almas se decidiram por Cristo, mas isso não justifica o crasso erro da composição das letras do hino. 
Concluindo, o caso “Rosa de Sarom” é um grave equívoco histórico porque não se trata apenas de equívocos em pregações feitas por alguns pregadores leigos (e até mesmo letrados) ou em algumas composições de hinos, mas trata-se de um equívoco expresso em livros evangélicos, em jograis, em revistas, em hinários, em estampas de casmisetas, em nome de grupos musicais, corais, e até mesmo em títulos de igrejas evangélicas. 
Vejam o vexame que a leitura do Livro de Cantares trouxe para os cristãos! E ainda haverá crentes que não se darão por convencidos e continuarão cultuando Jesus como Rosa de Sarom! Uma crendice falsa como esta ficou tão impregnada na mente dos crentes ingênuos que agora se torna difícil admitir que ela está errada. É semelhante à prática da idolatria (veneração de santos) pelos Católicos Romanos, da qual não conseguem se desfazer. 
Quero ver se os pentecostais continuarão cantando o hino 196 da Harpa Cristã nas igrejas e se as autoridades evangélicas não irão se retratar e abolir este hino e outros correlatos. Será que vão continuar cultuando Jesus como Rosa de Sarom até a sua volta? 
É isso que dá crente leigo ler a Bíblia e depois pregar erroneamente, compor músicas equivocadas ou ensinar heresias!!!!! 
Engraçado que, lendo vários artigos e posts na Internet, não vi nenhuma autoridade evangélica ou católica (padre, pastor) se retratar sobre esse grande equívoco do emprego do título Rosa de Sarom a Jesus Cristo!!! Fiquei pasmo, realmente! Será que as autoridades cristãs estão simplesmente cegas? Ou fingem que isso não é grave? 

O título “rosa de Sarom” aplica-se a Jesus?


Quanto ao pregador que afirmou que o título “rosa de Sarom”, mencionado em Cantares 2.1, não se refere a Cristo, ele está certo. E, para se chegar a essa conclusão, é preciso observar com muito cuidado o contexto da passagem citada. Muitos irmãos leem o versículo isolado e acabam deduzindo, erroneamente, que o título alude ao Senhor Jesus.

O livro de Cantares apresenta um diálogo alternante entre a sulamita e seu amado, e é preciso ler cada versículo com atenção para identificar quem está falando. No fim do capítulo 1, o noivo diz: “Eis que és formosa, ó amiga minha, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas” (v.15). E a noiva responde: “Eis que és gentil e agradável, ó amado meu; o nosso leito é viçoso. As traves da nossa casa são de cedro, as nossas varandas, de cipreste (vv.16,17).

Em Cantares 2.1, a noiva, que terminou falando no fim do capítulo 1, prossegue: “Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales”. No versículo 2, o noivo responde: “Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha amiga entre as filhas”, deixando claro que “rosa de Sarom” e “lírio dos vales” se referem à noiva.

Portanto, é a donzela sulamita quem diz: “Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales” (Ct 2.1), posto que, logo em seguida, o noivo responde: “Qual lírio... tal é a minha amiga” (Ct 2.2). Ela se compara às flores simples dos campos, numa possível demonstração de que não estava acostumada à aristocracia de Jerusalém. Sarom é a planície litorânea imediatamente ao sul do monte Carmelo (cf. 
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.984).

CSZ