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domingo, 24 de agosto de 2014

O futuro da igreja no brasil


Qual o futuro da igreja evangélica no Brasil?

Quando olho o atual cenário da igreja evangélica brasileira – estou usando o termo “evangélica” de maneira ampla – confesso que me sinto incapaz de prever o que vem pela frente. Há muitas e diferentes forças em operação em nosso meio hoje, boa parte delas conflitantes e opostas. Olho para frente e não consigo perceber um padrão, uma indicação que seja, do futuro da igreja.

Há, em primeiro lugar, o crescimento das seitas neopentecostais. Embora estatísticas recentes tenham apontado para uma queda na membresia de seitas como a Universal do Reino do Deus - que ressurge das cinzas com o "templo de Salomão" - , outras estão surgindo no lugar, como na lenda grega da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que se regeneravam quando cortadas.

A enorme quantidade de adeptos destes movimentos que pregam prosperidade, cura, libertação e solução imediata para os problemas pessoais acaba moldando a imagem pública dos evangélicos e a percepção que o restante do Brasil tem de nós. Na África do Sul conheci uma seita que mistura pontos da fé cristã com pontos das religiões africanas, um sincretismo que acaba por tornar irreconhecível qualquer traço de cristianismo restante.

Temo que a continuar o crescimento das seitas neopentecostais e seus desvios cada vez maiores do cristianismo histórico, poderemos ter uma nova religião sincrética no Brasil, uma seita que mistura traços de cristianismo com elementos de religiões afro-brasileiras, teologia da prosperidade e batalha espiritual em pouquíssimo tempo.

Depois há o movimento “gospel”, que mostrou sua popularidade ao ter o festival “Promessas” veiculado pela emissora de maior audiência do país. Não me preocupa tanto o fato de que a Rede Globo exibiu o show, mas a mensagem que foi passada ali. A teologia gospel confunde “adoração” com pregação, exalta o louvor como o principal elemento do culto público, anuncia um evangelho que não chama pecadores e crentes ao arrependimento e mudança de vida, que promete vitórias mediante o louvor e a declaração de frases de efeito e que ignora boa parte do que a Bíblia ensina sobre humildade, modéstia, sobriedade e separação do mundo.

Para muitos jovens, os shows gospel viraram a única forma de culto que conhecem, com pouca Bíblia e quase nenhum discipulado. O impacto negativo da superficialidade deste movimento se fará sentir nesta próxima geração, especialmente na incapacidade de impedir a entrada de falsos ensinamentos e doutrinas erradas.

Notemos ainda o crescimento do interesse pela fé reformada, não nas igrejas históricas, mas fora delas, no meio pentecostal. Não são poucos os pentecostais que têm descoberto a teologia reformada – particularmente as doutrinas da graça, os cinco slogans (“solas”) e os chamados cinco pontos do calvinismo. Boa parte destes tem tentado preservar algumas idéias e práticas características do pentecostalismo, como a contemporaneidade dos dons de línguas, profecia e milagres, além de uma escatologia dispensacionalista.

Outros têm entendido – corretamente – que a teologia reformada inevitavelmente cobra pedágio também nestas áreas e já passaram para a reforma completa. Mas o tipo de movimento, igrejas ou denominações resultantes desta surpreendente integração ainda não é previsível.

O impacto das mídias sociais também não pode ser ignorado. E há também o número crescente de desigrejados, que aumenta na mesma proporção da apropriação das mídias sociais pelos evangélicos. Com a possibilidade de se ouvir sermões, fazer estudos e cursos de teologia online, além de bate-papo e discipulado pela internet, aumenta o número de pessoas que se dizem evangélicas mas que não se congregam em uma igreja local.

São cristãos virtuais que “freqüentam” igrejas virtuais e têm comunhão virtual com pessoas que nunca realmente chegam a conhecer. Admito o benefício da tecnologia em favor do Reino. Eu mesmo sou professor a quinze anos de um curso de teologia online e sei a benção que pode ser.

Mas, não há substituto para a igreja local, para a comunhão real com os santos, para a celebração da Ceia e do batismo, para a oração conjunta, para a leitura em uníssono das Escrituras e para a recitação em conjunto da oração do Pai Nosso, dos Dez Mandamentos. Isto não dá para fazer pela internet. Uma igreja virtual composta de desigrejados não será forte o suficiente em tempos de perseguição.

Eu poderia ainda mencionar a influência do liberalismo teológico, que tem aberto picadas nas igrejas históricas e pentecostais e a falta de maior rapidez e eficiência das igrejas históricas em retomar o crescimento numérico, aproveitando o momento extremamente oportuno no país. Afinal, o cristianismo tem experimentado um crescimento fenomenal no chamado Sul Global, do qual o Brasil faz parte.

Algumas coisas me ocorrem diante deste quadro, quando tento organizar minha cabeça e entender o que se passa.

1 – Historicamente, as igrejas cristãs em todos os lugares aqui neste mundo atravessaram períodos de grande confusão, aridez e decadência espiritual. Depois, ergueram-se e experimentaram períodos de grande efervescência e eficácia espiritual, chegando a mudar países. Pode ser que estejamos a caminho do fundo do poço, mas não perderemos a esperança. A promessa de Jesus quanto à Sua Igreja (Mateus 16:18) e a história dos avivamentos espirituais nos dão confiança.

2 – Apesar de toda a mistura de erro e verdade que testemunhamos na sincretização cada vez maior das igrejas, é inegável que Deus tem agido salvadoramente e não são poucos os que têm sido chamados das trevas para a luz, regenerados e justificados mediante a fé em Cristo Jesus, apesar das ênfases erradas, das distorções doutrinárias e da negligência das grandes doutrinas da graça.

Ainda assim, parece que o Espírito Santo se compraz em usar o mínimo de verdade que encontra, mesmo em igrejas com pouca luz, na salvação dos eleitos. Não digo isto para justificar o erro. É apenas uma constatação da misericórdia de Deus e da nossa corrupção. Se a salvação fosse pela precisão doutrinária em todos os pontos da teologia cristã, nenhum de nós seria salvo.

3 – Deus sempre surpreende o Seu povo. É totalmente impossível antecipar as guinadas na história da Igreja. Muito menos, fazer com que aconteçam. Há fatores em operação que estão muito acima dos poderes humanos. Resta-nos ser fiéis à Palavra de Deus, pregar o Evangelho completo – expositivamente, de preferência – viver uma vida reta e santa, usar de todos os recursos lícitos para propagar o Reino e plantar igrejas bíblicas e orar para que nosso Deus seja misericordioso com os seus eleitos, com a Sua igreja, com aqueles que Ele predestinou antes da fundação do mundo e soberanamente chamou pela Sua graça, pela pregação do Evangelho.

Fontes: Surfando no Assude , O Tempora 

sábado, 16 de agosto de 2014

INVERSÃO DE AUTORIDADE OU QUEM É QUE MANDA AQUI?

Por Pr. Silas Figueira

Por que me chamais Senhor, Senhor e não fazeis o que vos mando? Lc 6.46

Estamos vivendo uma grande crise, seja na igreja, em nossos lares, na sociedade e esta crise se chama “Crise de Autoridade”. E esta crise não vem de hoje, mas de muito tempo. O texto de Lucas 6.46 nos diz que o Senhor Jesus estava mostrando essa crise. As pessoas o chamavam de Senhor, e Ele o é, no entanto não faziam o que Ele mandava. E já que os homens não se sujeitam a autoridade divina, automaticamente não se sujeitarão as autoridades constituídas também. Seja ela a dos pais e as da sociedade. Estamos vivendo uma época onde encontramos muitos “caciques, mas poucos índios”.  

Mas nessa crise alguém tem que mandar, pois mesmo diante de uma crise de autoridade sempre haverá um líder. E o que temos visto é que estamos vivendo uma Inversão de Valores em relação à autoridade constituída por Deus. As pessoas estão querendo mandar quando na verdade deveriam obedecer, estão querendo revindicar seus direitos quando na verdade não tem direito algum ou pelo menos não o que exigem. Tudo isso começou com Satanás e ele por sua vez tem posto essa ideia fixa na cabeça das pessoas. Começou com Adão e Eva e chegando até nós hoje e, infelizmente, continuará até a volta de Jesus. Mas eu quero pensar com você sobre essa crise dentro de nossas igrejas.

INVERSÃO DE AUTORIDADE DENTRO DA IGREJA

Há uma inversão de valores instalada dentro de nossas igrejas hoje. Muitos líderes cristãos estão ensinando aos membros de suas igrejas que eles devem revindicar os seus direitos diante de Deus, pois assim como Deus é eles são também. Hank Hanegraaff em seu livro Cristianismo em Crise nos diz que alguns líderes estão ensinando que quando o Senhor criou Adão, criou uma criatura que não estava subordinada a Ele e que o Criador não podia exercer Sua autoridade na Terra sem primeiramente obter sua permissão [1]. Mas por causa da queda nossos primeiros pais perderam sua condição de deuses e foram infundidos com a própria natureza de Satanás, ou seja, o primeiro homem e a primeira mulher foram transformados de divinos para demoníacos ficando assim sujeitos ao pecado, às enfermidades e ao sofrimento. Mas através da encarnação de Cristo, sua morte e ressurreição, nós hoje nos tornamos também uma encarnação divina – tal qual Jesus de Nazaré! E, como encarnação de Deus, podemos ter saúde e riqueza ilimitadas. Assim podemos ter um palácio como Taj Mahal, com um Rolls Royce defronte dele [2].

Essa tem sido a ideia plantada na cabeça de muitas pessoas. Assim sendo – pensam eles – “já que eu sou um pequeno deus eu devo exercer a minha total autoridade na Terra”. Há uma distorção da Palavra de Deus e com isso muitas pessoas em muitas igrejas se tornaram arrogantes, presunçosas e pior, se veem autossuficientes. Pensam que Deus está a sua disposição e que Ele tem que realizar as suas vontades. O Senhor, para tais pessoas, não passa de um gênio da lâmpada, ou da Bíblia; basta abri-la e fazer os seus pedidos, ou melhor, fazer as sua exigências e o Senhor irá realizá-los. Pobres criaturas que pensam assim.

Nessa mesma linha de pensamento, alguns líderes “cristãos” estão dizendo que é errado orar dizendo para Deus fazer a Sua vontade. Eles ensinam que quem ora assim é porque não tem fé. E se você tem fé basta revindicar os seus direitos, ou melhor, basta falar com fé que as coisas devem acontecer.

Mas veja o que Tiago nos fala a respeito:

“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna” (Tg 4.13-16).

Quanta pretensão dessas pessoas que pensam diferente da Palavra de Deus. Como nos fala o Texto sagrado: “Toda jactância semelhante a essa é maligna”. Podemos falar sem medo de errar, quem tem ensinado diferente do que nos fala a Palavra de Deus são pessoas usadas por Satanás, são lobos em pele de cordeiros.

Observe a oração que o Senhor Jesus fez no Jardim do Getsêmani:

“E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação. Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc 22.39-44).

Muitos líderes pensam que essa oração do Senhor era sinal de Sua fraqueza na carne. A oração do Senhor no Jardim do Getsêmani é o maior sinal de submissão à autoridade do Pai. Entenda uma coisa, a vontade de Deus é absoluta, se não fosse da vontade de Deus que Jesus fosse crucificado isso não teria acontecido, mas era da vontade dEle que o Nosso Senhor passasse por ela. Através dessa humilhação que o Senhor Jesus alcançou toda autoridade no céu e na terra. Veja o que o apóstolo Paulo nos fala a respeito:

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fl 2.5-11).

Portanto, quando a submissão vem a partir do conhecimento da vontade de Deus, e eu sei qual é a vontade de Deus para minha vida através da leitura da Bíblia, pois ela é a nossa regra de fé e prática, eu não vou cometer tais devaneios.  Mas o que temos visto por aí é que a Palavra de Deus tem sido negligenciada nos púlpitos ou distorcidas neles. Por isso que por aí tanta gente confusa e algumas já até perderam a fé.

LÍDERES QUE NÃO PODEM SER QUESTIONADOS

Mas há outro problema instalado dentro da igreja, quando os líderes dizem que são deuses e que devem ser adorados como tal, e por isso não podem ser questionados. Veja por exemplo o que Moris Cerullo disse: "E quando estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para Moris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus!” [3]. Se ele é Jesus quem irá questioná-lo? Outro exemplo trágico é do Senhor Terra Nova que tem ensinado aos seus discípulos que o cristão deve preservar a identidade do seu líder. Para o Paipóstolo, o liderado nunca deve questionar a identidade de seu mentor. Segundo o Patriarca apostólico no dia em que João Batista fez isso, perdeu a cabeça. "Ele que havia preparado o caminho de Jesus, que era primo de Jesus, mas que perdeu o legado da identidade de Jesus, quando entrou na rota da suspeita da identidade de seu líder. “Herodes questionou a identidade de Jesus e foi comido por bichos. João Batista questionou a identidade de seu líder Jesus e por isso perdeu a cabeça. Todo aquele que duvida da identidade do líder perde a legitimidade e o legado da liderança de Jesus”, disse o Apóstolo." [4].

Onde está na Bíblia que João Batista perdeu a cabeça por ter questionado a identidade de Jesus? E quem disse que João Batista duvidou da divindade de Jesus?

Em primeiro lugar, foi o próprio João Batista quem disse para os seus discípulos quem era Jesus, leia João 1.29,30:

"No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água. E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus".

João está testificando de forma inquestionável que Jesus era o Filho de Deus. Tanto que nos versículos 35 a 46 alguns discípulos de João Batista passaram a seguir a Jesus.

Mas, talvez você pergunte: "João quando estava preso não ficou com dúvidas se Jesus era o Messias que estava por vir?" Pois em Mateus 11.2-6 nos diz isso:

"Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço".

A dúvida aqui não era de João, mas dos seus discípulos. João estava dizendo para os seus discípulos que o tempo dele estava terminando, pois em breve ele iria morrer e os seus discípulos precisavam seguir a Cristo, e mesmo que ele permanecesse vivo, Jesus é quem era o Messias e não ele. Tanto que Jesus operou vários milagres na presença dos discípulos de João exatamente para que eles não tivessem dúvidas de quem Ele era.

Em segundo lugar, João Batista era um homem cheio do Espírito Santo. Ele tinha uma influência sobre as pessoas que não era algo natural, tanto que ele foi-nos apresentado como o Elias que estava por vir (Ml 4.5,6 cf Mt 17.9-13). Assim como o Espírito Santo estava sobre Elias no Antigo Testamento, da mesma forma o Espírito Santo estava sobre João Batista, tanto que eles eram muito semelhantes em matéria de comida e até vestimentas.

A influência de João Batista foi tão forte que foi necessário ele sair de "cena" da forma como saiu, pois se ele permanecesse vivo, provavelmente ele seria um empecílio no ministério de Jesus, não por ele, mas alguns de seus discípulos que provavelmente teriam dificuldade de seguir a Jesus. Você pode observar isso lendo Atos 19.1-7 quando Paulo, mais de vinte anos da morte de João Batista, encontrou discípulos de João lá em Éfeso.

João Batista nunca teve dúvidas de quem era Jesus, aí me vem o Terra Nova nos dizer que João perdeu a cabeça por ter questionado a identidade de Jesus? Destorceu as Escrituras para beneficio próprio. E tem gente que acredita nesse indivíduo. Coitado de quem o segue. Pior que há muitos outros líderes ensinado heresias semelhantes.

Há uma crise de autoridade instalada dentro de muitas igrejas, mas se nós nos comprometermos em observar a Sua Palavra e pô-la em prática, certamente teremos uma vida abençoada. Mas para que isso ocorra é necessário lê-la e estudá-la diariamente. Nunca nos esquecendo do que o Senhor Jesus nos falou em Mateus 7.15-23:

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”.

Pense nisso e fique na Paz!

terça-feira, 12 de agosto de 2014



A Maçonaria Está Agora Tornando Público Seu Controle Sobre Israel

Recursos úteis para sua maior compreensão

Título do Livro 1


Título do Livro 2


Título do Livro 3
Monumento erigido em Eilat, perto da fronteira com o Egito, torna claro que a Maçonaria Iluminista garante agora a existência de Israel. Os palestinos devem começar a tremer em suas pernas, sabendo o que virá em seguida!
A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?
Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia-a-dia!!
Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!
Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma.
Agora você está na
"THE CUTTING EDGE"

No meio de todo o clamor popular sobre a aparência superficial que o primeiro-ministro
Ariel
Sharon e Shimon Peres estão armando o cenário para a destruição nacional de Israel, a Cutting Edge sempre manteve a opinião que a Maçonaria iluminista global não permitirá que Israel seja destruído.
Como pode ser? Revelamos essa verdade no artigo N1643, "O Desejo Ardente de Reconstruir o Templo de Salomão É a Força Propulsora Que Está Por Trás dos Eventos no Oriente Médio". Se você ainda não leu esse artigo, incentivamos que faça isso agora, pois então compreenderá melhor os preceitos deste artigo.
Basicamente, a Maçonaria não permitirá que Israel seja destruído pelos palestinos e/ou por qualquer combinação de exércitos islâmicos pelas seguintes razões:
1. A Maçonaria européia e norte-americana extrai suas alegorias, simbolismo e planos futuros dos escritos judaicos conhecidos como Antigo Testamento. Como os eventos mundiais estão sendo dirigidos pela Maçonaria européia e norte-americana, essa consideração é importantíssima.
2. A Maçonaria sempre planejou obter o controle do Monte do Templo para que possa reconstruir o Templo de Salomão. Assim que eles reconstruírem o templo, o Cristo maçônico aparecerá na Terra, afirmando ser o Messias judaico por quem Israel tem aguardado. Esse "Cristo" será o bíblico Anticristo.
3. Em 2 de julho de 1187, as forças dos cavaleiros templários foram cercadas pelos exércitos islâmicos e sofreram um corte no suprimento de água. Em 4 de julho, os cavaleiros templários — os predecessores diretos da Maçonaria — perderam sua relíquia sagrada — supostamente a cruz em que Jesus foi crucificado foi perdida para os exército islâmico de Saladino na Batalha de Hattin. Sem a cruz verdadeira, as forças dos templários foram massacradas pelos muçulmanos. ["The Battle of Hattin", 4 de julho de 1187, Templar History].
Os maçons não se esquecem da história, e posso dizer a você que planejam secretamente sua revanche. Quando executarem sua revanche contra as forças islâmicas, todos os tipos de profecias do fim dos tempos serão cumpridos, de Obadias 15-18 até Zacarias 12.

Reconstruindo o Templo de Salomão

Com essa informação de pano de fundo, vamos agora analisar nosso artigo atual, para ver que a Maçonaria global está bem viva em Israel, planejando a tomada do Monte do Templo do controle islâmico para que possa reconstruir o Templo de Salomão.
Resumo da Notícia: "Maçons Fazem um Lance em Israel e um Exame no Mapa da Estrada", Jerry Golden Report, 23 de fevereiro de 2005.
"Esta foto foi tirada por um amigo que esteve em Eilat recentemente. Ela está na estrada que cruza a fronteira e é uma das primeiras coisas que um visitante vê quando vem do Egito para Israel. Já escrevi sobre o envolvimento da Maçonaria no governo israelense principalmente por meio da Suprema Corte e do Knesset. Mas isso faz uma clara afirmação para qualquer um que cruza a fronteira e entra em Israel que os Illuminati (ou maçons) estão no controle aqui."
Concordamos com a análise de Golden, embora a evidência seja quase uma anedota. Erigir um símbolo como esse em um cruzamento estratégico na fronteira é algo que os maçons fazem quando se sentem bem entrincheirados e querem que o público conheça a extensão de seu poder.
Esse símbolo é tipicamente maçônico, como atesta o seguinte simbolismo:

1. As duas colunas enoquianas estão claramente visíveis. Essas duas colunas estão entre os mais famosos símbolos maçônicos. Veja o quanto elas são verdadeiramente importantes na história maçônica. Precisamos voltar às obras de Sir John Dee (1527-1608), um deísta místico que era o astrólogo oficial da rainha Elizabeth I.
"... um dos biógrafos de Dee o descreveu como "o maior mago da Inglaterra elizabetana'... Dee era um praticante do 'gnosticismo hermético', uma escola de pensamento baseada nos antigos ensinos pré-cristãos do deus grego Hermes. Hermes era na verdade uma mera cópia de um deus egípcio muito anterior, do conhecimento e da linguagem, Thoth. Nesse sentido, todo o 'gnosticismo hermético' pode ser visto como uma adoração aos ensinos de Thoth. De acordo com os mitos egípcios, Thoth era um dos deuses que vieram à Terra, junto com Ísis e Osíris, para trazer os frutos do conhecimento, da civilização e das ciências ao povo egípcio... Em 1581, usando seu conhecimento dessas práticas antigas, ele [Dee] deu início a uma série de tentativas de se comunicar com os 'seres mais elevados'. Seu canal nesta capacidade era certo Sir Edward Kelly..."
Vamos parar aqui para assimilar o que acabamos de aprender. John Dee, um favorito com a rainha Elizabeth I e seu astrólogo particular, acreditava — como os rosa-cruzes e maçons — que "seres espirituais mais elevados" e benevolentes estão apenas aguardando em uma das muitas outras dimensões para ajudarem "homens aperfeiçoados", como John Dee, homens que se aperfeiçoaram seguindo os graus das sociedades secretas. Sir Edward Kelly foi o "canalizador" espiritual por meio do qual Dee contactava os seres espirituais.
A Bíblia chama esses seres espirituais de demônios e Deus proíbe expressamente a prática da comunicação com eles. Essa prática, chamada "necromancia" é definida como "conjuração dos espíritos dos mortos para os propósitos de revelar magicamente o futuro ou influenciar o curso dos eventos." (Miriam Dictionary) Nas passagens a seguir, Deus proíbe essa prática:
"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti." [Deuteronômio 18:10-12].
"Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR vosso Deus." [Levítico 19:31].
"Quando alguém se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir com eles, eu porei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo." [Levítico 20:6].
Leia também 1 Samuel 28:7-19.
Era nessa prática que Sir John Dee estava imerso, e ela é comum ainda hoje entre os rosa-cruzes e maçons. Finalmente, observe que as atividades de Dee eram totalmente apoiadas nos níveis mais altos da coroa inglesa, tanto pela rainha Elizabeth I quanto por seu assessor e Ministro das Relações Exteriores, Sir Francis Bacon.
Vamos agora voltar a esse artigo para ver a primeira vez em que Dee contactou com sucesso um "ser espiritual mais elevado".
"O foco dos esforços deles era obter o conhecimento do Livro de Enoque, um suposto "livro perdido da Bíblia", que continha a verdade sobre a existência do homem, a vida após a morte e seu futuro na Terra... Enoque é também uma figura central em muitas lendas maçônicas, pois se diz que construiu os dois pilares para preservar os elevados conhecimentos pré-diluvianos da Atlântida dentro deles... Dee e Kelly foram bem sucedidos em suas tentativas, pois eventualmente contactaram um "anjo" chamado Uriel, que lhes forneceu um alfabeto complexo de linguagem angelical e então passou a ditar todo o livro de Enoque a Kelly nessa linguagem. Dee, por sua vez, registrou tudo o que foi passado para ambos por Uriel, e os vários encantamentos usados e ditados nesse processo tornaram-se uma escola de magia conhecida como 'Magia Enoquiana. [Ibidem].
Assim, 'Enoque é... a figura central em muitas lendas maçônicas e se diz que construiu os dois pilares para preservar os elevados conhecimentos pré-diluvianos da Atlântida dentro deles." [Ibidem].
Quando você vir os dois pilares da Maçonaria, lembre-se apenas que representam as colunas que esse Enoque misticamente recriado construiu para 'preservar' o conhecimento profundamente ocultista que pereceu quando a Atlântida foi destruída.
2. A pirâmide que é mostrada de forma proeminente entre as duas colunas é significativa por que está com o ápice colocado! Em outras palavras, ela não é uma pirâmide incompleta, como a que aparece na nota de um dólar americano, que tem o Olho de Hórus (Lúcifer) pairando sobre ela. A pirâmide de Gizé, no Egito, também é incompleta, representando a realidade que o progresso em direção à Nova Ordem Mundial ainda está inconcluso. Uma vez que esse sistema global estiver estabelecido, a pirâmide de Gizé será coberta com um ápice, provavelmente pelo Cristo maçônico da Nova Era — o bíblico Anticristo.
O fato que essa pirâmide está coberta pelo ápice significa que a Grande Obra é considerada concluída. Pelo menos em Israel, a obra está concluída. Isso é altamente significativo, porque Israel foi estabelecido pelos Illuminati globais, como é provado pela estrela de seis pontas na sua bandeira. Explicamos essa realidade no artigo N1593, "Cidadão Judeu Americano Fica Indignado ao Ver o Presidente Bush Posicionado Diante do Símbolo Iluminista da Bandeira de Israel"
No mesmo tempo em que o primeiro-ministro Sharon e seu assistente Shimon Peres estão finalmente dando os últimos passos em separar a população judaica da palestina para que a aniquilação profetizada possa ocorrer (leia o artigo N1422, "A Vindoura Aniquilação do Povo Palestino — A Casa de Esaú"), os maçons erigiram um grande símbolo que contém uma pirâmide com seu ápice concluído. Será se isso significa que o aparecimento do Cristo Maçônico da Nova Era está próximo, ou significa apenas que é inevitável?
3. O símbolo maçônico do compasso e do esquadro com a letra "G" no centro é um dos mais importantes em toda a Maçonaria. Como revelamos em N1986, o compasso e o esquadro são simplesmente uma repulsiva estrela de seis pontas com certas partes-chave removidas! Também revelamos a conotação sexual oculta do "G"!
4. Na área em torno desse grande símbolo maçônico, vemos os ladrilhos brancos e pretos alternados, tipicamente maçônicos, que simbolizam o equilíbrio da natureza, o Yin/Yang, a luz e as trevas.

Conclusão

Novamente, temos diante de nós a realidade que a Maçonaria Iluminista global controla rigidamente Israel, como tem feito desde 14 de maio de 1948, quando foi anunciada a criação do Estado de Israel. Na verdade, a Maçonaria Iluminista controla o movimento sionista desde 1896, conforme também evidenciado pelo símbolo da estrela de seis pontas.
Esse grande símbolo maçônico erigido em Eilat, na fronteira com o Egito, também significa que Israel está sendo protegido pela Maçonaria Iluminista! Na verdade, a Maçonaria está virtualmente proclamando para o mundo árabe e muçulmano que os governos iluministas do mundo não permitirão que Israel seja destruído como um estado. Mas, por que deveríamos estar surpresos? Considere os seguintes fatos:
1. Sem Israel, a Maçonaria não teria uma nação para seu Cristo maçônico aparecer, afirmando ser o Messias por quem eles estão aguardando, uma afirmação que cumprirá as profecias.
2. Sem Israel, a Maçonaria não terá controle algum sobre o Monte do Templo, de modo que não poderá construir seu cobiçado Templo de Salomão — o templo que o Anticristo profanará conforme predito em Mateus 24:15 e Daniel 9:27.
3. Sem Israel, a Maçonaria não poderá completar todos os seus amados tipos e alegorias do Velho Testamento.
4. Em seus escritos, os Illuminati reconhecem a necessidade de o Cristo deles aparecer ao oriente de Jerusalém, fingindo ser o Messias judaico, acompanhado por majestosos "sinais e maravilhas". Os escritos deles também prevêem que o Domo da Rocha será demolido por um terremoto, limpando o caminho para o Templo ser construído. [Peter Lemesurier, The Armageddon Script, leia a resenha].
Todo esse planejamento iria por água abaixo se os Illuminati permitissem que Israel fosse destruído como nação.
5. Sem Israel, Jesus Cristo não teria uma nação para aparecer, em cumprimento a Apocalipse 19:11-12.
6. Se Deus permitir que Israel seja destruído, estará mostrando que não é Onipotente e que também falhou em sua promessa a Abraão. Leia atentamente o artigo N1705 para ver claramente as preciosas profecias bíblicas que mostram promessas de Deus a um Israel nacional. Embora digamos que a Maçonaria Iluminista tem garantido a sobrevivência nacional de Israel para que possa enganá-lo com seu Cristo, sabemos que o poder final que garantirá a sobrevivência de Israel é o poder onipotente do Deus Todo-Poderoso. No entanto, tempos difíceis estão à frente, tão difíceis que, finalmente, o arcanjo Miguel terá de se levantar para defender Israel [Daniel 12:1].
Deus ainda não terminou de lidar com Israel; na verdade Ele ainda mal começou. Após trazer Israel de volta em um estado de descrença espiritual em Jesus, exatamente como predito em Ezequiel 36 (Leia o artigo N1408, "As Surpreendentes e Pouco Compreendidas Implicações do Aparecimento do Anticristo, Conforme Mateus 24"), Deus está se preparando para forçar Israel a passar por meio do fogo do Período da Tribulação, um tempo em que todos os pecadores e incrédulos rebeldes serão mortos pelo Anticristo. [Leia Zacarias 13:8, como explicamos detalhadamente no artigo N1882 (não traduzido).].
Os cristãos genuínos precisam orar para que Deus preserve seu um terço remanescente no meio do fogo da perseguição, como suas maravilhosas Escrituras predizem. Embora Israel esteja agora totalmente sob o controle dos vis Illuminati, os cristãos precisam amar o Israel que será deixado após os dois terços de incrédulos, pecadores rebeldes e Iluministas caírem sob a espada do Anticristo.
Verdadeiramente, estes eventos nos dizem que o fim dos tempos está extremamente próximo.


Você está preparado espiritualmente? Sua família está preparada? Você está protegendo seus amados da forma adequada? Esta é a razão deste ministério, fazê-lo compreender os perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para advertir e proteger seus amados. Após estar bem treinado, você também pode usar seu conhecimento como um modo de abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não conheça o plano da salvação. Já pude fazer isso muitas vezes e vi pessoas receberem Jesus Cristo em seus corações. Estes tempos difíceis em que vivemos também são tempos em que podemos anunciar Jesus Cristo a muitas pessoas.
Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.
Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.
Se desejar visitar o site "The Cutting Edge", dê um clique aqui: http://www.cuttingedge.org
Que Deus o abençoe.
Data de publicação: 13/3/2005
Patrocinado por: J. S. L. e M. R. D. S. L. — Sorocaba / SP
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/n2012.asp

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Em tudo dai graças

Por Clóvis Gonçalves 

O salmista diz “rendei graças”. É um imperativo, uma ordem. Sei que humanistas de plantão logo dirão gratidão é sincera somente se for espontânea. Controvérsia à parte, o fato é que a ingratidão revela uma natureza pecaminosa e rebelde. “Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1:21). E na medida que o tempo passa, os homens vão se tornando cada vez menos agradecidos, pois “nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes” (2Tm 3:1-2).

Do cristão espera-se que seja agradecido, pois tem um estilo de vida baseado na dependência divina. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4:6). Sendo as ações de graças incorporadas ao seu modo de vida, o crente não é agradecido ocasionalmente, mas em todo tempo, lugar ou situação, pois reconhece como verdadeiro o mandamento “em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5:18). E o faz “louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3:16).

O salmista especifica “rendei graças ao Senhor”. A Bíblia é um livro de ações de graças, pois registra pelo menos 175 agradecimentos sendo feitos. Desses, apenas duas vezes é para pessoas, a absoluta maioria Deus é o objeto das ações de graça. Não se trata, pois, de apenas de dizer“dou graças” ou “muito obrigado”, e mas enfatizar que se dá graças a Deus. Não é mera atitude de gratidão ou cortesia, mas de reconhecimento de quem Ele é e de que governa todas as coisas pelo Seu poder.

Devemos dar graças “porque Ele é bom”. E neste ponto devemos nos guiar mais pelo que a Bíblia diz do que pela avaliação que fazemos do que nos acontece. A Bíblia repete 23 vezes que Deus é bom, e isto deveria por fim a qualquer dúvida quanto a isso. Mesmo assim, a Bíblia nos convida dizendo “Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia” (Sl 34:8). Porém, mesmo Deus sendo bom, coisas ruins podem acontecer, e acontecem, com os que são objetos de Sua bondade. E não devemos duvidar, em meio ao sofrimento, da bondade do Senhor. Pois em meio a pior das adversidades, o Pai está controlando todas as coisas em nosso favor, tendo a eternidade como horizonte. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28) e por isso sempre rendemos graças ao Senhor, que é bom, sempre.

Devemos dar graças porque “a sua misericórdia dura para sempre”. Deus não apenas em bomem si, mas é bom para conosco. E misericórdia é Sua bondade manifesta a nós enquanto indignos de qualquer favor. Creio que a misericórdia é mencionada aqui porque muitas vezes pensamos que Deus nos abandonará por causa de nossas falhas. Pensamos Deus é bom enquanto formos bons. Mas a misericórdia é amor dirigido a quem não tem mérito algum. E para acentuar isso de forma a não deixar dúvida, o salmista repete “a sua misericórdia dura para sempre” 26 vezes neste salmo!

Misericórdia é especialmente aplicável em referência ao nosso destino eterno. Ao ser eterna, a misericórdia do Senhor nos é dispensada da eternidade passada à eternidade futura, incluindo aí nossa história na terra. Podemos e devemos ser sempre gratos ao Senhor, pois mesmo que tribulações intensas nos sobrevenham, seremos guardados no amor de Deus para a eternidade, pois Sua misericórdia dura para sempre. Sejamos agradecidos todos os dias, tornemos pública nossa gratidão a Deus. “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 136:1).

Soli Deo Gloria

domingo, 3 de agosto de 2014

O Reino de Deus na mensagem de Cristo

Por Marcelo Berti

“A erudição moderna revela quase que uma unanimidade ao afirmar que o Reino de Deus constitui-se na mensagem central de Jesus. Marcos introduz a missão de Cristo com as palavras: ‘Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido e é chegado o Reino de Deus. Arrependei-vos e crede no evangelho’ (Marcos 1.14-15). Mateus sumariza seu ministério com as palavras: ‘E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino’ (Mateus 4.23). A cena introdutória de Lucas não menciona o Reino, mas, por outro lado, cita a profecia de Isaías a respeito da vinda do Reino e depois relata a afirmação de Jesus: ‘Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos’(Lucas 4.21)”. (LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento, Hagnos, 2001, pp.55)

Considerando as palavras de Ladd, de que o Reino de Deus é parte central da mensagem de Cristo, vamos observar que a visão que Ele apresenta sobre o Reino de Deus tem diferentes nuances, que pretendemos respeitar antes de se levantar uma conclusão sobre o modo como ele usa a expressão.

A. O Reino de Deus é espiritual e presente

Como já demonstramos, havia nos tempos de Jesus uma clara expectativa da vinda do Messias-Rei como libertador político. A expectativa judaica era que o Messias-Rei viria de Jerusalém (Mt.5.35), como o magos do oriente já tinham demonstrado (Mt.2.2), fato não negado pelo próprio Cristo (Mt.27.11; Jo.18.37), mas ironizado por aqueles que o crucificaram (Mt.27.27, 37, 42).

De modo interessante, os judeus tinham certa resistência com esse fato, pois não o viam como o Filho de Davi, Messias-Rei libertador de Israel. Note que é exatamente essa uma das acusações contra Jesus Cristo: “E ali passaram a acusá-lo, dizendo: Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei” (Lc.23.2). Isso é importante ser ressaltado, pois nesse sentido Jesus foi uma decepção para aqueles que o esperavam, pois não viam nele um Rei Valente, um líder político que vira para libertar a Israel.

Essa frustração não veio sem evidências, pois o próprio Jesus em algumas ocasiões rejeitou a ideia de ser feito rei entre eles: “Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte” (Jo.6.15). Além disso, Ele mesmo testificava que seu Reino não era desse mundo: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo.18.36).

A verdade é que o Reino de Deus, segundo ensinado por Ele mesmo, na ocasião da sua encarnação não era estritamente um Reino Físico: “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc.17.20-21). Esse reino apresentado por Cristo não era o Reino que os judeus pareciam esperar, apesar de ser o Reino Prometido.

O Reino apresentado por Cristo, era um Reino dos céus (Mt.3.2; 4.17), uma forma mais aceitável de se apresentar o Reino de Deus a um Judeu. É evidente que o Reino dos céus apresentado por Cristo no Evangelho de Mateus é o Reino de Yahweh, mas que por zelo ao uso do nome do Senhor, foi apresentado como Reino dos céus. Uma rápida observação nos evangelhos sinóticos irá revelar esse fato. Reforça essa ideia o eventual uso do termo céu (Gr. ouranós) como alusão ao próprio Deus em Mateus (Mt.21.25; cf. Mt.5.16; 5.34; 5.45; 6.9; 16.1; 23.22).

Esse Reino dos céus estava próximo e essa era a mensagem pregada por Cristo (Mt.3.2; 9.35; Lc.4.43; 8.1; 10.9) e ensinada aos seus seguidores (Mt.10.7; Lc.9.2, 60), a quem revelaria os mistérios desse reino (Mt.13.11). Esse reino seria visto por seus seguidores antes que viessem a morrer (Mt.16.28), o que reforça a ideia de um Reino espiritual e não físico. A participação nesse Reino exigia arrependimento (Mc.1.15), ser como uma criança (Mt.18.3-4; 19.14; Mc.10.14; Lc.12.32; 18.16-17), nascer de novo (Jo.3.3-5; 8), ser desapegado ao dinheiro (Mt.19.24; Lc.6.20), ser humilde de espírito (Mt.5.3), persistente no trabalho do Reino (Lc.9.62), perseguido por causa da justiça (Mt.5.10), ou seja, manter uma ética adequada ao Reino (Mt.5.20; 19.12; Mc.9.47). Entretanto, não são as obras que determinam a entrada nesse Reino, nem mesmo as riquezas do homem (Mc.10.23-25; Lc.18.24-25), mas a graça de Deus (Mt.21.31). Em outras palavras, era necessário exercer a fé centrada no Messias-Rei como Salvador e Senhor (At.2.36; Rm.10.9). Não é à toa que os judeus não aceitavam sua mensagem, e que o acusavam de usurpar das escrituras um direito que não era dele (Lc.23.2).

Ele é manifesto na pessoa de Cristo na demonstração de seu poder-autoridade com o mundo espiritual (Mt.12.28; Lc.11.20), na restituição graciosa do Rei (Mt.20.1) e não na falsa religião defendida pelos doutores da lei (Mt.23.13). Na sua infinda graça, Jesus Cristo é quem dá a conhecer o Reino de Deus a quem ele quer (Mc.4.11; Lc.8.10).

O Reino de Deus também deveria ser buscado com sua justiça (Mt.6.33; Lc.12.31), com esforço apodera-se dele (Mt.11.12; Lc.16.16) e com abnegação dele participa (Lc.18.29). Ele é o alvo da oração dos seguidores de Cristo, que clamam para que o Reino venha até nós (Lc.11.2) e nesse sentido ele não tem aparência externa, mas está dentro de nós (Lc.17.20-21). E por fim, esse Reino é confiado, destinado aos seguidores de Cristo (Lc.22.29), que fazem do reino sua mensagem (At.8.12; 14.22; 19.8; 20.25; 28.23; 31). Nesse sentido, o Reino de Deus pregado por Cristo era primariamente espiritual e, por conseguinte presente. Era uma mensagem para o já, para o agora.

B. O Reino de Deus é histórico e futuro

Como já vimos, parece claro que existe na mensagem de Cristo um claro teor de espiritualidade no Reino prometido. Contudo, devemos lembrar que desde cedo no Ministério Público de Jesus, os seus seguidores o reconheceram como Messias e Rei. Natanael assim que o conheceu testemunhou: “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo.1.49). Ao que tudo indica, a força da expectativa messiânica real acompanhou a Jesus Cristo de modo que podemos ver no início do ministério de Cristo uma oração com esse teor: “ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc.1.33). Essa mesma expectativa é a mesma que sempre acompanhou os discípulos de Cristo, e eles também esperavam pela concretização desse reino durante todo o tempo de ministério de Jesus entre eles. A curiosidade deles era tanta que gostariam de saber quem seria o que se assentaria ao seu lado no Reino (Mt.20.21), ou quem seria o maior nele (Mt.18.1). De modo interessante, Jesus também ensinou sobre ser maior ou menos no Reino dos céus (Mt.5.17-19), o que sugere que este não seria apenas espiritual.

Esse Reino seria mediado por um povo, tal como já o fora no passado pelo povo judeu. Entretanto, como os judeus rejeitaram o a Cristo como Messias prometido, Jesus atesta que “o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos” (Mt.21.43). Essa visão do Reino era completamente nova para os judeus que o ouviam e em função da ofensa que essa mensagem trazia sobre eles, eles o queriam matar (v.45-46). Ou seja, a visão que Cristo apresenta sobre esse reino parece incluir um detalhe histórico importante e inesperado: A Igreja (Mt.16.16-19), como um parêntesis histórico entre a chegada do Messias como Redentor e Seu retorno como Rei. Nesse intervalo profético, os seguidores de Cristo, a igreja do Senhor, é quem encarna os valores do Reino e anuncia sua mensagem espiritual de restauração, sempre na expectativa do dia em que o Próprio Senhor estabelecerá seu Reino.

Essa parece ser a compreensão básica das parábolas do Reino proferidas por Cristo: Apesar da consistente rejeição do Messias feita pelos judeus, o Reino de Deus continua florescendo, afinal sua mensagem favorece uma diversidade de resultados a ela (Mt.13.3-8); também haverá uma mistura entre bem e mal durante o nosso período, antes que uma consumação escatológica definitiva aconteça (Mt.13.24-30; 36-43); a mensagem do reino crescerá muito rapidamente alcançando diferentes grupos de pessoas (Mt.13.31-32) do mesmo modo que o elemento maligno cresça paralelamente à expansão da mensagem do reino (Mt.13.33); e tal mistura entre a expansão da mensagem do reino e o elemento maligno até que o Reino seja finalmente estabelecido e execute a separação final (Mt.13.47-50) (PINTO, Carlos Osvaldo, Foco e Desenvolvimento do Novo Testamento, Hagnos, 2008, pp.51)

Esse Reino contaria com a participação de pessoas de diferentes nacionalidades, mas estariam com os patriarcas no Reino dos céus (Mt.8.11; Lc.13.29), e essa mensagem chegará até os confins da terra (Mt.24.14), precedendo o fim dos tempos. Assim os próprios seguidores de Cristo e propagadores da mensagem do Reino teriam a chance de ensinar de acordo com as escrituras e serem avaliados para o Reino futuro (Mt.5.19). Durante esse período, eles esperarão pelo retorno do Messias, o Rei, reconhecido como o Noivo da Igreja (Mt.25.1ss). Então, todos prestarão contas diante do Rei por suas ações (Mt.18.24) e aqueles que viveram na iniquidade, contrariando a ética e a espiritualidade do Reino presente, no futuro serão ou jogados na fornalha de fogo (não cristãos Mt.13.41-42), ou colocados fora do Reino (maus cristãos Lc.13.28), mas os justos resplandecerão como o Sol no Reino do Deus Pai (Mt.13.43) e serão convidados a participar do Reino de Deus que está preparado desde a fundação do mundo (Mt.25.34), no qual esperamos participar de uma celebração (Lc.22.30; cf. Mt.26.29; Mc.14.25;). Esse aspecto do Reino, segundo Jesus Cristo, também está próximo (Lc.21.31).

Entretanto, esse futuro não é algo apenas escatológico, mas algo que está além do presente do autor (Lc.19.11), de modo que o Reino futuro de Deus esteja em funcionamento antes dos seus discípulos originais morressem (Mt.16.28; Mc.9.1; Lc.9.27; Lc.22.16-18), e que os seguidores mais próximos ainda aguardavam ver depois da morte de Cristo (Mc.15.43; Lc.23.51). Nesse quesito, a expectativa futura é apresentada em consonância ao conceito espiritual do Reino.

C. O Reino de Deus e a expectativa judaica

Após a observação das diferentes nuances do Reino no ensino de Cristo, já pudemos observar alguns aspectos do Reino que ora se adequam a visão judaica corrente, ora a confronta claramente. Essa relação com a expectativa da judaica e a mensagem de Cristo sugerem que muita dessa expectativa não era legítima ante ao plano divino, por outro lado, parte dela parecia em consistente com a mensagem de Cristo. Um desses claros indicativos é a declaração de Cristo que os seus doze discípulos irão julgar as Doze Tribos de Israel (Lc.12.32; 22.28-30). Isso evidencia claramente que Israel ainda não havia saído da visão e preocupação divina.

Outro detalhe que parece contribuir para a essa confluência entre a visão de Cristo e da expectativa judaica sobre o reino são as parábolas dos banquetes contadas por Jesus (Mt.22.1-14; Lc.14.15-24), o fato de que Cristo os ensina a orar pelo Reino futuro (Mt.6.10) e a prefiguração de Isaías 25.69 na cena da última ceia. Também encontramos alguns conceitos escatológicos em conformidade com a expectativa judaica, como por exemplo a ideia de dois diferentes destinos em relação ao Reino futuro (Mc.9.47), do desfrute do Reino como uma herança (Mt.5.20) ou um estado futuro em que se entre (Mt.25.31-46) e a descrição dos acontecimentos que farão parte do dia do juízo (Mt.7.21-23; 25.1-13; Lc.21.31) (BLOMBERG, Craig, Jesus e os evangelhos, Vida Nova, 2009, pp501).

Por outro lado, as questões mais presentes e espirituais do Reino eram inimagináveis na expectativa judaica. A ideia de um reino real e presente no indivíduo parecia uma distorção da mensagem do Reino aos olhos dos judeus. A chamada ao arrependimento, a primazia dos pecadores e o novo nascimento (em todas as suas figuras) pareciam distantes demais da expectativa judaica.

Ao considerarmos essas declarações de Cristo sobre o Reino o que podemos dizer? É o reino futuro? É histórico? É espiritual? É presente? Essa visão aparentemente contraditória da exposição de Cristo, bem como a leitura delas a partir de diferentes pressupostos encontrados no Antigo Testamento, é que levaram a tantas diferenças de opiniões sobre o Reino, como vimo no início dessa seção. Entretanto, é essa mesma apresentação diversa e ampla do Reino de Deus que intrigou os judeus que o ouviam, e por isso mesmo, várias vezes se levantaram contra ele, muito embora, eventualmente Sua mensagem era compatível com as expectativas deles.

Ou seja, partindo da visão judaica no período de Cristo, o Seu ensino sobre o Reino de Deus contém aspectos em conformidade, embora boa parte do seu ensino fosse inovadora e inesperada. É nessa mistura de conceitos, presente e futuro, histórico e espiritual que Cristo apresenta sua mensagem. Observando essas características, Darrell Bock atesta:

“É a justaposição desses vários elementos que mostra quão eclético e sintético, até criativo, é o ensino de Jesus sobre o Reino. Jesus pregou uma esperança que os judeus podiam reconhecer, mas ele também pregou muito mais. Ele acolheu elementos da esperança apocalíptica judaica, mas não repetiu meramente esses temas. O sentido desses tetos, como um todo, é que Jesus atua dentre dessa história e, todavia, a remodelará um dia. Novamente, o ensino nem é esse mundo reorganizado, nem um novo mundo criado, mas ambos em seu tempo certo”. ”. (BOCK, Darrell, Jesus segundo as escrituras, Shedd, 2006, pp.544)

Fonte: NAPEC

terça-feira, 22 de julho de 2014

Você sabia que grandes empresas de hoje ajudaram os nazistas a dizimarem pessoas nos campos de concentração?!

Hoje nós vamos abordar um assunto polêmico e que nunca pode cair no esquecimento a fim de evitar que se repita na nossa história: a Segunda Guerra Mundial e a matança de judeus, ciganos, comunistas, eslavos, homossexuais, dentre outros, em campos de concentração nazistas. No post de hoje, especificamente, falaremos sobre como as grandes multinacionais dos séculos 20 e 21 fizeram uso de mão de obra escrava destes campos de extermínio para crescerem e aumentarem sua produção e sua produtividade.


No período compreendido entre 1933 e 1945, a máquina belicosa alemã recorreu ao trabalho forçado dos prisioneiros dos campos de concentração e campos de extermínio. Várias empresas fizeram uso desses prisioneiros para suas escalas de produção, uma vez que não era preciso pagar impostos ao governo e muito menos salários. Ou seja, as empresas tinham escravos patrocinados pelo sistema nazista de Estado.

Um exemplo de como isso funcionava está muito bem ilustrado no clássico cinematográfico de Steven Spielberg, “A lista de Schindler”, em que aparecem os judeus prisioneiros trabalhando para a prefeitura de Cracóvia e para as indústrias de panelas e caldeirões de Oskar Schindler.

O mais interessante é que essas empresas que fizeram uso da mão de obra escrava dos judeus, eslavos, homossexuais e ciganos são enormes multinacionais hoje em dia; apagaram de seus registros históricos esse fato negro e nunca pediram desculpas publicamente ou pagaram indenização às famílias dos explorados.


Um dos exemplos é o da Volkswagen. Esta empresa criou o modelo de manter os campos de concentração na própria fábrica, sendo que os prisioneiros produziam equipamentos bélicos e Fuscas, carro popular cuja ideia foi do próprio Adolf Hitler. Os franceses e italianos montavam carros de combate, as mulheres soviéticas enchiam bombas, os metalúrgicos do Leste europeu soldavam peças para aviões de caça Fl-103. Os prisioneiros chegavam a representar 67% dos trabalhadores no pico da produção.

Ainda na Volkswagen, os prisioneiros eram alojados em barracões, sendo que os homens eram separados das mulheres e crianças. Na medida em que qualquer erro ou falha por parte dos prisioneiros era entendida como atos de sabotagem, recorria-se a severos castigos.


Até hoje o trabalho escravo na época nazista é negligenciado por historiadores e pesquisadores. O livro “A fábrica da Volkswagen no III Reich” é uma exceção. Seus autores, Hans Mommsen e Manfred Griege, oferecem uma reconstrução parcial do infernal cotidiano de pouco mais de sete milhões de pessoas em empresas que hoje têm enorme poder aquisitivo.

Em alguns setores da BMW, a segurança fora delegada a ucranianos, mais temidos do que a própria Gestapo. A ração diária incluía apenas sopa aguada de batata no almoço, 150 gramas de pão, manteiga e uma fatia de linguiça.

Já a Bayer fabricava o Zyklon B, composto químico que era depositado nos salões de banho dos campos de concentração, transformando-os em mortais câmaras de gás que levaram à morte milhões de pessoas.

Até hoje milhares de sobreviventes destes infernos industriais sofrem uma via-crúcis na justiça alemã, que é extremamente lenta nesses casos e totalmente indiferente para com as pessoas que reclamam indenizações, que são fabulosas de tão altas. Muitos críticos do sistema estatal dizem que se trata do capitalismo financeiro falando mais alto, “molhando as mãos” de juízes e promotores, uma vez que essas indústrias não querem seus nomes em escândalos antigos e fazem de tudo para escamotearem essa história nada honrosa.

Lista das principais empresas que se aproveitaram do Holocausto...
Abaixo temos uma pequena lista de algumas das empresas ainda existentes que colaboraram com o sistema de guerra alemão recrutando escravos como empregados e montando fábricas dentro de campos de concentração. Nenhuma destas empresas jamais pagou uma indenização ou pediu desculpas publicamente pelo fato, o que gera polêmica na Europa e em Israel até os dias de hoje, principalmente por serem empreendimentos financeiros de grande potência.

Allianz – seguros
Basf – medicamentos
Bayer – medicamentos
Beiesdorf – cosméticos
BMW – automobilístico
Bosch – autopeças
Commerzbank – financeiro
Daimler-Chrysler – automobilístico
Degussa-Huls – mineradora
Deutsche Bank – financeiro
Henkel – química
Hochtief – construção civil
Hoechst – medicamentos
IBM – equipamentos eletrônicos (?!)
Lufthansa – aviação
MAN – automobilístico
Mannesmann – siderúrgico
Mercedes Benz – automobilístico
Porsche – automobilístico
Siemens – telecomunicações
Stihl – equipamentos industriais
Suisse Bank – financeiro
Thyssen-Krupp – siderúrgico
Varta – autopeças
Volkswagen – automobilístico


Com certeza você reparou o sinal (?!) em frente ao nome da IBM, esta por ser uma empresa de informática e norte-americana. Por que, então, usaria mão de obra escrava em campos de concentração se os Estados Unidos formavam os Aliados contra o Eixo?! A resposta é simples. Antes de produzir computadores, a IBM vendia para o Estado nazista cartões de registros magnéticos que serviam para fazer os registros dos prisioneiros que trabalhavam nas empresas instaladas dentro dos campos de concentração, como se fossem cartões de ponto a fim de que o regime alemão soubesse a produção e a escala de trabalho dos escravos; caso a produtividade e a produção caíssem, ou o preso sofria represálias, ou então era executado de alguma forma cruel. Portanto, é por este motivo que colocamos a IBM entre as grandes empresas por ter colaborado abertamente, à época, ao sistema do Holocausto.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Rejeitando os desejos da carne mas abraçando os desejos da mente.


Por Josemar Bessa

O apóstolo Paulo faz uma distinção entre os desejos da carne e dos pensamentos: “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” - Efésios 2:3

Ambos se opõe totalmente a Deus, ambos são fruto de nossa natureza caída (Carnais). Mas são diferentes e de maneira sutil podem penetrar fortemente onde o outro não se manifesta tão evidentemente.

Os desejos da carne parecem ser as mais grosseiros, as paixões mais sensuais, conectadas, por assim dizer, com a parte que gostaríamos de colocar como a mais inferior de nossa natureza. Os desejos da mente são aqueles que estão conectados com o que vemos muitas vezes até como qualidade superiores.

Alguns estão completamente mergulhados em toda sorte de frutos sensuais de luxúria, na satisfação deles avidamente... Enquanto outros, que podem desprezar tudo isso, ou pelo menos não são tentados ou pratiquem tão avidamente estes, realizam com igual ardor os sussurros de um caráter e disposição mais refinados.

Ambição de subir na vida, sede de poder sobre seus semelhantes, um desejo por fama, uma filosofia que parece moral mais que está em oposição a Verdade de Deus, descontentamento com a atual situação da vida, invejando outros em posições superiores a eles, riqueza, talento, realizações, posições mundanas, tentativa de felicidade fora de uma vida que em tudo glorifica a Cristo, ambição de sair da obscuridade, fazer um nome para si mesmo... “desejos da mente”.

Observe como Paulo coloca tudo isso no mesmo nível, os desejos da carne e da mente, e põe sobre eles o mesmo selo, ambos com a marca negra da desobediência e sua consequência nefasta, a ira de Deus.

Quando olhamos os desejos da carne se manifestando de maneira grosseira, tendemos a vê-lo como algo claro contra tudo o que Deus é, mas o que pensamos do comerciante incansável(ou em qualquer outra atividade), enérgico nos negócios, tendo como alvo da vida tão somente crescer... que põe em prática tudo que é necessário para isso, que racionaliza suas motivações, ou seus desvios na busca do crescimento?... Ele é igualmente culpado aos nossos olhos como aqueles que expressam os grosseiros frutos da carne?

O que pensamos do artista dedicado dia e noite no cultivo de suas habilidades como pintor, músico, escultor, escritor... ou em todas as outras atividades da vida... enterrados em seus livros... no ramo particular que escolheu seguir, cuja vida e energia é totalmente gasta em satisfazer todos esses desejos de sua mente?

Tanto quanto a sociedade, bem-estar público, o conforto próprio e de suas famílias, e o progresso do mundo estão em causa aqui... quando chegamos a pesar a questão diante de Deus, com a eternidade em vista, e as julgamos com a Palavra da Verdade, vemos imediatamente que não há diferença real entre eles,que o homem satisfazendo os desejos mais gritantes da carne e o erudito, o artista, o homem de negócios, o homem literário... em uma palavra, o homem do mundo, qualquer que seja o seu “mundo”... abraçado aos desejos da mente... ambos são da terra, são inimigos de Deus... Deus não está no centro do propósito de suas vidas, e se você pudesse olhar para o fundo de seus corações, muitas vezes ficaria evidente que o homem de “bem” voltado para os desejos da mente, com seu refinamento, educação... manifestam ser inimigos de Deus em suas mentes mais profundamente do que o libertino.

O pecado em ambos é a mesma coisa, e consiste no fato de que em tudo que eles procuram satisfazer é uma mente carnal que é inimizade contra Deus e Sua Palavra, que não são sujeitos a ela, e como disse o Apóstolo, nem mesmo o podem ser.

Deus (como se revelou em sua Palavra) não está em suas mentes, em seus pensamentos... apesar de viverem, respirarem, se moverem e existirem nEle, vivem inteiramente para si mesmos, e portanto, são rebeldes na definição mais profunda que Deus dá em Sua Palavra, alienados da vida de Deus, vivendo como se Deus não existisse ou como se existisse, existisse para eles e não eles para Deus.

“Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” - Efésios 2:3

Fonte: Josemar Bessa