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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Corinto: uma igreja dividida

Por Flávio Santos 

Texto Base: 1 Coríntios 1 a 4

Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer. 1 Coríntios 1:10

NOTAS IMPORTANTES

Quem eram os de Paulo, Apolo, Pedro e Cristo?

Os de Paulo era um grupo formado principalmente por gentios que não queriam cumprir a lei da graça em Cristo e, sim, transformá-la em libertinagem e pecado. Os de Apolo era um grupo formado por intelectuais que queriam fazer do Evangelho uma filosofia. Os de Pedro era um grupo formado por judeus legalistas que exaltavam a Lei em detrimento à graça. Os de Cristo era um grupo intolerante que afirmava ser os mais espirituais.

Quem eram os sofistas?

Os sofistas eram homens que confiavam na sua sabedoria, nos seus discursos eloquentes, na sua lógica filosófica. Os sofistas chamavam a atenção para si quando discursavam e quando desciam da plataforma da sua eloquência, diziam às pessoas como eram bons em suas prédicas e alocuções.

Judeus e gregos não compreendiam a loucura da pregação.

Os Judeus queriam um Messias que os libertasse do Império Romano e estabelecesse a dinastia davídica. Não queriam um carpinteiro que fora crucificado para sua justificação, seria apenas um maldito pendurado no madeiro conforme a tradição judaica. Para eles, era um escândalo Jesus Cristo crucificado. Os gregos queriam sabedoria, e esta não poderia vir de uma mensagem sobre alguém que foi crucificado, porque isso era sinal de fraqueza e desonra, era loucura. Com isso, os dois grupos não compreendiam a mensagem da Cruz que poderia uni-los.

O que significa a expressão: ter a mente de Cristo? 1Co 2:16

Ter a mente de Cristo é ser espiritual, ou seja, ter sensibilidade às coisas do Espírito Santo. É alguém que discerne bem todas as coisas e compreende a Cruz e todos os seus significados para a vida.

O que significa ser um cristão carnal?

No grego do novo testamento há duas palavras para carne: “soma” e “sarx”. Soma significa carne no sentido de corpo físico. Daí algumas doenças serem chamadas psicossomáticas, que se manifestam no corpo, ou seja, na carne. Sarx significa corpo ou carne do pecado.

Paulo usa para os cristãos carnais de Corinto a palavra “sarkinói”, que vem de “sarx”, ou seja, feitos de carne do pecado. Em 1 Co 3.3, Paulo os chama de “sarkikós”, dominados pelo pecado. Portanto, ser um cristão carnal, é ser uma pessoa feita e dominada pelo pecado.

Palavra grega para servo ou ministro, utilizada por Paulo.

A palavra que Paulo utiliza por Paulo para servo é “huperetes”; e significa um remador que fazia o navio navegar na parte mais baixa da embarcação. É como se Cristo fosse o líder e piloto do Navio, e Paulo fosse o servo que aceitava as ordens do piloto.

A igreja de Corinto estava sendo, como um tecido, rasgada em quatro partes. Esta divisão se dava em torno de Pedro, Paulo, Apolo e, até mesmo, Jesus Cristo. 1 Co 1: 11,12. Os corintos estavam divididos em torno da personalidade deles e a cultuando. Os líderes não tinham nada a ver com a divisão. Era uma divisão que vinha da igreja para a liderança.

I – UMA IGREJA DIVIDIVA PELA SABEDORIA HUMANA.

Em Corinto havia um grupo filosófico, chamado sofistas, que estava ajudando a desintegrar o corpo de Cristo. 1 Co 1: 18 21. Este grupo ensinava o culto à sabedoria humana. Este tipo de sabedoria fazia com que os coríntios escolhessem os seus líderes de acordo com a intelectualidade, cultura e eloquência.

1. Os sofistas levavam os coríntios a serem sempre discutidores.

Por estarem inclinados à sabedoria humana, não admitiam aprender em humildade; tinham que falar e criticar. Não foram ensinados a deixar a cruz confrontar as suas opiniões e equívocos, por isso tentam provar as suas razões. Discussões e críticas dividem a igreja.

2. Os sofistas levavam os corintos a serem sempre orgulhosos.

O orgulho da sabedoria exclui os outros. O orgulho intelectual colocava os coríntios em uma posição de certeza e desprezo pelos demais. Este tipo de orgulho não os deixava aprender mais nada, criam que sabiam tudo.

3. A correção do erro filosófico. Veja o capítulo 1: 18-25; 2: 6ss; 3: 18-23.

Quando Paulo esteve em Corinto pela primeira vez, não usou sabedoria de palavras, como faziam os sofistas, que não compreendiam a loucura da pregação. Então, para corrigir o erro filosófico que estava dividindo a Igreja, Paulo fala sobre a loucura de Deus demonstrada na Cruz de Cristo, discernida espiritualmente por aqueles que têm a mente de Cristo. Somente a Cruz corrige divisões e gera unidade na Igreja.

II – UMA IGREJA DIVIDIDA PELA FALTA DE CRESCIMENTO NA FÉ. 1 Co 3: 1 – 9

1. Cristãos que não crescem na fé se tornam carnais. 1Co 3: 1,3

Paulo diz que o motivo de chamá-los de carnais se dá pelo fato de existir entre eles invejas, contendas e dissenções. Este procedimento é característico dos homens carnais e não dos espirituais. 1 Co 3: 3. A igreja estava sendo rasgada por haver carnalidade no rebanho.

2. Cristãos que não crescem na fé sempre são meninos. 1Co 3: 2

Eles, também, eram imaturos nas verdades de Cristo. Eles não tiveram nenhum progresso no Evangelho da Cruz desde a última vez que Paulo os visitara.

Tanto os cristãos carnais quanto os meninos, foram criados com leite, princípios básicos da fé, porque ainda não podiam comer carne, coisas mais sólidas sobre a fé. E, passado tanto tempo, ainda não podiam se alimentar com um Evangelho mais sólido.

3. Falta de crescimento na fé gera divisão. 1 Co 3: 4 – 9

Por não terem estrutura espiritual estavam sendo partidários, pois alguns afirmavam que eram de Paulo e outros de Apolo. Paulo omitiu aqui os nomes de Pedro e Jesus, mas o espírito é o mesmo do capítulo 1. 10 – 16. Para corrigir esta divisão, Paulo mostra que quem dá o crescimento é Deus. Ele e Apolo são apenas servos.

III – TRANSFORMANDO UMA IGREJA DIVIDIDA EM UMA IGREJA UNIDA.

Uma igreja dividida se transforma em igreja unida quando os líderes assumem algumas responsabilidades.

1. A responsabilidade de ensinar a Cruz na igreja. 1 Co 1: 10 -17

Quando os líderes da Igreja têm a Cruz no centro de seu ministério e ensino, não aderem às divisões, ao contrário, rogam para que a igreja tenha a Cruz em suas palavras, mentes e pareceres. Como Cristo não está divido, a igreja também não se divide, pois não foram homens, com suas teologias, personalidades e carnalidades, que morreram na Cruz, mas sim, Cristo Jesus.

2. A responsabilidade de fazer discípulos para Cristo e não para si. 1 Co 2: 1 – 5

Paulo em Corinto não fez discípulos que se apoiariam em sua personalidade, pois esteve entre eles em fraqueza, temor e tremor. Paulo não formou discípulos que se apoiariam em sua eloquência ou capacidade de persuasão, porque ele se propôs saber apenas Jesus Cristo, e este crucificado. Paulo não formou discípulos que se apoiariam em sua sabedoria, mas no poder de Deus, porque quis formá-los pelo poder do Espírito Santo.

3. A responsabilidade de construir sobre o alicerce da obra – Jesus Cristo. 1 Co 3: 10 – 17

O líder tem que ser um sábio construtor e lançar sua construção espiritual sobre o verdadeiro alicerce. Aquele que foi lançado pelos apóstolos. Paulo pede para que os líderes vejam como cada um edifica sobre este fundamento. Uma construção espiritual sobre o verdadeiro fundamento faz com que a igreja viva a unidade da Cruz.

4. A responsabilidade de servir à Igreja. 1 Co 4: 1 – 21

Paulo serviu à igreja de Cristo como servo e despenseiro dos mistérios de Deus. Serviu com fidelidade. Serviu, ensinando-os a não ir além do que estava escrito. Serviu diante de sofrimentos e perseguições. Serviu como pai na fé. Tudo isto para gerar união no seio da Igreja.

Há a possibilidade da igreja se dividir em torno de líderes e cristãos carnais que não compreendem a relevância da Cruz de Cristo. Portanto, não podemos deixar de falar da Cruz e seus significados para que Igreja continue unida em torno de Cristo Jesus.

Leituras Bíblicas adicionais:

- A Igreja dividida. 1 Coríntios 1 e 2

- A Igreja dividida 1 Coríntios 3 e 4

- O caminho da unidade. Efésios 4:1 – 16

- O mesmo sentimento em Cristo Jesus. Filipenses 3:1 – 8

- Perseverando na unidade. Atos 2:42 – 47

- O modelo da unidade. João 17

- Em Cristo as paredes de separação foram quebradas. Efésios 2

Fonte: NAPEC

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Você não pode escapar!!!


Por Josemar Bessa

Não há ninguém que faça o bem, nem um sequer. (Romanos 3:12)

Totalmente depravado! Estas são palavras terríveis para o homem ouvir. Não quer dizer que o homem é tão mau quando podia ser, mas que todas as suas faculdades foram mortalmente atingidas pela queda. Nada ficou intocado!

Você pode nunca ter pensado nisso dessa maneira, mas nada que você faz, quando você faz seu melhor, é bom aos olhos de Deus e merece condenação.

Isso é verdade porque todas as ações do homem natural estão de alguma forma voltadas para si mesmo. As motivações são o ego. Quando faço o “melhor”, esse melhor não visa tão somente a glória de Deus.

Dizer que uma pessoa é moralmente falida é dizer que a pessoa é completamente desprovida de quaisquer qualidades morais dignas de aprovação de Deus; e todos nós nascemos assim. Tirando Cristo, todos os homens que nasceram neste mundo, nasceram nessa condição.

A reação natural a essas afirmação é negativa e o homem nunca por si mesmo terá outra reação a uma Verdade tão humilhante. Isso é assim porque no centro dessa falência moral, dessa morte espiritual, no coração irregenerado reina um inimigo invencível do ponto de vista humano. O pecado que é uma espécie de pai de todos os outros, que faz nós vivermos para nós mesmos como se fôssemos deus de nós mesmos, e que por poluir a fonte da vida, polui todos os atos, fazendo que a melhor obra não passe, segundo a Bíblia, de “obras mortas”.

O Orgulho é um inimigo sutil. Homo incurvatus in si – o homem curvado para si mesmo, assim foi acertadamente definido o problema de todo homem. Deus diz:“Eu odeio o orgulho e a arrogância” ( Pv 8.13). O orgulho é uma característica inata de todo homem depois da queda. E para aceitarmos essa afirmação bíblica tínhamos que ser humildes, mas o orgulho humano faz com que o homem não aceite e veja as profundezas de seu orgulho.

O orgulho estraga TUDO que pensamos, falamos, fazemos: “Ninguém faz o bem, nem um sequer”. (Romanos 3:12). A única saída é clamarmos por uma vida que não podemos merecer, depender da misericórdia, concordando que merecíamos o inferno e que isso seria nada mais que fazer justiça.

Precisamos desesperadamente de um novo coração. Precisamos ser criados de novo... mas para vermos nossa desesperada necessidade já teremos que ter recebido essa benção de Deus chamada REGENERAÇÃO. Ver nossa própria miséria ao ouvir o evangelho, sentir que só por graça Deus pode se voltar para um ser que merece condenação; arrependimento verdadeiro que flui da visão de que precisamos da justiça que vem de outro (Cristo) e não de nós mesmos e clamor humilhado por uma vida nova, é a única evidência que nova vida foi criada soberanamente em nós.

Só com essa vida de Deus derramada em nós que não pode morrer, livres da escravidão do pecado, podemos lutar pela operação contínua do Espírito contra esses inimigos formidáveis.

Ainda assim, através de toda a sua peregrinação os filhos de Deus terão que lutar contra o orgulho espiritual, e se Deus não continuasse a operar neles todo o tempo, se não fosse pela vida de Deus imortal criada neles, seriam derrotados. Do início ao fim essa será uma obra de Deus e Ele operará em nós o “querer e o efetuar” (Fil 2.13).

Esse será o bom combate da Fé!

Amor próprio,
Busca voltada para si,
Vontade própria,
Auto-confiança,
Justiça própria,
Todos soldados do orgulho que terão que ser constantemente vencidos no poder daquele que nos regenerou.

O orgulho é a raiz da qual todos os inimigos existem, vivem e se alimentam: vanglória, amor ao aplauso humano, busca de honra, independência, rebelião, vingança, raiva, desprezo aos outros, ressentimento, ambição, presunção...
Uma grande fila de soldados inimigos seguem junto com esses. Todos os que foram regenerados estão no campo de batalha contra eles. A vitória só está assegurada pela justiça e princípio de vida que veio de outro (Cristo) por graça. Essa vida faz com que os soldados chamados para o bom combate jamais morram em combate, mas cheguem ao fim vitoriosos no poder daquele que tudo opera para sua glória!

Sem esta vida dada soberanamente por Deus na regeneração, o homem natural entregue a si mesmo, descobrirá que não há fim para este extenso mal que infecta os corações dos homens, e enche a terra de miséria e sangue. E ele é um inimigo tão invencível para o homem natural, que depois que esta vida cessar, ele permanecerá reinando em seu atormentado coração.

Em Adão abandonamos Deus, e depois com alegria confirmamos com nossas vidas esse abandono. Jeremias diz: “Você não trouxe sobre si mesmo tudo isso abandonando o Senhor teu Deus?” (Jer 2.17).

Quem ousa dizer a Ele que não? Os pecados são testemunhas diárias contra todo homem – sua carnalidade, avareza, mentalidade mundana, incredulidade, insensatez, rebeldia... Se de fato não tomamos conhecimento do pecado que habita em nós e que corrompe nossos pensamentos, desejos, palavras e ações. Se não sentimos ser verdade que Paulo diz a mais clara verdade: Ninguém faz o bem, nem um sequer. (Romanos 3:12), e recusamos acreditar que tudo em nós são pecados infames, não a vida em nós.

Mas, se pelo Espírito que nos dá nova vida fomos obrigados a olhar para dentro e dolorosamente sentimos que o pecado é um morador, um inquilino, e que somos compelido pelo orgulho, que uma serpente se infiltrou neste nosso coração desde sempre, um ladrão que mina e rouba, um traidor na cidadela da alma que irá trabalhar pela força ou pela fraude, e contra quem nenhuma resolução nossa tem qualquer proveito, se tal for a nossa experiência interior e convicção, nenhum de nós deixará de confessar: "Culpado, culpado! Imundo, imundo! "

E quando gritamos assim, o poder da nova vida já começou! A armadilha quebrou e Deus soberanamente nos livrou e nos alistou para o bom combate!

A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos. O nosso socorro está no nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.
Salmos 124:7-8

Sola Gratia!

Fonte: Josemar Bessa

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O FORTE QUE SE FAZ FRACO PARA COM AQUELE QUE É FRACO E PENSA QUE É FORTE!


Por Fabio Campos

Texto base: “MAS nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos”. – Romanos 15.1 (AFC)

Querer agradar a nós mesmos é desagradar a Deus e ao próximo. Não agradar-nos para sustentar a fraqueza do outro, talvez seja, um dos mais belos atos de amor em prol do outro. Tornar-se fraco em amor para aquele que se diz forte é sem dúvida a marca do verdadeiro discípulo de Jesus que se fez carne e andou entre nós, ostentando a sua humanidade, mostrando que Deus é “manso e humilde de coração”.

Quem é não diz de si, mas dizem e assim o reconhecem. O forte de fato é aquele que em todo tempo permite e reconhece que é fraco. O forte chora dentro do quarto aos pés de Deus. O fraco brada em alto e bom som em meio à multidão. O forte tem a força de Deus. O fraco usa da fraqueza do homem. Quem é forte para com os homens é fraco para com Deus. O forte para com Deus é fraco perante os homens. Tudo é uma questão de quem se quer agradar.

O diabo nos para o pináculo do templo e nos apresenta todas as riquezas e poderes do mundo. Deus nos leva apara a cruz e nos apresenta todas as riquezas dos céus. O forte aguarda a eternidade e suporta em paz sua “leve e momentânea” tribulação. O fraco teme perder o seu tesouro terreno e anuncia guerra contra todos aqueles que o ameaça.

Um grande exemplo de pessoas fracas que se julgam fortes são os “jovens” rebeldes. Os pais ternos de amor pelos seus filhos se fazem fracos, mas são fortes. Os jovens são valentes a frente dos seus pais, pois sabem que nunca será desprezado e que todo castigo terá um fim. Em sua tolice faço coro com Olavo de Carvalho: “Amam o mais forte que o despreza, despreza o mais fraco que o ama”. Que Deus lhes tirem do castigo da sua cegueira e da santa ignorância de pensarem que são fortes sendo os mais fracos e dignos de pena.

Suportar o fraco é amar aquele que nunca lhe dará alguma paga. É escolher amar pelo amor de Deus que há dentro de si e nunca se basear por qualquer motivação exterior. Não é o relacionamento que sustenta o amor, como gritam as redes sociais - mas o amor que sustenta o relacionamento -, pois o apóstolo disse: “o amor tudo crê, tudo sofre, tudo suporta”!.

O fraco tenta mudar o outro. O forte muda a si mesmo para suportar o fraco. Jamais mudaremos alguém. Assim como seremos transformados apenas na glória, e Deus em Cristo nos suporta com o seu amor leal - assim também precisa acontecer conosco - entender que algumas pessoas não vão mudar no molde que desejamos, mas em Cristo podemos carrega-las nos ombros da misericórdia.

Deus conta conosco nesta difícil missão em suportar aquele que se diz forte, mas é fraco. Que esta palavra seja de alento a todos nós que estamos prestes a “chutar o balde” por não termos o cuidado merecido e por diversas vezes não ser lembrados e nem correspondidos em nosso amor. É certo que teremos o louvor do Senhor. Somente os “pacificadores” serão conhecidos como “filhos de Deus” – assim falou na sua própria autoridade Aquele se fez pobre para nos enriquecer. Você está preparado para amar muito e ser pouco amado (2 Co 12.15)?

Considere este artigo e arrazoe isto em seu coração,

Soli Deo Gloria!

Fonte: Fabio Campos

Deus e o mal na vida do crente


Por Clóvis Gonçalves  

“Porém ele lhe disse: como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” Jó 2:10

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal” (Jó 1:1). Assim começa a história do homem a quem Deus havia abençoado com uma esposa e ”sete filhos e três filhas” (Jó 1:2). Além da bela família, Deus o havia feito prosperar, pois ”o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente” (Jó 1:3). Jó tinha motivos de sobra para louvar a Deus. Ele reconhecia que todo o bem que lhe sucedia, era dádiva divina: “o Senhor o deu”(Jó 1:21), dizia.

Mas, o que aconteceria se ele experimentasse o mal? Sabemos o que aconteceu. Num só dia Jó perdeu todos os seus bens e, mais trágico ainda, um vento derrubou a casa em que estavam seus dez filhos, matando a todos. Ao receber a notícia Jó “se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou”(Jó 1:20). A profunda dor o levou à adoração imediata: “nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor O deu, e o Senhor O tomou: bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). Adorar não reverteu a situação, pelo contrário, ficou ainda pior. Acometido de “úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2:7) ouve sua esposa dizer “ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre” (Jó 2:9). Sua firme resposta é: “como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10).

O que aprendemos com a história e atitude de Jó? Aprendemos que:

1. Tanto o bem como o mal provém das mãos de Deus. Deus ordena todas as coisas, nada acontece fora de Seu conselho. Inclusive as coisas ruins, que chamamos de mal, procedem de Deus. A Bíblia faz inúmeras afirmações do tipo “a mão do Senhor era contra eles para mal” (Jz 2:15), “eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti” (2Sm 12:11), “trouxe o Senhor sobre eles todo este mal” (1Rs 9:9), “eis que este mal vem do Senhor” (2Rs 6:33), “trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós” (Ne 13:18), “eu trago do norte um mal, e uma grande destruição” (Jr 4:6), “sucederá algum mal na cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” (Am 3:6) e “desceu do Senhor o mal até à porta de Jerusalém” (Mq 1:12). Todas as coisas, sejam boas ou más, estão sob o governo soberano de Deus, que delas dispõe como Lhe agrada. Apesar disso, Deus não é o autor do pecado, pois “longe de Deus esteja o praticar a maldade e do Todo-Poderoso o cometer a perversidade!” (Jó 34:10). O mal, ou melhor dizendo, o sofrimento ocasionado por Deus não é pecaminoso, mas cumpre Seus propósitos santos.

2. O mais santo dos homens pode ser o mais afligido deles. Apesar do mal trazido pelo Senhor geralmente ser expressão do juízo de Deus sobre o pecado e a rebeldia, não significa que todo sofrimento é causado pelo pecado na vida da pessoa afligida. Vemos o caso de Jó. Era “homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal” (Jó 1:1). No entanto, sabemos o quando sofreu. E o que dizer de Jesus? Jamais pecou, no entanto “era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:3-5). Ser um crente fiel não é garantia de bênçãos e prosperidade, e experimentar o mal não é evidência de que a pessoa vive em pecado ou tem falta de fé.

3. Devemos receber as coisas boas e as más como vindas de Deus. O dualismo que atribui a Deus as bênçãos e a Satanás o mal que nos advém não é menos que impiedade e loucura. “Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?” (Jó 2:10), reponde Jó à sugestão de sua mulher. A loucura a que Jó se refere não é deficiência intelectual, mas impiedade grosseira, como em Sl 14:1: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem”. O crente fiel irá receber de boa mente tudo o que Deus lhe enviar, seja bom ou ruim, pois sabe “que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Sendo assim, o crente jamais maldiz a sua sorte, mas louva a Deus que ordena o mal para seu bem final. Como José, reconhece: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia” (Gn 50:20).

Diante dessas lições percebemos a malignidade da teologia da prosperidade. Ao pregar que Deus nos dá coisas boas, negam o controle e o uso soberano que Deus faz do mal. Ao profetizar apenas saúde e bênçãos materiais para os que são fiéis, não preparam as pessoas para o sofrimento que certamente virá sobre o crente e algum momento de suas vidas e, pior, atribuirão tais males ao pecado e falta de fé. Ao dizerem que todo sofrimento é obra do Diabo, promovem um dualismo que dá mais glória ao Diabo que pode fazer o que bem entender do homem, enquanto que para que Deus possa frear a ação do inimigo é preciso que o homem realiza coisas em favor de Deus. A cura para essa doença é uma teologia que exalte a soberania de Deus e reconheça a Sua providência em tudo o que acontece, seja bom, seja ruim.

Soli Deo Gloria

Fonte: NAPEC

terça-feira, 10 de junho de 2014

O cego de nascença

EVANGELHO DE JOÃO CAP.9

Introdução
Sempre me deparo com passagens de dificil entendimento ou interpretação, umas dessas passagens é a cura do cego de nascença, um milagre único e diferente, visto que Jesus, fez lodo, com sua saliva e untou os olhos do cego ainda por cima ordenando-o que se lavasse no tanque de Siloé. estou ciente de que passagens assim pode se mal entendidas  criar doutrinas estranhas, certa fez conheci um pastor que passava sua saliva nos outros pois dizia ser como Jesus, e que sua saliva também poderia curar! – Não é de hoje que  passagens bíblicas mal compreendidas ou distorcidas a proposito tem causado estranhezas no meio evangélico.
Por outro lado existem aqueles que se fecham em uma maxima, dizendo apenas: “ Foi assim simplesmente porque ELE, quiz,Jesus faz o que quer e pronto” – pelo menos estes ultimos não se atrevem a criar doutrinas como os primeiros, e claro que não estão errados com tal afirmação. Porém agir desta forma pode vedar o conhecimento, as verdades e intenções do autor quando fez o registro inspirado das passagens da bíblia.
Por outro existem aqueles que criam “fundamentos” em fontes duvídosas recorrendo a forma erradas de interpretação, cometendo anacronismo, querendo por assim dizer, interpretar os valores das epocas bíblicas pelas impressões da nossa realidade atual.
Para entender determinadas passagens o estudante da bíblia bem sabe que terá que recorrer a estudos dos tempos, modos e cultura em que os textos foram escritos, pois eles refletem de forma imediata um visão de mundo de sua época, após tal descoberta poderemos enfim fazer comparações, pregações e ensino de acordo com nossa realidade atual.
Mas vamos a questão do cego de nascença e estranho e diferente modo que Jesus usou para cura-lo.
 
A lei de Moises e as interpretações do talmudicas dos Rabinos.
A lei de Moises era um composto de 613 mandamentos (mitzvot) sendo o decalogo ( dez mandamentos ) um resumo desta Lei. Para cada mandamento os sabios judeus ( rabinos) foram criando especies de leis complementares, Em relação ao sabado uma dessas leis regulava que, o judeu num dia de sabado poderia cuspir em uma pedra, mas não no chão, porque cuspindo no chão a saliva fazia lodo – O Barro (lodo) era usado na confecção de vasos, panelas etc – Sendo assim o simples ato de cuspir no chão no dia de sabado, poderia fazer alusão ao trabalho, sendo assim, a tradição ordenava que se alguem, tivesse que cuspir que cuspisse em uma pedra.
No verso 14 do cap 9 de Joao a bíblia nos informa que era Sabado o dia que Jesus fez este milagres, desta forma podemos entender que com o ato de cuspir no chão Jesus estava não apenas contrariando a tradição como também se identificando como O Senhor do Sabado. – É importante também saber que os entre ops mestres do Judaísmo, corria a tradição de que Deus trabalhava no Sabado, para julgar os impios e para abençoar o seu povo – Assim somente Deus, trabalha no sabado exercendo juízo e fazendo o bem, por isso Jesus disse: Meu pai trabalha até hoje, e eu trabalho também. ( hoje= Sabado) ( Joao .17) – Desta forma Jesus neste Milagre especial se Manifesta como DEUS.
As tradições com relação a esperança Messianica
Quando os discipulos de Jesus perguntam sobre o motivo do homem ter nascido cego, Jesus afirma que o mesmo foi assim para se manifestasse a gloria de Deus, no Israel antigo corria a crença sobrer os milagres ordinários que poderiam ser operados por um profeta ou pelo sumo sacerdote, e os milagres extraordinarios que so poderiam ser operados pelo Messias, quando este viesse. E justamente com relação a cegueira, a tradição dizia que um cego que apenas perdeu sua visão ao longo de sua vida poderia ter sua visão restaurada pelo profeta ou pelo sacerdote, mas um cego de nascença  seria um milagre extraordinário, e um milagre Messianico. Pois corria a crença que só o Messias, quando viesse poderia realizar estes feitos. È  justamente por isso que o cego ao ser curado cria um alvoroço sem igual entre os Fariseus, que eram os mantenedores dessas tradições orais. Chegando a ponto de quase obrigarem o cego a darem um testemunho contrario quanto a natureza da sua cegueira. Por ser um cego de nascença Jesus estava se identificando com a crença comum do povo e se revelando como MESSIAS.
O tanque de Siloé e os ritos sacerdotais.
Ao passar o lodo no olhos do cego Jesus manda-o que se lave no tanque de Siloé que em hebraico significa o enviado. o SACERDOTE tinha por costume pegar um cantaro de ouro oe enche-lo com as aguas de Siloé, segui-o uma multidão em procissão até o templo, e num ato profético ele derramava a agua na porta das aguas, fazendo alusão ao aparecimento do Messias, e recitando isaias 12.3 ( fontes de Salvação), Também desta forma Jesus se identifica com as profecias messiancias e diz ser ele mesmo a fonte da salvação que agroa se manifestou em Israel.
Milagres como sinais.
Os milagres de Jesus, apropriadamente chamados de sinais, apontavam sempre para outra realidade, além da necessidade real das pessoas abençoadas pelo seu poder, estes sinais falavam acerca dele mesmo da sua essencia como Deus e da sua Glória. Penso que as vezes interpretamos o agir de Deus apenas pela otica do humanismo, falamos sempre da necessidade humana e a bondade de Deus para como o homem, fato que é verdadeiro, porém nos esquecemos que todo o agir de Deus é em si um sinal, uma revelação especial que nos mostra quem ELE È.
Temo que as vezes nossos olhos mesmo depois de tocados por Jesus estão fechados, assim como o cego que ficou com os olhos fechados até cumprir o que Jesus ordenou, Vivemos a influencia e ação de Deus e muitos se perguntam porque ainda não atigiram as promessas e as bençãos de Deus em suas vidas, eu me pergunto, se já cumpriram aquilo que Jesus lhe falou. O cego continuaria cego se nao tivesse ido se lavar no tanque, mesmo tendo sido tocado por Jesus de forma extraordinária. Nos continuaremos cegos enquantos se não nos lavarmos diariamente pela palavra de Deus, fazendo dela, dos ordens do Nosso Deus uma pratica constante em nossas vidas.
Em meio a tantos dilemas que passamos, podemos como o cego ser alvos do poder de Deus, não apenas para nosso beneficio particular, mas como um sinal a todos a nossa volta, não de nós mesmo, mas um sinal que aponta para a direçao de Deus. Este homem cego agora era reconhecido em todos os lugares, as pessoas que antes o viam pedindo esmolas se espantavam, e uns nem acreditavam que era a mesma pessoas, mas ele confirmava e dizia, Sou EU.
Que possamos ser atingidos de tal forma pelo poder de Deus, que tenhamos uma vida inteiramente diferente, servindo com um sinal de Deus, um testemunho vivo, perante a sociedade.
 
Rodryguez

quarta-feira, 4 de junho de 2014

FÉ, DE UMA FAGULHA PARA UMA CHAMA


Por Pr. Silas Figueira

Texto Básico Jo 4.46-54

INTRODUÇÃO

Esse texto nos mostra a ascensão e o progresso da fé na alma. Aqui encontramos um pai desesperado que vai a procura de Jesus porque seu filho, ainda pequeno – a palavra filho no grego está no diminutivo -, está às portas da morte. Este era oficial do rei Herodes Antipas. Este homem era um militar de alta patente, alguns acham que ele é Manaém, colaço (irmão de peito), de Herodes (At.13.1). Mas uma coisa é certa, este homem estava desesperado a ponto de sair de Cafarnaum e se dirigir até a Galiléia, ou seja, percorreu cerca de 30 km a procura de Jesus. 

Ele tinha soldados a seu comando, ele mandava e desmandava, mas não tinha poder para mandar embora a enfermidade do filho pequeno. Ele tinha soldados a seu comando, mas não tinha poder nem autoridade sobre um pequenino vírus que estava matando seu filho.

Observem a aflição desse pai que deixou a corte, seus afazeres como oficial do rei para procurar ajuda tão distante. Provavelmente, se esta família tivesse vivido sem provações, dificilmente procurariam por Jesus. No entanto, à medida que a enfermidade foi avançando - e creio que eles procuraram toda ajuda médica disponível em sua época - e não vendo resultado, ouvindo da fama de Jesus foi até onde Ele se encontrava para pedir ajuda. A fama de Jesus corria numa época em que não havia internet, jornais, revistas, televisão e nem rádio. Mas este homem procurou se informar onde poderia encontrar Jesus, e então foi informado de que Ele havia se retirado para a região da Galiléia (Jo 4.47). Observe que ele não envia ninguém, ele mesmo vai procurar por Jesus. 

Quando a doença bate a nossa porta

Quando a doença bate em nossa porta ficamos totalmente desesperados à medida que não vemos resultado no tratamento. Assim ocorreu com esse oficial, assim acontece com cada um de nós aqui. Uma coisa nós podemos dizer com toda certeza: “Tanto a doença, quanto a morte são bem democráticas. Vem para todos!” 

A tranquilidade da vida é interrompida quando uma pessoa adoece, por mais branda que seja a doença. Costumamos dizer: “Com saúde, tudo vai bem”. Se estamos com saúde enfrentamos as adversidades e desafios da vida e conseguimos superá-los com a graça de Deus. Entretanto, e quando o desafio é exatamente a falta de saúde? Se a pessoa tem de ser hospitalizada, sofre uma intervenção cirúrgica, passa por uma longa convalescença, fica inválida ou é desenganada dos médicos, a situação se torna ainda pior. Geralmente, uma grande ansiedade toma conta do enfermo que, além disso, pode também sentir solidão, isolamento, impaciência, desamparo, raiva, irritação, mágoa e desconfiança. Quando estamos doentes, não só o corpo, mas também o espírito se abatem. Esse pai que procurou Jesus estava, certamente, passando por tudo isso. Ao ver seu filho morrendo ficou desesperado. 

O Salmo que essa família estava vivenciando, provavelmente, era o Salmo 102.1-7, 24-28. Este salmo mostra a enfermidade progredindo e sem o doente ver a cura chegar. Ele fala do sofrimento físico e emocional que o salmista estava enfrentando. 

Ele fala de uma febre intensa e contínua (v 3b). 

Não tinha vontade de se alimentar, perda do apetite (v 4b). 

Perda de peso (v 5a). 

Sentia fortes dores, que os remédios não eram capazes de aliviar totalmente (v 5b). 

Sentia medo da morte iminente (v 24).

Provavelmente esta era a angustia que estava no coração da família desse aficial do rei. E como diz o salmista, ele se sentia como um pelicano no deserto, ou seja, era como um pássaro marinho em um lugar sem água. Esta família estava totalmente desesperada, se sentindo que a vida de seu filho estava por um triz. 

Nessa hora vem a pergunta: Por que isso está acontecendo comigo, com meu filho, com a minha esposa, com o meu marido? Essa é uma pergunta tão antiga quanto a raça humana. Mas a Bíblia nos aponta cinco possíveis causas porque a pessoa fica doente:

1- Adoecemos por causa dos nossos hábitos (Sl 104.14,15). Má alimentação, dormir tarde, falta de exercício físico...

2 – Adoecemos por causa dos nossos pecados (Sl 32.3-5). O pecado não confessado pode trazer doenças.

3 – Adoecemos por permissão de Deus (Jo 9.1-3; 11.14,15). Muitas vezes Deus permite a doença para glorificar o Seu nome. Através de uma doença a pessoa acaba alcançando a conversão. 

4 – Adoecemos por perseguição do diabo (Jó 2.7; Lc 13.10-16). Existem doenças espirituais causadas por demônios e que só se alcança a cura expulsando esse mal. 

5 – Adoecemos por causa da fragilidade humana (Sl 103.14; 1Tm 5.23). O nosso corpo envelhece, fica fraco, outros já nascem com certa deficiência imunológica. 

Mas eu não quero me apegar ao desespero, mas sim a solução encontrada. E a solução para este mal que havia se instalado na família desse oficial foi Jesus Cristo. Este oficial havia ouvido da fama de Jesus (Jo 2.23), pois em Jerusalém, na festa da Páscoa, pessoas de toda a região da Judéia viram quando Jesus ali operou muitos sinais.

O que podemos aprender nesse texto? Quais são as lições que podemos tirar dele?

1 – A PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO AQUI É QUE ESTE OFICIAL TINHA UMA FÉ TERCEIRIZADA, OU SEJA, ELE TINHA UMA FAGULHA DE FÉ (Jo 4. 47A).

Ele tinha uma fé baseada no relato de terceiros. Ele ouviu da fama de Jesus, mas ele mesmo não o conhecia. Essa fé, proveniente de um relato alheio, é uma centelha genuína. Zele por ela. Pois é através dessa fé que começamos alcançar a cura. O apóstolo Paulo nos fala em Rm 10.17 que a fé vem pelo ouvir. Observe também Mc 5.25-27.

Ele tinha uma fé que dizia respeito somente à cura da criança doente, ou seja, uma fé apenas nos sinais. O oficial não sabia da necessidade da cura do próprio coração; não percebia sua ignorância a respeito de Jesus como o Messias prometido; da necessidade de nascer de novo. Essa tem sido a ignorância de muitas pessoas hoje em dia também. Muitos só procuram Jesus por causa do milagre, mas nada sabem a respeito da vida eterna que Ele veio nos trazer. Muitos até alcançam o milagre da cura, mas continuam perdidas em seus delitos e pecados. Como foi o caso dos dez leprosos curados, onde só um volta para agradecer e alcança a salvação também. 

Este oficial tinha uma fé muito estreita. Uma fé muito rasa. Veja o que Jesus lhe fala (Jo 4.48). Jesus se sentia avesso a homens cuja experiência religiosa não ultrapassasse da excitação acerca dos milagres, os quais criam em prodígios, mas que não davam grande atenção aos seus ensinos éticos e espirituais, que visam a vida diária. 

Ele tinha uma fé que restringia o poder de Jesus à presença local (Jo 4.47). Como ele havia ouvido falar dos milagres que Jesus havia operado nas pessoas que Ele havia tocado, ele associou que somente o toque era necessário para que houvesse a cura do seu filho. Mas para o Senhor não há distancia, basta uma palavra e o extraordinário acontece. 

A fé no Senhor Jesus, embora fosse mera centelha, não deixou de ser a razão de esse oficial procurar por Jesus a tantos quilômetros de distância de sua casa. De Cafarnaum, subiu as colinas até Caná, a fim de poder implorar pelo socorro do Senhor. E foi pessoalmente. Isso é mais notável por ser um homem de posição elevada na corte de Herodes. 

2 – A SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO AQUI É QUE A CENTELHA DE FÉ DESSE HOMEM COMEÇA A SE TORNAR MAIS FORTE (Jo 4.50). 

A sua fé começa a se tornar mais firme à medida que está na presença de Jesus. A presença de Jesus lhe trás alento e confiança. O versículo 50 nos diz que ele creu na palavra de Jesus e foi embora confiante.

1 – A primeira cura que Jesus opera é no próprio oficial. Jesus faz com que esse homem creia no milagre na vida do filho independentemente de Jesus ir com ele ou não. Ele creu em sua palavra e desceu para casa confiantemente. 

2 – A segunda coisa que observamos é que por ter crido na palavra de Jesus, este pai, que a princípio estava tão angustiado, descansou no Senhor. Ele poderia ter ido para casa imediatamente, mas não fez assim. Ele só retornou para casa no outro dia (Jo 4.51,52). A fé desse homem não era mais uma pequena centelha, mais uma chama que aquecia o seu coração. Ele creu, apesar de não ter visto o milagre.

3 – A TERCEIRA LIÇÃO QUE APRENDO AQUI É QUE A PEQUENA CENTELHA DE FÉ SE TORNA UMA CHAMA ARDENTE (Jo 4.53).

Este homem que antes cria de forma terceirizada, que só cria em sinais, passa ver Jesus como Senhor e levou essa mesma salvação para toda a sua casa. O termo casa no antigo oriente se destina a família e aos empregados também. 

1 - Uma fé que se baseia somente em sinais é uma fé deficiente. Jesus quer que tenhamos uma fé firmada nEle e não no que Ele dá e faz. Pois uma fé firmada em sinais nos leva a ter uma fé frustrada, pois nem sempre ele opera o que queremos. 

2 – Aquele oficial e toda a sua casa alcançaram a salvação plena e não somente uma cura física. Se Jesus na sua vida for somente um operador de sinais você está com uma fé totalmente deficiente. A verdadeira cura não é a do corpo, mas a da alma. Pois a alma do homem sem Deus não só está doente, mas está morta. 

Por isso que Jesus em João 10.10 nos diz assim: “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

O apóstolo Paulo em Efésios 2.4-7: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus”.

E em Colossenses 3.1-4 nos diz assim: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”.

A cura física do filho daquele oficial era somente um reflexo do que o Senhor queria realizar em sua família e na sua também.

CONCLUSÃO

Como está a sua fé? Ela é apenas uma fagulha ou está cada vez mais acessa, sendo uma verdadeira chama aquecendo, não somente a sua vida, mas a de outras pessoas também? Aquele oficial deixou de ter uma fé terceirizada para ter uma fé verdadeira, uma fé que levou ele e a sua família a alcançar o verdadeiro milagre: “a salvação de suas almas”.
 

domingo, 1 de junho de 2014

É possível saber quando Jesus voltará?


Mateus 24:36-44 declara:  
"Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.... Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor... Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." 
À primeira vista, estes versículos parecem fornecer uma resposta clara e explícita à questão. Não, ninguém pode saber quando Jesus voltará. No entanto, esses versículos não dizem que ninguém jamais seria capaz de saber quando Jesus voltaria. A maioria dos estudiosos da Bíblia diria que Jesus, agora glorificado no céu, sabe o momento do Seu retorno, indicando que a frase "nem o Filho" não significa que Jesus nunca saberia quando voltará. Da mesma forma, é possível que, embora Mateus 24:36-44 indique que ninguém naquela época sabia o tempo do retorno de Jesus Cristo, Deus poderia revelar o tempo do retorno de Jesus Cristo para alguém no futuro.

Além disso, há Atos 1:7, que afirma:  
"A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade." 
Isto foi dito por Jesus depois de os discípulos perguntarem-lhe se era naquele tempo que Ele restauraria o reino a Israel. Isto parece confirmar a mensagem de Mateus 24. Não é para sabermos o momento do retorno de Jesus. Entretanto, há também a questão de a qual retorno essas passagens se referem. Estão falando do Arrebatamento ou da Segunda Vinda? Qual retorno é incognoscível, o Arrebatamento a Segunda Vinda ou ambos? Embora o Arrebatamento seja apresentado como sendo iminente e misterioso, o momento da Segunda Vinda talvez possa ser conhecido com base na profecia do fim dos tempos.

Com isso dito, vamos ser bem claros: não acreditamos que Deus tenha revelado a ninguém quando Jesus voltará e não vemos nada nas Escrituras que indique que Deus de fato revelará a alguém quando Jesus está voltando. Mateus 24:36-44, embora direcionado diretamente ao povo no tempo de Jesus, também contém um princípio geral. O momento da volta de Jesus e o fim da era presente não são para nós sabermos. As Escrituras em nenhum lugar nos encorajam a tentar determinar a data. Pelo contrário, devemos vigiar "porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor" (v. 42). Temos que ficar "também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem" (v. 44). A força das palavras de Jesus diminuiria se em algum momento no futuro alguém fosse capaz de determinar quando Ele estará voltando. Se a data for descoberta, já não mais precisamos "vigiar" ou "ficar apercebidos". Assim, com o princípio de Mateus 24:36-44 em mente, não, não é possível saber a data do retorno de Jesus.

Apesar deste princípio bíblico claro, muitos ao longo da história cristã têm tentado profetizar a data em que Jesus voltaria. Muitas datas têm sido propostas e todas têm estado erradas. Houve duas datas recentes que foram popularmente propostas: 21 de maio de 2011 e 21 de dezembro de 2012. A data de 21 dezembro de 2012 está relacionada ao calendário maia, sem quaisquer dados bíblicos usados como prova. O “Dia de Julgamento” marcado como 21 de maio de 2011 foi proposto por Harold Camping da Family Radio. Deve-se ressaltar que Harold Camping havia previsto anteriormente que Jesus voltaria em 1994. Obviamente, Camping estava errado. Camping afirmou ter provas bíblicas para 21 de maio de 2011. Ao usar uma data especulativa de 4990 AC para o Dilúvio, então aplicar o "para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" de 2 Pedro 3:8 aos sete dias de Gênesis 7:4 e, em seguida, contar os 7.000 anos de 4990, o ano de 2011 resultava. Então, com base em "no mês segundo, aos dezessete dias do mês" de Gênesis 7:11 e usando o calendário hebraico, a data de 21 de maio foi determinada. Então, houve qualquer validade à metodologia do Camping?

Primeiro, Camping convenientemente ignorou a segunda parte de 2 Pedro 3:8: "e mil anos como um dia". Além disso, 2 Pedro 3:8 não está fornecendo um método para datar o fim dos tempos. Ao contrário, 2 Pedro 3:8 está simplesmente dizendo que Deus está acima e além do tempo. Deus é eterno e infinito. Em segundo lugar, nada no contexto de Gênesis 7:4-11 indica que os "sete dias" e "dia dezessete do segundo mês" devem ser aplicados a outra coisa senão ao que Deus estava dizendo especificamente para Noé. Terceiro, o Dilúvio sendo datado a 4990 AC é especulativo na melhor das hipóteses, sem nenhuma evidência bíblica explícita. O cálculo de Camping de 21 de maio de 2011 se desfez mesmo sob o escrutínio bíblico mais básico. Agora, era possível que Jesus voltasse em 21 de maio de 2011? Sim, mas isso era tão possível quanto qualquer outra data. Será que a metodologia específica de Harold Camping teve qualquer validade bíblica? Não, não tinha. Infelizmente, Camping e outros certamente irão calcular novas datas futuras e tentarão explicar seus erros como "erros na fórmula" ou algo nesse sentido.

Os principais pontos são (1) a Bíblia nunca nos incentiva a tentar descobrir o tempo do retorno de Jesus Cristo e (2) a Bíblia não dá dados explícitos pelos quais o tempo do retorno de Jesus Cristo possa ser determinado. Ao invés de desenvolver cálculos especulativos para determinar quando Jesus voltará, a Bíblia nos incentiva a "vigiar" e "estar pronto" (Mateus 24:42-44). O fato de que o dia da volta de Jesus é desconhecido deve nos motivar a viver cada dia em função da iminência do Seu retorno.