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sábado, 22 de março de 2014

Você conhece a história dos macaquinhos que tapam os olhos, boca e ouvidos?!

Garanto que você já viu aquelas peças que são três macaquinhos, em que um tapa os olhos, outro tapa os ouvidos e o terceiro tapa a boca. Você sabia que eles são conhecidos como “três macacos sábios”, e são parte importante do folclore japonês? Por lá são conhecidos como “Sanbiki no-saru”. Ganharam o mundo com a expansão do Cristianismo, quando os frades portugueses evangelizaram grande parte do Japão.


Toda a história começa com os macacos que ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século 15 localizado no Santuário de Toshogu, em Nikko, no Japão. Sua origem não é obscura como muitas pessoas podem supor, mas de um trocadilho de palavras japonesas; seus nomes são Mizaru (o que cobre os olhos), Kikazaru (o que tapa os ouvidos) e Iwazaru (o macaquinho que tapa a boca), que seria traduzido como “não ouça o mal, não fale o mal, não veja o mal”. Gramaticalmente, a palavra “saru”, em japonês, significa “macaco” e tem o mesmo som da terminação verbal “zaru”, que está ligada à negação.

Abaixo, na foto, os macaquinhos originais que ficam em Nikko


O folclore japonês é muito distante e os etnólogos não conseguiram identificar ao certo onde começa a lenda e a verdade, pois o período medieval japonês é repleto de misturas de realidades com ficções. De acordo com o que é contado, a imagem dos macacos foi trazida por um monge budista chinês no século 13. Apesar disso, não há nenhuma comprovação dessa suposição. O que se tem certeza é que os macaquinhos chegaram à Europa através dos jesuítas portugueses e comerciantes holandeses que invadiram o Japão no século 16.

Os três macacos sábios deram, com o tempo, temática para um provérbio japonês que diz: “Nunca olhe demais, jamais ouça o que nunca ouviu e nunca levante falso do outro”. O interessante é que, gramaticalmente, “miru” significa “olhar” (tem origem no português “mirar”), “kiku” é “ouvir” e “iu” é o verbo “falar”, enquanto “zaru” dá conotação de negação. Portanto os nomes dos macaquinhos, Mizaru, Kikazaru e Iwazaru portam o sentido de não fazerem essas ações. O ditado popular é uma forma de lembrar que, se os homens não olhassem, não ouvissem e não falassem o mal alheio, teríamos comunidades pacíficas com paz e harmonia.


Como na Europa não há macacos, houve uma adaptação continental: as figuras foram substituídas por ursinhos e, assim, também ganharam o continente estando por todas as partes nos principais centros comerciais marítimos, como Veneza, Florença, Gênova, Roterdã, Hamburgo, Lisboa e Barcelona.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Santos invisíveis?

Por Josemar Bessa

santos na terra! Não, eles não são perfeitos, mas são “excelentes!” – Muitas pessoas tem escondido a realidade de serem apenas um eco da cultura individualista, do homem centrado em si mesmo... com uma falsa espiritualidade e zelo pelo evangelho, que justifica uma vida que não está em constante comunhão com o Corpo de Cristo numa igreja local.
O suposto “comprometimento” com o evangelho os fez, estranhamente, amar cada vez menos o que Deus ama mais – a igreja... não simplesmente a invisível... mais a de carne e osso, sangue, suor e lágrimas... gente de verdade. O que o homem sobre o qual a Bíblia mais dedica páginas, depois de Cristo, chamado por Deus ‘homem segundo o meu coração” – via e sentia pelos santos? Não os invisíveis, mas os que se podia tocar, abraçar...? Ele diz:
"Quanto aos santos na terra, eles são os excelentes, nos quais está todo o meu prazer." Salmo 16:3 – Certamente a declaração de Davi não está ligada a perfeição deles, nem ele mesmo podia se colocar assim. Sua grande declaração sobre ele é: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.” - Salmos 32:1 – Davi mesmo conhecia essa grande misericórdia para grandes pecados em sua vida. Não era a perfeição que fazia ele ter todo o seu prazer no povo de Deus e chamá-los de excelentes. Então o que é?
Quanto aos santos na terra. Eles estão em Cristo. Isso é o que os distingue. É tudo no que eles precisam ser distinguidos. Nem os seus próprios talentos ou realizações, mas o que Deus tem feito neles. Deus os criou (de novo – Os Regenerou) para além de si mesmos, mas para Ele. Isso muda tudo.
Eles são os excelentes . Há muito o que admirar em cada cristão. Basta começar a fazer perguntas. Cerca de trinta segundos de conversa, as excelências se tornarão evidentes. Ao invés de avaliá-los, classificá-los, analisá-los, para ver se eles estão no nosso nível, ao invés de dizer: "Bem, eles não são perfeitos", o que é insultante, degradante e irrelevante. Os olhos do evangelho, optam por observar as muitas excelências divinamente investidas em outro cristão.
Nos quais está todo o meu praze . Este passo final. É pessoal. É emocional. Ele é sincero. Não é simplesmente para entes, seres invisíveis. Davi é tão ousado que poderia ser interpretado por alguns como idolatria ("todo o meu prazer"). Mas o evangelho não permite nenhuma indiferença, nenhuma atitude "esperar para ver”. Todos os verdadeiros redimidos sabem a indignidade de todos os que foram chamados e sabem a dignidade por causa do chamado:“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” - 1 Coríntios 1:27-30
Nós nos movemos em direção ao outro com alegria intensa.
O mundo não pensa dessa forma. Temos de pensar desta forma. O evangelho exige e nos dá poder e razões irrefutáveis para fazê-lo.
Só podemos viver o evangelho na comunidade dos santos, não sozinhos. A Bíblia nos dá ordens múltiplas e claras sobre isso. Argumentos sobre argumentos:
Seja dedicado um ao outro (Rm 12:10).

Dê preferência um ao outro (Rm 12:10).
Ser da mesma mente com o outro (Rm 12:16).
Aceitando um ao outro até que ele se torne maduro no conhecimento (Rom. 14:1).

Aceitar um ao outro, mostrando deferência (Rm 14:1-5; 15:07).
Considerando o outro superior a si em amor (Rm 14:05;. Fil 2:03).
Edificando um ao outro (Rm 14:19;. 1 Ts 5:11).
Admoestando uns aos outros (Rm 15:14).
Servir uns aos outros, mostrando deferência em questões de liberdade (Gl 5:13).

Levar a carga uns dos outros (Gl 6:02).
Seja gentil com os outros (Ef 4:2).
Ser gentil com o outro, de modo a preservar a unidade (Ef 4:32).
Falar a verdade um ao outro (Efésios 4:25; Col 3:9).
Se sujeitar um ao outro (Efésios 5:21).
Mostrar compaixão uns aos outros (Colossenses 3:12).
Suportando uns aos outros e perdoando (Col. 3:13).
Perdoar uns aos outros (Colossenses 3:13).
Ser cheio do Espírito Santo, adorando com hinos saturados pela Palavra admoestando uns aos outros (Cl 3:16;. Ef 5:19).
Confortar uns aos outros com a esperança da volta de Cristo (1 Ts. 4:18).
Encorajar uns aos outros (1 Ts. 5:11).
Viver em paz uns com os outros (1 Ts. 5:13).
Buscai o bem uns aos outros (1 Ts. 5:15).
Encorajar um ao outro a abandonar a incredulidade e dureza de coração (Hb 3:13).
Estimular um ao outro para o crescimento espiritual (Hebreus 10:24).
Encorajar um ao outro pela participação fiel em sua igreja local (Hb 10:25).

Confessar os pecados uns aos outros (Tiago 5:16).
Orar uns pelos outros em suas aflições físicas (Tiago 5:16).
Seja sofredor e paciente para o outro (1 Pedro 4:8;. Ef 4:2).
Servir uns aos outros (1 Pedro 4:10;. Gal 5:13).
Agir com humildade para com o outro (1 Pedro 5:5).
Demonstrar afeto santo uns aos outros (1 Pedro 5:14).
Participar da santa caminhada com o outro (1 João 1:7).
Recuse-se a tornar-se ressentido com o outro (1 João 3:11-12).
Lutar contra o medo juntos pelo crescimento no amor (1 João 4:18).
Andam na verdade juntos (1 João 3:18, 2 João 1:5).
Meu destino especial como um crente, regenerado, é ser parte da igreja, e é a igreja que é o grande foco no plano mais amplo de Deus, e não eu.
Você pode dizer com Davi?: "Quanto aos santos na terra, eles são os excelentes, nos quais está todo o meu prazer." Salmo 16:3

Fonte: Josemar Bessa

O PERIGO DA DISTRAÇÃO

Por Pr. Silas Figueira

Texto Base At 6.1-7
INTRODUÇÃO
Onde há pessoas, geralmente, há problemas; e onde existem problemas tem o dedo do diabo nisso. Seja em nossa casa, no trabalho, na escola, num laser e porque não dizer dentro da igreja do Senhor. Com o crescimento da Igreja Primitiva - pois o Senhor havia concedido a Sua bênção ao trabalho dos apóstolos tanto na pregação quanto nos milagres – é nos dito que um problema surgiu dentro da igreja em Jerusalém em relação à distribuição da ajuda as viúvas, pois as viúvas helenistas estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Com isso houve murmuração dessas viúvas em relação aos apóstolos, dizendo que eles estavam favorecendo as viúvas hebreias e as esquecendo.
Diante dessa situação os apóstolos tiveram que tomar algumas decisões importantes para acabar com aquela murmuração, pois os apóstolos não poderiam deixar as viúvas desamparadas e nem deixar de fazer o que era realmente prioridade para eles, que era a oração e a pregação da Palavra.
É importante observar que esse ocorrido era mais um ataque do diabo a Igreja do Senhor. Em Atos 4 fala-nos do primeiro ataque contra a igreja vindo de fora – a perseguição por parte das autoridades judaicas. Em Atos 5 fala-nos do ataque vindo de dentro, quando Satanás tentou corrompê-la com a hipocrisia, com o casal Ananias e Safira. E o terceiro ataque, distrair os apóstolos da oração e da pregação através de algumas viúvas murmuradoras, para expor a igreja a erros e ao mal. Se ele tivesse obtido sucesso em qualquer uma dessas tentativas, a nova comunidade de Jesus teria sido aniquilada em sua infância. 
No primeiro ataque o diabo tentou parar a Igreja através do medo; no segundo através da hipocrisia, de pessoas se passando por espirituais, mas não passavam de gente querendo a honra para si; e no terceiro ataque, o diabo vem manhoso, mas tão perigoso quanto nas duas vezes. Pois agora ele vem para desmoralizar a liderança apostólica. 
Diante dos taques do diabo os apóstolos não esmoreceram, muito pelo contrário, agiram com garra e com coragem. Diante das autoridades judaicas não temeram, mas disseram com toda autoridade:
“Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 418-20).
Diante da hipocrisia de Ananias e Safira - quando esse casal soube que Barnabé havia vendido uma propriedade e depositado aos pés dos apóstolos todo o dinheiro, pois havia muitas pessoas necessitadas na igreja na época; esse casal achou interessante esse ato e quis copiar. Eles vendem também uma propriedade, mas retiveram parte do dinheiro, no entanto, dizem para os apóstolos que aquela quantia era todo o valor da venda. Esse casal era mentiroso, hipócrita e queria os holofotes para si. Diferente de Barnabé que não fez isso para aparecer, mas para abençoar as pessoas necessitadas. 
Diante desse confronto com os apóstolos, esse casal veio a morrer. O Senhor os fulminou imediatamente após serem confrontados. Veja At 5.1-11.

Nesse terceiro ataque de Satanás os apóstolos tiveram que tomar decisões que evitasse a continuidade da murmuração. Pois agora, o ataque era com a tentativa de tirar o foco dos apóstolos da oração e da Palavra, ou seja, o intuito de Satanás era distraí-los. 
Observando esse texto nós podemos aprender com os apóstolos algumas lições importantes:
1 – PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE NA IGREJA SEMPRE HAVERÁ PROBLEMAS (AT 6.1). 
O crescimento da igreja sempre trará problemas, pois mais uma vez repetimos: onde há pessoas surgem problemas. E os problemas precisam ser enfrentados.
Entendamos o que estava acontecendo – O texto de Atos 6.1 nos diz: “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”.
Todo pastor quer que sua igreja cresça, mas com o crescimento surgem também os problemas. Não foi diferente na Igreja Primitiva. John Stott falando a respeito da Igreja Primitiva, nos chama a atenção à forma como temos olhado para aquela Igreja. Ele diz que “existe o perigo de romantizarmos a igreja primitiva, falando dela em tom solene, como se não tivesse falhas. Isso significa fechar os olhos diante das rivalidades, hipocrisias, imoralidades e heresias que atormentavam a igreja, como acontece ainda agora”. 
Esse problema surgiu porque havia duas classes de judeus na igreja. O primeiro grupo era composto pelos judeus que moravam em Jerusalém e Palestina e falavam o aramaico, o idioma ancestral. Esse grupo orgulhava-se de não ter assimilado nenhuma estrangeirice em sua cultura. O segundo grupo era formado pelos judeus que haviam morado fora da Palestina por muitas gerações, mas que depois do Pentecostes permaneceram em Jerusalém. Esses judeus haviam esquecido o hebraico e falavam o grego. Os orgulhosos judeus de fala aramaica tratavam com desprezo os judeus estrangeiros, embora os hebreus falassem a língua grega. Essa fissura no relacionamento manifestou-se na distribuição diária dos recursos (dinheiro). A queixa acerca da ajuda dos pobres não passava de mero sintoma de um problema mais profundo, a saber: os cristãos de língua hebraica e os de língua grega estavam divididos em dois grupos separados. E outro problema que havia era que os judeus de língua grega tinham hábitos gregos. Não era só a língua que os separava. 
Com esse problema instalado dentro da igreja, ela estava enfrentando três problemas seriíssimos: o orgulho, o preconceito e a divisão dentro da igreja. A igreja que contava com a simpatia de todo o povo (At 2.47), não estava sendo simpática com os seus irmãos estrangeiros que estavam dentro dos seus arraiais. 
Como o diabo é astuto. Ele tentou amedrontar os discípulos, mas não conseguiu. Tentou se infiltrar através da hipocrisia, mas foi desmascarado. Agora usa essa última cartada: a desmoralização da liderança. Irmãos, se nós não vigiarmos poderemos cair nos mesmos problemas que a Igreja Primitiva estava enfrentando, pois o diabo nunca deixará de atacar a igreja. 
Na igreja sempre haverá pobres e ricos, letrados e analfabetos, brancos e negros, orientais e ocidentais. Como nos fala em Ap 7.9,10: 
“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação”.
Se o Senhor morreu por Sua Igreja que é composta por todos os povos quem somos nós para fazermos distinção de pessoas.
2 – SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE CORREMOS O RISCO DA DISTRAÇÃO (AT 6.2). 
Os apóstolos estavam cientes de que aquele problema era grave e era necessário resolvê-lo. Eles não fizeram “vista grossa” para o problema, pelo contrário, o enfrentaram e procuraram solucioná-lo. Mas para isso eles deveriam colocar outras pessoas para fazer tal tarefa, pois eles tinham outras prioridades. E a prioridade deles era a oração e pregação da Palavra.
Tudo indica que até aquele presente momento eram os doze que realizavam essa tarefa (At 4.35). Mas aquilo que funcionou bem ontem pode não funcionar tão bem hoje. Como Moody costumava dizer: “É melhor colocar dez homens para trabalhar do que tentar fazer o trabalho de dez homens”. Como diz a minha esposa, na igreja não podemos dispensar nem a ajuda das crianças.
DISCERNINDO AS PRIORIDADES
A organização é essencial – é preciso organizar a vida da igreja. Mas a questão é, até que ponto? Isso é importante porque, quando a organização se torna mais importante que a mensagem, inverte-se a posição do Novo Testamento e a tragédia vem em seguida. 
Observe o que os apóstolos disseram a igreja: “Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas” (At 6.2). A expressão servir às mesas significa garantir que as necessidades das viúvas sejam atendidas, ou seja, ocupar-se de questões financeiras e administrativas. É bom deixar claro que os apóstolos não viam a obra social inferior à obra pastoral, ou a considerasse pouco digna para eles. Não era isso. Cabia a eles a diaconia da palavra, e não a diaconia das mesas. 
Por que os apóstolos se posicionaram contra permanecerem nessa atividade? Porque para eles naquele momento era errado colocar o “servir às mesas” antes da pregação da palavra de Deus. 
Creio que existam três razões para isso:
1º- Porque é sempre errado colocar o homem antes de Deus. Assim como naquela época, o diabo quer fazer da criatura o centro de tudo, ou seja, colocar o homem acima de Deus. E colocar o homem no centro foi uma tentação muito sutil para a Igreja Primitiva. Não que seja errado fazer a obra social, socorrer ao necessitado, mas os apóstolos não foram chamados para esse serviço. 
Se os apóstolos cedem a essa tentação a humanidade não teria vindo a conhecer Deus e a Sua Palavra, ou seja, eles nunca teriam tempo para pregar o Evangelho. Todos os problemas do mundo atual decorrem do fato de que as pessoas não conhecem Deus e o Evangelho de Jesus Cristo.
Saiba de uma coisa, não se pode colocar o homem antes de Deus porque Deus é sobre todos. 
2º - Porque é errado colocar o corpo antes da alma. O homem não é somente corpo. Existe a parte imaterial do homem que necessita do alimento que só Deus pode alimentar. E esse alimento é o Evangelho. Tanto que o apostolo Paulo define o ministro do evangelho como despenseiro, ou seja, alguém responsável por dar o alimento às pessoas de uma casa. Essa dispensa é a Bíblia. 
A tragédia do homem é que ele não se importa com a alma, geralmente só pensam nos prazeres dessa vida. Como disse Paulo: “O deus deles é o ventre” (Fl 3.19). Quem vive só pensando no corpo e não se preocupam em alimentar a alma vivem por instinto, não passam de animais. 

3º - Porque é errado colocar o tempo presente antes da eternidade. O sustento do corpo pertence ao tempo. O sustento da alma pertence a eternidade. Na vida de cada um de nós virá o dia em que não estaremos interessados em comida e em que a comida não poderá ajudar-nos em nada; estaremos muito além disso. Como disse Paulo: “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4.18). 
A Palavra de Deus sempre tem que ter a prioridade, vindo até antes da beneficência e da bondade. Se você puser alguma destas coisas em primeiro lugar, estará invertendo coisas que nunca devem ser invertidas. Deus, depois o homem! A alma, depois o corpo! A eternidade, depois o tempo! 
Os apóstolos entenderam isso e não abriram mão de por em prática.
3 – TERCEIRA LIÇÃO QUE APRENDO QUE DIANTE DO PROBLEMA DEVEMOS BUSCAR A SOLUÇÃO (AT 6.3-6). 
Os apóstolos entenderam a legitimidade da diaconia das mesas. Eles reafirmaram a necessidade de continuar a assistência aos pobres. A evangelização não anula a ação social, nem esta dispensa aquela. Vemos através desse incidente o início do ministério diaconal na igreja, que posteriormente foi legitimado como lemos em 1Tm 3.8-13. 
Os diáconos não foram escolhidos pelos apóstolos, mas pela própria igreja. No versículo 5 nós encontramos a relação dos escolhidos. É interessante observar que todos os escolhidos têm nomes gregos, ou seja, eles nomearam exatamente entre os helenistas. Isso nos mostra a graça de Deus e a obra do Espírito Santo nos corações dos crentes de fala hebraica. Eles eram a maioria, mas escolheram todos os diáconos do grupo da minoria. Estes sete teriam a seu cargo a administração do fundo para os necessitados de ambos os grupos. Desse modo, nenhuma queixa podia ser apresentada pelos de fala grega. 
Com isso o Senhor quebrou a primeira barreira dentro da igreja. 
No entanto dentre os escolhidos havia um que não era judeu de língua grega, mas era um prosélito de Antioquia, ou seja, um gentio. Nicolau era grego de nascença, um gentio no contexto da igreja de Jesus; alguém que primeiramente havia se convertido ao judaísmo, mas agora estava convertido ao cristianismo. Isso é uma total quebra de preconceito. 
Mas para ser diácono dentro do contexto da igreja naquela situação eram necessários alguns critérios que têm sido esquecidos hoje em dia. 
1º Boa reputação – Pessoas que dessem bom testemunho para com os de dentro da igreja como fora dela.

2º Cheios do Espírito Santo – Esses diáconos deveriam ser crentes em Jesus e terem uma vida santa e irrepreensível.

3º Cheios de sabedoria – Esses diáconos deveriam saber minimizar e acabar com a murmuração das pessoas contra os apóstolos. E discernindo as viúvas que eram dadas às fraudes, às calúnias e à traição por palavras; pois, em seu trabalho de administração do dinheiro, naturalmente se encontravam com muitas pessoas dessa natureza. A sabedoria deles deveria ser tanto terrena quanto espiritual, pois deveria discernir o erro e abençoar as que deveriam ser socorridas. Veja o que Paulo falou a Timóteo sobre a questão das viúvas em 1Tm 5.3-16. Com isso vemos que as fraudes eram constantes dentro da igreja e possivelmente dentro da igreja em Jerusalém nessa época.
No versículo 6 lemos: “Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos”. É bom deixar bem claro que essa imposição de mãos não simboliza nenhuma transferência de poder como muitos pensam e pregam. Primeiro porque esses homens já eram cheios do Espírito Santo e mesmo que não fossem tal coisa não ocorre. Essa imposição de mãos era como um reconhecimento público do ministério que passariam a exercer e era um pedido a Deus de suas bênçãos sobre eles para exercerem com êxito esse ministério. 
4 – QUARTA LIÇÃO QUE APRENDO QUE QUANDO A LIDERANÇA SE DEDICA A ORAÇÃO E A PREGAÇÃO DA PALAVRA HÁ CRESCIMENTO NA IGREJA (At 6.7).
O resultado da medida tomada pelos apóstolos acalmou os ânimos dos helenistas, estancou a murmuração, trouxe contentamento para a igreja, distribuiu o trabalho e liberou os apóstolos para focarem no ministério que lhes havia sido confiados. A palavra não pode se espalhar quando o ministério da palavra está sendo negligenciado. Por outro lado, quando os pastores se dedicam à Palavra, ela se espalha. O resultado é o que lemos no versículo 7: “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”. 
Os dois verbos “crescia” e “multiplicava” estão no tempo imperfeito, indicando que o crescimento da palavra e a multiplicação da igreja eram contínuos. Mas saiba de uma coisa, onde falta a Palavra cresce o pecado. Que não venhamos calar os nossos lábios e nem nos distrairmos com problemas que podem nos tirar do verdadeiro foco. 
CONCLUSÃO 
Há no Antigo testamento uma declaração que penso ser uma das mais alarmantes de toda a Bíblia. O Senhor adverte a nação de Israel por meio do profeta Amós que diz: 
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR” (Amós 8.11). 
E essa é a calamidade final porque, se você não ouvir a Palavra de Deus, nada lhe restará. As coisas que se veem, baseado nas quais você vive não lhe trará nenhuma esperança. Fome de ouvir a Palavra do Senhor, isso é muito pior do que morrer de fome por falta de alimento, ou morrer de sede ou por alguma enfermidade. Lembre-se do que disse Davi no salmo 42.1,2: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?”
Por isso que os apóstolos disseram: “Não é razoável que nós abandonemos a palavra para servir s mesas”. (At 6.2b). Não que a obra social não seja importante, mas sem a Palavra o povo perece. 
Que o Senhor nos ajude a preservarmos o zelo pela Palavra sem omitirmos a obra social!

Geoengenharia pode amplificar efeitos do aquecimento global

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/03/2014
Alguns cientistas propõem vários tipos de manipulação do clima para tentar frear o aquecimento global.

Contudo, um número cada vez maior deles alerta que isso pode piorar a situação.

Uma das propostas mais populares consiste na pulverização de partículas reflexivas na atmosfera para refletir a luz solar, impedindo que o calor chegue à superfície.

Contudo, se isso começar a ser feito - eventualmente em escala experimental - e depois for interrompido, os efeitos sobre o aquecimento global seriam catastróficos.

A interrupção da geoengenharia faria com que a taxa de aquecimento global se elevasse a uma taxa muito superior à que seria esperada devido ao aquecimento global como este vem sendo monitorado hoje.

"A temperatura absoluta acaba sendo praticamente a mesma que a que teria sido, mas a taxa de mudança é tão drástica que os ecossistemas e organismos têm muito pouco tempo para se adaptar às mudanças," disse Kelly McCusker, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Gestão da radiação solar

O estudo analisou a gestão da radiação solar, um método de geoengenharia que propõe pulverizar partículas à base de enxofre na atmosfera superior para refletir a luz solar. Os proponentes dessa técnica afirmam que ela seria semelhante ao que acontece após uma grande erupção vulcânica.
Mas a implementação contínua ao longo dos anos depende de que a coisa funcione de fato e de que não comecem a surgir efeitos colaterais negativos - sem contar a necessidade da manutenção das fontes de financiamento e os acordos entre os países sobre os efeitos locais.
Este é o maior problema, alertam os pesquisadores: se a geoengenharia começar e for interrompida, tudo fica pior.

A equipe usou um modelo climático global no qual tudo continua como está hoje, com o ritmo das emissões se mantendo até 2035, o que se calcula fará as temperaturas subirem 1° C acima da média 1970-1999.

Nesse caso, se a geoengenharia for implementado durante 25 anos, e então interrompida, a temperatura global poderia subir 4° C nas três décadas seguintes, uma taxa mais do que o dobro da que teria ocorrido se nada tivesse sido feito.

"A taxa de aquecimento global projetada hoje seria realmente prejudicial para um monte de organismos, de modo que se você aumentar por um fator de 2 a 3, então esses organismos encontrarão ainda mais dificuldades para a adaptação ou migração," disse McCusker.

Perigos da geoengenharia

Os resultados vêm se somar a outro trabalho recente feito por pesquisadores britânicos que apontam para o risco de implementação e interrupção da geoengenharia. Os pesquisadores britânicos compararam vários modelos climáticos, mostrando que o resultado é o mesmo nos vários tipos de modelos.

Isso destrói um dos principais argumentos dos defensores da geoengenharia, de que é melhor tentar fazer algo, um argumento que, de resto, não se baseia em conclusões científicas, mas em opiniões pessoais sobre rotas de ação a seguir.

Outros estudos já demonstraram que a geoengenharia pode transformar o aquecimento global em seca global e até destruir o azul do céu.

O exemplo mais esclarecedor, contudo, pode ser encontrado em uma tentativa de manipulação do clima que já resultou em fracasso:
Bibliografia:

Rapid and extensive warming following cessation of solar radiation management
Kelly E McCusker, Kyle C Armour, Cecilia M Bitz, David S Battisti
Environmental Research Letters
Vol.: 9 024005
DOI: 10.1088/1748-9326/9/2/024005

Fonte: Inovação Tecnológica

quarta-feira, 19 de março de 2014


Por Josemar Bessa
Quem está sendo adorado em nossos cultos? Hoje é comum o pensamento de que o propósito do culto é entreter, animar... A idéia não é adorar a Deus maravilhados no temor santo de Sua graça infinita manifestada em nós por amor a Cristo. O culto deixa assim de ser a agitação de todas as afeições santas produzidas em nós pelo Espírito através da revelação plena de Sua Palavra.

Não! As pessoas se reúnem muitas vezes para consumir, sentar, desfrutar de uma experiências musical, achar um pouco de auto-ajuda e conselhos para interesses próprios não centrados e nem com o propósito de glorificar a Deus. A mensagem deve ser não ofensiva ao ego sensível, não deve gerar desconforto... As pessoas estão ali para consumir como o fazem em teatros, cinema...

Quais são as razões pelas quais a grande maioria das pessoas escolhem onde congregar? Sequer pensam em escolher por causa da pregação das Escrituras que o levem de fato conhecer a Deus mais e mais... escolhem por fatores externos estranhos ao evangelho. A avaliação tem os mesmos aspectos que teriam ao se avaliar um restaurante... O ambiente, as luzes, a música, o ar-condicionado... ou um clube, ou um shopping... que tipo de rapaziada tem lá, que tribo frequenta...

Essa mentalidade abraçada nada mais é que um culto a si mesmo. E hipocritamente uma igreja profana chama isso de um culto “sensível” – Sensível a quem? Quando o objetivo de uma igreja é auto-congratulação ela se tornou idólatra e presta serviço e culto a si mesma e não é mais dirigida pelo mandamento de adorar somente a Deus. O foco está em si mesmo o culto se torna sessões psicológicas cujo principal propósito é gerar bons sentimentos sobre nós mesmos – O que é isso senão idolatria? A violação do primeiro mandamento?

Esta realidade está devorando a “igreja” de nossa geração” – Perdendo o foco de que Cristo é tudo, começamos a perguntar tudo o que podemos encontrar fora dEle que faça a vida satisfatória.

A verdadeira adoração é prestada a um Deus Santo! O que nos leva sempre a reconhecer que somos merecedores do inferno e que segundo tão somente a graça, pelo sangue de Cristo podemos entrar na presença desse Deus santo. Do começo ao fim adoramos o Deus da graça. Portanto a verdadeira adoração é uma perda de toda confiança em si mesmo e vendo somente a obra de Cristo como a centralidade do que somos, vivemos, e que se expressa em nosso culto, ou nosso culto é uma farsa.

Quando acreditamos que devemos ser satisfeitos em vez de Deus ser glorificado em nossa adoração, colocamos Deus abaixo de nós mesmos, com se a adoração e o culto fosse algo para nós e não para Deus. 
Fonte: Josemar Bessa

Jesus, amigo de pecadores: como?



Por Kevin DeYoung 
Qualquer um que conheça alguma coisa sobre os evangelhos – e mesmo aqueles que não conhecem – sabe que Jesus era amigo de pecadores. Ele muitas vezes atraia a ira dos escribas e fariseus por comer com pecadores (Lucas 15.2). Jesus claramente reconheceu que um dos insultos atirados contra ele era que ele era “um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!” (Lucas 7.34). Nós cristãos adoramos essa história porque ela significa que Jesus é amigo de pecadores como nós. Também nos sentimos desafiados pelo exemplo de Jesus a nos certificarmos que não rejeitamos ninguém de alguma forma que Jesus jamais faria.

Por mais preciosa que essa verdade seja – que Jesus é amigo de pecadores – como qualquer outra verdade preciosa da Bíblia, ela deve ser protegida de erros doutrinários e éticos. É muito fácil, e incrivelmente comum, que cristãos (ou não cristãos) peguem a verdade geral de que Jesus era amigo de pecadores e a torcem até não ser mais reconhecida. Assim, “Jesus comia com pecadores” se torna “Jesus adorava uma boa festa”, que se torna “Jesus estava mais interessado em demonstrar amor do que tomar partido”, que se torna “Jesus sempre estava do lado dos não religiosos”, que se torna “Jesus pouco se importava com as violações da Torá”.

Aqui temos um exemplo de como uma verdade pode ser usada como uma meia verdade a serviço de uma mentira. Certa vez, quando era mais novo no ministério, fiz um comentário corriqueiro sobre como Jesus “andava com os bêbados”. Fui sabia e gentilmente corrigido por um cristão mais velho que já tinha enfrentado problemas de vício em álcool. Ele me desafiou a encontrar qualquer passagem da Escritura em que Jesus estivesse apenas “andando” com pessoas em estado de embriaguez. Na tentativa de acentuar a graça de Cristo, pisei além (ao redor, por cima e para longe) do texto bíblico e falei como se Jesus não gostasse de outra coisa além de jogar tempo fora com o Zach Galifianakis em Se beber não case.

Se queremos celebrar o fato de que o Senhor Jesus é um grande amigo de pecadores – e deveríamos – precisamos prestar cuidadosa atenção às formas em que Jesus de fato foi amigo de pecadores. Fora a história da mulher pega em adultério (por motivos de crítica textual), eu contei cinco passagens principais nos evangelhos onde Jesus foi repreendido por estar perto demais dos pecadores.

Mateus 9.9-13; Marcos 2.13-17; Lucas 5.27-32 - Essa é a história do chamado de Mateus, o coletor de impostos, para ser seu discípulo. Aqui vemos Jesus tomando lugar à mesa com muitos coletores de impostos e pecadores “porque estes eram em grande número e também o seguiam” (Marcos 2.15). Quando os escribas e os fariseus murmuram a respeito de suas companhias, Jesus diz a eles que não veio “chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5.32).

Mateus 11.16-19; Lucas 7.31-35 – Aqui Jesus repreende os “homens da presente geração” porque rejeitaram João Batista, por ele ser muito rígido, e rejeitaram o Filho do Homem por ser muito relaxado. É desse incidente que temos a frase “amigo de pecadores”. Vale notar que esse foi um insulto direcionado a Jesus por seus inimigos. Isso não significa que Jesus não o era e que não deveríamos cantar sobre isso, mas essa passagem sugere que Jesus não se encaixava de todas as maneiras nessa descrição. Se Jesus não era “um glutão e bebedor de vinho”, como seus oponentes diziam, talvez ele também não fosse “amigo de publicanos e pecadores” da mesma maneira que eles imaginavam.

Lucas 7.36-50 – Logo após vem outra história parecida em Lucas. Uma mulher pecadora unge Jesus com um perfume precioso, enxuga os pés de Jesus com suas lágrimas e com seu próprio cabelo. Quando Jesus é corrigido por deixar essa “pecadora” tocá-lo, ele lembra a Simão que aqueles a quem muito é perdoado amam muito. No fim, Jesus perdoa a mulher de seus pecados e anuncia “A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lucas 7.50).

Lucas 15.1-2 – O contexto das parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho perdido em Lucas 15 está nos primeiros versos do capítulo. Conforme os publicanos e pecadores “aproximavam-se de Jesus”, os fariseus e escribas murmuravam que Jesus estava os recebendo e comendo com eles. As três parábolas que se seguem demonstram como Deus busca os perdidos (15.3, 8, 20) e o quão feliz Deus fica quando pecadores se arrependem (15.7, 10, 21-24).
Lucas 19.1-10 – Novamente, os líderes judeus murmuram porque Jesus “ele se hospedara com homem pecador” (Lucas 19.7). Por mais que Zaqueu tenha se arrependido e mudado (19.8), os judeus simplesmente não conseguem aceitar que o Filho do Homem tenha vindo para buscar e salvar os perdidos (19.10) e que esse publicano famoso tenha sido salvo (19.9).

Assim, que lições podemos tirar desses episódios? De que forma Jesus era amigo de pecadores? Ele tinha uma estratégia para alcançar coletores de impostos? Ele “andava” indiscriminadamente com beberrões e prostitutas? Ele era um messias do relaxado do tipo “deixa a vida me levar”? O que vemos do conjunto dessas passagens é que os pecadores eram atraídos por Jesus, que Jesus gastava tempo com esses pecadores que estavam abertos a seus ensinamentos, que Jesus perdoava pecadores arrependidos e que Jesus abraçava pecadores que criam nele.

Jesus era amigo de pecadores não porque fazia vista grossa ou ignorava o pecado ou gostava de uma festinha com aqueles que se envolviam com imoralidade. Jesus era amigo de pecadores no sentido de que veio para salvar pecadores e ficava muito feliz em receber aqueles que estavam abertos ao evangelho, que se arrependiam de seus pecados ou que estavam no caminho para colocar sua fé nele.

Fonte: Reforma 21

segunda-feira, 17 de março de 2014

O que é avivamento?

Campo2

Por Maurício Zágari

Um dos conceitos mais falados na igreja mas menos compreendidos é o de avivamento. Há muitas ideias erradas sobre o que isso significa exatamente – como, por exemplo, o pensamento de que uma igreja avivada é aquela com muito barulho ou muito movimento. E não é nada disso. Para compreendermos exatamente o que avivamento significa, precisamos analisar muito bem o que esse fenômeno envolve. Não vou listar aqui histórias de avivamentos ou coisa parecida. Não desejo falar de “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, de John Wesley ou de George Whitefield. Tampouco quero discorrer acerca dos grandes despertamentos da era moderna, muito menos do que ocorreu na rua Azuza ou em Pensacola. Se você quiser se aprofundar no tema, recomendo que leia o excelente livro “O Verdadeiro Avivamento”, de John Armstrong (editora Vida) – a meu ver, o melhor já publicado no Brasil sobre o assunto. O meu objetivo neste texto é apenas fazer uma síntese de como enxergo o fenômeno do avivamento cristão e as principais consequências disso para a sua vida.

A primeira pista está no próprio nome. A maioria de nós entende “avivamento” como “o ato de tornar vivo”. Ou seja, pegar algo morto e avivar, dar vida. Só que essa não é a única definição. O dicionário explica que “avivar” também é “dar vivacidade a algo”, “tornar mais vivo”, “renovar”.

Então, “avivamento” não se refere somente a dar vida a algo morto. Se isso fosse verdade, avivamentos espirituais viriam apenas sobre o mundo – que está morto em seus delitos e pecados – e não sobre a Igreja. Só que avivamentos acontecem justamente no Corpo de Cristo. Portanto, o conceito essencial de avivamento cristão é “dar vivacidade à Igreja”, “tornar a Igreja mais viva”. Assim, uma igreja que precisa de avivamento é aquela que está viva por estar enxertada na Videira mas que se encontra sem vivacidade – isto é, sem fulgor, energia, vigor.

A morte do mundo é não ter Deus. A “morte” no seio dos cristãos é viver como se não tivesse Deus.

Todo cristão crê que Deus existe. Mas daí a viver como se ele existisse… a distância é enorme. Eu posso crer que Jesus é meu Senhor e Salvador mas isso não ter consequência alguma na minha vida. Seja franco e olhe ao redor: você não vê isso acontecer aos montes? Assim, creio em Cristo mas vivo pecando sem me arrepender; amo ao Senhor sem compartilhar esse amor com os perdidos; valorizo a oração mas não tenho uma vida de oração; carrego a Biblia para cima e para baixo mas jamais estudo o texto sagrado; sei da importância do próximo mas não faço nada por ele… enfim, a perda de vivacidade do cristão ocorre não no que tange à perda da salvação, mas sim a um relacionamento tão mirrado com Deus e o próximo que o indivíduo torna-se espiritualmente esquelético. Pele e osso.

A imagem que vem à minha mente quando penso no cristão que precisa de um avivamento é a dos sobreviventes dos campos de concentração nazistas na 2a Guerra Mundial. Olhe para as fotos daqueles homens e mulheres raquíticos e me responda, sinceramente: parecem pessoas plenamente vivas ou sem nenhuma vivacidade… mortas em vida? Quase zumbis?

Aqueles homens e mulheres estavam vivos, o ar entrava em seus pulmões e o sangue circulava por suas artérias, mas… encontravam-se sem vida. Apáticos. Acordavam de manhã sem propósitos. Sobreviviam, sem viço e sem vigor. Compreende o que quero dizer? Do que aqueles sobreviventes do holocausto precisavam assim que foram resgatados dos campos de concentração? De vida. Ser avivados.

Ou seja: avivamento.

Aqueles esqueletos ambulantes saíram do cativeiro famintos e sedentos, desesperados por comer e beber e, assim, nutrir seu corpo. De igual modo, cristãos espiritualmente esqueléticos que são tocados pelo Espírito Santo tornam-se famintos e sedentos de Deus, desesperados por ter mais e mais do Senhor.

Cristãos sem fulgor, energia e vigor são como pessoas anoréxicas: estão extremamente desnutridas mas não se dão conta disso. É quando chega o avivamento: Deus os toca sobrenaturalmente e desperta neles uma fome incontrolável, que antes não sentiam – e fome de Deus: avivamento leva cristãos a buscar desesperadamente nutrição espiritual. De forma prática, avivamento leva você ao joelho, numa busca ávida por relacionamento com o Senhor. Também faz com que mergulhe nas páginas das Escrituras, numa sede gigantesca por conhecer mais e mais do Criador. Desperta no seu coração um amor sem tamanho pelos perdidos, que conduz invariavelmente ao compartilhamento ousado de Cristo – evangelismo. Avivamento também acende em sua alma o fogo do amor ao próximo e o leva a atos de devoção, entrega e caridade.

Em outras palavras, o cristão avivado é o que deseja relacionar-se sempre e mais com Deus, e que transborda de amor pelo próximo.

Infelizmente, muitos de nós acreditam que avivamento é quando a congregação começa a fazer muito barulho, berrar em línguas estranhas, ficar gritando “glória a Deus” e coisas do gênero. Não é nada disso – e falo como pentecostal. Tente visualizar aqueles esqueléticos sobreviventes dos campos de concentração, sedentos e famintos por algo que lhes dê vida e, de repente, começam a rodopiar, saltar, pular e gritar. Isso os faria ter mais vida como? Acreditar que devolver a vivacidade a alguém é fazer com que ele fique gritando e pulando é não compreender o significado de “vida”. Precisamos compreender que o avivamento cristão é o surgimento sobrenatural de uma necessidade desesperada e incontrolável por se relacionar com Deus e se aproximar dele numa intimidade inédita até então. E o Senhor não é surdo: podemos fazer isso sem barulho. Pois relacionamento com barulho é relacionamento, mas barulho sem relacionamento é só barulho.

Eu disse no início do texto que “o conceito essencial de avivamento cristão é dar vivacidade à Igreja”. Ou seja, é uma manifestação interna, que brota no Corpo de Cristo. Mas há um detalhe: quando o avivamento ocorre, a vida passa a fluir com tanto vigor e força pelas veias dos cristãos avivados que torna-se impossível conter tanta presença divina dentro das paredes da igreja. Portanto, sempre que ocorre avivamento, a vida transborda para fora e acaba levando a muitas conversões. Sim, essa é outra marca de um avivamento cristão real: salvação em massa. Centenas, milhares de pessoas sendo alcançadas pela graça salvadora de Cristo. Se você ouve dizer que em certo lugar está havendo um avivamento mas não há conversões de pecadores, pode ter certeza de que não é avivamento. Olhe para as imagens dos sobreviventes dos campos de concentração. Você consegue imaginar esses seres humanos gerando novos seres humanos? Se eles mal têm disposição para manter a si mesmos em pé, quanto mais gerar novas vidas. Como uma mulher que é pele e 0sso conseguiria nutrir por nove meses um feto, se mal tem vida para si? E como amamentar um bebê, se não tem nutrientes? Mas, uma vez que essas pessoas forem nutridas, alimentadas, saciadas, aí sim terão energia e forças para gerar novas vidas. De igual modo, a igreja avivada gera muitos filhos. E, desse modo, cresce.

Haveria muito mais a dizer sobre avivamento. Mas esta é a essência: avivamento cristão é a busca desesperada por relacionamento com Jesus de Nazaré. É a injeção caudalosa de Deus nas veias de almas apáticas, improdutivas e espiritualmente esqueléticas. É a seiva da Videira fluindo com tal força que transborda e espirra para todos os lados, fazendo mais e mais galhos se ligarem ao seu tronco.

Historicamente, avivamentos ocorrem por iniciativa única e exclusiva do Senhor. É uma ação unilateral. Eu não posso “produzir” um avivamento. Mas, quando olhamos para os grandes avivamentos da história, vemos um aspecto em comum às igrejas, denominações, cidades e nações onde brotaram avivamentos: sempre havia nesses lugares um pequeno núcleo de cristãos que oravam incansavelmente, clamando a Deus que mandasse um avivamento. É só o que podemos fazer: pedir e esperar, exatamente como os sobreviventes dos campos de concentração: eles não tinham como produzir alimento ou vida a partir do nada. Mas podiam pedir. No dia em que o exército aliado libertou os sobreviventes do holocausto, a primeira coisa que aquelas pessoas lhes pediram foi comida e bebida. E receberam.

Você quer experimentar um avivamento? Ore. Peça. Clame. E, se aprouver a Deus promover um verdadeiro avivamento, prepare-se para sentir a maior fome e sede de Jesus que já sentiu em toda a sua vida.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Fonte: Apenas