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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Um Mártir da Reforma Conforta Sua Esposa



Por W.L. Bredenhof


Algum tempo atrás, a revista Time publicou uma matéria de capa intitulada “Deus Quer que Você Seja Rico?”. Nessa matéria, os autores descrevem como pessoas como Joel Osteen e Joyce Meyer estão empurrando um novo evangelho. Eles ensinam que as boas novas são que Jesus Cristo veio para nos tornar prósperos, saudáveis e materialmente abençoados. Seus livros são muitos populares em círculos cristãos mais amplos e, às vezes, os encontramos até em nossos lares. Eles são populares, mas estão completamente errados. O evangelho não é saúde, prosperidade e riqueza. Em Atos 14.22, Paulo e Barnabé encorajam os crentes em Listra, Icônio e Antioquia ensinando-lhes que “através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus”. Eles aprenderam isso do próprio Senhor Jesus quando ele lhes ensinou que aquele que o seguir deve tomar sua cruz.
Essas verdades bíblicas foram restauradas pela Reforma. No dia 31 de outubro, nós lembramos que, em 1517, Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta de uma igreja em Wittenberg, Alemanha. Dois anos depois, em 1519, Lutero viajou à terra-natal do nosso Catecismo de Heidelberg. Em Heidelberg, Lutero e um de seus colegas, Leonard Beier, defenderam outra série de teses. Com a Disputa de Heidelberg, Lutero expôs a diferença entre uma teologia da glória e uma teologia da cruz. A Igreja Católica Romana ensinava uma teologia da glória. Por meio das boas obras e uma pequena ajuda, o homem poderia galgar seu caminho até Deus e receber a bênção de Deus. A Bíblia, por outro lado, ensina uma teologia da cruz. Por meio da graça, Deus desce até o homem em Jesus Cristo crucificado. A sabedoria de Deus está na cruz e no sofrimento, não na glória nesta terra.
Hoje, precisamos redescobrir um senso desta teologia da cruz. Nós vivemos em um mundo confortável. Não sofremos de qualquer maneira realmente significativa. Grande é a tentação de voltar-se para uma teologia da glória como aquela pregada por Joel Osteen e Joyce Meyer. A maneira de resistir a essa tentação é novamente voltar-se para o que confessamos a partir das Escrituras. Precisamos, em especial, voltar-nos para a Confissão Belga. A Confissão Belga é inteiramente singular – é a única confissão da Reforma escrita por um mártir. Ao examinar a Confissão, você percebe que ela vem de um mundo em que os crentes regularmente morriam por sua fé. Essa é nossa confissão e, porque confessamos uma igreja católica, uma que se estende não apenas por todo o mundo, mas também pelas eras, estamos inseridos na comunhão do corpo sofredor de Cristo no passado e no presente. Para nos ajudar a desenvolver esse sentimento, permita-me compartilhar uma carta escrita há muitos anos. Ela foi escrita pelo autor da nossa Confissão Belga, Guido de Brès. Ela foi escrita em abril de 1567. Ele estava na prisão e sabia que iria morrer pelo que tinha confessado.
Carta de Conforto de Guido de Brès a Sua Esposa
A graça e misericórdia do nosso bom Deus e Pai celestial, e o amor de Seu Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, esteja contigo, minha caríssima amada.
Catherine Ramon, minha querida e amada esposa e irmã em nosso Senhor Jesus Cristo: tua angústia e tristeza perturba um tanto a minha alegria e a felicidade do meu coração. Por isso, escrevo isto para consolo de nós dois e, em especial, para teu consolo, visto que sempre me amaste com ardente afeição e porque apraz ao Senhor separar-nos um do outro. Eu sinto mais intensamente o teu sofrimento por essa separação que o meu. Eu te imploro para que não te perturbes demais com isso, por temor de ofender a Deus. Quando casaste comigo, sabias que estavas desposando um marido mortal, com a vida incerta, e, ainda assim, agradou a Deus permitir-nos viver juntos por sete anos, dando-nos cinco filhos. Tivesse o Senhor desejado que vivêssemos juntos por mais tempo , ele teria providenciado os meios. Porém, não lhe agradou fazer isso e que sua vontade seja feita.
Agora, lembra-te de que eu não caí nas mãos dos meus inimigos por mero acaso, mas por meio da providência do meu Deus, que controla e governa todas as coisas, a menor assim como a maior. Isso é demonstrado nas palavras de Cristo: “Não temais. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não se vendem cinco pardais por dois asses? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais”. Essas palavras da divina sabedoria dizem que Deus conhece o número dos meus fios de cabelo. Como, pois, o mal pode vir a mim sem a ordem e a providência de Deus? Não seria possível, a não ser que se possa dizer que Deus já não é Deus. É por isso que o Profeta diz que não há aflição na cidade que o Senhor não tenha desejado.
Muitos homens santos que vieram antes de nós consolaram-se em suas aflições e tribulações com essa doutrina. José, que fora vendido por seus irmãos e levado ao Egito, diz: “Vocês cometeram um mal, mas Deus o tornou em seu bem. Deus enviou-me ao Egito antes de vocês para seu ganho”(Gênesis 50). Davi também experimentou isso quando Simei o amaldiçoou. E semelhantemente no caso de Jó e muitos outros. E é por isso que os evangelistas escrevem tão cuidadosamente sobre os sofrimentos e a morte do nosso Senhor Jesus Cristo, acrescentando: “Isso aconteceu para que se cumprisse aquilo que foi escrito dEle”. O mesmo deve ser dito sobre todos os membros de Cristo.
É bastante verdadeiro que a razão humana rebela-se contra essa doutrina e a enfrenta o quanto for possível, e eu mesmo tenho uma experiência bastante forte com isso. Quando fui preso, dizia a mim mesmo: “Tantos de nós não deveriam ter viajado juntos. Nós fomos traídos por esse ou por aquele. Não deveríamos ter sido presos”. Com tais pensamentos, tornei-me sobrecarregado, até meu espírito ser reanimado por meio da meditação na providência de Deus. Então, meu coração passou a sentir grande paz. Comecei, então, a dizer: “Meu Deus, tu me fizeste nascer na época em que ordenaste. Durante toda a minha vida, guardaste-me e preservaste-me de grandes perigos, e livraste-me de todos eles – e, se no presente, é chegada a minha hora de passar desta vida para ti, que tua vontade seja feita. Não posso escapar das tuas mãos. E, se eu pudesse, não o faria, visto que é minha felicidade conformar-se à tua vontade”. Esses pensamentos tornaram meu coração novamente alegre.
E eu te suplico, minha querida e fiel companheira, que una-te a mim em gratidão a Deus pelo que ele tem feito. Porque ele não faz algo que não seja justo e mui equânime, e deves crer que é para meu bem e minha paz. Tens visto e sentido as lutas, aflições, perseguições e dores que suportei, e até experimentaste parte delas ao acompanhar-me em minhas viagens durante o período de meu exílio. Agora, meu Deus estendeu sua mão para receber-me em seu bendito reino. Eu o verei antes de ti e, quando agradar ao Senhor, tu me acompanharás. Essa separação não é para sempre. O Senhor também te receberá para unir-nos novamente em nosso cabeça, Jesus Cristo.
Este não é o lugar da nossa habitação – que está no céu. Este é apenas o local da nossa jornada. É por isso que ansiamos por nosso verdadeira pátria, que é o céu. Nós desejamos ser recebidos na casa do nosso Pai Celestial, ver nosso Irmão, Cabeça e Salvador Jesus Cristo, ver a nobre companha dos patriarcas, profetas, apóstolo e muitos milhares de mártires, em cuja companhia espero ser recebido quando encerrar o percurso da obra que recebi do meu Senhor Jesus Cristo.
Eu te peço, minha caríssima amada, que te consoles com a meditação nessas coisas. Considera a honra que Deus te atribuiu, ao dar-te um marido que não somente foi um ministro do Filho de Deus, mas era tão estimado por Deus que ele o permitiu possuir a coroa dos mártires. É uma qualidade de honra que Deus jamais concedeu aos anjos.
Eu estou feliz; meu coração está leve e nada falta em minhas aflições. Estou tão cheio da abundância das riquezas do meu Deus que tenho o bastante para mim e todos aqueles com quem posso conversar. Assim, oro ao meu Deus que mantenha sua bondade comigo, seu prisioneiro. Aquele em quem confiei o fará, pois descobri por experiência que ele jamais abandonará aqueles que confiaram nele. Nunca imaginei que Deus pudesse ser tão gentil com uma criatura tão miserável quanto eu. Eu percebo a fidelidade do meu Senhor Jesus Cristo.
Agora, estou praticando o que preguei a outros. E devo confessar que, quando eu pregava, falava sobre as coisas que atualmente experimento como um cego fala das cores. Desde que fui preso, tenho me beneficiado mais e aprendido mais que durante todo o restante da minha vida. Eu estou em uma escola ótima: o Espírito Santo me inspira continuamente e me ensina como usar as armas neste combate. Do outro lado está Satanás, o adversário de todos os filhos de Deus. Ele é como um violento leão que ruge. Ele me rodeia constantemente e procura ferir-me. Todavia, aquele que disse “não temas porque eu venci o mundo” me faz vitorioso. E, desde já, vejo que o Senhor coloca Satanás sob meus pés e sinto o poder de Deus aperfeiçoado em minha fraqueza.
Nosso Senhor me permite, por um lado, sentir minha fraqueza e pequenez, que nada sou senão um pequeno vaso na terra, mui frágil, a fim de que ele me humilhe, para que toda a glória da vitória seja dada a ele. Por outro lado, ele me fortalece e me consola de um modo inacreditável. Eu tenho mais conforto que os inimigos do evangelho. Eu como, bebo e descanso melhor do que eles. Estou encarcerado em uma prisão muito forte, muito fria, obscura e sombria. A prisão é conhecida pelo obscuro nome de “Brunain”. O ar é terrível e ela fede. Em meus pés e mãos, tenho grilhões, grandes e pesados. Eles são um inferno contínuo, escavando meus membros até meus miseráveis ossos. O comandante vem examinar meus grilhões duas ou três vezes ao dia, temendo que eu escape. Há três guardas de quarenta homens em frente à porta da prisão.
Eu também recebo visitas do Monsieur de Hamaide. Diz ele que vem para ver-me, consolar-me e exortar-me à paciência. Entretanto, ele vem após o jantar, depois de ter vinho na cabeça e o estômago cheio. Você pode imaginar o que são essas consolações. Ele me ameaça e diz que se eu demonstrasse qualquer intenção de escapar, ele teria me acorrentado pelo pescoço, o tronco e as pernas, para que eu não pudesse mover um dedo; e ele diz muitas outras coisas nesse sentido. Mas, apesar de tudo, meu Deus não retirou suas promessas, consolando meu coração, concedendo-me muito contentamento.
Porque tais coisas aconteceram, minha querida irmã e fiel esposa, eu te imploro que, em tuas aflições, encontres conforto no Senhor e entregue teus problemas a ele. Ele é o marido das viúvas crentes e pai dos órfãos pobres. Ele jamais te abandonará – disso posso te assegurar. Conduza-te como uma mulher cristã, fiel no temor do Senhor, como sempre o fizeste, honrando por meio de uma vida e conversas excelentes a doutrina do Filho de Deus, que teu marido pregou.
Como sempre me amaste com grande afeição, peço que mantenhas esse amor com relação aos nossos filhinhos, instruindo-lhes no conhecimento do verdadeiro Deus e de seu Filho Jesus Cristo. Seja pai e mãe deles, e cuida para que eles usem com honestidade o pouco que Deus te deu. Se Deus te conceder o favor de permitir que, após minha morte, vivas na viuvez com nossos filhos, tudo ficará bem. Se não puderes, e os bens faltarem, então encontre algum homem bom, fiel e temente a Deus. E, quando eu puder, escreverei aos nossos amigos para que te protejam. Penso que eles não te deixarão em necessidade de qualquer coisa. Retorna à tua rotina habitual depois que o Senhor tiver me levado. Tens contigo nossa filha Sarah, que logo será crescida. Ela será tua companheira e te auxiliará em teus problemas. Ela te consolará nas tribulações e o Senhor sempre estará contigo. Saúda nossos bons amigos em meu nome, e peça que orem a Deus por mim, para que ele me dê força, articulação e a sabedoria e capacidade de preservar a verdade do Filho de Deus até o fim e o último fôlego da minha vida.
Adeus, Catherine, minha querida amada. Eu oro a meu Deus para que te conforte e conceda contentamento segundo sua boa vontade. Eu espero que Deus tenha me dado a graça de escrever para teu benefício, de tal forma que sejas consolada neste mundo miserável. Guarda minha carta como lembrança de mim. Está mal escrita, mas é o que posso, não o que desejo, fazer. Recomenda-me à minha boa mãe. Eu espero escrever algum consolo a ela, se agradar a Deus. Saúda também minha boa irmã. Que ela possa entregar sua aflição a Deus. A graça esteja contigo.
Da prisão, 12 de abril de 1567.
Teu fiel marido, Guido de Brès, ministro da Palavra de Deus em Valenciennes, e presentemente prisioneiro pelo Filho de Deus no local supracitado.
Ele foi enforcado em 31 de maio de 1567.
Reflexão final
Refletindo nesta carta, considere como seu irmão, Guido de Brès, tomava parte nos sofrimentos de Cristo. Através de muitas tribulações, ele estava entrando no reino de Deus. Ele deixou uma Confissão para nós, um sumário fiel do que a Escritura ensina. Você morreria por essa Confissão? Você sofreria por ela? Você abandonaria família e amigos pela doutrina do Antigo e do Novo Testamento sumarizada nesta Confissão? Permita-me deixar-lhe com as palavras do nosso Senhor Jesus em Mateus 10.37-39:

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”.
Nota do autor: Essa carta encontra-se traduzida em Procedures Held With Regard to Those of the Religion of the Netherlands (sem informação de publicação). Eu comparei e corrigi a tradução em alguns pontos com a referência ao original em francês que se encontra na Bibliotheca Reformatoria Neerlandica, Volume 8, pp.624-628.
Traduzido por Josaías Jr. e gentilmente cedido pelo Reforma Hoje. Via: Reforma 21

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"Tomai também o capacete da salvação..." (Ef 6:17).

O Capacete da Salvação, a quinta peça da nossa armadura. O capacete, ou elmo, é uma peça destinada a defender a cabeça do soldado de objetos atirados contra ele. Na nossa batalha espiritual, o capacete da Salvação é destinado a proteger nossa mente, onde estão nossos pensamentos, nossas emoções, nossas lembranças, nossa capacidade de tomar decisões, nossas vontades.

E como vimos no post passado o alvo do inimigo é atacar nossa mente. Nos ataca com a desconfiança, o egoísmo, o medo, o pessimismo e até a depressão, um mal do século.

O inimigo quer nos por temor pela vida, sabe ter medo de perder o emprego, e assim ficar sem dinheiro, e assim passar necessidade; ter medo de ficar doente; da solidão. Ele quer que pensamos negativamente sobre tudo, aquilo de que tudo sempre vai dar errado, de só ver o lado ruim da coisa. De achar que nunca vamos conseguir fazer ou realizar algo.

Quer nos levar a desconfiar das pessoas, nos levando ao isolamento. Quer nos angustiar de tamanha forma, que passamos a desacreditar de quem somos filhos e até mesmo da salvação em Cristo. Que caiamos em sua armadilha: a depressão.

O capacete da Salvação nos protege de ter nossas mentes corrompidas. Nos protege do egoísmo, pois nos faz olhar para a Cruz e ver o sacrifício de Jesus por amor a nós,o qual nos deu a salvação, nos faz confiar em Deus assim como Jesus confiou.

Permita que sua mente seja ensinada pelo Espirito Santo. O primeiro passo é aprender a controlar os pensamentos que estão em nossa mente. "A mente é o maior campo de batalha! "Examine os pensamentos que passam pela sua mente, veja se são procedentes de Deus, se estão de acordo com os Seus ensinamentos. Se não, clame ao Senhor pelo livramento pois esses são dardos injetados pelo inimigo.

O que deve penetrar na mente do cristão é: "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama (Fp 4:8). Nossos sentimentos devem estar em Cristo Jesus (Fp 4:7).

Sim é díficil, é uma luta constante controlar os pensamentos mas com a Palavra de Deus escondida em nosso coração (Sl 119:11), somos libertos de todo pensamento mal,e somos tomados pela esperança e confiança em Deus! "Quando conhecemos a Palavra de Deus, o Senhor traz-nos à mente o que precisamos no momento oportuno para alimentar a nossa fé".

O próximo passo é deixar-se ser transformado, deixar sua mente ser renovada em Cristo. É permitir que a esperança encha sua mente e coração, mudando toda a sua maneira de ver o mundo. A esperança na salvação de Deus, guarda a nossa mente em perfeita paz. E a certeza da Salvação é a nossa arma mais poderosa de defesa contra os ataques do maligno.

É da esperança que há em Cristo que é feito o Capacete da Salvação. Não saia sem seu capacete, proteja-se tendo a mente de Cristo. E permaneça inabalável durante a batalha!

Este artigo foi retirado do blog Arte e Adoração, muito legal o seu interesse por este texto, mas, para que este texto se torne uma benção em seu site, basta colocar os créditos para o nosso blog. Fazendo isso você ajuda a divulgar o nosso trabalho. Arte e Adoração | Armadura de Deus: Capacete da Salvação http://arte-e-adoracao.blogspot.com/2012/08/capacete-da-salvacao.html#ixzz2t93eAodr

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

COMO VAI SUA ESPIRITUALIDADE?



Por Fabio Campos
Texto base: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. – 1 Coríntios 9.27 AFC
O grande apologista C. L. Lewis já dizia, “as pessoas precisam ser mais lembradas do que instruídas”. O amado Apóstolo Paulo não se cansou de repetir as mesmas coisas às igrejas, preservando assim a espiritualidade e contribuindo com a segurança dos irmãos (Fp 3.1). O assunto não é tão simplista como se parece.
Dentro do ativismo secular, o Senhor se preocupa com o ativismo religioso dos seus escolhidos. A exemplo disso segue o que disse o apóstolo, o qual viu a Cristo através de visão; plantou igrejas; sistematizou a teologia cristã e foi irrepreensível na lei; contudo, preservava e zelava por sua espiritualidade em meio a todas essas atividades: “... para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.
Muitos ainda não entenderam na prática que é pó. O relacionamento com Deus é nutrido de joelhos e com as lágrimas. Existem momentos em que precisamos examinar-se a si mesmos e arrazoar se somos tudo aquilo que os outros pensam que somos. Na real? As coisas não são bem assim! Na tentativa de passar uma imagem da qual não somos nos perdemos e tropeçamos em muitas palavras. Consultando o travesseiro em união com o Pai - olhando nossa pequenez -, somos conduzidos a um estado de miséria genuína. Não digo a que escrevemos pelas frases prontas do facebook [“sou pobre e pecador”], mas dentro de uma realidade contemplada pelo espelho.
Muitos [assim como eu] têm a ciência, e disto o Espírito testifica que, não estamos bem, e há uma busca em demasia por aquilo que é efêmero. Olha a intranquilidade que agita nosso coração pelo anseio e busca priorizando o “ser perfeito” a vista de todos. São nestes momentos que identificamos o quanto estamos vazios – quanto nossa vida espiritual está mirrada. A teologia pensa sobre Cristo; a espiritualidade forma Cristo em nós.
Como certa vez ouvi de um grande teólogo; na introspecção e no devocional, por um “instante”, a teologia precisa ser deixada de lado [digo no estudo]. Como crianças, em certos momentos, precisamos ser ousados o suficiente para lançar-nos aos braços de Jesus, clamando pelo Aba. Passar tempo com Ele escolhendo a melhor parte - “ouvi-lo” em vez de “fazer”. Sejamos sinceros – consulte [assim como eu] sua consciência e responda: “Como vai sua espiritualidade”?
Paulo com toda essa bagagem preocupou-se com isso. O texto (1 Co 9.27) que usamos para trazer esta reflexão, “reprovado”, traz o sentido metafórico de “merecedor de condenação”, “réprobo” [‘detestado’; ‘infame’]. É muito mais sério do que talvez imaginemos! Precisamos cuidar um pouco mais da nossa comunhão com Deus e construir uma espiritualidade saudável. Você pode até ler meus textos no blog e meus post’s no facebook, e assim dizer, “... este é um grande homem de Deus, oxalá tivesse tal intimidade com o Senhor como ele”.
Não é bem assim, amados! Muitas das nossas orações são de nós para nós mesmos. Assim também segue os estudos, os postes, nossa pregação e apologética. “De nós para nós, usando o nome de Deus”. A espiritualidade de um homem não é construída nas praças; ou na sala de aula; nem tão pouco nos grandes congressos. A verdadeira espiritualidade é construída em nosso quarto - com a porta fechada - orando não como convém devido a nossa fraqueza, mas com gemidos inexprimíveis, na sinceridade e certeza de que, ninguém está arrazoando publicamente o falar, as orações e a forma pelo qual pensamos sobre Deus.
Precisamos passar mais tempo com o Senhor Jesus na prioridade de conhecê-Lo. É necessário esmurrar o corpo - reduzindo-o a escravidão-, para que, terminado todas as obrigações de um despenseiro, não venhamos a ser desqualificado.
Seja sincero e responda: Como Deus olha sua espiritualidade? Não o que você faz para Ele, mas quem você de fato é? Alguém sincero que anda humildemente com o seu Deus terá o discernimento e reconhecerá se há algo que esteja faltando na comunhão com o Seu Criador.
Pensemos nisso!
Fonte: Fabio Campos

Um demônio furioso chamado procrastinação

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Por Maurício Zágari

Se o Diabo tivesse um livro sagrado, acredito que nele haveria um versículo que diria: “Não deixe para amanhã o que você pode fazer… depois de amanhã”. Digo isso porque o ser humano tem uma forte tendência a empurrar com a barriga decisões importantes que precisa tomar – o que, em se tratando de vida espiritual, é muito prejudicial. Por isso, devemos refletir e nos disciplinar para mudar essa estranha atração que temos pelo “deixar para depois”. A procrastinação (o ato de adiar ações ou decisões) torna-se, assim, um mal a ser combatido. Se você percebe que, na lista da sua vida, há mais itens na coluna das “coisas a fazer” do que na de “dever cumprido” é hora de acender a luz vermelha e tomar alguma atitude para reverter essa situação.

Claro que cada pessoa sabe em que precisa melhorar. Mas existem áreas de nossa vida em que o problema é mais comum e, por isso, merecem mais atenção.

O grande mal de nossa época é a falta de amor ao próximo. Não é por acaso que o primeiro campo em que estamos sempre procrastinando é no exercício do amor – nas suas mais variadas formas. Existem multidões de pessoas ao nosso redor, na igreja e fora dela, que estão solitárias, carentes, tristes, deprimidas, infelizes, à espera de alguém que se aproxime com uma palavra amiga, um ombro acolhedor ou, simplesmente, com presença e calor humano. Nós, filhos de uma era em que só cuidamos de nós mesmos e, no máximo, de nossa família, fechamos os olhos a elas. Sabemos que existem, vemos seu semblante abatido, mas… o que fazemos por essas tristes almas? Ou delegamos a outras pessoas a tarefa de amá-las ou deixamos para depois tudo aquilo que poderíamos fazer por elas mas não fazemos. “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mc 12.30-31). Temos cumprido esse mandamento? Se você estivesse mal, precisando de amor, gostaria que o próximo ficasse adiando o momento de vir até você para abraçá-lo e perguntar: “Onde dói a tua dor?”. Então o que você está esperando para começar a amar o próximo de fato e não só de boca?

Outra área em que falhamos de forma atroz é no compartilhar o amor de Deus. Estou falando de evangelismo. E esqueça aquele imagem de pessoas nas ruas abordando outras com folhetos nas mãos, essa é apenas uma das formas de evangelizar e nem de longe é a mais eficiente. Não existe nenhuma outra maneira mais eficaz de pregar o evangelho do que a proclamação do amor de Cristo junto àqueles que convivem conosco, no dia a dia, na convivência pessoal. Mas, seja por vergonha, seja por crer que há ainda tempo de sobra, seja por que razões for, aqueles que receberam a ordem de ir, fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus nos ordenou (Mt 18.19-20)… simplesmente a ignoram. E, assim, por culpa de nosso espírito procrastinador, deixamos de cumprir a grande comissão. O problema é que, se não pregarmos, meu irmão, minha irmã, muitos irão para o inferno.

Procrastinamos não só ações de evangelismo, mas também projetos de edificação no nosso próximo. De que forma você gostaria de contribuir para abençoar o Corpo de Cristo e os não cristãos? Visitando orfanatos? Indo a casas de repouso? Criando um blog na internet? Escrevendo um livro? Ensinando? Intercedendo? Voluntariado-se em alguma instituição filantrópica? Alimentando quem tem fome e saciando quem tem sede? Apadrinhando uma criança pela Visão Mundial? Construindo casas para os desabrigados? Como, afinal? Se você tem planos, sonhos ou vontades nessa área… o que está esperando? O próximo precisa de você hoje, não depois de amanhã. “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me” (Mt 25.34-36).

Procrastinamos, ainda, o abandono dos pecados. Sabemos que estamos errados, o Espírito Santo nos incomoda diariamente, mas agimos como se disséssemos a Deus: “Senhor, me deixa pecar só mais um pouquinho, vai. Tá tão bom, amanhã eu me arrependo, peço perdão e deixo, tem tempo…”. O pecado é como um leão que devora a nossa alma constantemente, um pedaço por vez. Imagine a dor e o dano que provoca uma fera arrancando pedaços de você a cada dia. Mas procrastinar o abandono do pecado é como se pensássemos “Deixa esse leão comer mais um pouquinho do meu fígado, amanhã eu tento afastá-lo”. Chega a ser surreal cogitar isso. Mas é exatamente o que fazemos quanto ao pecado. O perigo é adiarmos tanto a expulsão dessa besta que, daqui a pouco, não sobrará nada da nossa carne – e sabe o que é um ser humano sem carne? Um cadáver. Jesus disse: “Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado” (Jo 15.22). Até quando você vai continuar escravizado por pecados recorrentes e adiar o abandono das suas transgressões?

Também procrastinamos o estudo das coisas de Deus. Queremos servir Jesus, amamos o Senhor, mas deixamos sempre para algum dia o aprofundamento na compreensão acerca de quem ele é, de qual é a sua ética e montes de informações que nos fariam cristãos mais maduros e íntimos de Cristo. Mas procrastinamos nossa entrada no seminário; deixamos sempre para o ano seguinte o plano de ler a Bíblia inteira; acumulamos pilhas de livros cristãos em cima do móvel. na expectativa de começar a ler no dia seguinte… estamos sempre priorizando outras atividades e deixamos o estudo das coisas concernentes a Deus para um futuro que nunca chega.

Uma das atitudes mais destrutivas espiritualmente é a hostilidade entre irmãos. A gravidade desse mal não está somente em seu poder destruidor, mas em sua frequência entre nós. Irmãos em Cristo se ofendem, se agridem, se prejudicam, fazem o mal uns aos outros e fica tudo por isso mesmo. Seja por orgulho, seja por um entendimento errado acerca do perdão, seja por que razão for, muitos de nós criam barreiras entre si e vivem deixando para depois o ato de pedir perdão a quem ofendeu ou de perdoar quem o ofendeu. “Se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta” (Mt 5.23-24).Honestamente: qual de nós verdadeiramente faz isso de imediato? Adiar a reconciliação pode ter efeitos drásticos: “Se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas” (Mt 6.14-15).

Mais uma área em que a procrastinação ocorre de forma espiritualmente prejudicial é na vida daqueles que foram chamados pela voz da graça, viveram em comunhão com o Senhor e, por alguma razão, se afastaram. Imersos nos prazeres deste mundo, nunca deixaram de saber a verdade, de ouvir a voz do Espírito Santo e de ter – lá no fundo – a convicção de que um dia retornariam ao aprisco do Bom Pastor. Mas ficam adiando, adiando, adiando e, nessa procrastinação, seguem distantes de Jesus. A quem procede assim, “Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12.20). Jesus, aliás, foi bem enfático ao tratar deste ponto. Quando um jovem o abordou com a proposta de procrastinar sua adesão à causa de Cristo, veja o que ocorreu: “Outro discípulo lhe disse: ‘Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai’. Mas Jesus lhe disse: ‘Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos’.” (Mt 8.21-22).


Esses são apenas alguns exemplos de áreas comuns em que os cristãos têm o hábito de procrastinar. Há muitas outras e convido você a refletir sobre isto: o que você tem adiado em sua vida e que tem prejudicado sua caminhada com Cristo? Seja o que for, procrastinar é uma atitude que pode destruir almas, afastar pessoas de Jesus, nos manter na ignorância sobre as coisas de Deus, deixar vidas em ruínas e… e tudo mais que há de pior na vida espiritual de uma pessoa. É uma atitude humana, mas que age com o poder destruidor de um demônio furioso. Reflita que benefícios e que malefícios esses constantes adiamentos têm provocado.

“A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida” (Pv 13.12). O desejo de Deus é que você não adie aquilo que é importante para ele. Será que você cumprirá o desejo do seu Senhor?

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Fonte: Apenas

Reconhecimento, sucesso, auto-promoção!

Por Josemar Bessa

Num tempo de busca de reconhecimento, sucesso, auto-promoção... Como Deus nos envia a este mundo? Quais as expectativas que devem estar em nossos corações? Deus diz: “Eles serão como o orvalho enviado pelo Senhor!” (Miqueias 5.7).
A vida de um homem que está em Cristo é muitas vezes comparada a um orvalho. Um ponto de semelhança é a forma tranquila em que o orvalho realiza o seu ministério no mundo. Ele cai silenciosa e imperceptivelmente. Ele não faz barulho. Ninguém o ouve cair. Escolhe o tempo do seu trabalho na escuridão da noite, quando os homens estão dormindo, quando NINGUÉM pode ver o seu trabalho. Quão diferente disso tem sido o paradigma de servir a Deus neste mundo que incentiva todos a buscar os holofotes.
Grande parte das pessoas decepcionadas, no mundo, no ministério, família... é por não ter tido o reconhecimento esperado. É a decepção por jamais ter tido a visão de ter sido enviado como o orvalho. Jesus disse: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. -Mateus 6:6 – É uma vida de oração como um orvalho. Como é comum ouvirmos “testemunhos” de quanto tempo se passa de joelhos, jejuns... Isso é uma espiritualidade extra-mundana. “E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”. Mateus 6:5
Quando expectativas forjadas no coração do mundo nos motivam, a amargura e auto-comiseração brotam na alma. Ou seja, o resultado do trabalho é pecado no coração por esse trabalho ter começado com uma motivação pecaminosa.
O orvalho faz seu trabalho à noite, quando todos dormem, e quando acordam, ele já se foi. Cumpriu o desígnio de Deus para ele, isso lhe basta.
Este é um teste maravilhoso para as nossas vidas. Estamos dispostos a ser como o orvalho? Trazendo bênçãos às “portas” dos homens, enriquecendo e fertilizando a vida dos homens... tendo “partido” antes que tenham acordado para perceber? Estamos dispostos a servir a Deus no mundo
Sem gratidão,
Sem reconhecimento,
Sem louvor humano,
Sem retribuição???
“Eles serão como o orvalho enviado pelo Senhor!” (Miqueias 5.7).

Fonte: Josemar Bessa

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

6ª Parte - A ESPADA DO ESPÍRITO (Efésios 6:17b)

“Tomai (...) a Espada do Espírito que é a Palavra de Deus”
Gládio – Uma espada curta, de dois gumes, usada muito mais para perfurar do que para cortar. Dizem que era capaz de perfurar a maior parte das armaduras. Uma esfera na ponta do cabo a tornava a única espada arremessável de que se tem notícia.
Em minha luta contra os poderes das trevas não posso apenas ficar me defendendo, tenho autoridade divina para atacar, e esta é a função primária da Espada do Espírito.
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mateus 16:18-19
Muitas pessoas passam por este texto e pensam que a promessa contida aqui é a de estarem protegidos dos ataques do inimigo, mas não é isso que o texto diz. O texto diz que as portas do inferno não prevalecerão, portas não são instrumentos de ataque, portas são partes da defesa. Ou seja, esse texto diz que o inferno não pode impedir o avanço da igreja. Aqui quem ataca é a igreja, e o melhor, o inferno não é capaz de resistir a este ataque.
“Ou como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali seus bens, sem antes amarrá-lo? Só então poderá roubar a casa dele.” Mateus 12:29
Este texto está dentro de um contexto onde Jesus expulsa um demônio. E este texto me mostra que tenho poder em Cristo de saquear a casa do homem forte. Tudo que o inimigo tem em suas posses, tenho autoridade de resgatar.
“As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.” 2 Coríntios 10:4
Mais uma vez a Bíblia me mostra o poder de ataque de minhas armas. Sou capaz de destruir as fortalezas criadas pelo inimigo.
Oração – A companheira da Espada
Não tenho apenas a Palavra como arma de ataque, tenho também a oração. Quando os apóstolos se viram sobrecarregados, elegeram líderes para ajudá-los, e desse modo pudessem se dedicar “à oração e ao ministério da Palavra” (Atos 6: 3 e 4)
Já se perguntou por que a espada é apresentada por último, na lista de armas?
Pelo simples fato de que se eu não tiver certeza da minha posição em Cristo, qualquer ataque é desastroso. A minha vitória está condicionada à minha posição em Cristo. (Leia Atos 19:13-16 e observe o que acontece quando decido atacar sem estar vestido com as demais peças da armadura.)
O poder da Palavra
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12
Talvez esse seja o maior poder da Espada do Espírito: A mudança interior que ela opera no ser humano. E é essa mudança que derrota Satanás.
Já é conhecido que Jesus Cristo quando tentado pelo diabo no deserto, venceu a batalha usando a Palavra. O grande problema é que o diabo também usava a palavra, porém de forma destorcida. E ele ainda hoje tenta usar da mesma arma contra o homem.
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” 2 Timóteo 2:15
Este texto deixa claro que para usar a Espada é preciso saber como. Não se pode usá-la de qualquer forma. Requer treinamento, e requer algo mais, pois esta não é uma espada comum, é a Espada do Espírito, e isso deixa claro que o Espírito Santo tem sua função indispensável no ataque aos poderes das trevas.
A Espada não tem poder algum se não estiver sendo usada no Espírito. O Espírito é o Poder da Palavra

Armadura de Deus: Espada do Espírito

quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Arte e Adoração - Espada do Espírito
"Tomai (...) a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Ef 6:17).

Hoje chegamos na ultima parte da nossa armadura. Já estamos devidamente vestidos com a Armadura de Deus, e pra completá-la é preciso de uma arma de ataque, a Espada do Espírito. Que é nada mais que a Palavra do nosso Senhor.

A espada é uma arma tanto ofensiva quanto defensiva. Ela pode ser usada para se proteger do mal ou para atacar o inimigo e vencê-lo. Por muito tempo a espada foi usada como principal arma para combate corpo-a-corpo. Ela representa a justiça e autoridade do oficial.

Na armadura de Deus a Espada do Espírito nos protege em meio a batalha "porque ela testifica a respeito de Deus, é pelas Escrituras que conhecemos Seu caráter". E é a maior arma de ataque contra o Inimigo, "porque a palavra de Deus é viva e eficaz! E mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12).

Crer, ter fé, na Verdade de Deus nos protege dos dardos do inimigo como já vimos. Mas não basta apenas nos defendermos, precisamos também contra-atacar, e o fazemos declarando a Palavra de Deus. Quando abrimos nossa boca, proclamando a Palavra da Verdade contra os ataques, estamos usando a Espada do Espirito. E para isso é necessário amar a Palavra de Deus, conhecê-la de vivê-la e estudá-la ativamente (Sl 119:140).

Então há 3 passos importantes, para estarmos preparados para a batalha com nossa espada em mãos: Primeiro MEDITAR na Palavra de Deus dia e noite, ter prazer em estudar a Palavra de Deus. E tudo quanto fizer prosperará (Sl 1:2-3). Segundo OBEDECER a todos os Seus mandamentos contidos em Sua palavra, assim certamente encontrará paz e segurança em sua vida (Lv 26:3,6) e terceiro FALAR, proclamar, com intimo conhecimento Sua verdade, sem temor (Fp 1:14).

Quando uma tentação vier sobre você, ou pensamento ruim, use sua Espada, proclame o que a Bíblia diz sobre (Use: Fp 4:8). Ou então vier acusações sobre seu passado, lembre que Deus te ama, ao ponto de dar Seu Filho a morrer em seu lugar, e assim te dar uma nova vida, uma vida eterna com Ele!(Use: Jo 3:16; Rm 5:8).

Jesus nos deixou o exemplo, quando foi tentado no deserto pelo diabo. Ele venceu todas elas com a Palavra de Deus que predominava em suas respostas; pois Ele a conhecia, a expressava.

Assim como um guerreiro, precisamos confiar em nossa arma de guerra e saber manejá-la habilidosamente. Então mergulhe na Palavra. Para usarmos com eficácia a Espada do Espírito nossa mente precisa está cheia da Palavra. E assim conseguirmos discernir as ciladas do inimigo. Confie na Palavra. "A espada do Espírito precisa ser usada com submissão e obediência a Deus".

Tenha-a sempre com você, um soldado prudente jamais se aparta de sua espada! Tenha-a em seus lábios, para manejá-la corretamente! Creia que a Palavra de Deus é uma arma eficaz e poderosa!

E agora pronto em Sua armadura certamente sairá vitorioso da batalha! Não se esqueça: É preciso usar TODA a armadura! Para que possa resistir no dia mau e estar firme contra as astutas ciladas do diabo. Ande com fé guerreiro, ande em Justiça, orando em todo o tempo e vigiando com toda a perseverança! (Ef 6:18) Use e arme-se de tudo que o Senhor põe ao seu dispor e vença a guerra!

Este artigo foi retirado do blog Arte e Adoração, muito legal o seu interesse por este texto, mas, para que este texto se torne uma benção em seu site, basta colocar os créditos para o nosso blog. Fazendo isso você ajuda a divulgar o nosso trabalho. Arte e Adoração | Armadura de Deus: Espada do Espírito http://arte-e-adoracao.blogspot.com/2012/09/espada-do-espirito.html#ixzz2sRACrj3A