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sexta-feira, 19 de julho de 2013

O QUE É JUSTIFICAÇÃO?



Por Pr. Silas Figueira

A justificação é uma doutrina evangélica revelada por Deus, e não descoberta pelo homem. Tanto judeus como gregos são salvos da mesma maneira: não pelas obras da lei, mas pela graça de Deus.Em nossos dias, a verdade bíblica da justificação é desconhecida ou mal compreendida por muitos evangélicos. No entanto, ela foi a questão central levantada pela Reforma Protestante do século 16. Assim como o “sola Scriptura” foi denominado o “princípio formal” da Reforma, porque a Bíblia é a fonte de onde procedem todas as autênticas doutrinas cristãs, a justificação mediante a fé é o, seu “princípio material”, porque envolve a própria substância ou essência do que se deve crer para a salvação.

Justificação é o oposto exato de condenação. “Condenar” é declarar uma pessoa culpada; “justificar” é declará-la sem culpa, inocente ou justa. Na Bíblia, refere-se ao ato imerecido do favor de Deus através do qual Ele coloca diante de si o pecador, não apenas perdoando-o ou isentado-o da culpa, mas também aceitando-o e tratando-o como justo.2       

A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. Ela é singular, na obra da redenção, em que é um ato judicial de Deus, e não um ato ou processo de renovação, como é o caso da regeneração, da conversão e da santificação. Conquanto diga respeito ao pecador, não muda a sua vida interior. Não afeta a sua condição, mas, sim, o seu estado ou posição, e nesse aspecto difere de todas as outras principais partes da ordem da salvação. Ela envolve o perdão dos pecados e a restauração do pecador ao favor divino. O arminiano sustenta que ela inclui somente aquele, e não esta; mas a Bíblia ensina claramente que o fruto da justificação é muito mais que o perdão. Os que são justificados têm “paz com Deus”, segurança da salvação, Rm 5.1-10, e uma “herança entre os que são santificados”, At 26.18. Devemos observar os seguintes pontos de diferença entre a justificação e a santificação.

1. A justificação remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna. A santificação remove a corrupção do pecado e renova o pecador constante e crescentemente, em conformidade com a imagem de Deus.

2. A justificação dá-se fora do pecador, no tribunal de Deus, e não muda a sua vida interior, embora a sentença lhe seja dada a conhecer na vida interna do homem e gradativamente afete todo o seu ser.

3. A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo; é imediatamente completa e para sempre. Não existe isso, de mais ou menos justificação; ou o homem é plenamente justificado, ou absolutamente não é justificado. Em distinção disto, a santificação é um processo contínuo, que jamais se completa nesta existência.

4. Enquanto que a causa meritória de ambas está nos méritos de Cristo, há uma diferença na causa eficiente. Falando em termos de economia, Deus o Pai declara justo o pecador, e Deus o Espírito o santifica.

Hernandes Dias Lopes citando Warren W. Wiersbe diz que uma vez que fomos “justificados pela fé”, nunca mais seremos declarados culpados diante de Deus. A justificação também é diferente de “indulto”, pois um criminoso indultado ainda tem uma ficha na qual constam seus crimes. Quando um pecador é justificado pela fé, seus pecados passados não são mais lembrados nem usados contra ele, e Deus não registra mais suas transgressões (Sl 32.1,2; Rm 4.1-8).4   

Podemos concluir dizendo que a justificação é a resposta de Deus à mais importante de todas as questões humanas: Como uma pessoa pode se tornar aceitável diante de Deus? A resposta está clara no Novo Testamento, especialmente nos escritos de Paulo, como a passagem clássica de Romanos 3.21-25. Biblicamente, a justificação é um conceito jurídico ou forense, e tem o significado de “declarar justo”. É o ato de Deus mediante o qual ele, em sua graça, declara justo o pecador, isentando-o de qualquer condenação. Infelizmente, a palavra portuguesa “justificação”, originária do latim, dá a ideia de “tornar justo”, no sentido de produzir justiça no justificado. Mas o termo grego original dikaiosyne não se refere a uma mudança intrínseca no indivíduo, e sim a uma declaração feita por Deus. Visto que não temos justiça própria e somos culpados diante de Deus, ele nos declara justos com base na expiação de nossos pecados por Cristo e na sua justiça imputada a nós.

Pode-se dizer que a justificação está estreitamente relacionada com três princípios da Reforma: “sola gratia”, “sola fides” e “solo Christo”. Daí, James Montgomery Boyce a define como “um ato de Deus pelo qual ele declara os pecadores justos somente pela graça, somente por meio da fé, somente por causa de Cristo”. Assim, a fonte da justificação é a graça de Deus, o fundamento da justificação é a obra de Cristo e o meio da justificação é a fé. A fé é o canal através do qual a justificação é concedida ao pecador que crê; é o meio pelo qual ele toma posse das bênçãos obtidas por Cristo (como a paz com Deus, Rm 5.1). Ela não é uma boa obra, mas um dom de Deus, como Paulo ensina em Efésios 2.8-9. É o único meio de receber o que Deus fez por nós (“sola fides”), ficando excluídos todos os outros atos ou obras.5

Nota:
1 – Lopes, Hernandes Dias. Gálatas, a carta da liberdade cristã. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2011: p. 115.
2 – Stott, John R. W. A Mensagem de Gálatas. ABU Editora, São Paulo, SP, 1989: p. 58.
3 – Berkhof, Louis. Teologia Sistemática. Ed. Cultura Cristã, Cambuci, São Paulo, SP, 4ª edição, 2012: p. 473-474.
4 – Lopes, Hernandes Dias. Gálatas, a carta da liberdade cristã. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2011: p. 116.

5 – Matos, Alderi Souza de. Justificação pela fé: o coração do evangelho. http://www.mackenzie.br/7136.html, acessado em 18/07/2013.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

DEPOIS DE SALVO, ALGUÉM PODE TER O NOME RISCADO DO LIVRO DA VIDA?



Segundo a Bíblia, no Juízo Final, os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras (Ap 20.12). E aquele cujo nome não constar no livro da vida será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.15). Isso significa que o Senhor tem o registro de tudo o que fazemos (Sl 139.16; Ml 3.16; Sl 56.8; Mc 4.22).

O livro da consciência (Rm 2.15; 9.1).O livro da natureza (Jó 12.7-9; Sl 19.1-4; Rm 1.20).O livro da Lei (Rm 2.12). Ora, a Lei revela o pecado (Rm 3.20).O livro do Evangelho (Jo 12.48; Rm 2.16).O livro da nossa memória (Lc 16.25: “Filho, lembra-te...”; Mc 9.44 — aí deve ser uma alusão ao remorso constante no Inferno). 

(Ver o contexto: vv.44-48 e Jeremias 17.1.)O livro dos atos dos homens (Ml 3.16; Mc 12.36; Lc 12.7; Ap 20.12).O livro da vida (Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 20.12).A presença do livro da vida nessa ocasião é certamente para provar aos céticos que estão sendo julgados que seus nomes não se encontram nele. (Ler o incidente de Mateus 7.22,23.)

Quando um nome é inserido no livro da vida?

Há uma enorme diferença entre antes da e desde a. No grego, o termo apo significa “a partir de”. Segue-se que a expressão “desde a fundação do mundo” denota que os nomes dos salvos vêm sendo inseridos no livro da vida desde que o homem foi colocado na Terra fundada, criada por Deus (Gn 1), e não que haja uma lista previamente pronta antes que o mundo viesse a existir. 

A expressão em apreço foi empregada também em Apocalipse 13.8 para denotar que todos os cordeiros mortos desde o princípio apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus (Is 53; Jo 1.29). Isto é, os sacrifícios de animais realizados antes de Cristo tipificam a sua definitiva obra redentora.Uma pessoa só pode ter o registro do nome em cartório depois de seu nascimento; ninguém é registrado antes disso. Da mesma forma, o nome de uma pessoa salva só passa a constar do livro da vida após o seu novo nascimento. Afinal, “aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). 

Não existe listagem prévia dos eleitos, como pensam certos teólogos. Na medida em que os indivíduos crêem em Cristo e o confessam como Senhor (Rm 10.9,10), eles são inscritos no rol de membros da Igreja dos primogênitos, a Igreja de Cristo (At 2.47, ARA; Hb 12.23).

É possível ter o nome riscado do livro da vida?

De acordo com a Palavra de Deus, existe a possibilidade de pessoas salvas, que não perseverarem até ao fim, terem os seus nomes riscados do livro da vida do Cordeiro (Ap 3.5). Em Êxodo 32.32,33 vemos essa verdade na intercessão de Moisés pelo povo: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então, disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro”.

Serão riscados os que permanecerem desviados do Senhor e em pecado (cf. Ap 3.3-5; 21.27). Em Lucas 10.20, Jesus disse aos discípulos da missão dos setenta, provavelmente distintos dos doze (“outros setenta”, v.1): “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus”. Judas, porém, um dos discípulos do Senhor, desviou-se do Caminho. Por isso, o apóstolo Pedro afirmou: “[Judas] foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério... se desviou, para ir para o seu próprio lugar” (At 1.17,25).

Alguns, ainda, afirmam que Deus relacionou toda a humanidade no livro da vida e só risca quem não recebe a Cristo como Salvador. Não obstante, a promessa “de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3.5) é dirigida aos salvos que vencerem, e não aos pecadores que se converterem. Estes, quanto tenham os seus nomes arrolados no Céu ao receberem a Cristo, precisam perseverar até ao fim (Mt 24.13).

Em Filipenses 4.3, o apóstolo Paulo mencionou cooperadores “cujos nomes estão no livro da vida”, porém antes ele asseverara: “estai sempre firmes no Senhor, amados” (v.1). Não foi por acaso que os pastores das sete igrejas da Ásia ouviram do Senhor a mensagem: “Quem vencer” (Ap 2 e 3). A manutenção do nome de alguém no livro da vida está condicionada à sua vitória até ao fim (Ap 3.5). Somos filhos de Deus hoje (Jo 1.11,12), mas devemos atentar para o que diz Apocalipse 21.7: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”.

A ATUALIDADE DA MENSAGEM DE SPURGEON



Por Ciro Sanches Zibordi

O pregador inglês Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de junho de 1834 e começou a pregar em 1850. Ele, que tem sido considerado o príncipe dos pregadores e um apologista exemplar, pregou o Evangelho e combateu heresias e modismos de seu tempo até 1892, quando partiu para a eternidade. As citações abaixo deixam-nos com a impressão de que ele se referia aos trabalhosos dias em que vivemos.


"A apatia está em toda parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor" ("Preface", The Sword and the Trowel [1888, volume completo], p.iii). Meu Deus, se naquela época as coisas já estavam assim, o que Spurgeon diria hoje?!

"Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? (...) se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: 'Que aproveita ao homemganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?'" ("Holding Fast the Faith", The Metropolitan Tabernacle Pulpit, vol.34 [Londes, Passmore and Alabaster, 1888], p.78). O sermão acima foi pregado em 5 de fevereiro de 1888, quando Spurgeon estava sendo censurado por defender o Evangelho. O que ele falaria hoje das pregações antropocêntricas, que nada falam acerca do Senhor Jesus e sua gloriosa obra vicária?

"Estão as igrejas vivenciando uma condição saudável ao terem apenas uma reunião de oração por semana e serem poucos que a frequentam?" ("Another Word Concerning the Down-Grade", The Sword and the Trowel [agosto, 1887], pp.397,398). Infelizmente, o chamado "louvorzão" tem substituído o período de oração, em nossos cultos. Spurgeon ainda fala!

"O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhe tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam de cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice" ("Another Word Concerning the Down-Grade", The Sword and the Trowel [agosto, 1887], p.398). Spurgeon disse isso em 1887, mesmo?!

"Não há dúvidas de que todo tipo de entretenimento, que manifesta grande semelhança com peças teatrais, tem sido permitido em lugares de culto, e está, no momento, em alta estima. Podem essas coisas promover a santidade ou nos ajudar na comunhão com Deus? Poderiam os homens, ao se retirarem de tais eventos, implorar a Deus em favor da salvação dos pecadores e da santificação dos crentes?" ("Restoration of Truth and Revival", The Sword and the Trowel [dezembro, 1887], p.606). Hoje, os seguidores da "nova onda" revoltam-se contra os que defendem o Evangelho. Mas o que diriam eles de Spurgeon?


Fonte: Ciro Zibordi

O Que é Propiciação?


Por Pr. Silas Figueira

Às vezes encontramos na Bíblia algumas palavras não tão comuns, e a intenção de Deus obviamente não é de que somente conheçamos estas palavras, mas que tomemos consciência de que elas se referem a realidades espirituais, e que estas realidades existem para serem desfrutadas real e plenamente pela Igreja. A Igreja é a depositária do Evangelho, não só das palavras, mas também das realidades espirituais nomeadas ou denominadas por estas palavras. Falamos recentemente sobre o que é Expiação. Hoje queremos abordar o termo Propiciação. Qual o seu significado e qual a importância dela para nós.

DEFINIÇÃO

 “Propiciação”, o que é isto exatamente? O termo é enigmático e muitos nunca ouviram falar dele, a não ser em algum versículo bíblico em que a palavra aparece. E talvez não tenham se apercebido dele. A melhor explicação para o termo é que nos diz que “propiciação significa a remoção da ira mediante a oferta de algum presente”. Era um ato presente na política internacional no Oriente Antigo, quando um rei de alguma nação, para se manter seguro, enviava presente a outro rei, de uma nação mais forte. Era um gesto destinado a cultivar boas relações.

NO SENTIDO BÍBLICO

O verbo hebraico que traz a ideia de propiciação é kipper, com a ideia de fazer amizade, de juntar partes opostas e até mesmo em conflito. No Novo Testamento, a ideia mais próxima é “reconciliação”. A ideia do Novo Testamento se entende bem em 2Coríntios 5.21. O sentido do texto é que Deus ofereceu Cristo como presente ao mundo para fazer as pazes com o mundo. É um conceito que nos parece estranho, mas mostra que, no Novo Testamento, Deus toma a iniciativa, em Jesus, de propor as pazes ao homem.1

Podemos dizer que propiciar é colocar-se a favor de alguém. O homem estava contra Deus, havia pecado, e por tanto o juízo de Deus estava contra ele, de maneira que algo deveria ser feito para que Deus pudesse estar a favor do homem e não contra ele. Propiciar é fazer todo necessário para que o homem se volte para Deus, e Deus para o homem; mas faltava uma base para que isto ocorresse por isso Deus enviou Jesus Cristo Jesus para ser a nossa propiciação.

Podemos ver isto na primeira epístola do apóstolo João. Nela vemos o primeiro aspecto da obra da cruz de Cristo como nossa propiciação,

1 João 2:1, 2 :

“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.

A palavra grega (hilasmos) traduzida "propiciação" em 1 João 2.2 e 4.10 aparece somente estas duas vezes no Novo Testamento. Esta palavra descreve um aspecto importantíssimo da salvação. Esta palavra significa satisfação e dá a ideia de aplacar a ira de Deus em relação ao pecado do homem. Nesta passagem João mostra que Jesus propicia a Deus com relação a nossos pecados.

Hernandes Dias Lopes citando Augustos Nicodemos diz que a propiciação está ligada aos sacrifícios do Antigo Testamento. Animais eram sacrificados e o seu sangue derramado como “pagamento” pelo pecado (Lv 16.14,15; 17.11). Os sacrifícios eram oferecidos para cobrir os pecados e afastar a ira de Deus sobre os pecadores. Cristo é o sacrifício, providenciado pelo próprio Deus, que satifaz a justa ira de Deus pelos nossos pecados, e desvia essa ira de Deus sobre nós, apaziguando a Deus e nos reconciliando com Ele (1Jo 4.10; Rm 3.25,26; 1Pe 2.24; 3.18).2

Se Deus é santo e não suporta o pecado como então remover a ira de Deus? No Antigo Testamento nós podemos observar que a ira de Deus não se removia, ela se desviava. Observe o que o salmista nos fala:

“Ele, porém, que é misericordioso, perdoa a iniquidade e não destrói; antes, muitas vezes desvia a sua ira e não dá largas a toda a sua indignação”. Salmo 78.38.

O pecado tem um preço e o preço é a morte (Ez 18.20 e Rm 6.23). O pecado é tão sério aos olhos de Deus que exige a morte do pecador. A única maneira de se aniquilar o peso do pecado é com a morte. Por isso Deus instituiu o sacrifício no culto do Antigo Testamento para ensinar este aspecto. É a morte, através do derramamento do sangue, que faz a propiciação ou expiação dos nossos pecados.

Jesus não é apenas o propiciador, ele é a propiciação. Como ele fez isso? Para defender-nos diante do tribunal de Deus era necessário que a lei violada por nós fosse cumprida e que a justiça de Deus ultrajada por nós fosse satisfeita. Jesus veio como nosso fiador e substituto. Ele tomou sobre si os nossos pecados. Ele sofreu o duro golpe da lei em nosso lugar. Ele levou sobre si a nossa culpa. Ele bebeu sozinho o cálice da ira de Deus contra o pecado. ele se fez pecado por nós. Ele foi humilhado, cuspido, espancado, moído. Ele morreu a nossa morte. A cruz é a cruz é a justificação de Deus. Pelo seu sacrifício, nossos pecados foram cancelados. Agora estamos quites com a lei de Deus e com a justiça de Deus. Agora estamos justificados. Jesus é a nossa propiciação pelos nossos pecados.3  

Os sacrifícios de animais, como vimos, aplacavam a ira de Deus momentaneamente. Por isso foi necessário a vinda de Jesus como nosso Cordeiro Pascal para morrer por nós e ser a nossa propiciação diante de Deus. Como está escrito:

“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no Espírito” (1 Pe 3.18).

Nada ocorreu de mais nobre na história da humanidade, do que a obra do calvário. O Justo morrendo pelos injustos, para que os injustos fossem feitos justiça de Deus. “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que, n’Ele, fôssemos feitos justiça de Deus”. ( 2 Co 5.21).

Notas
1 – Filho, Isaltino Gomes Coelho. A Doutrina da Propiciação. http://www.isaltino.com.br/doctos/art66.pdf, acessado em 15/07/2013.  
2 – Lopes, Hernandes Dias. 1, 2, 3 João, Como ter garantia da salvação. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2010, p. 86.   

3 – Lopes, Hernandes Dias. 1, 2, 3 João, Como ter garantia da salvação. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2010, p. 87.   

segunda-feira, 15 de julho de 2013

aconspiraçao mais longa da historia.?

A Conspiração Mais Longa da História?


Como afirmamos muitas vezes antes, o grande motivo secular pelo qual os Illuminati não podem permitir que Israel seja derrotado e aniquilado pelos árabes é que suas lendas maçônicas estão fortemente enraizadas nas histórias do Antigo Testamento, a mais importante das quais é a reconstrução do Templo de Salomão (Leia o artigo N1643, "O Desejo Ardente de Reconstruir o Templo em Jerusalém é o Ímpeto Propulsor Que Está Por Trás dos Eventos no Oriente Médio").

Como foi detalhado em N1643, o plano dos líderes iluministas é tomar o controle do Monte do Templo dos árabes, apresentar a Arca da Aliança - um ato que irá abalar as pessoas espiritualmente - e então construir o novo templo para o Cristo maçônico. Esse é o plano hoje, e está gradualmente sendo executado no cenário mundial.

Lembre-se, esse plano de reconstruir o templo de Salomão gira em torno de colocar o Cristo maçônico em cena; quando completado, ele cumprirá a profecia bíblica de 2.500 anos atrás! Essa noticia é muito emocionante, pois um estudo completo de como os eventos e os líderes mundiais atuais estão lentamente direcionando os eventos para produzir esse "Cristo" das sociedades secretas, prova que o poder do Espírito Santo é irresistível, pois Ele já forçou esses homens ímpios a criarem um plano que corra em paralelo com a profecia bíblica. Para o cristão que reflete, está alerta e tem discernimento, estes são tempos emocionantes de se viver, pois os eventos estão confirmando a veracidade de Jesus Cristo e da Bíblia Sagrada; da mesma forma, os eventos de hoje estão provando que todos os outros deuses e deusas, e suas religiões, são falsos e sem poder.

Enquanto o mundo se prepara para a aparição do Cristo maçônico e a construção do seu templo da Tribulação, a Arca da Aliança é absolutamente essencial. O novo templo simplesmente não pode ser construído sem essa arca. Para ver como isso é verdade, vamos dedicar algum tempo ao estudo da verdadeira Arca da Aliança.

A Arca da Aliança Original

"Em Êxodo 25:10 e versos seguintes, Moisés recebe a ordem de construir uma arca de madeira de acácia. Dentro dessa arca deveriam ser colocadas as tábuas com as leis que Deus estava prestes a dar a Moisés. No topo da arca, não como uma tampa, mas acima da tampa, o hebreu [kapporeth], no Novo Testamento Grego [to hilasterion] (Hebreus 9:5), deveria ser colocado, que era um prato dourado, com dois querubins, com asas erguidas e olhando um ao outro, cobrindo a arca. Do lugar entre os dois querubins Deus promete falar com Móises, sempre que tiver ordens a dar para os israelitas." [International Standard Bible Encyclopedia]

"... não era tanto o tabernáculo que servia de consolo ao povo, algo que eles precisavam naquela época, mas sim a arca, que simbolizava que Deus estava marchando com eles... De acordo com a narrativa de Josué 3, a arca cooperou na travessia do Jordão de tal forma que as águas do rio pararam seu fluxo no momento em que os pés dos sacerdotes que a carregavam tocaram as águas, e que elas permaneceram paradas até que esses sacerdotes, após o povo ter atravessado, saíram então do leito do rio com a arca. No relato da marcha solene em torno de Jericó, que de acordo com Josué 6 fez com que as muralhas da cidade caíssem, o transporte da arca ao redor da cidade é tido como um aspecto importante em Josué 6:4,7,11. No capítulo 7 existe a narrativa que Josué, após a derrota do exército diante de Ai, lamentou e orou diante da arca. No capitulo 8 isso é mencionado em conexão com o Monte Ebal." [International Standard Bible Encyclopedia]

"Que a arca foi projetada para ser um símbolo da presença de Deus no meio do Seu povo é ensinamento comum no Antigo Testamento... quando a arca foi considerada uma representação visível de Yahweh, e garantidora de Sua presença, acreditava-se que existia uma conexão material próxima entre a arca e Yahweh, em virtude do qual acreditava-se que poderes espirituais também estivessem presentes na arca... As palavras nessas tábuas eram um tipo de retrato espiritual do Deus de Israel, que não podia ser retratado de uma forma física." [International Standard Bible Encyclopedia]

Assim como a Arca da Aliança teve um grande papel nos primeiros tabernáculos e nos templos, assim também terá um grande papel no vindouro templo reconstruído - o templo que servirá ao Anticristo durante os primeiros anos do Período da Tribulação. Sendo assim, no tempo imediatamente após o aparecimento do Cristo maçônico, todas as preparações necessárias para reconstruir o templo serão de conhecimento comum. Ficamos sabendo que judeus ortodoxos usaram computadores para calcular exatamente quem é da tribo sacerdotal de Levi; ouvimos dizer que esses homens selecionados estão sendo treinados no sistema do Velho Testamento de adoração com sacrifícios no templo, que as vestes estão fabricadas, e que até as pedras para o templo já estão cortadas.

Se todos esses preparativos foram completados, a hora para a "descoberta" da Arca da Aliança estaria logicamente muito próxima. E, essa foi exatamente a notícia de algumas semanas atrás, não foi?

Agora é o Tempo de Descobrir a Arca da Aliança

Resumo da notícia: "Cabalista Abençoa Jones: Agora é a Hora de Encontrar a Arca Sagrada da Aliança", Israel National News, 19 de maio, 2005

"Um cabalista de nome não revelado concedeu sua bênção ao famoso arqueólogo Dr. Vendyl Jones para descobrir a Sagrada Arca da Aliança. Jones planeja escavar em busca da Arca Perdida por volta do jejum do Tisha B'Av, em meados deste ano. O famoso arqueólogo, que inspirou os filmes da série 'Indiana Jones', gastou grande parte de sua vida procurando pela Arca da Aliança. A Arca era o lugar de repouso dos Dez Mandamentos, dados ao povo judeu no Monte Sinai, e foi escondida pouco antes da destruição do Primeiro Templo. O Talmude diz que a arca está escondida numa passagem secreta sob o Monte do Templo. Jones diz que o túnel na verdade segue por cerca de trinta quilômetros ao sul, e que a Arca foi levada por dentro do túnel até seu atual lugar de repouso no Deserto de Judá."

Uma vez que o templo não pode ser reconstruído sem a produção de uma Arca da Aliança, e já que os Illuminati têm um desejo ardente de construir um templo para o seu Messias (leia o artigo N1643), sabemos que os líderes israelenses, britânicos e norte-americanos estão muito interessados em reconstruir esse templo. Uma vez que eles estão extremamente ansiosos para reconstruir o lendário templo do rei Salomão - construído pela figura criada de Hirão Abi - devemos começar a ver evidências de que o programa para essa construção esteja pronto para começar. Enquanto Israel está se preparando para separar completamente o povo judeu dos palestinos, de modo a cumprir Obadias 15-18 e Ezequiel 34 (leia o artigo N1422, "A Vindoura Aniquilação do Povo Palestino"), não devemos nos surpreender que o projeto de reconstrução do templo possa estar pronto pra começar. O novo templo simplesmente não pode ser reconstruído sem a Arca da Aliança - mesmo que os Illuminati tenham de recriá-la para que ela possa então ser "descoberta" por um famoso arqueólogo., seguidor das Leis de Noé.

Essa noticia apresenta exatamente essa evidência. Voltemos ao artigo agora, para notícias ainda mais pertinentes.

"Ao longo dos muitos anos de sua busca, Jones esteve em contato próximo e sob tutela de diversos rabinos e cabalistas. Profundo conhecedor da Torá, do Talmude e de fontes da Cabala a respeito de assuntos do Templo Sagrado, Jones recebeu agora permissão dos cabalistas conhecidos e secretos para finalmente descobrir a arca perdida... A filha de Jones, Sarah, converteu-se ao judaísmo muitos anos atrás e atualmente vive em Shomron. Ela esteve em contato com um grande cabalista anônimo, a quem ela pediu uma benção para que seu pai obtenha êxito na busca pela arca. No mês passado, o rabino, que só se comunica via mensageiros, disse a Jones que ainda não era o tempo certo para a descoberta dos vasos do templo. Na última quinta-feira, no entanto, o Dr. Jones recebeu uma mensagem do rabino dizendo, 'É o tempo certo'." (Ibidem, ênfase adicionada)

Por que o tempo ainda não estava certo em abril, mas subitamente tornou-se "certo" no mês de maio? Talvez ninguém nunca saiba a verdadeira resposta para essa pergunta; no entanto sabemos que os eventos estão se acelerando rumo a um clímax, com os eventos cumprindo as profecias bíblicas ou preparando o cenário para que elas sejam cumpridas. Muitos cristãos estão constantemente fazendo a pergunta, "Quanto tempo até que o Senhor retorne?" "Quanto tempo até que o Anticristo apareça? E os cristãos bíblicos que têm discernimento estarão também perguntando, "Quanto tempo até o início da última guerra das dores de parto, que permitirá o aparecimento do Anticristo no cenário internacional?

No fim desse artigo referido, o arqueólogo revelou um período de tempo definido.

"Jones está agora animado para descobrir aquilo que ele sempre buscou. Ele acredita que a arca será descoberta por volta do Tisha B'Av (14 de agosto; o nono dia do mês de Av no calendário judaico), um dia de repetidas tragédias na história judaica. Mais notavelmente, é o aniversário da destruição tanto do primeiro como do segundo templo sagrado. Jones, que é um guru nas Leis de Noé, diz que o Estado de Israel está passando pelo mesmo estreito que a primeira geração que entrou em Israel após o êxodo do Egito. 'Se a história se repete, a história em si é profecia,' diz Jones."

"Israel é diferente das outras nações de diversas maneiras, mas mais que qualquer coisa, Israel é a única nação cuja história foi escrita antes de acontecer." (Ibidem)

Na verdade, esse famoso arqueólogo seguidor das Leis de Noé não está totalmente correto; apesar de ser verdade que Deus escreveu a história de Israel antes de ela acontecer, a realidade bíblica é que Deus escreveu toda história antes de ela acontecer!

Não estamos predizendo que a Arca da Aliança será "descoberta" no dia do Tisha B'Av (14 de agosto), mas tal achado certamente eletrizaria Israel! Judeus religiosos de todas as orientações iriam imediatamente afirmar que o Messias está próximo de aparecer. O primeiro-ministro Sharon provavelmente teria maior facilidade em implementar seu plano de Retirada Unilateral, uma vez que os colonos religiosos que agora se opõem ferozmente poderão aceitar seu plano, pois confiariam no poder do vindouro Messias judaico para proteger Israel.

Seria esse o motivo pelo qual Sharon subitamente adiou seu plano de retirada para depois do jejum do Tisha B'Av (14 de agosto)?

Não estamos predizendo que algo significativo irá com certeza acontecer, mas essa história é de grande importância e merece nossa atenção.

Agora que anunciamos a possível "descoberta" iminente da Arca de Aliança e sua importância na reconstrução do templo, vamos discutir a parte realmente emocionante dessa história - as noticias que você não ouvirá em lugar algum.

Provas de uma Conspiração - O Plano Exato Para Reconstruir o Templo Foi Concebido em 1118!

A autora da Nova Ordem Mundial, Elizabeth Van Buren, escreveu um livro clássico sobre certos aspectos do plano dos Illuminati de derrubar a Velha Ordem Mundial para que o Reinado do Cristo (a Nova Ordem Mundial) possa ser estabelecido. Van Buren reconhece sua dívida a Manly P. Hall, reconhecido na Maçonaria como o maior instrutor moderno. Van Buren admite que a distância final até O Cristo terá de ser percorrida com extrema violência e guerras.

Em seu capitulo sobre a Cabala, Van Buren subitamente começa a falar sobre os Cavaleiros Templários e sua influência nos planos atuais de Israel, o Monte do Templo, e o Templo de Salomão reconstruído.

"Ao longo das eras, houve aqueles que mantiveram vivos os mistérios, passando-os adiante oralmente, escondendo-os em mensagens cifradas e histórias estranhas. Eles insculpiram seus símbolos na pedra. Textos sagrados como o Velho e o Novo Testamento, o Zohar e muitos outros foram estudados por aqueles que buscam o verdadeiro significado que está por trás de frases e palavras aparentemente inocentes."

"Um desses foi São Bernardo. Bernardo de Claraval, nascido em 1090, era respeitado pelos papas e pelos reis. Um criatura excepcional, ele foi o fundador da Ordem dos Monges Cistercienses... É certamente verdade que nessa história da busca pelo Santo Graal, o "Escudo Perigoso" havia sido pintado e consagrado... Ele seria mantido em segurança em um mosteiro cisterciense até que fosse reivindicado por alguém digno de possui-lo... O 'Escudo Perigoso' era branco com o símbolo de uma cruz vermelha sobreposta. Isso foi adotado como brasão pelos Cavaleiros Templários. E São Bernardo praticamente foi quem os fundou. Esse sábio abade havia estudado muitos textos hebraicos sagrados e deve ter visto a importância das histórias a respeito do sábio rei Salomão e o maravilhoso templo que ele construiu."

"Acredita-se que ele tenha instigado um grande plano que consistia de três partes:"

Descobrir a Arca da Aliança que tinha sido avistada pela última vez no templo;
Liderar o caminho para um renascimento dos valores espirituais no ocidente;
Construir um novo templo.

"Em 1118, nove cavaleiros conhecidos de São Bernardo foram a Jerusalém... eles foram lá para procurar a Arca e as Tábuas dos Dez Mandamentos, que tinham sido dadas por Deus a Moisés." [Elizabeth van Buren, The Secrets of the Illuminati, pg 94-95]

Esse plano, que começou oficialmente em 1118, é exatamente o plano que está sendo executado nos dias de hoje! A noticia de 19 de maio de 2005 - citada anteriormente - que um sacerdote cabalista anônimo informou ao arqueólogo americano Vendyl Jones que "É o tempo certo agora" para descobrir a Arca da Aliança, representa a Etapa 1, como descrito por Van Buren. É claro, esse arqueólogo pôde prever a hora de sua "descoberta", pois a Arca está em poder dos "Iluminados" desde aproximadamente 1118, e foi cautelosamente preservada até os dias de hoje.

Uma vez que essa "descoberta" colossal for anunciada, judeus observadores religiosos ficarão estremecidos além do que se pode crer ou imaginar. Eles irão imediatamente acreditar que essa "descoberta" é uma prova positiva que o aparecimento de seu Messias judaico está próximo. A nação inteira será rapidamente levada a um ponto de estremecimento; mesmo os israelenses secularizados poderão ser pegos no momento. Neste ponto, a Etapa 2, acima, será cumprida. Milhões de cristãos nascidos de novo irão certamente concluir que um "Cristo" está prestes a surgir. Vamos esperar que a maioria reconheça esse Crsto como sendo na verdade o Anticristo. Todo o ocidente poderá ser espiritualmente energizado.

O primeiro-ministro Sharon pode até mesmo alimentar esperanças de que os colonos que foram escolhidos para serem removidos à força decidam não se opor à Retirada Unilateral, pois eles acreditarão que o Messias "colocará as coisas em ordem" quando aparecer, invertendo o plano de Sharon e dando toda a terra bíblica de Israel de volta para os judeus. Uma vez que Israel e o mundo passarem pela guerra das dores de parto finais, o Cristo maçônico aparecerá, e então a construção do Templo poderá ser iniciada!

Exatamente como a Etapa 3 previu em 1118!

Que revelação emocionante! Estamos atualmente vendo a execução de um plano-mestre que foi concebido em 1118! A Cutting Edge sempre afirmou que essa conspiração foi passada de geração a geração por meio das sociedades secretas, principalmente os Cavaleiros Templários, a Maçonaria, a Sociedade Rosa-Cruz e a Caveira e Ossos. Até mesmo o filme "A Lenda do Tesouro Perdido" mostra isso!

Essa revelação se encaixa na definição clássica de conspiração, como disse o presidente Thomas Jefferson, um dos maiores "Iluminados" na história mundial.

"... uma série de opressões, iniciadas em um período distinto e buscada sem alterações mesmo com mudança de ministros, muito simplesmente prova a existência de um plano deliberado e sistemático para nos reduzir à servidão." [The Unseen Hand, de A. Ralph Epperson, pg 196, leia a resenha]

Como você pode ver, os atuais eventos no Oriente Médio parecem estar se desenrolando de acordo com esse antigo plano concebido quase 900 anos atrás! E, a beleza disso tudo é que esse plano é coerente com a profecia bíblica referente ao fim dos tempos! Pode o aparecimento do Anticristo estar muito longe?

Tradução: Raphael S. Linhares

Fontes:
Espada Devastação , Mídia Illuminati
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Desde a eternidade Deus tem um plano imutável


 Por A. A. Hodge (1823-1886)

Como Criador e Governador infinitamente inteligente e providente, Deus certamente teve um propósito definido com referência à existência e destino de tudo quanto criou, compreendendo em um só sistema todo-perfeito seu fim principal nesse particular e todos os fins e meios subordinados em referência a esse fim principal. E já que ele é um Ser eterno e imutável, seu plano certamente existiu em todos os seus elementos, perfeito e imutável, desde a eternidade. Visto ser Deus uma Pessoa infinita, eterna, imutável e absolutamente sábia, poderosa e soberana, certamente que seu propósito participa dos atributos essenciais de seu próprio ser. E visto que a inteligência de Deus é absolutamente perfeita e seu plano eterno; visto que seu fim último é revelado como que almejando unicamente sua própria glória, e toda a obra da criação e da providência é observada como a formar um sistema único, segue-se que seu plano é também único — uma intenção todo-compreensiva, provida de todos os meios e condições, bem como dos fins predestinados.

O plano de Deus compreende e determina todas as coisas e eventos de todo gênero que venham suceder.

Isso se faz infalível à luz do fato de que todas as obras de Deus, da criação e da providência, se constituem num sistema.

Nenhum evento é isolado, quer no mundo físico quer no mundo moral, quer no céu quer na terra. Todas as revelações super-naturais de Deus, e cada avanço da ciência humana, corroboram para tornar esta verdade conspicuamente luminosa. Daí a intenção original que determina um evento deve também determinar todos os outros eventos relacionados a ela, como causa, condição, ou conseqüente, direto e indireto, imediato ou remoto. Por isso, o plano que determina os fins gerais deve também determinar até mesmo o elemento mais minúsculo compreendido no sistema do qual esses fins são partes. As ações livres de agentes livres constituem um elemento eminentemente importante e efetivo no sistema de coisas. Se o plano de Deus não determinou eventos dessa classe, ele não poderia ter feito nada certo, e seu governo do mundo seria feito contingente e dependente, e todos os seus propósitos, falíveis e mutáveis.

As Escrituras expressamente declaram essa verdade:

a. De todo o sistema em geral. Ele "opera todas as coisas segundo o conselho de sua própria vontade". Ef 1.11.

b. Dos eventos fortuitos. Pv 16.33; Mt 10.29,30.

c. Das livres ações dos homens. "Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo o seu querer." Pv 21.1. "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas." Ef 2.10. "Porque Deus é quem opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo sua boa vontade." Fp 2.13.

d. Das ações pecaminosas dos homens. "A este que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos." At 2.23. "Porque verdadeiramente contra o teu Santo Filho Jesus, que tu ungiste, se juntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que tua mão e teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer." At 4.27-28. Compare-se Gn 37.28 com Gn 45.7-8; Is 10.5.

Deve lembrar-se, contudo, que o propósito de Deus com respeito aos atos pecaminosos dos homens e anjos réprobos, em nenhum aspecto causa o mal nem o aprova, mas apenas permite que o agente mau o realize, e então o administra para seus próprios sapientíssimos e santíssimos fins. O mesmo decreto infinitamente perfeito e autoconsistente ordena a lei moral que proíbe e condena todo o pecado, e ao mesmo tempo permite sua ocorrência, limitando e determinando o canal preciso ao qual ele se confinará, o fim preciso ao qual se dirigirá e governando suas conseqüências para o bem. "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para o bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida." Gn 50.20.

Esse propósito todo-compreensivo não é condicional, nem no todo nem em qualquer de seus elementos constituintes. Em nenhum aspecto sua presciência depende de eventos não compreendidos em e determinados por seu propósito. Ele é absolutamente soberano, dependendo somente do "sábio e santo conselho de sua própria vontade".

Uma distinção bastante óbvia deve sempre ser mantida em mente entre um evento ser condicionado a outros eventos, e o decreto de Deus, com referência a esse evento, ser condicionado. Os calvinistas crêem, como todos os homens deveriam, que todos os eventos no sistema de coisas dependem de suas causas e são pendentes de condições. Isto é, se um homem não semeou, também não colherá; se semeou, e todas as influências climáticas favoráveis agem, ele colherá. Se um homem crê, ele será salvo; se não crê, também não será salvo. Mas o propósito todo-compreensivo de Deus abarca e determina a causa e as condições, tanto quanto o evento interrompido nelas. O decreto, em vez de alterar, determina a natureza dos eventos e suas relações mútuas. Ele faz as ações livres, livres em relação aos seus agentes; e os eventos contingentes, contingentes em relação às suas condições. Enquanto que, ao mesmo tempo, ele faz todo o sistema de eventos, e muitos elementos envolvidos nele, infalivelmente futuros. Decreto absoluto é aquele que, enquanto pode determinar muitos eventos condicio-nais, determinando suas condições, ele mesmo não é interrompido em nenhuma condição. Decreto condicional é aquele que determina que certo evento acontecerá sob a condição que algum outro evento não decretado aconteça, a que evento não decretado o próprio decreto, tanto quanto o evento decretado, se acha pendente.

Os decretos de Deus são incondicionais.

Todos quantos crêem num governo divino concordam com os calvinistas em que os decretos de Deus relativos aos eventos produzidos por causas necessárias são incondicionais. O único debate se relaciona aos decretos que são concernentes às livres ações dos homens e dos anjos. Os socinianos e racionalistas mantêm que Deus não pode infalivelmente prever as livres ações, porque à luz de sua própria natureza elas são incertas até que sejam realizadas. Os arminianos admitem que ele infalivelmente as prevê, mas negam que ele as determine. Os calvinistas afirmam que ele as prevê como infalivelmente futuras, porque ele determinou que elas assim o fossem.

A veracidade do ponto de vista calvinista prova-se:

À luz do fato de que, como demonstrado supra, os decretos de Deus determinam todas as classes de eventos. Se cada evento que vem a lume é preordenado, é evidente que não há nada indeterminado sobre o qual o decreto pudesse ser condicionado.

Porque os decretos de Deus são soberanos. Isso é evidente — (a) Porque Deus é o eterno e absoluto Criador de todas as coisas. Todas as criaturas existem, e são o que são, e possuem as propriedades peculiares a elas, e agem sob as próprias condições em que agem, em obediência ao plano divino, (b) É diretamente afirmado na Escritura. Dn 4.35; Is 40.13-14; Rm 9.15-18; Ef 1.5.

O decreto de Deus inclui e determina os meios e condições dos quais os eventos dependem, tanto quanto dos eventos propriamente ditos: "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis." Ef 1.4. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é o dom de Deus." Ef 2.8. "Deus desde o princípio vos elegeu para a salvação, pela santificação do Espírito e fé da verdade." 2 Ts 2.13. No caso do naufrágio de Paulo, Deus primeiramente prometeu a Paulo que absolutamente nenhuma vida se perderia. At 27.24. Paulo, porém, disse, no versículo 31: "Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos."

As Escrituras declaram que a salvação de indivíduos está condicionada ao ato pessoal de fé, e ao mesmo tempo que o decreto de Deus com respeito à salvação dos indivíduos repousa tão-só em "o conselho de sua própria vontade", "seu próprio beneplácito". "Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama)." Rm 9.11. "Sendo predestinados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o conselho de sua própria vontade." Ef 1.11; 1.5; Mt 11.25-26.
 
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