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sexta-feira, 12 de julho de 2013

O Que é Expiação?


Por Pr. Silas Figueira

EXPIAÇÃO – O dicionário define o termo expiação como: reparar um erro, uma falta; pagar um crime; remir ou remir-se: expiou arduamente por seu erro; vive expiando-se por seus erros. (Não confunda com espiar).

Sua natureza típico-profética. Os sacrifícios do AT não tinham apenas significação cerimonial e simbólica, mas também espirituale típica. Eram de caráter profético, e representavam o Evangelho na Lei. Foram destinados a prefigurar os sofrimentos vicários de Jesus Cristo e sua morte expiatória. A conexão entre eles e Cristo já vem indicada no Velho Testamento. No Salmo 40.6-8 o Messias é apresentado como a dizer: “Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado, não os requeres. Então eu disse: Eis aqui estou eu, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei”. Nestas palavras, o Messias substitui os sacrifícios do Velho Testamento pelo Seu grande sacrifício. Vão-se as sombras quando chega a realidade que elas fracamente projetam, Hb 10.5-9. No Novo Testamento há numerosas indicações de que os sacrifícios mosaicos eram típicos do superior sacrifício de Jesus Cristo. Há claras indicações, e até afirmações expressas, no sentido de que os sacrifícios do Velho Testamento prefiguravam Cristo e Sua obra, Cl 2.17, onde é evidente que o apóstolo tem em mente todo o sistema mosaico; Hb 9.23, 24; 10.1; 13.11, 12. Varias passagens ensinam que Cristo realizou pelos pecadores, num sentido mais elevado, o que se dizia que os sacrifícios do Velho Testamento efetuavam por aqueles que os ofereciam, e que Ele o fez de maneira semelhante, 2 Co 5.21; Gl 3.13; 1 Jo 1.7. Ele é chamado “o Cordeiro de Deus”, Jo 1.29, evidentemente em vista de Is 53 e do cordeiro pascal, “Cordeiro sem defeito e sem macula”, 1 Pe 1.19, e mesmo “nossa Pascual”, ou “nossos Cordeiro pascal”, que foi imolado por nós, 1 Co 5.7. E por que os sacrifícios mosaicos eram típicos, naturalmente lançam alguma luz sobre a natureza do grande sacrifício expiatório de Jesus Cristo.1

O pecado requer punição, e a justa penalidade da provocação contra Deus é o tormento sem fim no inferno. Visto que o castigo é interminável, não há escape ou restauração para aqueles que estiverem sob a ira divina. Um outro teria que morrer no lugar do pecador para que esse ficasse livre e para que a justiça de Deus fosse satisfeita ao mesmo tempo. Contudo, “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23) e, assim, nenhum ser humano está qualificado para morrer pelos pecados de outro, visto que cada um mesmo é culpado disso, e receberia o justo castigo somente por seus próprios pecados, se tivesse de sofrer sob a ira divina.

A única solução é um ser humano inocente morrer por outro, e assim sofrer verdadeiramente a penalidade do pecado que ele mesmo não merecia. Isso foi o que Jesus fez pelos eleitos:“Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Embora Jesus não tivesse pecado (Hb 4.15), ele sofreu como um pecador, visto que Deus soberanamente imputou a culpa dos eleitos sobre ele. Assim, aqueles por quem ele agiu como um cabeça federal — a saber, os eleitos — receberiam sua justiça perfeita também por imputação.2

Podemos concluir que Expiação significa que Deus dá o perdão dos pecados àqueles que se arrependem deles e se reconcilia com o pecador. Mas não para por aí: Essa reconciliação requer o sacrifício de alguém em substituição ao pecador arrependido. Lembre-se de que a pena estabelecida por Deus ao pecador lá no jardim do Éden foi a morte. (Gn 2. 17) Essa morte é muito mais do que a morte física, é a total separação da presença de Deus.

O pecador merece o justo castigo por ter ofendido a Deus com o pecado, mas o amor de Deus é tão grande que abençoou o ser humano com uma forma de ter o seu pecado perdoado sem ter de morrer.

No Antigo Testamento, os substitutos que davam a vida no lugar dos pecadores arrependidos eram os animais. Eles eram sacrificados no lugar do pecador arrependido. Morriam em seu lugar. Dessa forma Deus se satisfazia e perdoava o pecador. O sacrifício era aceito por Deus.

Fonte:
1 – Berkhof, Louis. Teologia Sistemática, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2013: p. 357.

voce nao leu errado.

Quem foi que mandou esta xucra fazer isso?????....Sete terça feiras do embelezamento da Rainha Esther


Por Renato Vargens
Sete terças feiras do embelezamento.
Sim! É isso mesmo! Você não leu errado. 
Confesso que nunca vi tanta heresia ao mesmo tempo. Se não bastasse essa bobagem de corrente do embelezamento, a Igreja Apostólica Plenitude do Reino de Deus resolveu distribuir o kit de embelezamento da Rainha Esther feito com a essência da mirra consagrada em Israel pela bispa Ingrid Duque.
Pois é, sinceramente chegamos no fundo do poço! É impossível não conter as lágrimas diante tamanha bizarrice! Ora, antes que alguém venha com esse papo de que não podemos julgar, quero afirmar que isso que vemos no vídeo não é o Evangelho de Cristo e que em virtude disso precisa ser combatido sim. Outra coisa: Que história de sacrifício é essa?  Cristo foi o sacrifício! Afirmo sem titubeios que isso é absurdo, herético e sem nenhum fundamentamento bíblico. 
Caro leitor, infelizmente parte da Igreja de Cristo desconhece as doutrinas fundamentais das Escrituras e devido a isso ensina, prega e vive um cristianismo "budificado" e herético!
Lamentavelmente a cada dia somos surpreendidos com novos fatos que nos levam a mais profunda perplexidade. Verdadeiramente as praticas litúrgicas por parte da igreja evangélica brasileira fazem-nos por um momento pensar que regressamos aos tenebrosos dias da idade média.
O que fizeram com o evangelho de Cristo? De aonde que esses caras tiraram essa história de sacrifício?
Caro amigo, diante disto tudo lhe pergunto: Que Cristianismo é esse? Que evangelho é esse? Que doutrinas são estas? Ora, esse não é e nunca foi o evangelho anunciado pelos apóstolos. Antes pelo contrário, este é o evangelho que alguns dos evangélicos fabricaram! Infelizmente, a Igreja deixou de ser a comunidade da palavra de Deus cuja fé se fundamenta nas Escrituras Sagradas, para ser a comunidade da pseudo-experiência, do dualismo, do misticismo e do maniqueismo e da venda de indulgências.
Verdadeiramente precisamos de uma nova reforma!



Renato Vargens

Fonte: http://renatovargens.blogspot.com.br/2013/07/sete-terca-feiras-do-embelezamento-da.html

era so o que faltava

ISSO É BAZARRO...............Você quer a unção da lama????........Unção da lama, era o que faltava
















Antes de qualquer coisa veja o vídeo abaixo.
Pois bem, diante do que vi posso afirmar sem a menor sombra de dúvidas que essa Igreja Quadrangular não é uma Igreja cristã (sei que existem muitas Quadrangulares tementes ao Senhor, portanto não estou generalizando), contudo é estarrecedor e ao mesmo tempo vergonhoso ver cenas como essa na internet.
Isto posto,  gostaria que a direção nacional desta nobre denominação se posicionasse quanto a essa aberração.

Com absoluta certeza isso não é o Evangelho e nem tampouco glorifica a Cristo. 
Será essa de fato uma Igreja Quadrangular? Tenho minhas dúvidas!
Com lágrimas nos olhos,
Renato Vargens




http://renatovargens.blogspot.com.br/


quinta-feira, 11 de julho de 2013

as coisas pelas quais voce tem vivido valem a morte de cristo?

KEITH GREEN & LEONARD RAVENHILL

Keith Green foi um cantor gospel norte-americano que foi grandemente influenciado pela pregação de Leonard Ravenhill. Certa vez Ravenhill encontrou-se com Keith Green, ele estava no auge da sua"fama" como cantor gospel vendendo muitos discos, mas Ravenhill não exitou e perguntou-lhe: "Você é um cantor ou um ministro do Evangelho?" Keith Green incomodou-se com esta pergunta, e Leonard concluiu: "Pois se você é um cantor tudo bem você cobrar, mas se é um ministro então é um absurdo que as pessoas tenham que pagar para ouvir o Evangelho."


Essas palavras de fogo acertaram em cheio do coração de Keith Green, ele entrou em um conflito interior, e no final das contas terminou encontrando em Deus uma resposta "É UM ABSURDO QUE AS PESSOAS TENHAM QUE PAGAR PARA OUVIR O EVANGELHO!" Keith decidiu então gravar um novo disco, ele chegou ao produtor do disco e disse "este próximo disco será o mais tocado da América!" O produtor achou estranho e pensou que ele estava meio envaidecido com sucesso, e quando o produtor finalmente perguntou "por quê", Keith respondeu "porque eu vou dar de graça o próximo disco!" O produtor ficou chocado, todos ficaram chocados, preocupados de onde viria o dinheiro para isso. Foi então que Keith Green fez uma coisa ainda mais chocante! Ele rompeu seu contrato com a gravadora, hipotecou sua casa, e com o dinheiro da hipoteca gravou o novo disco para ser dado de graça! Ele criou um sistema chamado "pague se quiser o quanto puder". Todos os discos eram gratuitos, ninguém era obrigado a pagar quantia alguma para ter o disco, pagava quem queria, se queria, quanto queria!


Todos acharam que isso não daria certo, porém deu certo e muito, eles distribuíram milhares de discos grátis, e os que pagavam supriram com folga o custo dos discos que foram dados de graça, isso foi ao ponto de eles conseguirem no próximo disco mandar duas fitas K7, ao invés de apenas uma! A pessoa recebia dois discos de graça, um para ela e um para dar para alguém! Eles pararam de cobrar ingresso para os concertos, e por fim estenderam esta prática a tudo que o ministério produzia, incluindo uma revista que chegou a ser distribuída a 16 milhões de pessoas e tudo isso de graça!

A abundância de uns supriu a falta de outros, e Keith Green ao ouvir o conselho de Leonard Ravenhill nos deixou um exemplo verdadeiro de dar de graça o que recebemos de graça!

"As coisas pelas quais você tem vivido valem a morte de Cristo?" Lápide de Leonard Ravenhill (1907 - 1994)

como identificar uma seita

COMO IDENTIFICAR UMA SEITA


Por Pr. Joaquim de Andrade

As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.

Com a chegada do novo milênio, estão surgindo novas seitas religiosas e filosóficas responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essa confusão de idéias estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes em tragédias de grandes proporções.

Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.

Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.

Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.

No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.

Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.

Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Deus etc.

Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.

ASPECTOS COMUNS

Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.

1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.

2. Creem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que creem;

3. Dizem ser os únicos certos;

4. Usam de falsa interpretação das escrituras;

5. Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;

6. Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.

Fonte: Creia Brasil

segunda-feira, 8 de julho de 2013

poligamia e casamento gay

Poligamia e casamento gay

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Por Augustus Nicodemus Lopes


Recentemente minha atenção foi despertada para este assunto por um ativista gay que veio aqui no blog Tempora-Mores questionar minha afirmação de que o padrão bíblico é o casamento heterossexual e monogâmico. “Como assim?” questionou o sábio e entendido ativista (que se declarou ex-evangélico), “no Antigo Testamento temos a poligamia como modelo de casamento usado por homens como Abraão, Davi e Salomão, e o silêncio cúmplice de Deus sobre suas mulheres e concubinas”. E soltou sua conclusão, que da mesma forma que Deus no passado alterou o padrão de casamento, da monogamia para a poligamia, podia também em nossos dias alterar o casamento heterossexual para homoafetivo. Então, tá.

Como eu não havia antecipado este argumento no post sobre teologia gay, achei que deveria dar alguma atenção ao mesmo e escrever algo sobre poligamia. Aos fatos, então.

Encontramos no Antigo Testamento diversos exemplos de poligamia. Os mais conhecidos são estes: 

Lameque – duas esposas: Ada e Zilá (Gn 4.19).
Patriarca Abraão – três esposas: Sara, Agar, Quetura e várias concubinas (Gn 16.1-3; 25.1-6).
Esaú – três esposas: Judite, Basemate e Maalate (Gn 26.34-35 e 28.9).
Patriarca Jacó – duas esposas: Raquel e Lia, e duas concubinas: Bila e Zilpa (Gn 29.21-35).
Elcana – duas esposas: Ana e Penina (1Sm 1.1-2).
Juiz Gideão – muitas esposas e concubinas (Jz 8.30).
Rei Davi – sete esposas: Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Hagite, Abital, Eglá e mais outras mulheres e concubinas (1Sm 25.40-43; 2Sm 3.2-5; 5.13; 2Cr 14.3).
Rei Salomão – a filha de Faraó, setecentas outras esposas e trezentas concubinas (1Rs 3.1; 11.1-3).
Rei Acabe – uma esposa: Jezabel e outras mulheres e concubinas (1Rs 16.31; 20.2-5).
Rei Abias – catorze mulheres (2Cr 13:21).
Rei Roboão – duas esposas: Maalate, Maaca, mais dezoito outras mulheres e sessenta concubinas (2Cr 11.21). 
Rei Joás – duas mulheres (2Cr 24.1-3).
Rei Joaquim – muitas mulheres (2Cr 24.15).

Estes fatos levantam várias perguntas, sendo a mais importante esta: Deus sancionou e aprovou estes casamentos poligâmicos? Se não, por que não há uma proibição clara da parte dele? Seu silêncio significa que o modelo de casamento pode variar com a cultura – monogâmico, heterossexual, poligâmico, homossexual – e que isto pouco importa para Deus? Em resposta ofereço os seguintes pontos como resultado do meu entendimento destes textos acima e de outros referentes à poligamia no Antigo e Novo Testamento.

1. Sem dúvida alguma, o padrão divino para o casamento sempre foi a monogamia heterossexual, isto é, um homem e uma mulher: “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea... Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando- se os dois uma só carne” (Gn 2.18-25).

2. O desvio deste padrão ocorreu somente depois da queda de Adão e Eva (Gn 3), começando com Lameque, o assassino vingativo, filho de Caim (Gn 4). Depois dele, a poligamia foi praticada por diversos motivos. Entre os exemplos de poligamia no Antigo Testamento, encontramos alguns que eram políticos, ou seja, para selar tratados internacionais, como Salomão que se casou com a filha de Faraó (1Rs 3.1) e Acabe que casou com Jezabel, filha do rei dos sidônios (1Rs 16.31), além das mulheres que já tinham. Há outros casos em que o desejo de ter filhos e preservar a descendência parece ter motivado a aquisição de mais uma esposa ou concubina, no caso da esterilidade da primeira esposa, como foi o caso de Sarai ter trazido sua serva egípcia Agar para Abraão (Gn 16.1-4), costume praticado no Antigo Oriente. Provavelmente foi o mesmo caso de Elcana, casado com Ana (estéril) e depois com Penina (1Sm 1.1-2). Havia também o desejo de ter muitos filhos em caso de guerra (cf. Jz 8.30; 2Sm 3.2-5; 1Cr 7.4, 11.23, etc.). Nenhum destes casos, porém, justifica a poligamia, pois se trata de um desvio do padrão monogâmico. 

3. Apesar do surgimento da poligamia cedo na história de Israel, a monogamia continuou a regra entre os israelitas e a poligamia, a exceção. Abraão mandou seu servo conseguir uma esposa para seu filho Isaque (Gn 24.37). Na genealogia dos descendentes de Judá, de entre dezenas de nomes, apenas um é citado como tendo tido duas mulheres, Asur (1Cr 4.5). No livro de Provérbios encontramos o encorajamento ao casamento monogâmico (Pv. 5.15-20; 12.4; 19.14). A ode feita à mulher virtuosa em Provérbios 31 pressupõe que ela é a única esposa do marido felizardo. Mesmo que Cantares tenha sido escrito por um polígamo, que foi Salomão, transparece claramente dele que o casamento é entre um homem e uma mulher, figura da relação de Deus com seu povo Israel. A poligamia, por razões econômicas, acontecia quase que exclusivamente entre os ricos, como os juízes e reis.

4. Os profetas tomam o casamento monogâmico para ilustrar a relação entre Deus e seu povo Israel (Jr 2.1-2; Os 3.1-5; Is 54.1-8; Jr 3.20). O profeta Malaquias denuncia a prática que havia em seus dias dos judeus se separarem de sua esposa para casarem com estrangeiras, mostrando assim que a poligamia não era o padrão estabelecido e muito menos o padrão comum e normal em Israel (Ml 2.13-16).

5. A lei de Moisés trazia diversas restrições e cuidados quanto à poligamia em Israel. A mulher israelita que fosse comprada para ser a segunda esposa teria os mesmos direitos que a primeira e seus filhos seriam igualmente herdeiros (Ex 21.7-11). O filho primogênito, ainda que da esposa aborrecida, teria o direito de herança acima do filho da esposa amada (Dt 21.15-17). Um homem casado não poderia casar com a irmã da sua esposa, o que provocaria a rivalidade entre ambas (Lv 18.18; cf. Gn 30.1). 

6. Vários destes exemplos de famílias poligâmicas registrados no Antigo Testamento são acompanhados dos problemas que o sistema inevitavelmente causava. Os judeus casados com mulheres pagãs eram levados a adorar os deuses delas e assim pecar contra Deus. Havia uma advertência na lei de Moisés aos futuros reis de Israel contra a poligamia neste sentido: “Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie” (Dt 17.17), conselho este que não foi seguido por Salomão, cujas muitas mulheres pagãs o levaram à idolatria em sua velhice (1Rs 11.1-8). Foi assim que Neemias interpretou o episódio de Salomão e suas muitas mulheres, quando proibiu os judeus depois do cativeiro de multiplicar esposas pagãs (Ne 13.25-27).

7. Além do risco da apostasia, a poligamia trazia profundos conflitos nas famílias poligâmicas. Havia ciúmes entre as mulheres, que disputavam entre si o amor do marido e competiam em número de filhos (Gn 16.4; 1Sm 1.5-8; Gn 30.1-26). Podemos ainda mencionar a angústia que as mulheres pagãs de Esaú trouxeram a seus pais (Gn 26.34-35). O marido acabava gostando mais de uma que da outra, favorecendo a amada e desprezando sua rival e seus filhos (Gn 29.30; 1Sm 1.5; 2Cr 11.21), o que levou a lei de Moisés, para amenizar esta situação, a estabelecer a lei dos filhos da aborrecida (Dt 21.15-17). Outro problema trazido pela poligamia dos reis de Israel era a briga entre os filhos das diversas mulheres quanto à sucessão, muito bem exemplificada na sucessão de Davi, veja 1Reis 1. 

8. No Novo Testamento na época de Jesus a monogamia era claramente o padrão entre os judeus. Quando alguns fariseus vieram experimentar Jesus com uma pergunta capciosa sobre o divórcio, o Senhor respondeu tendo o casamento monogâmico como pressuposto comum e aceito: “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.3-19).

9. Nas igrejas cristãs entre os gentios, o padrão monogâmico estava já estabelecido, embora na sociedade grega a poligamia fosse conhecida e praticada. Escrevendo aos coríntios Paulo declara: “Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1Co 7.1-2). Aos Efésios, ele compara a relação entre o marido e a esposa à própria relação entre Cristo e sua Igreja: “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.22-33).

10. Paulo claramente proíbe que os líderes das igrejas gentílicas fossem polígamos ou bígamos. Os bispos/presbíteros tinham de ser “esposos de uma só mulher” (1Tm 3.2; Tt 1.3-5) bem como os diáconos (1Tm 3.12).

Portanto, não há dúvida, em meu entender, que o padrão de Deus sempre foi o casamento monogâmico heterossexual, estabelecido na criação, e que a poligamia do Antigo Testamento foi um desvio deste padrão, em decorrência do pecado que entrou no mundo pela queda de Adão. Em Cristo, Deus restaura o casamento à sua forma original.

Contudo, pode parecer que Deus aprovou ou sancionou a poligamia, considerando que a lei de Moisés trazia regulamentações referentes a ela e que não há uma proibição direta de Deus contra a poligamia. Pode ser que nunca venhamos a entender completamente o silêncio de Deus neste assunto, mas uma coisa é certa: ele não significa que o assunto é indiferente para o Senhor e nem que “quem cala consente”.

1. As regulamentações da lei de Moisés sobre a poligamia não podem ser vistas como uma aprovação tácita da parte de Deus quanto ao casamento poligâmico, uma vez que este nunca foi o padrão por ele estabelecido. Trata-se da misericórdia de Deus protegendo as esposas e filhos de casamentos poligâmicos, uma amenização de uma distorção do casamento até a chegada do Messias. 

2. Deus nos revela sua vontade de maneira gradual e progressiva nas Escrituras. No Antigo Testamento ele se revelou em figuras, tipos, promessas. A sua revelação final e definitiva se encontra no Novo Testamento. Antes de Cristo ele suportou sacrifícios de animais, passou leis referentes a comidas, o sistema de escravidão e levirato, o apedrejamento de determinados pecados, a lei de talião (olho por olho),  o divórcio por qualquer motivo, etc. A poligamia deve ser vista neste contexto, como uma das coisas que Deus suportou na antiga dispensação e que foi definitivamente abolida em Cristo, à semelhança de várias outras. 

3. A encarnação e manifestação de Cristo ao mundo trouxe à luz a verdade outrora oculta, agora revelada pelos apóstolos e profetas, que Cristo é o cabeça de sua igreja, um povo único, composto de pessoas de todas as raças, tribos e nações, como o homem é o cabeça da mulher. E que a relação de amor-submissão entre marido e mulher é uma expressão da relação amor-submissão entre Cristo e sua igreja. Portanto, a partir do evento de Cristo, Deus não mais tolera nem suporta a poligamia entre seu povo, como suportou pacientemente no período anterior à sua vinda, pois sua vontade quanto a isto é em Cristo e sua igreja plenamente revelada. Em Cristo restaura-se o padrão original estabelecido por Deus no jardim.

4. Deus pode demonstrar a sua vontade sobre um assunto simplesmente registrando os males associados a ele, como é o caso da poligamia. Apostasia, ciúmes, invejas, disputas entre mulheres e filhos acompanham o histórico da poligamia entre os israelitas. A evidência cumulativa depõe contra a poligamia, mesmo que Deus não tenha se pronunciado expressamente contra ela. 

5. Aqui é preciso dizer que a revelação divina se encerrou com o cânon do Novo Testamento, onde o casamento monogâmico é claramente estabelecido como a vontade final de Deus para seu povo e a humanidade em geral. Portanto, não podemos aceitar que Deus, em nossos dias, esteja mudando o conceito de casamento para incluir o casamento homossexual, uma vez que o homossexualismo é claramente condenado em toda a Escritura canônica e a mesma se encontra definitivamente encerrada. Sola Scriptura!

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domingo, 7 de julho de 2013

a igreja é oreflexo do seu pastor

A Igreja é o reflexo do seu pastor



Por Pr. Silas Figueira 

A Igreja é o reflexo do seu pastor e, se o pastor se espelha nas Escrituras Sagradas, a igreja que ele pastoreia irá refletir esta mesma imagem. Mas o que temos visto por aí nesses últimos anos é uma total descrença no ministério pastoral, pois muitos não estão refletindo a imagem de Cristo. Foi feita uma pesquisa a respeito das três classes que estão mais desacreditadas e a conclusão que se chegou foi: os políticos, a polícia e os pastores. Isso tem ocorrido porque os pastores estão deixando de ser aquilo que pregam. Muitos estão mais envolvidos com as coisas dessa terra do que com o seu chamado. Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de ser embaixadores do Reis dos reis e do Senhor dos senhores”.

A crise que tem atingido a sociedade tem respingado na Igreja, e o pior, tem chegado até o púlpito. Embora estejamos vivenciando um crescimento numérico na Igreja Brasileira, não temos visto a transformação da nossa sociedade. Tudo isso é um reflexo de que a Igreja não tem tido uma mensagem transformadora, mas uma mensagem moldadora. Uma mensagem que faz bem aos ouvidos, mas que não transforma o coração. E tudo isso, infelizmente, vem do púlpito. Outros por medo de perderem o seu lugar na igreja local se tornam boca do povo para Deus e não boca de Deus para o povo, ou seja, pregam o que o povo quer ouvir e não o que eles precisam ouvir.

Pastores que agem assim são, geralmente, pastores com muita “unção”, mas sem nenhum caráter. É bom lembrar que o caráter sustenta a unção e não vive versa. Há uma crise pastoral e ela precisa ser sanada muito rapidamente, para que a próxima geração não esteja totalmente perdida. Estamos vivendo uma crise ministerial isso é um fato. E isso começa com a teologia que muitos seguem. Muitos estão abraçando várias teologias, menos a bíblica. Vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje:

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada.

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está.

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas.

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois Ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas.

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo.1

Teologia Liberal (Liberalismo Teológico) – A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14, 20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real. Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia. Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

O que temos visto hoje em dia, são muitos pastores confusos teologicamente em seus ministérios. O Rev. Hernandes Dias Lopes nos fala que a igreja evangélica brasileira vive um fenômeno estranho. Estamos crescendo explosivamente, mas ao mesmo tempo estamos perdendo vergonhosamente a identidade de evangélicos. O que na verdade está crescendo em nosso país não é o evangelho, mas outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético e místico. Vemos prosperar nessa terra uma igreja que se diz evangélica, mas que não tem evangelho. Prega sobre prosperidade, e não sobre salvação. Fala de tesouros na terra, e não de tesouros no céu.

Nessa babel de novidades no mercado da fé, o Ver. Hernandes Dias Lopes identifica alguns tipos de pastores2:

Primeiro, há pastores que são mentores de novidades. São pastores marqueteiros. Quando um pastor entra por esse caminho, precisa ter muita criatividade, pois uma novidade é atraente por algum tempo, mas logo perde seu impacto. Aí é preciso inventar outra novidade. É como chiclete. No começo você mastiga, ele é doce, mas depois você começa a mastigar borracha.

Segundo, há pastores que são massa de manobra. São pastores sem rebanho que estão a serviço de causas particulares de obreiros fraudulentos.

Terceiro, há pastores que deliberadamente abandonaram a sã doutrina. Muitos pastores inexperientes, discipulados por esses mestres do engano, abandonam o caminho da verdade e se capitulam à heresia. É importante afirmar que o liberalismo é um veneno mortífero. Aonde ele chega, mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e, agora, há igrejas que estão flertando com esse instrumento de morte também no Brasil. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha edificado uma igreja saudável. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha sido instrumento de Deus para um grande reavivamento espiritual.

Quando, uma igreja chega ao ponto de abandonar sua confiança na inerrância e suficiência das Escrituras, seu destino é caminhar rapidamente para a destruição.

A teologia define o caráter e à medida que o pastor se afasta da teologia bíblica, automaticamente ele irá se afastar de Deus e seguir outra direção. Mudar a mensagem para agradar aos ouvintes é mercadejar a Palavra de Deus. Os bancos não podem controlar o púlpito. O pastor não pode ser seduzido pelas leis do mercado, mas deve ser um fiel despenseiro de Deus (1Co 4.1,2). O dever do pregador não é encher o auditório, mas encher o púlpito. Querendo as pessoas ou não ouvir a verdade, não temos que fazer marketing religioso e de falar apenas o que elas querem ouvir. A crise moral e espiritual está por demais enraizadas para ser solucionada com remendos superficiais. Por isso precisamos urgentemente reavaliar a nossa teologia, a nossa fé e o nosso ministério para não cairmos também no descrédito assim como muitos tem caído.