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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

DESCOBERTO O PROVÁVEL LUGAR DO JULGAMENTO DO MESSIAS JESUS

Está aberto ao público pela primeira vez o lugar do julgamento do Messias Jesus, em Jerusalém.
O local tem sido escavado ao longo de anos, e fica no coração da Cidade velha de Jerusalém, a capital eterna de Israel.
Situado por baixo do edifício abandonado de uma antiga prisão usada pelos turcos otomanos e também pelos ingleses, o espaço agora aberto ao público localiza-se no recinto do Museu da Torre de David, um espaço onde se exibe toda a História da Cidade de Jerusalém, desde os seus primórdios até à actualidade. 

Este é um Museu que é ponto de visita "obrigatório" nas excursões que anualmente realizamos a Israel.

Este lugar do julgamento do Messias Jesus faz parte de uma vasta escavação arqueológica que tem tido lugar em 1999 e 2000, mas foi selado durante estes últimos 14 anos devido a falta de fundos.
As obras arqueológicas tiveram lugar para alargar o espaço do Museu da Torre de David. 

PALÁCIO DO REI HERODES
As escavações incluem aquilo que devem ter sido as fundações do palácio do rei Herodes. Segundo a crença de muitos peritos e arqueólogos, foi neste lugar que o governador romano Pôncio Pilatos levou Jesus a julgamento.
O arqueólogo israelita Amit Re'em, da Autoridade para as Antiguidades de Israel, informou que, segundo o historiador judeu e cidadão romano Flávio Josefo, o palácio foi construído no final do 1º século a.C., na parte ocidental de Jerusalém, no local onde agora se situa o Museu.
"Era enorme, com muito outro e muita prata, água corrente e alojamentos para os convidados" - afirmou o arqueólogo.
As ruínas agora trazidas à luz pela Autoridade para as Antiguidades de Israel foram descobertas na área descrita por Josefo e compreendiam um complexo sistema de esgotos.
Conquanto não exista evidência concreta de que o julgamento teve lugar no palácio de Herodes, Re'em lembrou que "desde os primórdios do cristianismo até ao tempo dos Cruzados, a Via Dolorosa" - o caminho que Jesus terá trilhado a caminho da crucificação -"passava pelo palácio de Herodes. O trajecto só foi mudado na época medieval, no século 13."

VISITA IMPORTANTE PARA OS CRISTÃOS
Esta descoberta traz um imenso valor acrescentado ao turismo cristão em Israel, uma vez que evidencia e comprova toda a veracidade dos relatos bíblicos relacionados com o Messias Jesus de Nazaré.
Mais de um milhão de turistas cristãos visitam anualmente Jerusalém.
O director do Museu Eilat Lieber espera que agora a antiga prisão se torne uma atracção prioritária para os visitantes cristãos. Os colaboradores do Museu já começaram entretanto a trabalhar com os guias turísticos versados em História para que possam explicar o significado das paredes rugosas que restam e do sistema de túneis cuidadosamente escavados por debaixo do espaço agora aberto.

Shalom, Israel!

Pesquisadores extraem Papyrus texto em Máscara de Múmia, revelando o que pode ser o mais antigo Evangelho conhecido!



Uma equipe de cientistas afirmam ter recuperado a mais antiga cópia conhecida de um evangelho, que remonta ao 1 st século dC, que extraído de papiros usado para criar uma máscara de múmia egípcia, Ciência Viva relata. Enquanto as máscaras mortuárias dos faraós e membros da elite da sociedade foram feitas de ouro, as máscaras criadas para os cidadãos comuns foram feitas com linho ou textos descartados em papiro. Muitas camadas de papiros foram umedecidos, moldado em uma máscara, rebocada, secou-se, em seguida, pintado. Às vezes, até 150 fragmentos de papiro foram utilizados na criação de uma única máscara. A prática controversa de extrair os papiros envolve saturando a máscara com água e sabão até os fragmentos de papiros separar, uma técnica que destrói a máscara, mas preserva a tinta do papiros. A prática tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos, como os investigadores descobriram que alguns dos textos usados ​​para fazer máscaras incluídos textos funerários, cartas em copta e em grego, textos copta do Evangelho, e fragmentos de clássicos escritos por autores gregos. Agora, uma equipe de cientistas afirmam ter encontrado o mais antigo fragmento conhecido Evangelho - o Evangelho de Marcos, escrito antes do ano 90 dC.


Exemplo de máscara egípcia feita a partir de papiros e linho. Museum Brooklyn , Charles Fundo Wilbour Edwin, Creative Commons. Ciência Viva relata que uma equipe de cerca de três dezenas de cientistas e acadêmicos, os quais permanecerão anônimos sob um acordo de não divulgação, estava usando a técnica em uma série de máscaras quando recuperaram um fragmento de papiro com texto do Evangelho de Mark. Embora a informação deveria permanecer em segredo até a publicação formal, um membro da equipe de vazou a informação em 2012.

De acordo com Craig Evans, professor de estudos do Novo Testamento em Acadia Divinity College, em Wolfville, Nova Scotia, o texto do Evangelho foi datado antes de 90 AD através de uma combinação de datação por carbono 14, uma análise da escrita, e estudando os outros documentos encontrado rebocada juntos na mesma máscara. No entanto, com o acordo de não divulgação no lugar, Evans não iria revelar mais detalhes sobre o texto até o papiro é publicado. "Apesar de o fragmento de evangelho do primeiro século é pequena, o texto irá fornecer pistas sobre se o Evangelho de Marcos mudou ao longo do tempo", disse Evans Ciência Viva. Até agora, a cópia mais antiga sobrevivo do evangelho é geralmente aceite ser o P52 Rylands Biblioteca Papyrus, também conhecido como fragmento do St John, um fragmento de um códice de papiro, medindo apenas 3,5 por 2,5 polegadas (8,9 por 6 cm), em seu mais vasto; e conservado com o Rylands Papyri no John Rylands University Library Manchester, Reino Unido. Embora seja geralmente aceito como o registro existente mais antigo de um texto canônico do Novo Testamento, a datação do papiro, que foi colocado entre 117 dC e 138 dC, ainda é uma questão de debate.


Rylands Biblioteca Papyrus P52 (fragmento de São João). ( Wikipedia ) A prática da supressão máscaras de múmia para recuperar textos antigos tem sido objeto de muita controvérsia. Enquanto Evans afirma que as máscaras que estão sendo destruídas não são os de alta qualidade, e os resultados podem ser significativos com dezenas de fragmentos extraídos de cada máscara, outros têm argumentado que os fins não justificam os meios. John McDowell, um apologista cristão evangélico e uma das principais pessoas envolvidas na desmontando máscaras de múmia, talvez tenha atraído críticas mais contundentes. Em um vídeo no qual McDowell é filmado falando para uma platéia , ele apresenta os slides do trabalho que ele tem feito para extrair papiros de máscaras de múmia. Ele exclama:
Agora, o que você faz, você toma esta máscara [risos] ... Scholars morrer quando ouvi-lo, mas nós possuímos los para que possa fazê-lo ....
Você começa a puxá-lo para além ... estudiosos .Most que nunca tocou em um manuscrito, você tem que ter luvas e tudo [risos], nós apenas lavá-los e mantê-los em nossas mãos, nós nem sequer fazer você lavar as mãos antes.

Deslize John McDowell apresenta-o separando mostrando fragmentos de papiros precioso. tela de vídeo Josh McDowell .

De acordo com Craig Evans, o relatório completo descrevendo a descoberta do texto evangélico, bem como outros textos de papiros, será publicado ainda este ano.
Imagem em destaque: Extraindo papiros de uma máscara múmia greco-romana, na esperança de que textos bíblicos início pode ser encontrado. Screenshot de vídeo Josh McDowell .

Por  abril Holloway

Fonte: http://www.ancient-origins.net/

domingo, 18 de janeiro de 2015

A IGREJA, O CRISTÃO E A POLÍTICA



1. A IGREJA

A igreja de Cristo é a agência do Reino de Deus na terra. O apóstolo Pedro em sua primeira epístola nos dá o perfil da igreja de Cristo em sua essência quando se referindo a ela afirmou que a igreja é a “...geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (I Pe. 2.9-10). Deus elegeu Israel para ser o seu povo, mas Israel não correspondeu ao amor de Deus. Deus elegeu então a igreja em Cristo Jesus para tornar-se eternamente o seu povo. “Fui buscado dos que não perguntavam por mim; fui achado daqueles que me não buscavam. A um povo que se não chamava do meu nome eu disse. Eis-me aqui” (Isaias 65:1). É glorioso sabermos que somos um povo do qual Deus inspirou escatologicamente ao profeta para expressar que este povo estranho o buscaria de tal modo, que Deus se faria presente. Em Cristo se cumpriu a profecia de Isaias e  Jesus orando por seus discípulos deixou bastante claro quando se expressou dizendo: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci; e estes conheceram que tu me enviaste a mim. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles e eu neles esteja” (João 17: 24-26).
A igreja é a grande eleita na eleição de Deus. Voltando ao texto de Pedro verificamos que o apóstolo deixou bem claro e definidos critérios para serem observados pela igreja de Cristo como geração eleita de Deus. “Sujeitai-vos pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior; quer a governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus”. E Pedro conclui dizendo: “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao Rei. (I Pe 2:13-17). A luz deste texto entendemos que é a vontade de Deus que Sua igreja, respeite os poderes constituídos. O testemunho da igreja deve está de tal modo evidenciado, que possamos tapar a boca dos homens ímpios. O sacerdócio real está sobre a igreja e como sacerdotes e profetas de Deus que somos, devemos ser instrumentos de transformação do mundo pelo amor. Devemos colocar as autoridades diante de Deus, conforme o Apóstolo Paulo chamou à atenção de Timóteo, dizendo: “Admoesto-te pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações intercessões, e ações de graças por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.” (I Tim. 2:1-3). Aí está o grande ensino do Novo Testamento para o comportamento da igreja como povo de Deus. Escrevendo a Tito, o apóstolo Paulo reportou-se ao mesmo assunto, dizendo: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra; que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens”. (Tito 3:1-2). Diante destes textos concluímos que Deus abomina a desobediência às autoridades que por Ele mesmo foram constituídas sobre as nações e Reinos. “...afim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens, e os dá a quem quer, e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles” (Dan. 4:17).     
      
2. O CRISTÃO

Não deve haver dicotomia entre o comportamento pessoal do cristão diante dos poderes constituídos e o comportamento da igreja de Cristo como todo. Isto significa que a orientação da igreja segue a revelação de Deus sobre o assunto, e como tal deve ser obedecido por todos os  membros do corpo de Cristo. Imaginemos uma mão intencionando fazer uma coisa e a outra mão intencionando fazer outra coisa. Ambas não realizariam nada porque não poderiam atuar em projetos diferentes. Ou, se a cabeça ordenasse a mão que se posicionasse numa determinada direção e a mão se dirigisse em outro sentido. Nada se realizaria. Igualmente o corpo de Cristo que é a igreja não poderá se dissociar dos ensinos da Palavra revelada.  Deve haver coerência, metas e objetivos a serem alcançados. Assim, os mesmos princípios aplicados a igreja devem ser aplicados a todos os crentes isoladamente.
A participação do crente na política tem sido muito questionado em nossos dias. O que mais chama à atenção da comunidade cristã no exercício dos cargos eletivos, é que os testemunhos daqueles que tem alcançados os cargos públicos. Tanto na área do legislativo como do executivo, e até mesmos em cargos de confiança dos governos, tanto a nível federal como estadual, tem deixado muito a desejar, pelo menos é o que temos observado entre muitos dos que tem sido eleitos.
Após a abertura democrática no país, verificamos uma crescente ascendência de evangélicos ingressando na carreira política. Ao mesmo tempo temos visto que muitos destes irmãos não conseguiram sua reeleição, em eleições posteriores, pelo simples fato de terem fracassado como políticos. Muitos escandalizaram o evangelho de tal modo que tornaram-se opróbrio no meio do povo de Deus. Decepção e escândalo para o evangelho e para a Igreja de Cristo. Não estavam aptos para exercerem os cargos eletivos à luz da palavra e testemunho do evangelho como sal da terra e luz do mundo. O seu sal tornou-se insosso para a terra e a luz apagou-se no meio das trevas.
O crente pode e deve encarar a carreira política como algo natural, como se fosse uma outra carreira qualquer, dentro da nossa sociedade. Os cargos eletivos e de confiança nos diversos escalões do governo estão tanto para o ímpio como para o cristão. E, a Bíblia em nenhum momento menciona a desaprovação de Deus quanto a fazer acepção de pessoas, para o exercício do poder. Na história do povo hebreu vimos que José foi vendido por seus irmãos. No Egito ele não se corrompeu diante das tentações da mulher do Ministro Potifar e pagou caro pela sua fidelidade ao seu Deus. Foi preso e castigado, mas levantou-se quando o Rei precisou de quem interpretasse o seu sonho. José interpretou o sonho e em seguida foi nomeado Governador, tornando-se uma benção para o Egito e mais tarde para o povo hebreu. (Gen. 41:38-40).
No cativeiro babilônico Daniel preferiu não se alimentar dos manjares do rei. Tornou-se tão belo e forte quanto os demais cativos do reino destinados a serem instruídos nas letras e língua dos caldeus. (Dan. 1:4). Daniel foi ricamente abençoado por Deus no meio de um povo estranho tornando-se príncipe no meio deste povo estranho (Dan. 6:2). Foi condenado a cova dos leões, mas não se prostrou, nem prestou adoração ao rei Dario, antes manteve-se fiel a Deus. Passada a noite Daniel manteve-se vivo pela proteção de Deus que fechou a boca dos leões. Daniel saiu amparado pelo Rei Dario que já havia se arrependido de seu edito. Agora fez um novo decreto publicado e divulgado para cumprimento em todo o domínio do império para que todos os homens temessem e tremessem diante do Deus de Daniel. “...porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até o fim. Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões” (Dan. 6:26-27). Deus foi glorificado na vida de seu servo Daniel. O cristão glorifica a Deus e é uma benção para os homens e para as nações quando se mantém fiel ao Senhor.      

3. A POLÍTICA

A política é um instrumento da democracia. A pluralidade de partidos pressupõe que existe livre-arbítrio, a ser exercido pelo povo que deve conscientemente escolher seus mandatários em escrutínio livre e secreto. Nos regimes totalitários de qualquer ideologia, não existe a liberdade democrática. Os governos são impostos pela força ou são transferidos por hierarquia. A democracia está coerente com a Palavra de Deus, porque Deus fez o homem livre. Deus abomina a escravidão, a servidão, o cativeiro, e a opressão tanto físico material, como espiritual. “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). Segundo, o autor Justo Gonzalez em sua coleção “Uma História Ilustrada do Cristianismo”, os imperadores romanos acusaram os cristãos de haverem desestabilizado o Império Romano, com o que tenho concordado plenamente. O cristianismo tem transformado o homem e tem mudado a história do mundo. A oração do justo pode muito em seus efeitos. O clamor da igreja derruba impérios, muros e regimes totalitários. A igreja pode mudar a história política na medida que ela coloca os povos diante do trono de Deus. Cometemos um erro grave quando  imaginamos que teremos reinos de paz,  justiça, tranqüilidade ou de equilíbrio econômico-social. As promessas de Deus são para a igreja de Cristo. Novos céus e nova terra (Apoc. 21:1-7).
A política é a manifestação do pensamento do homem. Ela é necessária nos regimes democráticos porque politicamente o homem pode expressar a sua vontade, aliada a vontade do grupo. A maioria partidária leva ao poder. Ainda que não seja o método mais apropriado não conhecemos outro e deste modo ele é justo.
Samuel e Deus discordaram do desejo do povo de Israel quando pediram um rei, pelo simples fato de todos os demais povos terem seus reis. Deus era o Rei de Israel. Deus estava à frente de seu povo e pelejava por ele. Não havia justificativa para exigir-se um rei. Deus acabou atendendo ao clamor de Israel e o reinado foi um fracasso (Sam. 8:5). A política como instrumento democrático deveria ser utilizada para ser uma benção para todos os povos, no entanto tem sido mais um instrumento de corrupção e de ambição. Os políticos tem legislado mais em benefício próprio do que em benefício do povo. Enquanto o povo não souber escolher bem seus representantes não terão dias melhores. O povo tem o governo que merece, diz um adágio popular, porque uma vez escolhido os governantes de modo errado, só resta democraticamente suportá-los, até nova oportunidade de mudá-los. Em qualquer situação os governos humanos serão apenas um paliativo para o problema do homem. Somente Deus através de Jesus tem a solução definitiva para o problema homem.

Augusto Bello de Souza Filho
Bel em Teologia

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O download celestial


Por Robson T. Fernandes

Quando eu tinha, sei lá, meus 13,14,15 anos detestava ler, e para fazer as provas de história e geografia tinha que “decorar” o assunto para não ser reprovado. No dia seguinte não lembrava de mais nada. Na hora de estudar eu ficava me torturando com a leitura, que eu detestava, e ficava desejando que alguém inventasse uma máquina de memorização em que se colocassem eletrodos na cabeça para transmitir o conhecimento enquanto eu dormisse, para não ter que ler. Eu queria que fosse mais ou menos como os downloads de hoje, em que se pluga um cabo no PC e toda a informação é transmitida.

O mesmo pensamento ocorre com alguns crentes que oram pedindo que Deus lhes aumente a fé, como se fosse um download celestial. Alguns pensam que é só orar e Deus vai mandar a fé pelo “sedex celestial”, como num passe de mágica, como se fossem dormir sem fé e acordassem edificados e fortalecidos com uma fé inabalável. Eles esquecem que “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17). Eles esquecem, ou desconhecem, que a fé é aumentada e fortalecida mediante o aprofundamento nas Sagradas Escrituras. Quanto mais da Bíblia temos dentro de nós, mais a nossa fé é edificada e fortalecida. Quanto menos Bíblia menos fé.

Alguns têm orado pedindo que o Senhor lhes ajude em uma vida de santificação, mas esquecem que o próprio Jesus disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). Ou seja, a santificação progressiva só é exercida por meio do aprofundamento nas Sagradas Escrituras. Quanto mais da Bíblia temos dentro de nós, mais nossa santificação é aplicada e fortalecida. Quanto menos Bíblia menos santificação.

Não estou dizendo que a leitura e conhecimento da Escritura, por si só, sem a ação sobrenatural do Espírito Santo podem produzir isso. Não! Não estou propondo um método como Charles Finney fez, mas afirmando que o principal meio que Deus usa é a Sua Sagrada Palavra. Quer fé? Quer santificação? Busque o Espírito Santo por meio da Sagrada Escritura.

Quem não quiser estudar a Escritura com esmero e dedicação, mas apenas decorá-La para usar na hora da “prova”, experimentará no dia seguinte, após o término da prova, já não lembrar de mais nada. Infelizmente, parece que para alguns é uma tortura ter que estudar a Sagrada Escritura, um flagelo, um martírio. Sinceramente, eu não consigo entender como isso é possível, muito embora entenda que isso é real.

Enfim, não existe um outro caminho a não ser aquele que já foi estabelecido pelo próprio Deus. Quer um “Download Celestial”? Ele só será feito quando o PC de Deus, a Bíblia Sagrada, estiver conectada ao seu PC, mente e coração, por meio do Wi-Fi que Deus determinou, seus olhos e ouvidos.

sábado, 3 de janeiro de 2015

“Êxodo: deuses e reis” – Mais uma MENTIRA Hollywoodiana!!!

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A releitura gnóstica que o produtor Ridley Scott imprimiu à narrativa bíblica do êxodo hebreu frustrou toda a expectativa que a estratégia promocional do filme “Exodo : Gods and Kings” conseguiu criar no público judaico e cristão, pelos cenários grandiosos e os efeitos especiais em 3D.
Com a estreia do filme no Brasil na noite do Natal, pôde-se verificar nos detalhes seu objetivo indisfarçável de “desmistificar” a história, extraindo dela a grandiosidade daintervenção divina nos eventos sobrenaturais que tinham por objetivo resgatar o povo escolhido do Egito escravocrata.
O enredo apresentou um deus menino, rancoroso, vingativo e autoritário, concentrado num embate pessoal com o faraó, e constantemente questionado por um Moisés bem mais arguto e sensato, mas submisso apenas por temer as variações de humor desse ser narcisista, tão poderoso quanto infantil.
Os fantásticos milagres, que a Bíblia descreve – as 10 pragas e a abertura do Mar Vermelho, são apresentados no filme como eventos naturais, consequentes de desequilíbrios ecológicos ou fenômenos meteorológicos perfeitamente plausíveis, de forma a desacreditar o poder de Deus.
Desta decepção fica a lição, para os que amam a Verdade, de que precisamos compreender melhor os princípios gnósticos, suas intenções e sua operação no mundo atual, para poder reconhecer e nos precaver de suas armadilhas atraentes, sutis e muito bem articuladas.

QUE É GNOSE

O termo deriva da palavra grega “gnosis”, que significa “conhecimento”. É um conhecimento esotérico que se define como “O caminho” que pode guiar à iluminação mística para atingir a compreensão total e profunda da realidade do mundo.
Define como princípio básico a crença em que o homem é um ser divino que caiu na terra de forma desastrosa, mas possui em si mesmo uma essência imortal que o transcende. E o caminho para sua libertação é o “conhecimento”; não o conhecimento científico ou racional, mas o intuitivo e “revelado” (por clarividência, adivinhação). Tal conhecimento, por si mesmo, geraria a redenção de todo o mal e tornaria o homem imortal. Ou seja: DEUS ESTÁ NO PRÓPRIO HOMEM.
Considera que Deus é uma força impessoal e anônima, e que a concepção dele com figura humana (Deus antropomórfico) não passa de uma invenção metafórica das religiões, para solucionar as lacunas da compreensão humana sobre os atributos divinos.
Acredita que os rituais místicos podem realizar o contato com os seres espirituais, através de uma fusão de alma do iniciado com a divindade mitológica, da qual esperam obter forças sobrenaturais.

GNOSTICISMO CRISTÃO

Os gnósticos cristãos compunham uma tendência basicamente esotérica, derivada do cristianismo primordial. Seus adeptos viam Cristo como uma emanação da “Essência” (Pneuma) ou o “Espírito do Pai”, e o chamavam de Ophis, símbolo da “Sabedoria” divina manifestada na matéria.
Acreditavam que Kristos (o perfeito), uniu-se à Sophia (a Sabedoria), desceu sucessivamente sete planos e entrou em Jesus no momento em que João Batista o batizava. A partir desse instante Jesus reconheceu sua missão, que era manifestar e mostrar ao homem todo o “Conhecimento”. Na ressurreição, Jesus teria aparecido com seu corpo etéreo (simulacrum) e, num período  até a assunção, teria transmitido a gnose para os seus discípulos.

RELACIONAMENTO DOS GNÓSTICOS COM O CRISTIANISMO PRIMITIVO

Contrariamente a toda essa parafernália sincretista, os evangelhos sinóticos apresentam a mensagem de Yeshua de forma límpida, simples e literal: Yeshua é o único mediador plenipotenciário, enviado por Deus para servir e dar sua vida em resgate pelos pecados da humanidade, fundando no seu sangue uma nova Aliança, uma nova relação de solidariedade entre Deus e os homens, da qual depende a salvação eterna.
“EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. NINGUÉM VEM AO PAI, SENÃO POR MIM.” (Jo 14:6)
Era nessa declaração de Yeshua que se baseava a comunidade cristã primitiva, crendo em que não há debaixo do céu outro nome, senão o dEle, pelo qual os homens possam ser salvos (At 4:11). Ele é o Príncipe da vida e da salvação (3:15), exaltado por Deus (5:31). Assiste do alto do céu os seus fiéis (7:56), concede-lhes o Espírito de Deus (2:33) e a remissão dos pecados (10:43), e finalmente virá manifestar-se como juiz do mundo (10:42). Quem quiser ser salvo deve se converter e deixar-se batizar em nome do Messias Yeshua (2:38).
Qualquer dúvida à alegação de que os primeiros cristãos eram gnósticos se dissipa quando Paulo expressa com virulência sua oposição às doutrinas estranhas (Gl 4:8,9; Cl 2:4, 8, 18-23; ITm 1:3-11; Ti 1:14):
“Timóteo, guarde o que lhe foi confiado. Evite as conversas inúteis e profanas e as ideias contraditórias do que é falsamente chamado CONHECIMENTO; professando-o, alguns desviaram-se da fé” ( I Tm 6:20,21).
Da mesma forma que Paulo, João combateu duramente a gnose, chamando seus adeptos de “sinagoga de satanás” e “nicolaítas”, que era uma tendência gnóstico-libertina identificada nas comunidades de Éfeso, Filadélfia e Pérgamo (Ap 2:2, 6, 13-15,20,24; 3:9).

COMO A GNOSE SE MANIFESTA NO MUNDO ATUAL

Algumas sociedades iniciáticas, como a Maçonaria, a Ordem Rosacruz e a Sociedade Teosófica, têm bastante semelhança com o gnosticismo, por seus objetivos explícitos de alcançar o “conhecimento integral” e despertar o “potencial interior do ser humano”, ou os “poderes latentes do homem”.
A “Santa Igreja Gnóstica” é uma escola iniciática de mistérios que se diz localizar no plano astral e reivindica para si o título de “autêntica igreja primitiva”, que anteriormente se chamaria “gnóstico-católica”, e de conservar todos os ensinamentos secretos do “mestre”, cujo verdadeiro nome é Maytreia. Através da eucaristia celebrada no astral e da magia sexual, pretendem alcançar o status de deuses para “já não necessitarem pedir mais nada”.

HUMANISMO E RELATIVISMO PÓS-MODERNOS

Independentemente dessas manifestações mais evidentes do gnosticismo, seus princípios se refletem na elaboração do projeto da modernidade, que tem por base a filosofia humanista com o lema: “O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS”.
Este princípio adquiriu uma influência determinante no pensamento moderno, em que a valorização do indivíduo e da subjetividade, como lugares da certeza e da verdade, se impõe sobre o saber adquirido, as tradições e a autoridade, incluindo Deus e sua representação nas religiões.
Conclui-se então, que hoje não é preciso ser membro de uma sociedade iniciática para comungar com os princípios gnósticos, pois eles estão impregnados em nossa cultura ocidental de tal forma que se tornou uma segunda natureza para a grande maioria, e é difícil pensar sobre qualquer coisa sem considerar esses argumentos como primordiais e legítimos.
“FELIZES OS QUE LAVAM SUAS VESTES, E ASSIM TÊM DIREITO À ÁRVORE DA VIDA E PODEM ENTRAR NA CIDADE PELAS PORTAS. FORA FICAM OS CÃES, OS QUE PRATICAM FEITIÇARIA, OS QUE COMETEM IMORALIDADES SEXUAIS, OS ASSASSINOS, OS IDÓLATRAS E TODOS OS QUE AMAM E PRATICAM A MENTIRA.” (Revelação 22:14,15).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Deus manda, o Diabo obedece


Por Maurício Zágari

O início do livro de Jó nos mostra uma situação muito estranha. Em um primeiro olhar, temos a sensação de que o Senhor está engajado numa barganha com Satanás acerca da vida do “homem íntegro e justo; [que] temia a Deus e evitava fazer o mal” (Jó 1.1). Parece uma espécie de aposta, de desafio. Que esquisito. Como podemos entender isso? O que o relato desse diálogo entre o Senhor e o Diabo nos ensina? Se conseguirmos enxergar além, vamos perceber que Deus na verdade não barganhou em momento algum com Satanás, mas só deu papo para o inimigo e permitiu que ele afligisse Jó por uma razão bem específica, que veremos no último parágrafo deste texto.

É um enorme equívoco achar que Deus e Satanás estão numa batalha em pé de igualdade. Entenda: a única relação dos demônios com o Criador é no sentido de obedecer e implorar ao Senhor. Do mesmo modo que eu e você, como criaturas, dependemos da permissão do Pai para tudo, todo e qualquer ser espiritual tem de seguir o mesmo protocolo. Sim, Satanás é obrigado, em tudo, a dizer ao Todo-poderoso: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”. Ele não tem escolha. Então o que esse trecho de Jó mostra não é um Deus que barganha com o Diabo, mas um Diabo que está submisso em tudo a Deus e tem necessariamente de obedecer-lhe – embora de muita má vontade, é verdade. Mas se o Senhor manda, o Diabo só pode dizer “amém” – as forças espirituais da maldade jamais moverão uma palha sequer se o Todo-poderoso não permitir.

Para tomar qualquer iniciativa, Satanás precisa que Deus conceda-lhe o direito. Veja que em Jó 1.12 o Senhor diz a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele”. Deus usa o verbo no imperativo, isto é, trata-se de uma ordem, algo que vem de cima para baixo: “Não toque”. Em nenhum momento há uma barganha: há uma concessão. E que vem não para satisfazer Satanás, mas para cumprir os propósitos divinos. Logo, do mesmo modo que Deus endureceu o faraó no Êxodo, usou Nabucodonosor, Ciro, Dario e outros incrédulos para realizar a sua soberana vontade, também só permite ao Diabo fazer suas diabruras se elas, no grande esquema das coisas, atenderem ao que o Senhor deseja. Nesse sentido, o Inimigo é como uma caneta que o Pai usa para escrever a História da eternidade. E canetas não têm autonomia, poder ou autoridade: são instrumentos usados para atender os desejos de quem os maneja.

As palavras de Cristo em Mt 4.10 (a tentação de Jesus no deserto) são absolutamente reveladoras: “Jesus lhe disse: Retire-se, Satanás!”. Perceba o que está acontecendo aqui. Jesus simplesmente dá uma ordem. E o que o Diabo faz quando Cristo diz “retire-se” é: “Então o Diabo o deixou”. Não há luta, não há barulho, não há disputa. Jesus diz e o Diabo simplesmente e subordinadamente obedece. A história se repete em Marcos 5, no episódio do endemoninhado gadareno. Quando aquela legião de demônios se vê diante do Rei dos Reis o que ela faz? “E implorava a Jesus, com insistência, que não os mandasse sair daquela região. Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. Os demônios imploraram a Jesus: ‘Manda-nos para os porcos, para que entremos neles’” (Mc 5.10-12). Os demônios imploraram. Segundo o dicionário, isso significa que eles suplicaram, pediram encarecidamente e humildemente.

O livro de Jó nos antecipa o que veríamos séculos depois se cumprir em Cristo: a supremacia de Deus sobre o Diabo. Jesus lida com Satanás e os demônios sempre como um leão trataria um rato ou uma águia trataria uma serpente. Mateus 8.16 diz a respeito de Cristo: “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra”. Repare, uma única palavra! Jesus não se rebaixava a ficar conversando com demônios se não houvesse propósito para isso. Com uma única palavra os mandava embora.

A Bíblia é sobre Cristo. O evangelho é sobre Cristo. Nossa vida é sobre Cristo. Se você reparar que está gastando muito do seu tempo lendo sobre demônios, falando sobre eles e se preocupando com eles é sinal de que suas prioridades na vida de fé precisam ser reavaliadas. Cristianismo é sobre viver com Cristo e amar o próximo e não sobre ficar gastando horas e horas com demônios. Ao final do livro de Jó, vemos o resultado de tudo o que o Diabo lhe causou: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram” (Jó 42.5), disse o patriarca ao Senhor. Não, não houve barganha entre Deus e Satanás. Houve, isso sim, a mão do Pai em ação para fazer seu filho amado crescer em intimidade consigo: o sofrimento de Jó fez com que ele deixasse de ser apenas um homem que cumpria a lei de um Legislador para se tornar um filho que tinha intimidade com um Pai.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari